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domingo, 29 de novembro de 2009

Conama aprova diretrizes para a educação ambiental

Para ampliar a confiabilidade da informação sobre meio ambiente com fins educacionais e promover a cidadania ambiental, o Conama aprovou nesta quarta-feira (25), resolução que traça as diretrizes para campanhas e projetos de comunicação e educação ambiental. A proposta, elaborada em parceria com o Ministério da Educação, deverá estimular a unificação da linguagem e da abordagem dos temas relacionados ao meio ambiente, para evitar levar ao público e à escola informações com conteúdo correto.
O MEC constatou que várias publicações, até mesmo oficiais, com fins didáticos ou não, contêm informações equivocadas sobre meio ambiente, o que justificou uma decisão do Conama. Rachel Trajber, coordenadora-geral de educação ambiental do Ministério da Educação e representante da pasta no Conselho apresentou em plenário alguns exemplos de uso indevido e incorreto dos conteúdos que dizem respeito ao meio ambiente.
A medida adotada não interfere, nem altera as demais normas educacionais, mas reconhece as informações ambientais dentro do seu caráter ao mesmo tempo específico e transversal, conforme a Lei de Diretrizes de Bases da Educação e os projetos político-pedagógicos das escolas. A resolução destaca alguns conteúdos que devem ser trabalhados por educadores de várias áreas como os impactos socioambientais das atividades humanas, a segurança ambiental e qualidade de vida.
É a primeira vez que se adota, via Conama, uma norma que afeta os setores educacional e de comunicação social, no que diz respeito a estabelecer diretrizes sobre o que deve ser ensinado e como estimular a mídia, com viés educacional, a divulgar informações corretas. As regras valem para o ensino público e privado e abrangem campanhas, programas de comunicação e informação e educação ambientais e projetos ligados à área.
Campos de Altitude - Já a votação da resolução que trata de parâmetros para a identificação e análise da vegetação dos Campos de Altitude, regulamentando artigo da Lei da Mata Atlântica, foi adiada para março de 2010 em razão de pedido de vistas dos representantes do governo do Rio Grande do Sul e do Paraná. Apesar dos argumentos de urgência, levantados pelo Diretor do Departamento de Florestas, do MMA, João de Deus, o regimento obriga a presidência a acatar o pedido. O dois estados do Sul solicitaram, ainda, audiência pública nos estados, o que foi negado pela plenária do Conama.
Calendário - A 96ª Reunião do Conama, que prossegue nesta quinta-feira (26) aprovou o calendário de reuniões ordinárias para o ano de 2010. O colegiado volta a se reunir em março do ano que vem, nos dias 17 e 18, em maio nos dias 26 e 27, em agosto dias 25 e 26 e em novembro, nos dias 24 e 25.
(Fonte: MMA)

Um em cada quatro pacientes com câncer tem histórico de tabagismo, diz estudo

O primeiro perfil de pacientes do Instituto do Câncer do estado de São Paulo reafirma os males causados pelo cigarro e pela bebida: um em cada quatro tem histórico de alcoolismo ou tabagismo. De acordo com a pesquisa, 10% dos pacientes são jovens com menos de 30 anos. A maioria tem tumores que afetam o sangue. Quanto maior a idade, maior a incidência de câncer: 64% dos doentes têm mais de 50 anos.
Para quem pensa que o fumo está relacionado apenas a tumores de pulmão, boca e garganta, vai aí um dado alarmante: o maior índice de fumantes está entre os pacientes com câncer de rim e de próstata. O cigarro fez ou ainda faz parte da rotina de 46% deles.

“Essas substâncias tóxicas do cigarro vão para a circulação sanguínea e acabam afetando muitos outros órgãos do corpo humano”, explica Giovanni Guido Cerri, diretor do Instituto do Câncer.
É o caso de Tadeu Vilela Rodrigues, de 23 anos. Ele descobriu, no ano passado, um linfoma, um câncer no sistema que faz a limpeza do sangue. Enquanto espera por um transplante de medula, conta num blog como supera cada etapa do tratamento. “A gente pode ter uma vida normal, pode sair, ver amigos, pode namorar inclusive”.
Seu Cássio, que acaba de descobrir um câncer no pulmão, fumou durante 30 anos. “Naquela época era bonito fumar”, conta. Manter bons hábitos alimentares, fazer exercícios físicos ajuda a prevenir doenças, entre elas o câncer, segundo o diretor do Instituto do Câncer.
(Fonte: G1)

Resolução do Conama que obriga inspeção veicular é publicada no DOU

A Resolução nº 418, de 25 de novembro de 2009, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que torna obrigatória a inspeção veicular nos estados e cidades do país com mais de 3 milhões de veículos, foi publicada na edição desta quinta-feira, 26 de novembro, do Diário Oficial da União.
Com a publicação, estados e municípios ficam obrigados a elaborar planos para realizar a inspeção de suas frotas de veículos. Atualmente, só a cidade de São Paulo e estado do Rio de Janeiro fazem a fiscalização. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), referentes a maio de 2009, tem mais de 3 milhões de veículos os estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
"O ministério está muito imbuído politicamente para que a Resolução seja implantada em todo o país", diz Rudolf de Noronha, gerente de projetos do Departamento de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. De acordo com o documento, devem passar pela inspeção para controle de poluição todos os veículos automotores, motociclos e veículos similares, independentemente do tipo de combustível que utilizem.
As condições da inspeção serão definidas no Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV), que deverá ser elaborado pelos estados em até 12 meses contados a partir da publicação da Resolução no DOU. E, a partir de sua implantação, veículos que não tenham passado pela fiscalização não terão o licenciamento anual renovado. "Esperamos que, em um ano, todos os estados já estejam com seus planos prontos", diz Noronha. "Estaremos à disposição para colaborar tecnicamente no que for preciso", reforça.
Uma espécie de guia para a gestão do controle da poluição veicular, o PCPV deverá ter por base, quando houver, o inventário de emissões de fontes móveis e o monitoramento da qualidade do ar. O plano vai estabelecer, ainda, a extensão geográfica e as regiões a serem priorizadas; a frota-alvo e respectivos embasamentos técnicos e legais; o cronograma preliminar de implantação; a periodicidade da inspeção; a análise econômica; e a forma de integração, quando for o caso, com programas de inspeção de segurança veicular.
Com o controle, o Conama pretende reduzir os casos de poluição decorrentes de falhas de manutenção e de alteração nos projetos originais dos veículos. Os resultados esperados são a melhoria da qualidade do ar, com a consequente melhoria da saúde pública e aumento da expectativa de vida dos habitantes das grandes cidades. A redução das emissões veiculares reflete diretamente na questão do aquecimento global e na questão da concentração de ozônio na troposfera, responsável pelo efeito estufa.
(Fonte: MMA)

Clima faz vegetação da Amazônia subir os Andes, diz estudo

As mudanças climáticas parecem estar levando árvores típicas da Floresta Amazônica e doenças antes limitadas a regiões mais baixas a subir as encostas dos Andes, no sudeste do Peru.
As plantas sobem a uma taxa média de 25 metros por década de acordo com uma pesquisa da universidade britânica de Oxford, coordenada pelo professor Yadvinder Malhi, diretor do Centro de Florestas Tropicais.
Ao mesmo tempo, algumas autoridades sanitárias peruanas afirmam ter constatado um aumento no número de casos de malária, dengue e bartonellose em altitudes em que as doenças não eram comuns, e a taxa de mortalidade das doenças nestas "novas" áreas é de 30%.
Entre as plantas, 37 das 115 espécies de vegetação amazônica identificadas na região estão subindo ainda mais rapidamente, a uma taxa de 3,78 metros por ano.
"A Amazônia está se aquecendo rapidamente, e para garantir a sua sobrevivência, algumas espécies já começaram a migrar para cima", disse Malhi.
Na altitude - A área estudada fica entre a floresta amazônica próxima a Puerto Maldonado, no Peru, e os bosques a cerca de 3,45 mil metros de altitude, nos arredores da reserva biológica de Wayquecha.
Os estudiosos realizaram um levantamento inicial em 2003, repetindo-o em 2007."A Cyathea, uma árvore de samambaia, é o gênero que mais migrou, mas outros também migraram, como o Hedyosmum, Clethra, Clusia, Schlefflera, Miconia e Virola", disse a pesquisadora Natividad Rauran Quisiyupanqui, que integra a equipe no Peru.
A migração também teria afetado mosquitos portadores de doenças. O médico Manuel Montoya, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Regional de Cuzco, a mais de 3,3 mil metros de altitude no Peru, não tem dúvidas de que há uma relação com a mudança climática".
Começamos a notar essas mudanças com mais força a partir de 98, com o fenômeno do El Niño. A partir de então, começamos a ver uma espécie de ruptura e uma mudança ecológica nas enfermidades", afirmou.
No entanto, há também vários estudos que questionam uma relação direta entre mudança climática e distribuição geográfica de doenças.Para a especialista em Epidemiologia Ambiental da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Sari Kovats, faltam provam científicas que indiquem uma maior incidência de doenças tropicais nos Andes provocadas por um aumento de temperaturas.
Escalada lenta - No caso das plantas, a relação parece ser direta, mas os cientistas descobriram que a velocidade de migração das plantas não acompanha as estimativas de aquecimento, que variam entre conservadores 2ºC nos próximos cem anos a até 4ºC ou 5ºC.
"As árvores estão avançando em média 25 metros por década. É um passo largo, mas se fosse manter o ritmo das mudanças climáticas, a velocidade deveria dobrar", afirmou Malhi.Além disso, a estratégia de migração não é tão eficiente para todos os gêneros e espécies. Ela depende de como as sementes são dispersadas. Aquelas dispersadas por aves ou pelo vento podem chegar mais longe, mas as que dependem de animais podem correr mais riscos.
Para os cientistas, no entanto, um dos principais obstáculos é o fator humano. Para que as plantas possam, seria necessário um corredor natural para que elas se dispersassem.De acordo com o estudioso Timothy J. Killeen, entretanto, aos pés dos Andes "há petróleo, biocombustíveis, pessoas com fome em busca de terras para cultivar, além de homens ambiciosos que querem se encher de dinheiro com o ouro depositado durante milhões de anos nos sedimentos aluviais da Amazônia".
'Fim de espécies' - Killeen é o autor do livro "A Perfect Storm in the Amazon Wilderness" (Uma Tempestade Perfeita na Amazônia Selvagem, em tradução livre), que debate as mudanças que ameaçam a biodiversidade na região amazônica.
Mas, na opinião dos cientistas, mesmo que se possa "auxiliar" na migração das espécies Andes acima, existem limites naturais para tal migração.
Ou seja, independentemente do que possa ser feito "as comunidades de plantas como as conhecemos hoje não existirão no futuro. Serão destruídas e veremos novas comunidades como resultado da adaptação de cada espécie", afirmou Malhi.
O destino final de diversas delas é o garimpo. A atividade muitas vezes visa garantir o sustento de famílias acuadas pela falta de oportunidades em cidades mais altas, como Puno, Cuzco e Arequipa, mas é uma das principais causa dos desmatamento na região.
O desmatamento na Amazônia é tido como uma das principais causas do aquecimento global, que, por sua vez, estaria levando a vegetação e as doenças Andes acima.Garimpo - Para explorar o ouro, os garimpeiros dragam trechos de lagos e rios, revolvendo e destruindo o solo de praias e florestas.
No passo seguinte, ao separar o ouro da areia, eles usam mercúrio, que por sua vez contamina o solo, a água e a atmosfera. "O problema está crescendo de forma exponencial, porque não tem havido controle do Estado", afirmou Carlos Nieto, chefe da Reserva Nacional de Tambopata, um parque nacional próximo as áreas de garimpoOrganizações não-governamentais que trabalham em Puerto Maldonado, a capital da região, afirmam que cerca de 30mil pessoas trabalham informalmente no garimpo.
O Ministério do Meio Ambiente admite que das 2,8 mil concessões de exploração existentes na região, apenas 16 apresentaram estudos de impacto ambiental.
Na tentativa de brecar este crescimento desordenado, os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia suspenderam a concessão de licenças por dois anos.
O próprio ministro do Meio Ambiente, Antonio Brack, classificou a atividade mineradora informal de "câncer" reconheceu que "é um dos maiores problemas ambientais do país".
(Fonte: G1)

Mutações do vírus da nova gripe matam duas pessoas na França

O Instituto Nacional de Vigilância Sanitária (INVS) da França confirmou nesta sexta-feira (27) a morte de dois pacientes que apresentavam "mutações no genoma do vírus da nova gripe.
"Trata-se da mesma mutação identificada na Noruega, segundo o comunicado divulgado pelo INVS, no qual se explica que "essa mutação poderia aumentar a capacidade do vírus" para alcançar as vias respiratórias e chegar ao tecido pulmonar.
Os dois mortos não tinham relação entre eles e estavam hospitalizados em lugares diferentes, acrescenta a nota. Segundo o INVS, em um deles foi constatada "outra mutação conhecida por provocar resistência ao oseltamivir", um dos dois princípios ativos do antiviral Tamiflu, utilizado para combater a gripe.
"É a primeira cepa resistente na França dentre as 1.200 analisadas até o momento", acrescenta.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sustenta que tanto as vacinas como os remédios antivirais continuam sendo eficazes contra a nova gripe, apesar das mutações do vírus registradas em Noruega, Hong Kong e agora na França.
(Fonte: G1)

Mais da metade dos fumantes planeja parar de fumar, segundo IBGE

Dos 24,6 milhões de fumantes de tabaco, 52,1% afirmaram planejar ou pensar em parar de fumar. O dado é da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab) feita em 2008 e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).

Os percentuais de fumantes que pensavam em largar o vício eram maiores no Distrito Federal (62,2%), Tocantins (61,3%) e na Bahia (61,1%). O índice também foi maior entre mulheres (57,1% das fumantes), do que entre homens (49,2%).
Entre as pessoas que se declaram não fumantes, 92,5 milhões de pessoas (64,7% da população com mais de 15 anos) nunca fumaram e cerca de 26 milhões de pessoas são ex-fumantes. A maioria dos ex-fumantes do país (57,3%) deixou o vício há 10 anos ou mais, tanto em relação a ex-fumantes homens ( 60,1%) quanto a mulheres (53,3%).
No entanto, a maioria dos fumantes faz planos a longo prazo para deixar o vício. Segundo o IBGE, 33,5% dos fumantes mencionaram a intenção de parar algum dia, mas não nos 12 meses seguintes. Outros 11,4% pensavam em parar nos 12 meses seguintes e apenas 7,3%, no mês seguinte.
Mais da metade dos fumantes (65,0%) disseram que pensaram em parar de fumar por causa dos rótulos de advertência nos maços de cigarro, 63,5% entre os homens e 67,2% entre as mulheres.
Os rótulos causaram menos impacto na Região Norte, onde 59,6% dos fumantes pensaram em parar; e mais impacto no Sudeste (66,7%) e Centro-Oeste (66,1%).Segundo o IBGE, entre os fumantes e ex-fumantes que pararam de fumar nos últimos 12 meses anteriores à data das entrevistas, que ocorreram em 2008, 45,6% tentaram parar de fumar nesse mesmo período. O índice é maior entre as mulheres (49,5%) em relação aos homens (43%). Nesse grupo dos que tentaram parar de fumar, 6,7% usaram medicamentos e 15,2% foram aconselhados por profissionais.
Fumaça em casa - Segundo o IBGE , 27,9% dos brasileiros acima de 15 anos afirmam que o local em que são expostas com mais frequência à fumaça produzida pelo consumo de tabaco de terceiros é a própria casa.
A exposição no local de trabalho foi relatada por 24,4% das pessoas acima de 15 anos. Em restaurantes, esse percentual alcançou 9,9%.
(Fonte: G1)

Sobe para 81 o número de municípios em estado de emergência no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul tem mais nove municípios em estado de emergência por causa das fortes chuvas, enchentes, temporais e cheias de rios. De acordo com o chefe da Defesa Civil do Estado, coronel Joel Prates Pedroso, o número de vítimas aumentou segundo o último levantamento realizado nesta sexta-feira (27), pela instituição. “Agora são mais nove municípios que foram atingidos e com isso decretaram estado de emergência ”.
Entraram na lista os municípios de Jari, São Pedro do Sul, Pinhal, Ferro Grande do Sul, Rodeio Bonito, Progresso, São Borja, Crissiumal e Dois Irmãos das Missões. Com isso, o estado passa a ter 81 municípios nessa situação.

As condições meteorológicas para este sábado (28) nas regiões oeste, centro e norte do Rio Grande do Sul, segundo previsão do Instituto Nacional Meteorologia (Inmet), são as mesmas de sexta-feira que teve pancadas fortes de chuvas, acompanhas de trovoadas e rajadas de vento em áreas isoladas.
(Fonte: Radiobrás)

Dinamarca mostra exemplo em produção de energia limpa

A poucos dias do início da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Copenhague, a Dinamarca se apresenta como um país de avançada tecnologia ambiental e um exemplo de que crescimento econômico e emissões poluentes não precisam andar juntos.De 1990 a 2007, a atividade econômica na Dinamarca cresceu mais de 45%, enquanto as emissões de dióxido de carbono (CO2) caíram em mais de 13%.
Segundo a vice-diretora geral da Agência da Energia dinamarquesa, Anne Hojer Simonsen, estes dados demonstram que "crescimento econômico pode estar desvinculado de consumo energético".
Se no final da década de 70 a Dinamarca era um país que dependia em 99% das importações de petróleo, hoje o panorama sofreu uma importante transformação: 19% do consumo energético procede das fontes de energia renováveis.Este dado é mais significativo se for levado em conta que o alvo da União Europeia (UE) para 2020 é que 20% da energia consumida proceda de fontes renováveis.Mais em vista - As metas do governo dinamarquês vão além. Em 2011, o consumo energético procedente das fontes de energia renováveis deve chegar pelo menos a 20% e para 2025 essa porcentagem deve subir para 30%.
Segundo Anne, a Dinamarca foi configurando nos últimos anos um marco político propício para esta transformação, aproveitando seus recursos naturais, fundamentalmente energia eólica e de biomassa, incentivando os projetos energéticos limpos e taxando fiscalmente os poluentes.
Atualmente, segundo dados da agência de energia, a Dinamarca tem uma capacidade instalada de energia eólica de 3.150 megawatts (aproximadamente 20% do consumo de energias renováveis), dos quais 640 megawatts procedem de plataformas instaladas no mar.
Importante também foi a decisão de descentralizar a produção de eletricidade e calor. Se nos anos 80 havia 15 centrais de cogeração, agora há mais de 700 distribuídas por todo o país, mais perto dos núcleos urbanos e, portanto, com um aproveitamento muito maior.
Biocombustível - Na Dinamarca, joio de trigo, madeira, biogás e resíduos biodegradáveis foram incorporados como matérias-primas para a produção de energia, para reduzir a emissão de CO2 e outros gases responsáveis pela mudança climática.
Um dos casos mais significativos é o da empresa Inbicon, recentemente inaugurada pelo príncipe Joaquin, que produz biocombustível a partir de joio de trigo, uma experiência única no mundo.É o chamado biocombustível de segunda geração, ou seja, que utiliza como matéria-prima aquilo que não pode ser consumido pelo homem, como a palha depois que o trigo é colhido.
Lene Haugaard Mikelsen, uma de suas responsáveis, explica que a tecnologia utilizada pela empresa permite reduzir em 84% as emissões de CO2 em comparação com o petróleo.
Os agricultores vendem sua palha à empresa - cerca de 30 mil toneladas ao ano -, que, depois de ser processada, produz 5,4 milhões de litros de etanol (que substitui a gasolina em automóveis), melaço (utilizado em bioquímica) e biocombustível, que substitui o carvão na geração de energia elétrica.Um exemplo de produção de energia elétrica e calórica por meio de biogás é o da empresa Hashoj, criada em 1994 por 21 granjeiros de uma região próxima a Copenhague.
Fertilizantes - A empresa utiliza os resíduos orgânicos de qualquer tipo. Por meio de um processo de pasteurização, o metano é separado do resto, que é transformado em fertilizantes ricos em potássio, fósforo e nitratos e que volta aos armazéns agrícolas.
O metano é armazenado e transportado por gasodutos a uma pequena central próxima de cogeração, que fornece eletricidade e calor a cerca de 500 consumidores.Estes casos contribuíram para o fato de que atualmente a Dinamarca tenha desenvolvido um forte potencial na exportação de tecnologias e equipamentos ligados à produção de energia limpa.
Segundo os dados da agência de energia, um terço do mercado de turbinas para energia eólica é de procedência dinamarquesa.
No total, as exportações dinamarquesas de tecnologia energética aumentaram em 2007 para 52 bilhões de coroas (6,934 bilhões de euros), o triplo que o registrado em 1996, o que representa mais de 9% das exportações do país.
(Fonte: Folha Online)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta sexta-feira (20) em comunicado que o Instituto de Verão no sul terá calor acima da média


Os meteorologistas do Centro de Informações de Recursos Ambientais de Santa Catarina (CIRAM) divulgaram um relatório que prevê um verão com temperaturas muito acima da média na região sul do Brasil, principalmente no final de dezembro e início de janeiro. Neste mesmo período, está prevista a maior incidência de chuvas em praticamente toda a região.

De acordo com o meteorologista Marcelo Martins, a diminuição da atuação do fenômeno climático El Niño, que trouxe chuva acima do índice nesta primavera, deve reduzir a incidência da precipitação no início de 2010. Mesmo assim, temporais típicos da nova estação devem ser registrados com alguma frequência.

"Eventos extremos, como temporais acompanhados de ventos fortes, descargas elétricas e até mesmo queda de granizo não estão descartados em função do aquecimento típico desta época do ano", destaca.

A grande preocupação, segundo Martins, é com o Índice de Raios Ultravioleta (IUV) que pode atingir níveis máximos, causando riscos à saúde como desidratação e insolação. "A chuva deve dar uma trégua no mês de janeiro e fevereiro, e teremos vários dias seguidos com temperaturas muito altas e dias secos", destaca.

Enquanto a nova estação não chega, a chuva continua em praticamente toda a região sul. De acordo com o CIRAM, a previsão é de que a instabilidade possa trazer inclusive temporais nesta quinta e sexta-feira, principalmente no litoral de Santa Catarina.
A Defesa Civil do estado emitiu um alerta, pois as rajadas de vento ainda podem atingir a marca de 45 km/h.

OMS registra mutação do vírus da gripe suína na Noruega

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta sexta-feira (20) em comunicado que o Instituto de Saúde Pública da Noruega identificou uma mutação em três espécies do vírus H1N1, cuja variação A H1N1 causa a chamada gripe suína. Segundo a organização, a mutação está sendo monitorada, mas não há ainda dados conclusivos para avaliar se a mutação tornou o vírus mais letal.
As mutações foram identificadas nos dois primeiros caos de morte por vírus da gripe suína na Noruega e em um paciente que sofria de grave doença quando foi contaminado pelo vírus. Segundo o comunicado da OMS, mais de 70 pacientes com a doença foram analisados e nenhum outro caso foi identificado.
A organização afirmou ainda que o vírus mutante é sensível ao tratamento com drogas antivirais como a oseltamivir e zanamivir - atualmente utilizados para o combate à gripe suína - e que as vacinas são eficientes para evitar a contaminação.
A OMS destaca ainda que mutações no vírus da gripe suína foram identificadas ainda no Brasil, na China, Japão, México, Ucrânia e Estados Unidos. "Apesar das informações sobre estes casos serem incompletas, vários casos de vírus com esta mesma mutação foram detectados em casos fatais e mais leves. (...) O significado desta descoberta para a saúde pública ainda é incerta", destaca o texto.
As mutações aparentemente ocorrem de maneira esporádica e espontânea e não parece haver uma epidemia desta espécie mutante do vírus.
Quando a pandemia de gripe suína surgiu, a OMS temia que o vírus - de fácil transmissão, mas baixa letalidade - pudesse se murar com vírus da gripe aviária - de difícil transmissão e alta letalidade -, o que criaria um vírus especialmente perigoso.
Até agora, meses após os primeiros casos, em abril passado, nenhuma mutação perigosa foi registrada.
(Fonte: Folha Online)

OMS elogia políticas de prevenção do HIV no Brasil

O relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids) tece um elogio à América Latina - com enfoque especial no Brasil - sobre as políticas de prevenção do HIV, sobre as quais "análises sugerem que ajudou a mitigar a epidemia no país". Na região como um todo, entretanto, o controle epidêmico é "altamente variável".
O número de pessoas vivendo com HIV na América Latina é 2 milhões, de acordo com o relatório - um crescimento de 25% em relação a 2001, quando o número de contaminados era 1,6 milhão.
Outros números que aumentaram foram a taxa de crianças infectadas (de 6.200 para 6.900, no intervalo de oito anos apontado pela OMS) e de mortes em decorrência da doença (de 66 mil para 77 mil, no mesmo período de tempo).
Ainda que haja aumento, os dados epidemiológicos, segundo informa o documento, indicam uma estabilização da infecção por HIV na região.
No mundo - No panorama mundial, os dados apontam que o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001. No entanto, o número total de pessoas vivendo com HIV era 20% mais alto em 2008, tendo como base o ano 2000. Prevalece, então, o triplo de contaminados em relação a 1990.
Segundo o relatório, o crescimento do número ocorre pela combinação entre novos infectados e o sucesso das terapias antiretrovirais. Em dezembro de 2008, 4 milhões de pessoas receberam remédios antiretrovirais.
Todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) do índice de contaminação.
A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registra uma queda de 15% em novas transmissões - o que significa, aproximadamente, 400 mil pessoas a menos.Na Ásia Oriental - região na qual se esperava uma explosão da doença - houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia se "estabilizou" devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.
"A boa notícia é que temos evidencias de que as quedas que estamos vendo se devem, ao menos por parte, à prevenção". disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. "Entretanto, as descobertas mostram que, às vezes, os programas de prevenção não resultam em nada, e que se melhorarmos a obtenção de recursos para que os programas atuem onde há mais impacto, haverá um progresso maior e se salvarão mais vidas.
"No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da Aids. Embora este número signifique um crescimento se comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV.
Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões.
"O número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida", informa o relatório, cuja elaboração ocorreu a partir de dados compilados em 2008.
(Fonte: Folha Online)

E-mails de cientistas vazam e céticos do aquecimento dizem achar "provas"

Piratas virtuais tiveram acesso a pouco mais de mil e-mails trocados desde 1996 por alguns dos principais climatologistas ao redor do mundo e colocaram tudo na internet.Céticos do aquecimento global dizem ter encontrado ali provas de que os cientistas falsificaram deliberadamente pesquisas. Os cientistas rebatem dizendo que os céticos estão vendo uma conspiração onde não há nada.
Os invasores conseguiram isso ao acessar os servidores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, que é um centro de referência em estudo do clima. A frase que vem causando mais confusão está em mensagem enviada por um professor de lá, o climatologista Phil Jones, a colegas nos EUA.
Ele dizia que tinha usado o mesmo "truque" que Michael Mann, geofísico da Universidade Estadual da Pensilvânia, para "esconder o declínio" em uma série de temperaturas.No site Real Climate (www.realclimate.org), os cientistas escreveram para se defender. Dizem que usam "com frequência o termo truque para se referir a um bom jeito de lidar com um problema, e não para dizer que algo é secreto".
Sobre "esconder o declínio", eles dizem que Jones se referia a um problema científico específico --as medições do tamanho dos anéis das árvores - e que escolheu mal as palavras.Morreu! - As mensagens tinham caráter bastante pessoal. Por isso, é possível encontrar mensagens xingando céticos do clima ("idiotas") e até comemorando a morte de um deles (o australiano John Daly, em 2004).
Um climatologista (Ben Santer, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos EUA) diz que se encontrasse o cético do aquecimento global Pat Michaels (climatologista da Universidade de Virgínia) ficaria "tentado a bater" nele.Circulou também uma montagem amadora de céticos do clima famosos em uma placa de gelo, dizendo que o aquecimento global é uma fraude.
Os autores dos e-mails não negam que eles sejam verdadeiros. Mas dizem que o fato de serem elegantes ou não em conversas pessoais não serve como crítica aos seus trabalhos.
"A gravidade não é uma teoria útil porque Newton era uma pessoa legal", dizem. (Notavelmente, Isaac Newton não foi um sujeito muito carismático.)
"É tentador apontar e dizer que as pessoas não deviam abrir tanto seus pensamentos.
Mas quem ficaria feliz se seus e-mails virassem públicos?
"De qualquer forma, a maior parte das conversas não passa de discussões técnicas, que podem soar muito chatas para quem não é climatologista.
Houve controvérsia em torno de mensagens em que se debatia como divulgar ao público evidências de que o aquecimento global é causado por humanos. Eles discutiam a possibilidade de escolher modos de elaborar os trabalhos para que o aquecimento impressionasse. Mas nenhum e-mail mencionava manipulação de dados.
(Fonte: Folha Online)

Em evento raro, icebergs são avistados próximos de ilha australiana

Um iceberg foi fotografado a partir da praia de Sandy Bay, na costa leste da Ilha Macquarie, 1,5 mil quilômetros a sudeste da Tasmânia, na Austrália.A imagem, divulgada nesta terça-feira (24), é de 16 de novembro (segunda-feira da semana passada), informa a agência Associated Press. Foi registrada pela Divisão Antártica Australiana.
É muito raro observar icebergs a partir das Ilhas Macquarie.Desde a semana passada, cresce o interesse em acompanhar a marcha dos icebergs que se desprenderam da Antártida e rumam na direção da Austrália e da Nova Zelândia. Na sexta-feira (20), por exemplo, cientistas informaram que quatro icebergs se aproximavam da Nova Zelândia e, naquele momento, se encontravam a cerca de 400 quilômetros de distância do sul do país.
Os icebergs estariam se deslocando rumo ao norte a uma velocidade de 1,25 km/h. Singrando águas mais quentes, tinham começado a se deteriorar. Na segunda-feira (23), chegou-se a falar em alerta naval, pelo risco de choque de embarcações com essa frota inusitada de superfragmentos de gelo. Segundo a agência EFE, fenômeno similar ocorreu em 2006, quando um grupo de enormes blocos flutuantes chegou a 25 quilômetros do litoral sul da Nova Zelândia.
Os iceberg procedem provavelmente da Plataforma de Gelo de Ross, que se rompeu entre 2000 e 2002, segundo Mike Williams, cientista do Instituto de Pesquisa Atmosférica e Água.
(Fonte: G1)

Produtor usa mais agrotóxico que o necessário


Os produtores rurais brasileiros têm usado mais agrotóxicos do que seria necessário para combater as pragas e doenças em suas lavouras. Ao vincular o receituário dos engenheiros agrônomos à dosagem recomendada nos rótulos dos produtos, a atual Lei de Agrotóxicos mantém aberta essa brecha que estimula um alto consumo de químicos no país.

'O agrônomo não pode receitar doses menores de defensivos porque a Lei nº 7.802, de 1989, exige a dose completa do rótulo. Os veterinários podem fazer, mas os agrônomos não podem', afirmou o coordenador de Controle de Resíduos e Contaminantes Vegetais do Ministério da Agricultura, Carlos Ramos Venâncio. Em 2008, os produtores gastaram US$ 7,12 bilhões para adquirir 734 mil toneladas de agrotóxicos no Brasil.

O Senado iniciou ontem o debate para alterar a lei. Em audiência pública, o presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Valter Pereira (PMDB-MS), anunciou a disposição de modificar alguns pontos da lei para permitir aos agrônomos a receita exata de cada produto. 'Temos que mudar essa lei', disse. A alteração pode vir por meio de um projeto de lei do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), em tramitação no Congresso.

A indústria concorda com a iniciativa porque também considera haver outros interesses em jogo, como a aprovação de produtos específicos para as chamadas 'minor crops' - hortaliças, frutas e legumes. Além disso, os fabricantes de agrotóxicos buscam combater o contrabando de produtos ilegais, sobretudo de origem chinesa, em regiões de fronteira com Paraguai e Argentina. 'Só pode receitar o que está no rótulo. [O agrônomo] tem que passar a ser responsável-técnico pela fazenda ou lavoura, e não ser apenas receitador', defendeu o diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), José Roberto da Ros.

As alterações na Lei de Agrotóxicos devem incluir a permissão para registro e produção de agrotóxicos para as 'minor crops'. Hoje, não existem produtos específicos para essas culturas. Produtores de frutas e hortaliças temem a suspensão das importações pela União Europeia em razão do uso ilegal de determinados agrotóxicos não autorizados pelo governo. Os produtores têm que usar produtos ilegais e a UE anunciou recentemente que restringirá o uso de agrotóxicos em produtos comprados pelos 27 países do bloco.

A UE passará a exigir resíduos em 'partes por bilhão'. Ou seja, será mil vezes mais restrito do que ocorre atualmente. Os produtores informam que a UE reduzirá de 972 para 469 as substâncias permitidas dentro do bloco. Por isso, os órgãos registradores terão que autorizar o uso de novos produtos e novas moléculas no curto prazo.

O debate dura seis anos no Brasil. E a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promete uma solução para meados de 2010. 'Vamos ter uma instrução normativa conjunta adaptada de uma regra aplicada nos Estados Unidos', afirmou o gerente de Avaliação do Risco da Gerência-Geral de Toxicologia da Anvisa, Ricardo Augusto Velloso. 'Um produto registrado no tomate poderá ser usar no pimentão. Mas serão produtos com características toxicológicas mais suaves'.
Mauro Zanatta, de Brasília
Fonte:Valor Econômico

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cidades precisam se preparar para mudanças climáticas

A preocupação com as alterações climáticas há muito deixou os laboratórios e se tornou prioridade para governos e empresas, que per cebem, cada vez mais, seus impactos na vida urbana. As mudanças no clima também afetam a saúde e a qualidade de vida dos moradores de grandes metrópoles, que já sentem na pele (e nos pulmões) seus efeitos negativos. Porém, o que pesquisadores revelam é que esses impactos serão muito mais prejudiciais para a saúde em cidades que não estão devidamente preparadas para lidar com eles.
Baseada nisso, a rede Urban Climate Change Research Network, ligada à Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, realizou um levantamento global que busca mostrar como essas mudanças climáticas, de fato, afetam as condições de vida das populações – e até que ponto as autoridades podem agir para prevenir ou minimizar os efeitos.
"A variação do clima traz impactos para a temperatura, os ventos e até mesmo a qualidade do ar e da água, podendo provocar enchentes, secas e, consequentemente, diversas doenças", explica a economista e pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Martha Barata, uma das colaboradoras do estudo.
– Porém, a intensidade desses impactos vai variar de acordo com as condições sociais, ambientais e de infraestrutura dessas cidades.Os danos que a mudança climática pode causar na saúde, direta ou indiretamente, são muitos. Segundo Martha, vários centros urbanos sentem os efeitos diretos no caso, por exemplo, de enchentes – que causam traumas físicos e psicológicos instantâneos – ou de ondas de calor que vêm resultando em mortalidades, especialmente entre idosos, em vários países da Europa.
Já os impactos indiretos vão desde a proliferação de vetores de doenças (como mosquitos e ratos) ao aumento de alergias e problemas ,em decorrência da diminuição da qualidade do ar. Além disso, as mudanças climáticas alteram até mesmo a agricultura, gerando movimentos migratórios de expulsão rural e contribuindo para agravar os problemas sociais dentro das grandes cidades.
"Às vezes, as condições naturais, como o relevo, também contribuem para agravar problemas climáticos", completa a pesquisadora. "É por isso que a Zona Sul do Rio de Janeiro, que tem uma topografia que permite maior circulação do ar, não sofre com a poluição do ar como São Paulo, por exemplo.
"E no caso climático, vale um velho ditado: “É melhor prevenir do que remediar”. Segundo Martha Barata, uma adaptação de sucesso às alterações ambientais depende de iniciativas que preparem, desde já, o governo e a população das grandes cidades para lidar com seus impactos.
"Trabalhando problemas como a qualidade da água e do ar, o governo pode reduzir os danos com o tratamento de doenças como hepatite, dengue ou patologias respiratórias", defende Martha. "O impacto depende muito do local e da educação, e a preocupação com esses investimentos pode poupar gastos no futuro.
"Nesse sentido, a pesquisa procura orientar essas decisões, propondo iniciativas que englobam todos os campos da vida nas cidades, desde melhorias em hospitais e profissionais de saúde a soluções sustentáveis em transportes e habitação. Para isso, Martha defende um planejamento urbano visando à otimização de recursos e logística:
"É preciso pensar em construir prédios mais sustentáveis, criar alternativas energéticas e pensar em danos ambientais, como os causados pelo uso de agrotóxicos ou usinas hidreléticas", defende a economista. "As ações, no sentido da saúde, devem levar em consideração o planejamento urbano, já que a saúde também envolve vários campos sócio-econômicos.
"O Rio já tem uma iniciativa nesse sentido. No momento, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) conduzem um estudo para avaliar indicadores de vulnerabilidade dos municípios em relação às mudanças climáticas. A ideia é que, a partir desses índices, as autoridades possam aplicar as políticas adequadas, contribuindo para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cariocas.
"É necessário um setor de saúde bem preparado para receber mudanças", conclui Martha. "O clima vem se tornando uma preocupação cada vez maior."
(Fonte: Jornal do Brasil)

Cientistas criticam proposta de "2012" e indicam cenários de fim do mundo

A Nasa (agência espacial norte-americana) criticou a Sony em outubro por sugerir, em sua campanha publicitária para o filme "2012", que o mundo acabaria em 2012.
No ano passado, o Cern (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), também assegurou que o mundo não acabaria tão cedo - portanto, acho que tudo isso é uma boa notícia para quem fica nervoso facilmente.
Com que frequência vemos duas instituições científicas top de linha como essas nos garantindo que está tudo bem?
Por outro lado, é meio triste, se você estava ansioso por tirar umas férias das prestações do imóvel para financiar uma última festança.As declarações do Cern tiveram a intenção de aliviar temores de que um buraco negro sairia de seu novo Grande Colisor de Hádrons (LHC) e engoliria a Terra.
O pronunciamento da Nasa, na forma de vários posts em sites e um vídeo postado no YouTube, foi uma resposta a temores de que o mundo fosse acabar no dia 21 de dezembro de 2012, quando um ciclo de 5.125 anos conhecido como Grande Contagem no calendário maia teoricamente chegaria a um fim.
Filme - O burburinho em torno do fim dos dias atingiu o auge com o lançamento do filme "2012", dirigido por Roland Emmerich, que já trouxe desgraças fictícias para a Terra anteriormente, com alienígenas e geleiras, em "Independence Day" e "O Dia Depois de Amanhã".
No filme, o alinhamento entre o Sol e o centro da galáxia, no dia 21 de dezembro de 2012, faz com que o astro fique ensandecido e lance na superfície da Terra inúmeras partículas subatômicas ambíguas conhecidas como neutrinos.
De alguma forma, os neutrinos se transformam em outras partículas e aquecem o centro da Terra. A crosta terrestre perde suas amarras e começa a se enfraquecer e deslizar por aí.
Los Angeles cai no oceano; Yellowstone explode, causando uma chuva de cinzas no continente. Ondas gigantes varrem o Himalaia, onde governos do planeta tinham construído em segredo uma frota de arcas, nas quais 400 mil pessoas selecionadas poderiam se abrigar das águas.
Porém, essa é apenas uma versão do apocalipse. Em outras variações, um planeta chamado Nibiru colide com o nosso ou o campo magnético da Terra enlouquece.Existem centenas de livros dedicados a 2012, e milhões de sites, dependendo de que combinação de "2012" e "fim do mundo" você digite no Google.
"Tolices" - Segundo astrônomos, tudo isso é besteira.
"Grande parte do que se alega que irá ocorrer em 2012 está baseada em desejos, grandes tolices pseudocientíficas, ignorância de astronomia e um alto nível de paranoia", afirmou Ed Krupp, diretor do Griffith Observatory, em Los Angeles, e especialista em astronomia antiga, em um artigo publicado na edição de novembro da revista "Sky & Telescope".
Pessoalmente, adoro histórias sobre o fim do mundo desde que comecei a consumir ficção científica, quando era uma criança sem afeto. Fazer o público se borrar nas calças é o grande lance, desde que Orson Welles transmitiu a "Guerra dos Mundos", uma notícia falsa sobre uma invasão de marcianos em Nova Jersey, em 1938.
No entanto, essa tendência tem ido longe demais, disse David Morrison, astrônomo do Ames Research Center da NASA, em Moffett Field, Califórnia. Ele é autor do vídeo no YouTube refutando a catástrofe e um dos principais pontos de contato da agência sobre a questão das profecias maias prevendo o fim dos dias."Fico com raiva de ver como as pessoas estão sendo manipuladas e aterrorizadas para alguém ganhar dinheiro", disse Morrison. "Não há direito ético que permita assustar crianças para ganhar dinheiro".
Desesperados - Morrison afirmou receber cerca de 20 cartas e mensagens de e-mail por dia de pessoas até da Índia, assustadas até o último fio de cabelo. Em uma mensagem de e-mail, ele anexou exemplos que incluíam uma mulher perguntando se deveria se suicidar, matar sua filha e seu bebê ainda no útero. Outra mensagem veio de uma pessoa questionando se deveria sacrificar seu cachorro, a fim de evitar o sofrimento de 2012.
Tudo isso me fez lembrar os tipos de cartas que recebi no ano passado sobre o suposto buraco negro do Cern. Isso também era mais ficção científica do que fato científico, mas aparentemente não há nada melhor que a morte para nos aproximar de domínios abstratos como física e astronomia. Nessas situações, quando a Terra ou o Universo não estão nem aí para você e seus entes queridos, o cósmico realmente se torna algo pessoal.
Morrison disse não culpar o filme por todo o burburinho, não tanto quanto os vários outros divulgadores das previsões maias e a aparente incapacidade de algumas pessoas (e isso se reflete em vários aspectos da nossa vida nacional) de distinguir a realidade da ficção. Porém, ele disse, "meu doutorado foi em astronomia, não em psicologia".
Em mensagens de e-mail, Krupp disse: "Sempre estamos incertos em relação ao futuro, e sempre consumimos representações dele. Somos seduzidos pelo romantismo do passado longínquo e pela escala exótica do cosmo. Quando tudo isso se junta, ficamos hipnotizados".O porta-voz da Nasa, Dwayne Brown, afirmou que a agência não faz comentários sobre filmes, deixando essa tarefa para os críticos de cinema. No entanto, quando se trata de ciência, disse Brown, "achamos que seria prudente oferecer um recurso".
Aquecimento global - Se você quer ter algo para se preocupar, afirma a maioria dos cientistas, deve refletir sobre as mudanças climáticas globais, asteróides ou guerra nuclear. Porém, se a especulação sobre as antigas profecias mexem com você, aqui estão algumas coisas, segundo Morrison e outros, que você deve saber.
Para começar, os astrônomos concordam que não há nada especial em relação ao alinhamento do Sol e do centro galáctico. Isso ocorre todo mês de dezembro, sem nenhuma consequência física além do consumo exagerado de panetones. De qualquer forma, o Sol e o centro galáctico não vão exatamente coincidir, nem mesmo em 2012.
Se houvesse outro planeta lá fora vindo em nossa direção, todo mundo já teria percebido. Quanto às violentas tempestades solares, o próximo auge do ciclo das manchas solares só ocorrerá em 2013, e será no nível mais suave, afirmam astrônomos.
O apocalipse geológico é uma aposta melhor. Já houve grandes terremotos na Califórnia, e provavelmente haverá outros. Esses tremores poderiam destruir Los Angeles, como mostrou o filme, e Yellowstone poderia entrar em erupção novamente com uma força cataclísmica, mais cedo ou mais tarde.
Nós e nossas obras somos, de fato, apenas passageiros frágeis e temporários na Terra. Porém, neste caso, "mais cedo ou mais tarde" significa centenas de milhões de anos - e haveria bastante aviso quando chegasse a hora.
Os maias, que eram astrônomos e cronometristas bons o suficiente para prever a posição de Vênus 500 anos no futuro, merecem coisa melhor.
O tempo maia era cíclico; especialistas como Krupp e Anthony Aveni, astrônomo e antropólogo da Colgate University, afirmam não haver evidências de que os maias achassem que algo especial ocorreria quando o marcador da Grande Contagem atingisse 2012. Existem referências em inscrições maias a datas antes e depois da atual Grande Contagem, afirmam os especialistas.
Sendo assim, continue pagando suas prestações normalmente.
(Fonte: Folha Online)

Sobe para 30 número de cidades em emergência no RS; 10 mil estão sem luz

Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou na tarde desta segunda-feira (23) que subiu para 30 o número de cidades que decretaram situação de emergência devido às fortes chuvas que atingem a região desde a semana passada. Desde quinta-feira (19), sete pessoas morreram no Estado.
De acordo com o tenente-coronel Joel Prates Pedroso, coordenador da Defesa Civil, o número de decretos ainda vai aumentar, uma vez que diversas cidades ainda estão sendo afetadas pelas chuvas. Na tarde de hoje, ainda eram registradas cerca de 7.000 pessoas fora de casa, devido aos temporais.
A região mais afetada é a centro-sul, onde estão as cidades de Rosário do Sul, Camaquã e Quarai, onde se concentram as cerca de 6.000 pessoas desalojadas - hospedados em casas de parentes e amigos - e os mil desabrigados, ou seja, dependem de abrigos públicos. O total de pessoa fora de casa chegou a ser de 30 mil na semana passada.
Os problemas causados pelos temporais dos últimos dias ainda deixavam quase 10 mil pessoas sem energia elétrica na tarde desta segunda-feira no Rio Grande do Sul. Apenas na área de concessão da AES Sul eram contabilizadas 7,8 mil pessoas sem luz, sendo 2,9 mil apenas na região central do Estado.
Já na área de concessão da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) havia 1.800 consumidores sem energia no horário, com destaque para o litoral norte. A RGE (Rio Grande Energia) afirmou que não existe mais problema de fornecimento de energia em sua área de concessão.

No Estado de Santa Catarina, as chuvas também causaram estragos e provocaram a morte de uma pessoa na semana passada. Até hoje, duas cidades tinham decretado emergência. São elas: Maracajá e Orleans. De acordo com a Defesa Civil, há cerca de 1.300 pessoas fora de suas casas em todo o Estado.
Já no Paraná, os bombeiros permanecem as buscas por um casal que está desaparecido desde quinta (19), após ter o carro em que estavam ser arrastado por uma enxurrada. Outros dois veículos também foram arrastados, mas os passageiros conseguiram sair sem ferimentos.
Ainda no Paraná, a Defesa Civil informou que a cidade de Manoel Ribas ainda contabiliza os estragos causados pelas chuvas, e já existem registro de 20 famílias desalojadas. Outras cidades que registraram problemas com as chuvas neste fim de semana são: Maringá, Cascavel e Ponta Grossa.

(Fonte: Folha Online)

Renault admite deixar Fórmula 1 por questão ambiental

'Não sei o quanto é possível intercalar a Fórmula 1 com nossas preocupações ambientais', diz Carlos Ghosn

PARIS - A permanência da Renault na Fórmula 1 continua em dúvida, e nesta terça-feira surgiu uma nova questão que pode dificultar o caminho da montadora na categoria. Além dos aspectos econômicos, o presidente da marca - o brasileiro Carlos Ghosn - vê a questão ambiental como entrave.
Nos últimos anos as montadoras têm saído da Fórmula 1. Foram três em 12 meses [Honda, BMW e Toyota]. Então há várias questões a serem resolvidas. Não sei o quanto é possível intercalar a Fórmula 1 com nossas preocupações ambientais", disse Ghosn em entrevista à edição indiana da revista Forbes.
A Renault deve fazer um anúncio em dezembro sobre seus planos na categoria. Embora não haja informações oficiais, são constantes os boatos de que a montadora deixará a categoria.
Em 2009, além do desempenho ruim nas pistas, a Renault teve seu nome muito manchado pela eclosão do escândalo do GP de Cingapura do ano passado, quando os diretores Flavio Briatore e Pat Symonds arquitetaram um acidente de Nelsinho Piquet para beneficiar Fernando Alonso.

Brasil tem metas ambientais ambiciosas, mas possíveis, diz Banco Mundial

Proposta inclui redução de emissões de gases do efeito estufa entre 36,1% a 38,9%, até 2020
O Brasil tem metas ambiciosas para a reunião sobre mudanças climáticas que será realizada em dezembro, mas que podem ser alcançadas na avaliação da economista chefe do Banco Mundial e co-autora do Relatório Desenvolvimento e Mudanças Climáticas, Marianne Fay.

– São bastante viáveis e ambiciosas e podem ter consequências bastante positivas para a economia brasileira – afirmou.

O Brasil vai levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, uma proposta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa no intervalo de 36,1% a 38,9%, até 2020.

Ela disse ainda que as mudanças climáticas vão trazer impacto para as economias, principalmente dos países em desenvolvimento, cujas economias dependem dos seus ecossistemas e de capital natural para a produção.

– A estimativa é de que na África e no sul asiático a renda anual per capita vai baixar entre 4% e 5%. O que é estimado para o Brasil também, que é um país bastante vulnerável porque grande parte da sua economia depende do meio ambiente e da agricultura, que são setores muito vulneráveis a mudanças climáticas – explicou.

O coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Banco Mundial, Mark Lundell, disse que para o Brasil alcançar a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa serão necessários bilhões de dólares.

– A estimativa de demanda para implementar as metas ambiciosas do Brasil é de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões por ano. Em termos de fontes sempre vai haver participação do setor privado, principalmente em termos de novas tecnologias. Do lado das finanças, também vai haver bancos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (Bird) – afirmou ele.
Em relação aos aspectos mundiais, a co-autora do relatório, Marianne Fay, disse que a principal mensagem do estudo é que tanto países ricos como pobres devem se unir para que haja uma efetiva redução dos efeitos do aquecimento global.

– A mensagem principal é que temos que atuar juntos e diferentemente. Não temos tempo a perder. Temos que começar imediatamente com metas ambiciosas e isso deve partir dos países ricos – afirmou.

Ela disse ainda que serão necessários entre US$ 140 bilhões e US$ 175 bilhões ao ano para investimentos em ações de mitigação.

Chocolate; chá e vinho são fontes de vitamina para o cérebro

Alimentos possuem grande quantidade de flavonóides e micronutrientes

Já foi comprovado que o consumo moderado de álcool e de chá está associado com um menor risco de declínio cognitivo em idades mais avançadas, e até mesmo que o chocolate amargo é uma ótima opção para aumentar o fluxo sanguíneo cerebral.
Mas o que uma recentes pesquisa descobriu é que esses três alimentos possuem algo em comum. "O Chocolate, chá e vinho são ricos em flavonóides, micronutrientes encontrados nos vegetais e que são poderosos antioxidantes".
Afirma Neurologista da Unicamp Ricardo Teixeira.A pesquisa publicada no Journal of Nutrition investigou o efeito desses três alimentos sobre o desempenho cerebral. Mais de 2 mil noruegueses com idade entre 70 e 74 anos foram submetidos a testes cognitivos e a um questionário sobre hábitos alimentares incluindo o consumo dos três alimentos pesquisados. E o resultado foi que indivíduos que consumiam vinho, chocolate ou chá apresentavam melhores scores nos testes cognitivos.
Essa associação foi independente para cada um dos alimentos, mais expressiva no caso do vinho, ou ainda mais significativa em indivíduos que consumiam regularmente os três alimentos. "Uma boa receita para o cérebro pode ser um cálice de vinho tinto à refeição, um pedacinho de chocolate amargo na sobremesa e um chá verde antes de sair da mesa.
Pra melhorar, só se tiver um peixinho rico em Omega 3 como prato principal". Ressalta Ricardo Teixeira.

Anorexia e bulimia prejudicam desde o esmalte dos dentes até o coração

Recusar um bom prato de comida por medo de engordar, mesmo estando bem abaixo do peso ideal, ou comer 5 mil calorias em uma única refeição são indícios de que algo não anda bem na maneira de se alimentar. Divididos em anorexia, bulimia e compulsão alimentar, os transtornos alimentares são capazes de causar sérios danos à saúde, caso não sejam tratados. Atingindo, na maioria das vezes, adolescentes com preocupações exageradas quando o assunto é aparência, as alterações na conduta alimentar são causadas por distorções mentais. "Nenhum dos pacientes que apresenta os sintomas de um transtorno alimentar procura tratamento sozinho. É importante que os familiares estejam atentos aos sinais", alerta Veruska Lafstória, psiquiatra do Programa de Orientação e Assistência aos Pacientes com Transtornos Alimentares, da Unifesp.
A pedido do Minha Vida, a especialista esclarece todas as dúvidas relacionadas às doenças que chegam despercebidamente e podem levar à morte.
Qual a diferença entre anorexia e bulimia?
"Uma pessoa com anorexia emagrece muito e a olhos vistos. E, mesmo assim, se acha gorda, porque tem uma imagem distorcida do próprio corpo", diz Veruska sobre um dos principais indícios da doença. O paciente se recusa a comer ou restringe radicalmente os alimentos do cardápio.
Outro sintoma que ajuda a diferenciar os transtornos é que os anoréxicos acreditam que a magreza é sinônimo de sucesso. "Caso esteja com o peso normal, o paciente acha que não vai conseguir um emprego ou namorado", exemplifica a psiquiatra. Já os bulímicos estão sempre preocupados com a dieta, mas não emagrecem tanto, porque não param de comer. "A pessoa com bulimia, seja através do vômito, de diuréticos ou laxantes, elimina água apenas", afirma Veruska.
Ou seja, os nutrientes dos alimentos são absorvidos pelo corpo, mesmo ao serem expelidos, fazendo que a pessoa não emagreça.
Quais são os primeiros sinais de cada um dos problemas?
Para evitar que os sintomas cheguem a despertar atenção física e passem a causar prejuízos ao corpo, Veruska alerta para sinais como se olhar muito no espelho, subir na balança a toda hora e, até mesmo, evitar eventos sociais. "O fato do filho recusar diversos convites para sair de casa, pode ser um sinal de que ele não quer enfrentar locais ou festas que tenham comida".
Nos casos de bulimia, a pessoa se sente envergonhada por comer demais e usa as alternativas compensatórias, como o vômito às escondidas.
Como é feito o diagnóstico?
Além dos notáveis distúrbios psicológicos, os sintomas das doenças também apresentam aspectos biológicos. As meninas anoréxicas, por exemplo, deixam de menstruar. "Se a paciente costumava ter um ciclo regular e passa três meses consecutivos sem menstruar, pode estar com anorexia", constata Veruska.
Já os meninos apresentam prejuízos no crescimento dos pêlos (barba, inclusive) e diminuição da libido. Os bulímicos passam por alterações psicológicas mais difíceis de serem notadas, já que evitam comer acompanhados, se escondem ao apelar para os métodos purgativos e sofrem pouca variação de peso. Comer compulsivamente grandes quantidades a cada duas horas e lançar mão das alternativas para pôr os alimentos para fora pelo menos duas vezes por semana indica a bulimia.
Como são os tratamentos?
Nos dois casos, o paciente é tratado com uma equipe multidisciplinar, que envolve psiquiatra, psicólogo, nutricionista e, nos casos em que é preciso redobrar os cuidados e supervisionar o tratamento durante todo o dia, a companhia de um terapeuta ocupacional.
Caso os transtornos alimentares não sejam tratados, o que pode acontecer?
"Além da transição de um distúrbio alimentar para o outro, podemos observar o surgimento de um problema crônico, levando à doenças mais sérias e até à morte", ressalta a psiquiatra da Unifesp. Isso quer dizer que uma pessoa anoréxica pode desenvolver bulimia também. As conseqüências mais graves da bulimia são gastrite, exofagite, gengivite e danos no esmalte dos dentes.
E, como resultado de bulimia e anorexia não-tratadas, está a perda de eletrólitos e potássio no organismo. A falta de tais nutrientes leva à arritmia cardíaca, o que pode causar a morte dos pacientes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Educação Ambiental em tempos de Mudanças Climáticas‏

Conheça texto-base que será utilizado para formulação de documento referencia na abordagem da Educação Ambiental em relação às Mudanças Climáticas.
Este trexto foi produzido no encontro realizado pelo Instituto Ecoar e a WWF Brasil em Brasília em 25 de junho de 2009, encontro que reuniu 25 educadores ambientais, representando todas as regiões do país, para discutir o papel dos educadores ambietais frente ao desafio do Aquecimento Global.
Click neste site

5 ótimas razões para você incluir aveia no cardápio

A cada fase; o cereal oferece uma série de benefícios.
Se você está lutando contra o colesterol elevado, provavelmente já ouviu falar dos poderes da aveia para combater este mal (entenda o que é o colesterol). Por ser rico em fibras solúveis, que se ligam à água e se transformam em um gel capaz de eliminar as gorduras das artérias e impedir que elas sejam absorvidas pelo intestino, o cereal reduz as taxas de LDL (colesterol ruim) e, de quebra, previne o câncer de intestino. (você sabia que nem toda gordura é ruim?) E esses não são os únicos benefícios para quem enche a tigela de aveia.
Ela é um cereal rico em diversos nutrientes: fibras, ferro, cálcio, magnésio, zinco, cobre, manganês, vitaminas (principalmente vitamina E) e proteínas , lista a especialista da Setha Consultora Nutricional, Selva Sierro. Dentre tantas substâncias positivas para a saúde, as fibras solúveis merecem destaque pelas atividades que exercem.
Para sentir os efeitos, basta consumi-las diariamente , diz Roberta Stella, responsável pela equipe nutricional do Minha Vida.Com isso, seu intestino fica tinindo e sua saúde comemora. "É no intestino que acontece absorção dos nutrientes necessários ao organismo e a eliminação daqueles que não servem para nada" , diz Selva. (emagreça sem sufoco, nem passar fome).
Os diabéticos também podem se aliar à aveia, já que suas fibras unem-se ao açúcar dos alimentos, fazendo com que ele demore mais tempo para cair na corrente sanguínea (o diabetes pede cautela, veja o que está por trás dessa doença). Quem quer emagrecer tem nela mais uma aliada: A aveia dá uma sensação de saciedade mais rápida e você come menos , explica a nutricionista da Setha.
Resultados à vista Para desfrutar de tudo isso, Selva afirma que a recomendação para pessoas adultas varia entre 20 e 30 gramas diárias. "Uma colher de sopa cheia de aveia tem em média 20 gramas. Essa quantidade equivale a um grama de fibra" , fala sobre o nutriente que mais se destaca no cereal. O nutriente ainda está presente em outros alimentos, como frutas, vegetais, massas e pães em suas versões integrais. (nem todo carbidrato é igual, entenda as diferenças)
Já o consumo entre as crianças varia de acordo com a idade. "Ele deve começar a partir dos dois anos, salvo recomendação médica" , ressalta Selva. O cálculo é simples: basta somar à idade da criança o número cinco. Se seu filho tem 2 anos, por exemplo, 7 gramas (2 da idade + 5) são suficientes para o aproveitamento dos nutrientes da aveia. As formas para ingerir o cereal são tão variadas quanto as melhoras que ele traz à saúde. Você pode escolher como vai rechear seu cardápio: com os flocos, o farelo ou a farinha de aveia. "Comparando os três, o farelo é o mais nutritivo, seguido pelos flocos e, depois, pela farinha. Mas as diferenças são mínimas, o importante é ter prazer nas refeições" , conclui Selva.

Dieta e mau-humor

A força de vontade faz parte de todo início de dieta. Com o tempo, os resultados vão surgindo e o estímulo vai crescendo. No entanto, cada fase da reeducação alimentar apresenta algumas características.
Você já deve ter notado que se irrita mais facilmente ou é, frequentemente, dominada pelo mau-humor, quando está fazendo algum tipo de regime. Isso realmente acontece e o fato tem explicação médica. A nutricionista do Dieta e Saúde, Roberta Stella, diz que estudos sugerem que a serotonina (um neurotransmissor do sistema nervoso central) contribui para a sensação de saciedade, após a refeição.
Um plano alimentar contendo 1.000 calorias diárias, por exemplo, e baixo teor de carboidratos (pão, bolacha, aveia, barra de cereal, macarrão, arroz, batata e tudo que contenha farinha de trigo), mostrou alterações nas funções da serotonina cerebral em mulheres saudáveis. Isso explicaria a modificação de humor.
No entanto, Roberta afirma que as alterações de humor surgem quando o plano alimentar é muito restritivo. Nestes casos, "não só o humor é modificado. Pode haver retenção de líquidos, constipação intestinal (prisão de ventre) e falta de nutrientes importantes como cálcio, ferro, magnésio e fósforo.
Com isso, há uma certa depressão (principalmente se não vê os resultados rapidamente) e ansiedade. Esse tipo de plano alimentar não é recomendável. Para que não ocorram alterações de humor e outras modificações no organismo, o ideal é realizar um plano alimentar variado, em que a pessoa não sinta fome, afirma a nutriconista. Além disso, fazer algum tipo de exercício físico também é importante.
Pode ser até mesmo uma simples caminhada de 30 minutos por dia. Isso porque, ao realizar alguma atividade física, o hormônio do bem estar é ativado, proporcionando uma boa sensação.
Beber aproximadamente dois litros de água, por dia, é outra dica dada por Roberta. Ela também incentiva trabalhos manuais ou a leitura de um bom livro, coisas que sirvam como entretenimento.

Encontro sobre boa gestão das águas deve reunir 4 mil pessoas no Paraná

As comunidades atendidas pelo programa socioambiental Cultivando Água Boa e representantes dos cerca de 2 mil parceiros do projeto se reúnem em Foz do Iguaçu no 6º Encontro Cultivando Água Boa. Cerca de 4 mil pessoas se inscreveram para o evento.
O diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Usina de Itaipu, Nelton Friedrich, afirmou que o programa é fruto do trabalho e do cuidado dispensado pela maior hidrelétrica do mundo em geração de energia à gestão das águas, solo e vida e da importância do desenvolvimento com produção e consumo sustentáveis.
“As águas em seus usos múltiplos, como na produção de alimentos e de energia, abastecimento público, lazer e turismo. O trabalho é uma estratégia para enfrentar problemas relacionados às mudanças climáticas, que colocam em risco a sobrevivência do homem e isso está ligado à boa gestão”, ressaltou.
Para proteger os recursos da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, localizada no oeste do Paraná, na confluência dos rios Paraná e Iguaçu, foi formada uma rede. A bacia abrange 29 municípios, numa área de aproximadamente 8 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 1 milhão de habitantes.
“Aproximadamente 90% são pequenos agricultores que cultivam em um pedaço de terra de 50 hectares, em média, milho, trigo, soja, criam suínos ou vivem da piscicultura, produção do leite e avicultura”, diz o diretor.
O modelo adotado pelo programa é o de gestão participativa. “O envolvimento de todos é muito grande. Já passaram pelo programa, 300 mil pessoas.”De acordo com Friedrich, o Cultivando Água Boa segue diretrizes do governo federal e de documentos aprovados em encontros internacionais. Atualmente são desenvolvidos 20 programas e 63 ações fundamentadas nesses documentos. “Uma das novidades deste ano foi a aprovação, por unanimidade, em todos os municípios, de leis que criam um Comitê de Gestão do Programa Cultivando Água Boa”, afirmou.
Paralelo ao 6º Encontro Cultivando Água Boa, serão realizados o 7º Encontro Iberoamericano de Desenvolvimento Sustentável (Eima 7), o 1º Encontro de Organismos de Bacias da América Latina e Caribe (1º Relob) e o Encontro Anual do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata.
No encerramento do evento, na sexta-feira (20), será realizada a abertura da 5ª Conferência Internacional sobre Felicidade Interna Bruta – FIB.
(Fonte: Agência Brasil)

Cada brasileiro emite por ano 10 toneladas de gás carbônico, informa Inpe

Cada brasileiro é responsável pela emissão de 10 toneladas de gás carbônico (CO2) por ano, em média. O número é duas vezes maior do que a média mundial. Os dados são da Rede-Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Somos o país em desenvolvimento com a maior média mundial”, disse Carlos Nobre, um dos coordenadores da Rede-Clima, ao participar de comissão geral na Câmara para discutir a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15). O encontro será realizado em dezembro, em Copenhague (Dinamarca).
A meta é de que a média mundial de emissão de CO2 seja de 1,2 tonelada por ano até 2050, para que a temperatura global não aumente 2 graus Celsius (°C). “Ela já subiu 0,8°C nos últimos 100 anos. Falta 1,2°C. Já chegamos muito próximo do limite”, disse Carlos Nobre.
Na avaliação do diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, a estratégia brasileira para reduzir a emissão de gases de efeito estufa deve partir de dois pontos básicos: do uso de uma matriz energética limpa e da redução do desmatamento, principal fonte de emissão de CO2 no país.
“Temos de buscar o abatimento das emissões que seja o mais barato. O Brasil tem condições de implantar mitigação de baixo custo. O combate ao desmatamento deve ser a decisão número um”, defendeu.
O embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio Serra, disse que a meta brasileira de redução de gases de efeito estufa foram recebidas com tranquilidade na reunião que antecedeu a COP-15. “Acho que daqui até Copenhague vamos ter de fazer muitas consultas para saber o que se espera, mas o Brasil está muito tranquilo. O anúncio dos números foi muito bem recebido”, afirmou.
A meta brasileira de redução dos gases é de 36,1% a 38,9%, até 2020.
(Fonte: Agência Brasil)

Mudança do clima pode deslocar 200 milhões de pessoas até 2050, diz ONU

O relatório sobre a população mundial divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estima que a mudança do clima pode contribuir para o deslocamento de um contingente populacional de aproximadamente 200 milhões de pessoas até 2050.
De acordo com o representante do UNFPA no Brasil, Harold Robinson, o Brasil corre sérios riscos caso os rumos das mudanças de clima não sejam alterados, pois grande parte da população brasileira vive no litoral. “O Brasil também corre risco, pois inúmeras cidades estão situadas ao longo da costa”, disse, se referindo à possibilidade do aumento do nível do mar.
Robinson citou o dado preocupante de que o derretimento do gelo da Antártida aumentou 140% na última queda. Segundo ele, é exatamente esse fenômeno que pode acarretar com a devastação de cidades litorâneas a médio e longo prazo. “Sete em cada dez desastres naturais são relacionados ao clima”, disse.
O documento foi lançado simultaneamente em Brasília, Londres, Paris, Washington, Bangkok, Joanesburgo, Cidade do México e outras 120 capitais no mundo inteiro. Com o título “Enfrentando um mundo em transição: mulheres, população e clima”, o relatório aponta que as dinâmicas populacionais e principalmente o papel das mulheres têm sido ignorados no debate sobre como resolver os problemas de elevação dos mares, secas, derretimento de geleiras e condições meteorológicas extremas.
Amazônia - Os dados apresentados nesta quarta mostram que a floresta Amazônica perdeu 500 mil km2 nos últimos 40 anos. “Se o padrão de desmatamento persistir, no médio e longo prazo a floresta poderá se transformar em savana”, alerta o relatório. “Estamos no limiar de uma catástrofe em relação à mudança do clima. O ponto central é que as mudanças climáticas são um problema humano provocado pela atividade humano”, diz Harold Robinson.
Responsável pela análise do estudo, a representante auxiliar do UNFPA no Brasil, Taís Santos, se mostrou preocupada com a Amazônia. Segundo ela, se o quadro climático não for controlado a floresta poderá ter seu bioma modificado e, com isso, diminuir em 20% as chuvas na região. “O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”, comparou.
De acordo com o estudo, as mulheres, que são a maioria dos 1,5 bilhão de pessoas que vivem com 1 dólar ou menos por dia, sofrerão as piores consequências das mudanças climáticas. “Elas têm menores oportunidades de emprego e renda, menor mobilidade e estão mais expostas aos desastres naturais, além de terem maior probabilidade de perder a vida em situações relacionadas às condições meteorológicas extremas.
”O relatório revela também que o crescimento populacional é um dos fatores que mais contribuem para o aumento nas emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, com o aquecimento global. Segundo o UNFPA, nos países ricos, onde o consumo de energia e materiais é maior, a influência negativa sobre o clima mundial é mais alta. “Os países desenvolvidos são responsáveis por 75% da emissão de gases entre 1950 e 2002”, destaca trecho do documento.
Diante do quadro, Taís Santos destacou que é hora de o mundo se mobilizar para uma ampla mudança. "Alertamos para a importância de uma negociação global, que é cada vez mais necessária e deve ser baseada na igualdade e nos direitos humanos."Copenhage - Os dados do relatório serão discutidos em dezembro durante a Conferência da Organização das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a ser realizada em Copenhage, capital da Dinamarca. A expectativa da ONU é a de que metas de redução na emissão de gases sejam estabelecidas no encontro.
No domingo (15), havia sido divulgado que os países líderes da Ásia, Europa e Estados Unidos acreditavam que poderia ser fechado em Copenhage apenas um acordo "politicamente vinculante", ou seja, um compromisso político de que um pacto será definido no futuro.
No entanto, nesta quarta os presidentes dos EUA e China divulgaram uma declaração conjunta em que dizem que os países desenvolvidos devem apresentar metas de redução de CO2 na atmosfera.
Apesar da declaração, Harold Robinson lamenta uma possível posição dos EUA e China no sentido de não fixarem metas para redução da emissão de gases. “Provavelmente o acordo será muito mais político e não de metas concretas. A humanidade esperava metas muito mais concretas em Copenhage”, disse o representante da UNFPA.
(Fonte: G1)

Mundo está a caminho de ficar 6º C mais quente, diz pesquisa

Novos dados sobre as emissões mundiais de CO2 (dióxido de carbono, principal gás causador do efeito estufa) indicam que o planeta está a caminho de esquentar 6 graus Celsius neste século, se não houver um esforço concentrado para diminuir a queima de combustíveis fósseis.
"Existe um abismo claro entre o caminho que estamos seguindo e o que é necessário para limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius (nível considerado relativamente seguro por especialistas)", diz Corinne Le Quéré, pesquisadora da Universidade de East Anglia (Reino Unido) e coautora do novo estudo na revista científica "Nature Geoscience"
.Na atual década, a principal responsável por puxar para cima as emissões é a China, com seu crescimento industrial alimentado pelo carvão mineral. Hoje, o país é o maior emissor do planeta.
No entanto, os EUA ainda respondem pelas maiores emissões per capita: 18 toneladas, contra 5,2 toneladas dos chineses (a média mundial é de 4,8 toneladas).
Desde 1982, a humanidade produziu 715,3 trilhões de toneladas de gás carbônico, quantidade que equivale ao total de dióxido de carbono emitido por todas as civilizações que existiram no mundo antes disso.
(Fonte: Folha Online)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CFBio/CRBios lança moção contra alteração da legislação ambiental

Sistema CFBio/CRBios lança moção contra alteração da legislação ambiental em Congresso de Biólogos em Porto Alegre

Participantes do evento aprovaram documento para que sociedade seja esclarecida sobre o que representa as mudanças propostas

A moção, que pode ser lida abaixo, revela a opinião dos biólogos, profissionais que trabalham em diversas áreas de atuação da saúde ao meio ambiente. Os participantes do Congresso de Biólogos da 3ª Região, que compreende Rio Grande do Sul e Santa Catarina, puderam constatar, através de dois dias de palestras, a opinião de vários especialistas sobre o que significariam para a sociedade e o meio ambiente onde vive a redução ainda maior das áreas naturais. O evento foi realizado no Novotel em Porto Alegre nos dias 13 e 14 de novembro.

A redução sem prévio estudo das áreas de preservação hídricas levando fatalmente a alteração ainda mais acentuadas dos regimes hídricos, agravamento de fenômenos climáticos, como secas e enchentes, e respectivamente em modificações de refúgios de espécies, são algumas das consequências a ser geradas na implantação de projetos de lei como o 154, que tramita na Assembléia Legislativa gaúcha.

No evento, também foram apresentados dados que desmitificam informações equivocadas que vem sendo amplamente divulgadas por setores interessados apenas no seu retorno econômico imediato. Os biólogos chamam a atenção que todos serão prejudicados a longo prazo com as conseqüências do desmantelamento da legislação ambiental.

Exemplo gaúcho

João de Deus Medeiros, biólogo e diretor do Departamento de Florestas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente mostrou que o Estado dos gaúchos, tem muito menos áreas em declividade do que os defensores da destruição do Código Florestal preconizam.

Bento Gonçalves, por exemplo, importante pólo de viticultura, conta, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2006, com apenas 0,04% da área de lavouras do município em Área de Preservação Permanente. Isso representa quatro hectares de lavouras em APP de Declividade. “Nem todo morro é APP,” esclarece João de Deus.


Moção de repúdio à aprovação do PL 154/2009 no RS, às alterações do Código Florestal Brasileiro e da Política Nacional de Meio Ambiente

Os participantes do Congresso de Biológos do Conselho Regional de Biologia da 3ª Região, que compreende os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina manifestaram publicamente seu repúdio sobre a forma como vem sendo conduzido pelos governos federal e estadual e por determinados setores da sociedade, as alterações do Código Florestal Brasileiro, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente e de outros marcos legais, de conquista da sociedade civil, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente.
No Rio Grande do Sul, tramita na Assembleia Legislativa o projeto de lei 154/2009, que pretende descaracterizar toda legislação ambiental. O texto revoga as leis que instituem os códigos estaduais Florestal e do Meio Ambiente; o Sistema Estadual de Recursos Hídricos; que dispõem sobre a organização do Sistema Estadual de Proteção Ambiental; a preservação do solo agrícola; e a gestão dos resíduos sólidos.
Os participantes do congresso chamam atenção de que os mecanismos de funcionamento da natureza não tem como ser modificados. As legislações ambientais historicamente resultam da necessidade de regulação frente à ocupação humana e à manutenção e à preservação do ambiente, favorecendo a qualidade de vida e o bem comum.
Da maneira como está sendo efetuado o debate sobre as alterações propostas na forma de projeto de lei para a legislação ambiental, a sociedade além de não estar sendo esclarecida do que significam tais mudanças, não tem condições de avaliar o que vai ocorrer com o ambiente que a cerca.
De modo geral, a premissa determinante nas propostas de mudança da legislação ambiental é a inversão da defesa do ambiente equilibrado, em detrimento de interesses econômicos imediatos de setores da sociedade. A realidade atual nos mostra que o limite razoável do uso dos recursos naturais já foi ultrapassado, e as consequências nefastas da crise ambiental são amplamente divulgadas.
Nesse contexto é necessário que a sociedade manifeste de maneira enfática sua rejeição ao sucateamento da legislação ambiental. O Código Florestal é uma legislação da década de 60, que ainda hoje se revela ser um instrumento inovador e eficiente, mas que foi solenemente negligenciado. Várias iniciativas, inclusive do executivo federal, procuram eliminar ou relativizar a norma para não criar problemas para aqueles que não a observaram. As propostas dessa inconsequente flexibilização ou eliminação do Código Florestal e da PNMA, trarão graves problemas para toda a sociedade.
É lamentável a proposição do governo federal de estender as discussões sobre normas legais existentes para 11 de junho de 2011. Permitir a compensação da área de Reserva Legal sem observar sua função ambiental e desconsiderar a realidade da agricultura familiar nacional é não compreender a urgência e a necessidade do cumprimento dos serviços ambientais que essas áreas representam. A sociedade precisa tomar conhecimento do que tudo isso significa, principalmente em tempos de agravamento do aquecimento global.

Face ao exposto, defendemos principalmente:

· a manutenção e a recuperação do instrumento de Reserva Legal;
· a manutenção das Áreas de Preservação Permanente, especialmente em áreas rurais;
· a manutenção do conceito da agricultura familiar na legislação.

Essa é uma das conclusões do Congresso de Biólogos do CRBio3, que também conta com o apoio do Grupo de Trabalho designado para avaliar as implicações dos projetos de lei que tramitam na Comissão Especial de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, designado pelo Conselho Federal de Biologia – Sistema CFBio/CRBios.

Porto Alegre, 14 de novembro de 2009.
Por Silvia Marcuzzo - Comunicação CRBio03
CRBio03 - EcoAgência

Suco Imunidade

Proteja sua saúde com os nutrientes desta deliciosa bebida

Ingredientes:
¼ unidade média de cenoura (crua)
1 copo médio de Água
1 colher de sobremesa de Mel de abelha
½ talo de Salsão
½ unidade pequena de Alho
Modo de Preparo
Higienize adequadamento os vegetais.
Pique a cenoura, o alho e o salsão.
Coloque no liquidificador todos os ingredientes.
bata bem. Sirva a seguir.
Receita cedida por

Reconheça o seu tipo de tosse antes de tomar xarope por conta própria

Dependendo do caso, uma dose de mel é mais eficiente do que os remédios

Se, além de aparência típica, alguém precisar descrever o som do inverno, ela certamente é lembrada: a tosse. Seca, expectorante ou simplesmente pigarro: os tipos variam, mas mantêm em comum a incidência maior na época mais gelada do ano.
A mucosa do nariz e da garganta é intensamente inervada. A tosse e o espirro são resultados da irritação destas terminações nervosas por algum agente inalado ou pela inflamação desta mucosa , explica a pneumologista Elnara Nagri, do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Tanto a tosse como o espirro são mecanismos de defesa das vias aéreas contra a entrada de partículas externas .
Uma lesão nos brônquios, a secreção aprisionada nos seios da face ou até problemas cardíacos também podem levar à tosse seca, ou seja, sem catarro. Assim como as causas do problema, os xaropes também variam. Alguns são apenas à base de solução hipertônica de açúcar, outros têm substâncias que agem no sistema nervoso inibindo o reflexo da tossee há os que apresentam corticóides e broncodilatadores na fórmula, diminuindo a inflamação das vias aéreas, mas podem trazer muitos efeitos colaterais , afirma Elnara Nagri. Dada a multiplicidade de aplicações, os xaropes não devem ser utilizados sem orientação médica. Longe de serem inofensivos, eles podem causar diminuição no fluxo respiratório, problemas cardíacos e sérias reações alérgicas.
Numa emergência, experimente a velha receita caseira de misturar sumo de limão com algumas colheres de mel. O preparo lubrifica a garganta, aliviando as tosses causadas por irritação , garante a médica. Tomar copos e mais copos de água, por outro lado, é pouco eficaz. A água ajuda a fluidificar as secreções respiratórias e facilita a expectoração, porém pode não ser eficaz no alívio da tosse , diferencia a pneumologista.Quando existe eliminação de catarro, é preciso redobrar a atenção. Segundo a médica, caso esse tipo de tosse dure mais de duas semanas, é preciso procurar um pneumologista e fazer uma radiografia do tórax para investigar melhor os sintomas, prevenindo ou tratando no início males como pneumonia e tuberculose. A exceção fica por conta dos fumantes e de pacientes com asma, que sofrem de tosse crônica.
Mas não se assuste caso haja um sangramento discreto após uma crise de tosse. Isso é sinal de irritação na garganta. Agora, caso o sangramento seja mais volumoso, procure um posto de saúde ou pronto-socorro. Você pode estar sofrendo com sangramento pulmonar, que é grave e exige tratamento imediato .
Problemas no coração também causam tosse. quando o sangue que vem dos pulmões não é bombeado corretamente, eles ficam inchados e os bronquíolos se fecham. Daí a tosse, que pode ser seca ou acompanhada de uma secreção rósea e espumosa , afirma Elnara. Essa tosse piora ao deitar, pode acordar o paciente durante a noite e, em geral, é associada à falta de ar e até chiado .

Mel auxilia no tratamento de lesões infecciosas

Peróxido de hidrogênio e flavonoides do alimento têm função antibacteriana
Um estudo da universidade de Nova Zelândia concluiu que o mel é um grande aliado no combate a infecções, provocadas por lesões. Segundo os pesquisadores, o alimento contém substâncias como flavonóides e o peróxido de hidrogênio, que tem grande poder antibacteriano e anti-inflamatório, que removem do ferimento o pus, cascas de feridas e tecidos mortos, estimulando o crescimento de novos tecidos e impedindo a ação das bactérias.
Assim, quando há um ferimento, estas substâncias formam uma camada protetora que impede que a infecção de estenda. Testes com 30 pacientes com ferimentos graves indicaram que o mel é mais efetivo no controle de infecção do que a sulfadiazina de prata, substância base de pomadas e medicamentos antibacterianos utilizados em hospitais.
Os pacientes tiveram o alimento incluído na dieta, ingerindo duas colheres de sopa por dia, durante o tratamento. Após duas semanas, o pus foi eliminado totalmente e a ferida já estava quase curada. Os estudiosos alertam ainda para eficiência do mel em lesões provocadas por queimaduras.
Segundo eles, a capacidade de reduzir a inflamação e retirar os radicais livres do ferimento deve interromper o progresso do dano à pele, bem como proteger contra o estabelecimento de uma infecção. Eles explicam que seu uso deve ser via oral, através de sua inclusão no cardápio diário e nunca como pomada ou creme.