Os fenômenos provenientes das mudanças climáticas, como, por exemplo, o aquecimento das águas marítimas, o derretimento das geleiras e as ondas de calor, já viraram um problema global que não afeta, apenas, a natureza, mas também a saúde dos seres humanos.
Para conhecer e acompanhar mais profundamente a dinâmica desses acontecimentos climáticos e, desta maneira, encontrar meios de subsidiar a melhoria da saúde ambiental – isto é, do setor de saúde pública que trata dos problemas que o ambiente traz para o homem –, a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz e o Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais anunciaram a criação do primeiro Observatório de Clima e Saúde da América Latina ou Observatorium, como está sendo chamado pelos especialistas que estão desenvolvendo o projeto.
A ideia é reunir, em um mesmo espaço, todos os dados que já foram levantados pelas principais instituições de pesquisa da América Latina – como o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Datasus – Sistema Único de Saúde – sobre as questões ambientais, climáticas, epidemiológicas, socioeconômicas e de saúde pública e, assim, facilitar a busca por informações e a realização de pesquisas na área de clima e saúde, o que, consequentemente, facilita a execução de políticas de melhoria para esses setores.
O Observatorium ainda será uma ótima oportunidade para aumentar o interesse e a participação dos cidadãos sobre as questões relacionadas às mudanças climáticas. Através da ferramenta “Base Viva”, que estará disponível no site, qualquer pessoa poderá alimentar o Observatorium com novos dados, que tenham sido observados nas cidades da América Latina, sobre eventos naturais e condições de saúde da população. Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto, que foi encomendado pelo Ministério da Saúde e tem o apoio da Opas – Organização Pan-Americana da Saúde, a versão piloto do Observatório de Clima e Saúde da América Latina deverá ser lançada até dezembro de 2009
FONTE: Débora Spitzcovsky
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