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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Google Earth ajuda a flagrar desmatamento

Tecnologia e parceria ajudaram a Fundema a localizar uma área desmatada de 30 mil metros quadrados em Joinville. A apreensão foi ontem pela manhã. Uma versão completa (paga) do programa Google Earth, com fotos de satélite, foi usada para acompanhar e checar informações repassadas por policiais militares que trabalham com o helicóptero da PM.
“Temos as coordenadas de dezenas de áreas de preservação permanente (APP). O programa permite comparar fotos do mesmo local, tiradas em momentos diferentes”, explica José Henrique Schossland, coordenador de Licenciamento Ambiental da Fundema. É ele que faz as checagens. Foi o segundo caso neste ano. Há dois meses, uma área devastada no Paranaguamirim também foi encontrada com a ajuda do Google Earth. Policiais a bordo do helicóptero Águia, da PM, auxiliam na operação. Eles tiram fotos e mandam as coordenadas exatas de áreas com suspeita de desmatamento. A Fundema confere e a Polícia Ambiental ajuda na checagem. Ontem, integrantes dos três órgãos foram ao terreno.
A Fundema ainda não sabe quem é o dono. O órgão já pediu ao Incra o registro da área, que é considerada rural, e de preservação (restinga). A multa pode chegar a R$ 200 mil. Ninguém foi flagrado no local.A área desmatada tem o tamanho de quatro campos o tamanho do da Arena Joinville. Fica atrás de onde está sendo construída a Estação de Tratamento de Esgoto do bairro.
O acesso por terra é complicado. Caminhão não entra. segundo a Fundema, cavalos eram usados para arrastar as toras que chegam a 200, 300 quilos. Madeiras como imbuias, olandis, jacatirão e canela foram encontradas e serão apreendidas. Fundema e Ambiental acreditam que os troncos eram cortados e preparados lá mesmo – havia tábuas já cortadas.
Por enquanto, tudo fica por lá. É possível que o próprio dono seja definido como fiel depositário – responsável pelo material. Além da punição da Fundema, a Polícia Ambiental pode encaminhar um processo por crime ambiental no Fórum de Joinville. Apesar da afirmação da Fundema, os Ambientais querem também consultar se há autorização da Fatma.

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