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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ministério da Saúde vai distribuir três novos medicamentos para o tratamento da hepatite B

Com o lançamento, hoje (27), do novo protocolo com as diretrizes para o tratamento da hepatite tipo B, três novos medicamentos passarão a ser distribuídos gratuitamente aos portadores da doença que, segundo o Ministério da Saúde, atinge pelo menos 12 mil pessoas a cada ano. Entre 5% e 10% de todos adultos infectados acabam por desenvolver a forma crônica da doença, transmitida pelo sangue, esperma e as secreções vaginais.

Segundo a diretora do Departamento DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, a incorporação dos três antivirais (tenofovir, entecavir e adefovir) aos dois que já vinham sendo distribuídos (lamivudina e interferon convencional), representa uma possibilidade dos médicos prescreverem a seus pacientes tratamentos mais efetivos e eficazes, com menos efeitos colaterais.

“Com a introdução de novas opções terapêuticas é possível para o médico fazer uma indicação e um tratamento sequencial, a exemplo do que já se faz com o HIV. Ou seja, à medida que se evidencia que [o organismo, habituado aos componentes do remédio] resiste [ao tratamento], você passa a usar outros medicamentos em combinação."

Para a compra, com base na estimativa dos gastos que os estados previam fazer com a aquisição dos medicamentos, o Ministério da Saúde calcula gastar em torno de R$ 20 milhões. Valor que, de acordo com Mariângela, será “facilmente absorvido pelo orçamento do ministério”.

A intenção do ministério é, gradualmente, substituir a lamivudina. “Neste momento, a indicação é de que quem estiver usando alguma medicação permanecerá tomando o mesmo remédio até o fim do ciclo terapêutico e a realização de novos exames médicos”. Já o interferon continuará continuará sendo indicado.

Mariângela fez um apelo aos pais e às crianças e adolescentes para que se previnam contra a doença tomando a vacina, que é aplicada gratuitamente em postos de saúde.

“A hepatite B pode ser prevenida por vacinas. Temos a faixa etária de até 19 anos, preferencial para o uso da vacina, mas para a qual a vacinação ainda é muito baixa, principalmente a partir dos 11 anos de idade”, afirmou Mariângela, revelando que o ministério estuda as medidas para ampliar a faixa etária e melhorar a cobertura entre a faixa etária de 11 a 19 anos.

As principais formas de infecção são muito similares às da transmissão do vírus da Aids, ou seja, pode ocorrer pela relação sexual sem o uso de preservativo, pelo compartilhamento de objetos contaminados (lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unha, materiais para a colocação de piercing e para tatuagens) entre outros equipamentos e objetos, como por usuários de drogas injetáveis.

A vacina é uma das principais medidas de prevenção e, segundo o ministério, após tomar as três doses, mais de 90% dos adultos jovens e 95% das crianças e adolescentes ficam imunizados contra a hepatite B. Além da população até 19 anos, a vacina também é recomendada para os profissionais de saúde, independentemente da idade. O ministério promete intensificar as campanhas de prevenção durante o carnaval de 2010.
(Fonte: Agência Brasil)

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