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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tarso Genro defende metas do governo sobre aquecimento global

O ministro Tarso Genro (Justiça) saiu em defesa nesta quarta-feira (14) das metas que estão em discussão no governo para serem apresentadas na Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) marcada para dezembro, em Copenhage.
Entre as medidas estão a redução de 80% no desmatamento da Amazônia em 2020 e o congelamento na emissão de gás carbônico."Essas metas são razoáveis. Não podemos ter visão idealista no sentido do improvável. Não podemos dizer que até tal data chegaremos ao desmatamento zero. Seria irresponsabilidade uma promessa não cumprida. Acho que estamos em um bom caminho", disse.
Uma das metas mais polêmicas e causa divergências no governo que o país congele o patamar de emissão de CO2 programado para 2020 no mesmo nível de 2005, quando foram emitidas de 2,2 bilhões de toneladas do gás. Se seguir esse ritmo, daqui a 11 anos a emissão seria de 2,8 bilhões de toneladas.
A proposta, no entanto, dependeria de um financiamento calculado em US$ 10 bilhões por ano, que sairiam dos cofres de nações ricas.
Segundo o ministro Carlos Minc (Ambiente), a proposta que o Brasil apresentará na reunião deve estar fechada até o dia 20 deste mês.
Terça-feira - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na terça-feira (13) as propostas de redução da emissão de gases elaboradas pelos ministérios do Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia e do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas. Lula pediu que os textos sejam unificados numa única proposta, que deve reivindicar a criação de um fundo internacional para financiar a troca de energia por meios renováveis.
Minc disse que a proposta brasileira não abrirá mão de cobrar dos países ricos um esforço maior na redução das emissões de gases. Afirmou ainda que o Brasil defenderá um maior investimento dos países ricos nos países pobres e em desenvolvimento para controle de emissões.
"O Brasil vai cobrar mais dos países ricos. Não podemos aceitar que coloquem nos países em desenvolvimento o peso sobre a redução da emissão de gases", disse o ministro.
Segundo ele, a meta de 25% é insuficiente. Minc defende que a meta seja de 40% até 2020 tomando por base o ano de 1990.
(Fonte: Márcio Falcão/ Folha Online)

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