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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Olhos abertos para os riscos do sol

Nesta segunda (21), às 15h47, começou a estação do ano mais esperada pelos brasileiros. Sinônimo de praia, mar e férias, o verão traz a alegria do sol e a preocupação aos riscos que ele pode trazer à pele. A atenção exclusiva a esta parte do corpo, no entanto, faz com que as pessoas deixem de tomar os devidos cuidados com os olhos, os quais sofrem tanto ou mais que a pele com a maior intensidade dos raios ultravioleta (UV) neste período.
De acordo com o oftalmologista Canrobert Oliveira, diretor do departamento de refração do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), os raios UV do tipo A e B, os mesmos que causam as queimaduras e o câncer de pele, são responsáveis por doenças como a catarata precoce e a cegueira da visão central.
A catarata precoce caracteriza-se pela opacidade do cristalino – lente natural dos olhos – antes dos 40 anos de idade. Segundo Canrobert, o processo é como a clara do ovo ao ser aquecida. O único tratamento existente é a cirurgia de substituição do cristalino por uma lente.
"Hoje, nós vemos pessoas em países tropicais apresentando os primeiros sinais de catarata aos 35 anos de idade", explica o médico.
Já a cegueira da visão central mostra-se quando a pessoa é capaz de olhar tudo a sua volta e no lugar do seu foco observa-se apenas uma mancha escura.
Os danos causados aos olhos são irreversíveis, pois os raios destroem as células da retina, mas para o médico, o devido valor não é dado pelo efeito ser acumulativo.

"As repetidas exposições aos raios vão refletir apenas na terceira idade. Hoje 25% da população com mais de 75 anos tem algum grau de comprometimento da visão central.
"Como evitar - O que antes era apenas charme, os óculos escuros passam a ser uma necessidade, principalmente para as crianças. O consumidor, entretanto, deve estar atento ao comprar um, pois para ficar realmente protegido, o assessório deve vir com filtros anti-UVA e anti-UVB. Segundo Canrobert, os óculos vendidos nas praias e camelôs vêm com o selo indicativo de filtro; mas em apenas 90% deles a indicação é verdadeira.
"Quando usamos óculos escuros a pupila se abre e maior quantidade de luz penetra em nossos olhos. Se as lentes são desprovidas de filtro os olhos ficam mais expostos aos raios. Assim, é pior ficar com óculos do que sem eles, pois neste caso, as pupilas continuarão fechadas", explica.
Para evitar problemas futuros, o médico sugere que a compra seja feita em óticas especializadas. E a garantia de proteção pode ser feita através do fotômetro, aparelho que comprova se há filtro medindo a intensidade da luz.
(Fonte: JB Online)

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