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terça-feira, 10 de novembro de 2009

EUA vivem corrida por vacina contra gripe suína

Maior economia do mundo e por muitos anos símbolo de organização, os Estados Unidos vivem cenas de países subdesenvolvidos na vacinação de seus habitantes contra o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. Falta de vacinas, mulheres inventam gravidez para passar na frente, outros furam filas e bancos de investimentos conseguem doses para seus funcionários com mais facilidade do que hospitais. Para completar, redes de TV conservadoras exibem reportagens alarmistas de pessoas que morreram ou adquiriram doenças pouco comuns após serem vacinadas.
O problema começou com o governo norte-americano prometendo prover mais vacinas do que as indústrias farmacêuticas eram capazes de fabricar. No fim, conseguiu distribuir um quinto do previsto, suficiente para um décimo da população dos EUA. Temendo ficar sem vacina, muitas pessoas formaram longas filas diante de postos de vacinação.
A prioridade do governo é vacinar todas as crianças e adolescentes de 6 meses a 19 anos. Adultos com mais de 50 anos, pessoas de qualquer idade com problemas de saúde, mulheres grávidas, médicos e enfermeiros também devem ser imunizados contra o vírus.
Quem não se encaixa nesse perfil e quer receber a vacina precisa recorrer muitas vezes a trapaças. Para uma mulher, basta dizer que está grávida. Por maior que seja a suspeita das autoridades de saúde, elas não têm o direito de questionar os pacientes. O mesmo vale para homens que argumentam ser diabéticos, conforme relatam órgãos de imprensa. Além disso, devido ao frio em muitas partes dos EUA, pessoas aproveitaram para guardar lugares na fila durante a noite para vender a vaga no dia seguinte.
(Fonte: Estadão Online)

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