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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Caixa de descarga ECOLOGICA CIPLA.



A CIPLA fundada em 1963, na cidade de Joinville – SC é hoje uma das mais tradicionais indústrias de plásticos do país, com uma marca reconhecida em todo o território nacional e na América do Sul.
A Cipla abrange o segmento de Utilidades Domésticas, Conexões, Sifões, Caixas Sifonadas, Acessórios para Banheiro e muitos outros.Lança agora as caixas ecologicas.

A água já começa a ser reconhecida como ouro em muitas partes do planeta. Necessitamos das descargar nos banheiros e da água que ela contém, o ideal seria água da chuva para descarga e não água tratada,Deixar de usar o banheiro não é uma opção, mas é possível diminuir muito o desperdício optando pelo tipo certo de descarga sanitária.

Substituir aquela descarga com botão na parede por uma de caixa acoplada é um bom negócio para todo mundo.

Compare:

Botão na parede: 30 a 40 litros por descarga; o gastro mensal, em uma casa por pessoas com quatro discargarga diária fica em 3.600 litros/mês.

Caixa acoplada: 12 litros; o gastro mensal, em uma casa por pessoas com quatro discargarga diária fica em 1.440 litros/mês.


Caixa acoplada: 3 e 6 litros; 3 litros para o nº 1 e 6 litros para o nº 2, o gastro mensal, em uma casa por pessoas com quatro discargarga diária fica em nº1 fica 360 litros/mês, Nº2 fica 760 litros/mês.

Uma grande diferença, no consumo de água tratada e no bolso.

Somente tem um problema, o que foi o meu caso sua conexão somente é para o lado direito se você precisa conectar no lado esquerdo tera que enjambrar o que não fica bom.


O meio ambiente agradece!

Biólogo
José Carlos da Fonseca Maciel


cipla@cipla.com.br

Brasil é um dos mais poluídos por ozônio

O Brasil está praticamente em último lugar em um ranking elaborado pelas universidade americanas Yale e Columbia em relação à poluição causada pelo ozônio - quanto mais próximo da 1ª posição, menos vezes o país ultrapassou o padrão de qualidade do ar para o poluente. Atualmente, o ozônio é o poluente que mais preocupa quando o assunto é tratado no Brasil.

E o Índice de Desempenho Ambiental 2010 indica que a apreensão tem fundamento. No ranking de 163 países, o Brasil está em 160º lugar - só ganha do Congo, Bolívia e Angola. É a pior posição do País em um total de 25 indicadores.

O Brasil também não se saiu bem no quesito cobertura florestal - ficou na 113ª posição - e em emissões per capita de gases de efeito estufa (143º lugar). A matriz energética limpa, baseada principalmente em hidrelétricas, ajudou o País a obter o 15º lugar "em intensidade de carbono" na área de energia.

Na classificação geral, o Brasil alcançou o 62º lugar, com 63,4 pontos, em um máximo de 100. Na versão anterior, de 2008, o País ficou em uma posição melhor - 35º lugar, com 82,7 pontos, entre 149 países.

Os primeiros colocados no ranking de 2010 são Islândia, Suíça, Costa Rica e Suécia. Eles conseguiram boas notas tanto no controle da poluição quanto na gestão de recursos naturais. Serra Leoa foi o pior colocado.

Muitos dados são de 2007 e 2008 e saíram de instituições como Banco Mundial e Nações Unidas. Alguns dados, porém, são de relatórios nacionais e não tiveram verificação externa. Os pesquisadores avaliam que os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) têm grandes populações e enfrentam problemas como poluição e má gestão. Por isso, precisam elevar investimentos ambientais, ter instituições mais eficientes e garantir a aplicação das leis.

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo.

Vacinação contra nova gripe no Brasil começa em março por agentes de saúde

O Ministério da Saúde apresentou nesta terça-feira (26) a estratégia nacional de enfrentamento da segunda onda da pandemia de nova gripe no país, que prevê a compra de 83 milhões de doses da vacina para imunizar a população brasileira a partir de março deste ano.

Dados do ministério mostram que o vírus H1N1 matou 1.705 pessoas no Brasil e mais de 14 mil em todo o planeta . Foram registrados no território brasileiro 39.679 casos graves da doença.

Calendário de vacinação - O calendário de vacinação foi dividido em seis grupos prioritários. Trabalhadores de saúde, gestantes, indígenas, população com doenças crônicas de base, crianças saudáveis entre seis meses e dois anos de idade e adultos saudáveis entre 20 e 29 anos de idade . O ministério não recomenda a vacinação para os que não estiverem nesses grupos.

O plano de vacinação vai ser realizado em quatro etapas. Na primeira, que será realizada entre os dias 8 e 19 de março, trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia e indígenas serão vacinados.

Gestantes serão imunizadas na sequência, entre 22 de março e 21 de maio, em um prazo que vai durar até a quarta etapa da estratégia. Ainda como parte da segunda etapa, crianças de seis meses a dois anos de idade e doentes crônicos serão imunizados entre os dias 22 de março e 2 de abril.
Até que a campanha de imunização comece, nenhuma dose da vacina será distribuída nas unidades de saúde

Obesidade mórbida, doenças respiratórias, cardíacas, imunodeprimidos, diabetes e doenças hepáticas, renais e hematológicas são fatores do grupo de doentes crônicos. Grávidas em qualquer período de gestação poderão tomar a vacina.

A população com idade entre 20 e 29 anos será vacinada entre os dias 5 e 23 de abril.

Por último, idosos com mais de 60 anos com e com doenças crônicas serão vacinados entre 24 de abril e 7 de maio.

Investimentos - O gasto para aquisição da vacina contra a nova gripe, R$ 1,006 bilhão, será liberado pelo governo a partir do Ministério da Saúde. Os recursos estão vinculados ao Programa Nacional de Imunizações, que também oferece vacinas contra outras doenças.

Os recursos foram previstos pela abertura de crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões, aprovado em outubro de 2009, por medida provisória, para ações de enfrentamento da gripe pandêmica.


O ministério também adquiriu 83 milhões de seringas e agulhas, ao custo de R$ 40 milhões. Os insumos serão distribuídos às secretarias estaduais de todo o país, durante a vacinação. No final de 2009 já foram repassados R$ 11 milhões para os governos estaduais iniciarem a preparação para a estratégia de vacinação.

Estratégia - O ministério deve divulgar maiores detalhes da estratégia de vacinação até o final de fevereiro. Até que a estratégia seja deflagrada em todo o país, nenhuma dose da vacina será distribuída nas unidades de saúde.

A pasta comandada pelo ministro José Gomes Temporão argumenta que o objetivo da estratégia não é evitar a disseminação do vírus, que já está presente em 209 países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas manter os serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos graves e óbitos.

Os 26 estados e o Distrito Federal vão receber um número de doses proporcional à população dos grupos prioritários especificados no calendário do Ministério da Saúde.

As secretarias estaduais terão a responsabilidade de repassar as vacinas aos municípios obedecendo ao mesmo critério. Secretarias estaduais e municipais vão definir conjuntamente os locais de vacinação.

O calendário brasileiro é divulgado no momento em que a OMS se defende de uma série de reclamações sobre a forma como conduziu o combate ao vírus H1N1. Mas também aqui as autoridades não estão imunes a certos constrangimentos. Depois de assegurar que a produção nacional, a cargo do Instituto Butantan, começaria em janeiro , o governador de São Paulo, José Serra, declarou no último dia 5 que a fabricação deve iniciar em meados de 2011 . Isso significa que todas as doses que serão usadas na campanha anunciada nesta terça-feira (26) são importadas.

(Fonte: G1)

Anvisa alertará sobre riscos, mas não proibirá medicamento contra obesidade

A substância sibutramina, utilizada no tratamento da obesidade, continuará liberada no Brasil, informou ao G1 o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo, nesta terça-feira (26). Segundo ele, o órgão fará um alerta sobre os riscos cardiovasculares trazidos pelo medicamento, mas não irá proibi-lo.

Os medicamentos à base de sibutramina – vendidos sob os nomes Reductil, Reduxade, Zelium e Meridia – foram suspensos na Europa na última quinta-feira (21). Para a Agência Europeia de Medicamentos (Emea), a substância pode causar problemas como ataque cardíaco ou derrame.

Segundo Raposo, a Anvisa optou por não proibir o remédio porque os estudos que fundamentaram a decisão do Emea foram feitos em pacientes que já tinham riscos cardíacos. “Fica o alerta para que os médicos façam uma avaliação bem criteriosa, observando se os pacientes têm alguma doença ou condição prévia, como diabetes ou hipertensão.”

Em fevereiro, uma câmara técnica da Anvisa fará uma análise mais detalhada sobre a sibutramina e emitirá um parecer. Com base nesse estudo, a agência poderá mudar a bula do remédio, impor maior controle sobre a emissão de receitas ou mesmo proibir a substância.

Mais risco - No final de 2009, um grupo norte-americano pediu a proibição do medicamento nos EUA. Um estudo analisado pela agência responsável pelo controle de drogas e alimentos no país (FDA, na sigla em inglês) havia indicado que 11,4 % dos pacientes que tomaram medicamento à base de sibutramida morreram ou sofreram paradas cardíacas ou derrames, enquanto o número foi de 10% para os pacientes que tomaram placebo (pílulas falsas feitas de açúcar).

A decisão da agência brasileira é parecida com a norte-americana, que na última quarta-feira (21) lançou um comunicado pedindo que os fabricantes de medicamentos aumentassem as contraindicações, mas não proibiu o uso da substância.

'Primeira opção' - Segundo o endocrinologista José Marcondes, do hospital Sírio-Libanês, a sibutramina é a primeira o opção no tratamento da obesidade, já que outras drogas que combatem o problema podem apresentar ainda mais efeitos colaterais. “Das opções que a gente tem, é a mais segura. Quem não reage [à sibutramina] tem que usar drogas mais antigas”, afirma.

O médico avalia que os efeitos positivos contra a obesidade compensam os efeitos colaterais. “Sabemos que na obesidade temos aumento da frequencia cardíaca e de pressão. Revertendo isso, diminuem o nível de pressão e frequência. É um risco que vale a pena”, avalia.

Marcondes ressalta, contudo, que os pacientes devem ter acompanhamento das suas condições cardiovasculares durante o tratamento. “São necessários exames de rotina, como tirar pressão e avaliar a frequencia cardíaca”. O médico avisa também que o medicamento só é prescrito nos casos em que os pacientes não conseguem vencer a obesidade por meio de exercícios físicos e de mudanças na alimentação.

(Fonte: G1)

Planta medicinal pode ser mais eficaz contra a pressão alta do que remédio

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que a árvore mangabeira, comum no estado, pode ser muito mais eficaz do que o remédio mais vendido contra a pressão alta.

Nas lojas de produtos naturais, é procurada pelo nome do fruto, mangaba, e vendida sob a forma de pedaços do tronco. “É bom para controle de diabetes, colesterol e hipertensão”, afirma a vendedora de ervas Silvana Morais.

O que a sabedoria popular já dizia agora foi comprovado em pesquisa científica, e o resultado surpreendeu os farmacêuticos. No combate à hipertensão, a mangabeira tem substâncias que, na dose certa, podem ser mais potentes e mais eficientes do que remédios muito usados hoje.

Os pesquisadores fizeram um extrato da folha, dissolveram em água e serviram a camundongos hipertensos. As análises mostraram que o chá da mangabeira tem três princípios ativos que, juntos, são até dez vezes mais potentes do que o captopril, usado no tratamento da pressão alta.

O chá ainda tem uma qualidade extra: além de inibir a produção de substâncias que causam a hipertensão, ele também é vasodilatador. Nos animais, a pressão arterial baixou, e ficou controlada.

Chá - “O uso do medicamento se faz em doses muito mais baixas e muito mais efetivas do que o chá preparado rotineiramente”, explica Virgínia Soares Lemos, do departamento de farmacologia da UFMG.

O comerciante Daniel Gonçalves toma o chá de mangabeira há seis meses, e aprendeu a receita com um sertanejo baiano. “Realmente baixou minha pressão. Fiz um exame em janeiro que realmente comprovou essa eficácia da mangaba”, conta ele.

A especialista em plantas medicinais da UFMG, Maria das Graças Lins, alerta que não se deve trocar medicamentos por chá sem indicação médica. “O perigo é fazer o remédio de forma inadequada, extrair uma quantidade grande de princípio ativo, usar uma dose excessiva e fazer até mal ou não fazer o efeito adequado.”

Os testes em humanos devem começar ainda neste ano. A pesquisa também analisa os efeitos da raiz da planta olho-de-boi contra a pressão alta.

(Fonte: G1)

Satélite que enxerga através das nuvens é nova arma contra o desmatamento

Para monitorar o desmatamento da Amazônia, o Brasil começou a usar as imagens de um satélite japonês que permite enxergar através das nuvens. Até então a cobertura de nuvens sempre foi um problema, já que a região da maior floresta tropical do mundo comumente está nublada. Na época de chuvas, certas áreas ficavam sem poder ser monitoradas durante mais da metade do ano.

O satélite japonês Alos, que fica a cerca de 700 km de altitude, emite sinais de micro-ondas que são refletidas no solo e voltam para o espaço. O sinal captado pelo aparelho é então enviado para uma base nos arredores de Tóquio, onde as informações são processadas em supercomputadores.

Oito agentes de fiscalização brasileiros estão no Japão recebendo treinamento para usar as imagens do Alos. Novas áreas de desmatamento que surgiram no final do ano passado já foram detectadas e enviadas para o Brasil. As imagens japonesas, além de indicarem os pontos de devastação e a melhor maneira de a fiscalização chegar até eles, servirão como prova contra desmatadores ilegais nos tribunais. (Fonte: Globo Amazônia)

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

Sessão pipoca na sala verde. Dicas de filmes para as férias!

Aqui vai uma lista de filmes que mereceriam ganhar o Oscar verde.


1. Síndrome da China (1979) – Jane Fonda e Michael Douglas são repórteres que testemunham um acidente numa usina nuclear. O filme foi lançado apenas 12 dias após uma ocorrência muito semelhante, o derretimento parcial do núcleo do reator de Three Mile Island, o maior acidente nuclear da história dos Estados Unidos.

2. Dersu Uzala (1975) - Obra-prima de Akira Kurosawa, esse épico filmado na Sibéria conta a história da amizade de um militar russo e um nativo da região que se sente amaldiçoado por ter matado um tigre.

3. Koyaanisqatsi (1982) – Godfrey Reggio (que vira e mexe vejo aqui em Santa Fe) faz uma arrebatadora colagem de imagens costuradas pela música de Philip Glass, com forte apelo ambiental.

4. SilkWood, Retrato de uma Coragem (1983) – A história real da funcionária de uma usina processadora de plutônio que se converte em sindicalista, é exposta propositalmente a contaminação radioativa e “sofre” um acidente automobilístico após denunciar a empresa para a Comissão de Energia Atômica dos EUA.

5. Nas Montanhas dos Gorilas (1988) – Sigourney Weaver retrata Diane Fossey, a primatologista que lutou até a morte pelos gorilas de Ruanda.

6. FernGully: A Última Floresta Tropical (1992) – Nesta animação, madereiro é encolhido por uma fada de uma floresta australiana, que o faz acordar para a devastação que produz.

7. Erin Brockovich (2000) – Secretária de escritório de advocacia descobre que uma indústria é responsável por minar a saúde de toda uma comunidade. A call to individual action.

8. Uma Verdade Inconveniente (2006) – O documentário/libelo sobre o aquecimento global que colaborou para que o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore levasse o Nobel da Paz.

9. Wall-E (2008) – O desenho da Pixar mostra um robô encarregado de limpar a Terra, depois que os seus habitantes se mudaram para uma espaçonave, por terem destruído completamente o planeta.

10. Home, Nosso Planeta, Nossa Casa (2009) – Dirigido pelo francês Yann Arthus-Bertrand, usa imagens aéreas de 54 países, inclusive do Brasil, para ilustrar o padrão de degradação global.

Quanta energia você consome?

Em breve será possível saber seu consumo de energia elétrica em tempo real. O Google está desenvolvendo um aplicativo gratuito chamado Google PowerMeter, que permitirá acompanhar essas informações.
A ideia é gerar economia de energia e consequentemente uma redução nas emissões de gás carbônico.
O programa recebe informações de um aparelho que registra o consumo de eletricidade e faz comparações, mostrando em quais momentos do dia houve maior consumo de energia.
Mas para o seu funcionamento, é necessário que as empresas de distribuição de energia forneçam o dispositivo que registra o uso de energia ou os consumidores comprem por conta própria os que já estão no mercado.
O aplicativo está em fase de teste nos Estados Unidos, Alemanha.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Muitos tiram férias, mas não sabem relaxar

Há quem se sinta mais cansado quando está longe do escritório.
Estamos na alta temporada, quando muita gente tira férias. É natural, então, imaginar que aqueles que se encontram longe do escritório ou dos estudos já estão "de pernas pro ar", repondo as energias roubadas no dia a dia pelo estresse. Mas isso não é verdade absoluta. Há quem se sinta mais cansado nas férias do que quando está trabalhando.

A dificuldade em relaxar é um problema que vem se agravando. Por um lado, porque durante as férias as relações familiares acabam se estreitando naturalmente e trazendo à tona, novamente, alguns conflitos não-resolvidos. Por outro lado, há quem utiliza o período de férias no trabalho ou na faculdade para fazer cursos. Ou seja, não se ?desliga? nem permite que o organismo se revigore.

Há também aqueles que decidem embarcar em excursões desgastantes. Quem já investiu naqueles pacotes turísticos que prometem conhecer toda a Europa em dez dias ou diversão total na Disney em cinco dias sabe como esses passeios tiram toda a energia física da pessoa. Conclusão: na volta, o turista está um verdadeiro farrapo humano, precisando de férias


Há quem se sinta mais cansado nas férias do que quando está trabalhando. Como as férias são um período necessário na vida do ser humano, em que se deve procurar gozá-lo da melhor forma possível, o ideal é planejar como o tempo será empregado. Se a pessoa tiver somente dez dias de descanso, mas utilizá-lo para realmente descansar a cabeça, se divertir, rir e conhecer gente nova, com discursos totalmente diferentes da rotina, muito bom, já está valendo a pena.

É importante entender que as férias não são cura nem salvação para pessoas solitárias ou que estejam com problemas de relacionamento. Mas vale reservar um tempinho para se "desligar" das atribulações que mais causam estresse. Para quem não consegue relaxar e começa a sentir que a tensão permanente está afetando sua saúde, o processo de cura pode acontecer de algumas maneiras:


Exercícios físicos. Ocorre liberação de endorfinas, essencial para o equilíbrio físico e emocional;

Alimentação adequada. Pessoas agitadas devem evitar o consumo exagerado de alimentos e bebidas estimulantes (comida apimentada, álcool e café, por exemplo);

Desenvolvimento da espiritualidade. É importante cuidar do seu "lado divino", ou seja, adotar leituras de textos específicos, momentos de meditação e oração;

Psicoterapia. Busque ajuda de um psicólogo. Um profissional sério poderá ajudar a descobrir e corrigir essa programação psíquica que o impede de estar em paz;

Mantenha suas expectativas sob controle. Não tente fazer destas férias "as melhores de todos os tempos";

Não consuma muito álcool. As bebidas em excesso podem deixar você mais cansado e deprimido;

Esteja pronto para os imprevistos. Lembre-se de que nem tudo pode estar sob seu controle e relaxe;

Aproveite essas dicas durante todo o ano. Sempre que se sentir "no limite" reserve um fim de semana só para desestressar. Essas pausas são um santo remédio.


Prof. Dr. Luiz Gonzaga Leite é coordenador do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula .

Fonte: Estamos na alta temporada, quando muita gente tira férias. É natural, então, imaginar que aqueles que se encontram longe do escritório ou dos estudos já estão "de pernas pro ar", repondo as energias roubadas no dia a dia pelo estresse. Mas isso não é verdade absoluta. Há quem se sinta mais cansado nas férias do que quando está trabalhando.

A dificuldade em relaxar é um problema que vem se agravando. Por um lado, porque durante as férias as relações familiares acabam se estreitando naturalmente e trazendo à tona, novamente, alguns conflitos não-resolvidos. Por outro lado, há quem utiliza o período de férias no trabalho ou na faculdade para fazer cursos. Ou seja, não se ?desliga? nem permite que o organismo se revigore.

Há também aqueles que decidem embarcar em excursões desgastantes. Quem já investiu naqueles pacotes turísticos que prometem conhecer toda a Europa em dez dias ou diversão total na Disney em cinco dias sabe como esses passeios tiram toda a energia física da pessoa. Conclusão: na volta, o turista está um verdadeiro farrapo humano, precisando de férias


Há quem se sinta mais cansado nas férias do que quando está trabalhando. Como as férias são um período necessário na vida do ser humano, em que se deve procurar gozá-lo da melhor forma possível, o ideal é planejar como o tempo será empregado. Se a pessoa tiver somente dez dias de descanso, mas utilizá-lo para realmente descansar a cabeça, se divertir, rir e conhecer gente nova, com discursos totalmente diferentes da rotina, muito bom, já está valendo a pena.

É importante entender que as férias não são cura nem salvação para pessoas solitárias ou que estejam com problemas de relacionamento. Mas vale reservar um tempinho para se "desligar" das atribulações que mais causam estresse. Para quem não consegue relaxar e começa a sentir que a tensão permanente está afetando sua saúde, o processo de cura pode acontecer de algumas maneiras:


Exercícios físicos. Ocorre liberação de endorfinas, essencial para o equilíbrio físico e emocional;

Alimentação adequada. Pessoas agitadas devem evitar o consumo exagerado de alimentos e bebidas estimulantes (comida apimentada, álcool e café, por exemplo);

Desenvolvimento da espiritualidade. É importante cuidar do seu "lado divino", ou seja, adotar leituras de textos específicos, momentos de meditação e oração;

Psicoterapia. Busque ajuda de um psicólogo. Um profissional sério poderá ajudar a descobrir e corrigir essa programação psíquica que o impede de estar em paz;

Mantenha suas expectativas sob controle. Não tente fazer destas férias "as melhores de todos os tempos";

Não consuma muito álcool. As bebidas em excesso podem deixar você mais cansado e deprimido;

Esteja pronto para os imprevistos. Lembre-se de que nem tudo pode estar sob seu controle e relaxe;

Aproveite essas dicas durante todo o ano. Sempre que se sentir "no limite" reserve um fim de semana só para desestressar. Essas pausas são um santo remédio.


Prof. Dr. Luiz Gonzaga Leite é coordenador do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula .

Fonte: Vida e Saúde

TPM provoca até 150 sintomas de mal-estar

Inflamação generalizada, retenção líquida e humor feroz estão entre eles.
Doença, distúrbio, frescura de mulher. A verdade é que ninguém ainda conseguiu entender definitivamente o que é a TPM. Por isso hoje a definição mais aceita é que se trata de um conjunto de sintomas que surgem uns dez dias antes da menstruação. E ponto. Por isso foi batizada como síndrome. A Medicina já catalogou mais de -- pasme! -- 150 sintomas que costumam dar as caras nesse período e que fisgam até metade das mulheres em idade fértil. Quem está por trás desses males são as oscilações normais dos hormônios nesse período. Isso mesmo: vale frisar que esse sobe-desce é absolutamente normal. Afinal, todas as mulheres, com e sem a síndrome, têm os mesmíssimos altos e baixos hormonais. O que deflagra os sintomas é a sensibilidade de cada mulher a essa gangorra.

O cenário do drama está na segunda metade do ciclo feminino. É quando entra em cena a progesterona, o hormônio que prepara o corpo para a fecundação e para a gravidez, que os problemas começam. Isso porque ela também diminui os níveis de serotonina no cérebro, um neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. Daí os sintomas como irritabilidade, ansiedade, depressão. Mas seus efeitos não param por aí: ela também interfere na produção de aldosterona, o hormônio envolvido na retenção líquida o que causa os desagradáveis inchaços e a dor de cabeça. Como se fosse pouco, a progesterona ainda dispara a produção de prostaglandinas, substâncias que, em excesso, se tornam inflamatórias. O resultado? Dores, dores e mais dores, no corpo todo mamas, costas, músculos, etc.

Com sinais tão diversos, o tratamento varia de mulher para mulher. Assim, dependendo da intensidade do sintoma, o médico pode receitar antidepressivos, antiinflamatórios, analgésicos ou diuréticos. A novidade é um novo contraceptivo oral que acaba de receber o aval contra a TPM. Por ter efeito diurético, além de prevenir a gravidez, ele ameniza os sintomas relacionados à retenção hídrica. Por isso, não deixe de procurar ajuda se o incômodo naqueles dias for realmente grande. Apesar de não ter uma cura definitiva, é perfeitamente possível manter tantos males sob controle.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/

Fórum Social alerta para elo entre crises financeira e ambiental

Ativistas que participam do Fórum Social Mundial afirmaram nesta terça-feira, em Porto Alegre (RS), que não basta enfrentar a crise financeira global sem lidar com a degradação do meio ambiente, a grave escassez de comida e as desigualdades sociais.

O britânico David Harvey, um dos pensadores mais respeitados do movimento contra a globalização, afirmou que, em meio à crise financeira global, foi gerado um novo e forte processo de acumulação de capital que fortalecerá o atual modelo e levará a "uma nova explosão" que "pode ser ainda pior".

Harvey, acadêmico da City University of New York (Cuny), disse em seminário nesta terça-feira que as "ficções" financeiras que causaram a crise em 2008 se reproduzem atualmente na China e em outros países emergentes, que podem ser o epicentro de futuras turbulências.

Segundo Harvey, uma das concepções equivocadas do capitalismo é a "obsessão" pelo crescimento econômico, que ignora as ameaças ambientais e sociais. Para ele, o capitalismo segue baseado "na destruição e não na construção", e se ampara na "lógica da negação", o que o impede de se antecipar às crises que o próprio modelo gera de forma cíclica e que são cada vez mais graves.

Nessa mesma linha, a americana Susan George apontou que a "depressão" econômica atual está diretamente ligada às "crises múltiplas" que se agravam especialmente nos campos ecológico e social, e a assuntos básicos, como a alimentação dos seres humanos.

Ela lembrou que, segundo organismos internacionais, cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome hoje e que dentro de alguns poucos anos sofrerão mais com a progressiva escassez de água potável que os cientistas podem prever. "Veremos coisas ainda mais graves, que antes nem se imaginavam, como o surgimento dos refugiados ecológicos", disse George, que foi consultor de vários organismos da ONU.

"As crises estão se fundindo em uma só" e na medida em que os Governos não entenderem isso dessa maneira, as sociedades "sofrerão muito mais que agora", disse.

George afirmou que, apesar das medidas adotadas para conter a crise financeira, o mundo ainda não entrou em acordo para frear a crise meio ambiental. Para ela, essa "é a mais grave de todas", porque de sua solução depende até a "salvação do planeta".

"A sociedade está submissa aos limites que a natureza impõe" e a busca "imediata e cega" por um maior crescimento econômico impactará de tal modo no ecossistema que "chegará um momento em que será impossível a vida na Terra", afirmou.

Além disso, afirmou que o descontentamento social gerado pela falta de alimentos e de água exporá a humanidade a "novos horrores", "novos tipos de fascismo", "novos massacres" e êxodos maciços.

Harvey e George discursaram em um debate sobre a conjuntura econômica atual realizado dentro do Fórum Social Mundial, que esta semana celebra em Porto Alegre seu décimo aniversário. O evento de Porto Alegre é o primeiro de uma série de encontros que o fórum promoverá ao longo do ano em dezenas de países.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI4228021-EI188,00.html

Mudanças no cotidiano podem evitar escassez de água

A escassez de água no planeta já não é novidade para ninguém. De toda a água de nosso planeta, cerca de 3% é doce, o que não se mostra suficiente para toda a população. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem 11,6% de toda a água doce do planeta. Em pesquisa feita pela Agência Nacional de Águas (ANA), mostra-se que a demanda de água nas regiões metropolitanas é maior que a produção atual dos recursos.

Para impedir problemas com a falta de água nos próximos 15 anos, será necessário um investimento de R$ 27,7 bilhões em produção, tratamento, fornecimento de águas e tratamento de esgotos.

Para evitar que o mundo chegue a essa situação, várias medidas podem ser tomadas, entre elas está o reuso da água, que já vem sendo utilizado por muitas empresas para diminuir seus gastos e também colaborar com o meio ambiente. No Brasil, 80% do esgoto coletado vai parar em cursos d'água sem receber nenhum tratamento.

A população também pode contribuir evitando o desperdício de água com pequenas mudanças no cotidiano em suas casas, propriedades, estabelecimentos comerciais, etc. No Brasil gasta-se cerca de cinco vezes mais água do que o necessário. Nosso consumo é de cerca de 200 litros por dia por pessoa, sendo que a OMS recomenda gastos de 40 litros por dia por pessoa. Este desperdício todo preocupa - afinal, o ser humano é capaz de ficar 60 dias sem comer, mas só resiste cinco sem água.

Vários países têm adotado programas de conscientização e medidas específicas para diminuir o desperdício de água. No Japão, por exemplo, os orientais aproveitam a água depois de tratada em processos industriais. A água quem vem dos ralos do box ou das banheiras também pode seguir por um cano até chegar a um pequeno reservatório e assim reabastecer os vasos sanitários de condomínios, hotéis, hospitais, clínicas, etc.

Na cidade do México, o governo substituiu três milhões e meio de válvulas por vasos sanitários com caixa acoplada, de 6 litros por descarga, resultando numa redução de consumo de 5 mil litros de água por segundo.

Nos Estados Unidos, além de ser obrigatório o limite de 6 litros para a descarga, a legislação também limitou a vazão de chuveiros e torneiras em 9 litros de água por minuto, o que resultou numa redução de 30% no consumo de água.

O problema da escassez de água é urgente. Para Sérgio Belleza, gerente da Divisão Tratamento de Águas da Argal Química "programas de conscientização são necessários em curto prazo. O uso racional da água tem que ser visto como fator urgente e prioritário. Além disso, as empresas têm que estar atentas à implantação dos modernos sistemas de reuso de água", finaliza o executivo.

(Fonte: JB Online)

RS: Municípios da Produção, Norte e Nordeste e do Alto da Serra do Botucaraí assumirão gestão ambiental

Nesta quarta-feira (27), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) promove encontros em Coxilha e Mormaço para formalizar a adesão de 30 prefeituras ao Programa de Incentivo à Adesão ao Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Siga). Com a presença do secretário estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado, os municípios se comprometem a atender aos requisitos para assumir a gestão ambiental local, licenciando, entre outras responsabilidades, as atividades que produzem impacto local.

Às 9h, em Coxilha, prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e vereadores de municípios pertencentes aos Coredes Produção, Norte e Nordeste, reúnem-se no Salão Paroquial da Igreja São João Batista para firmar o compromisso com o Estado. Mais tarde, às 15h, o encontro concentra os municípios que pertencem aos Coredes do Alto da Serra do Botucaraí e também da Produção, na prefeitura municipal de Mormaço.

Com o compromisso firmado, a secretaria dará apoio técnico e administrativo aos municípios que ingressarem no programa. As prefeituras estão cientes dos compromissos, com a entrega da documentação exigida até 12 de fevereiro. Além disso, o município se habilita a receber dentro de um cronograma de desembolso do governo R$ 20 mil para investimentos no sistema ambiental local.

Fonte: http://www.abn.com.br

Como prevenir os sintoma da asma no verão

O uso prolongado do ar condicionado, mudanças bruscas de temperaturas, poeira doméstica, insetos, mofo, poluição, cloro e até os pêlos de animais são os inimigos dos asmáticos durante o verão. Para os que acreditam em trégua nesse período, dados de 2008 do Ministério da Saúde revelam que o número de hospitalizações causadas pela asma nos meses de verão (dezembro, janeiro e fevereiro) corresponde a 18,5% do total de 205.386 internações no país.

A variação climática nessa época do ano é comum e responsável pelo revezamento entre o ar frio e quente, que gera o estreitamento dos brônquios dificultando a entrada e saída de ar dos pulmões, e que na maioria das vezes traz à tona sintomas como tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito. Em situações de muito calor, o funcionamento do aparelho respiratório muda e fica desidratado por causa da baixa umidade do ar.

O Dr. Bernardo Kiertsman, pneumologista pediátrico e professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, explica que as doenças respiratórias são frequentes durante todo o ano, sendo mais incidentes no outono e inverno, mas alerta: no verão sua prevalência também é significativa e merece atenção. "Essa condição climática predominante nos meses mais quentes do ano torna, inclusive, as atividades físicas mais desgastantes, levando também ao ressecamento das vias aéreas, da pele, deixando o indivíduo mais sensível à poluição", destaca, recomendando maior ingestão de líquidos e a realização de exercícios fora dos horários de pico.

Segundo o estudo International Study of Asthma and Allergies (ISAAC), as cidades de maior incidência de asma no país, além do Estado de São Paulo, estão localizadas nas regiões Norte - Manaus (AM) e Belém (PA) -, Nordeste - Salvador e Vitória da Conquista (BA) e Natal (RN) -; e Sul - Porto Alegre e Santa Maria (RS) e Curitiba (PR), conforme afirma Dr. Paulo Camargos, presidente da Aliança Global contra Doenças Respiratórias Crônicas (GARD Brasil).

Tratamento e Controle

O tratamento da asma tem três pilares: ação educativa do paciente e seus familiares para controle da doença, higiene do ambiente e tratamento farmacológico de manutenção e tratamento da crise. Entre os medicamentos mais indicados estão os broncodilatadores de ação imediata. Recomendados para o tratamento da crise aguda de asma, eles podem ser utilizados na forma inalatória sob a forma de spray ("bombinhas") ou via nebulização. Em casos mais severos, é necessária a utilização de antiinflamatórios por via oral ou endovenosa, por um curto período.

"Atualmente temos dado preferência aos sprays pela sua praticidade, duração menor da aplicação, menores doses e, consequentemente, menor custo, para obtermos o mesmo efeito clínico necessário", explica o Dr. Kiertsman.

Há medidas domiciliares que podem auxiliar a pessoa que tem asma a evitar as crises ao longo do ano. "É possível ter uma boa resposta com procedimentos domésticos, tais como usar umidificadores de ar, limpar a casa com pano úmido, não levantar poeira com espanador ou vassoura, evitar odores fortes, animais de sangue quente, plantas e, principalmente, contato com fumaça de cigarro e realizar a manutenção correta do ar condicionado", recomenda o Dr. Bernardo Kiertsman.

A asma uma doença que se tratada de forma adequada, proporciona qualidade de vida ao seu portador. O indivíduo asmático é submetido a um tratamento contínuo para manter a doença sob controle. "A finalidade do tratamento preventivo é diminuir o número de crises, aumentar o espaço entre elas e que, caso ocorram, sejam facilmente reversíveis, sem a necessidade de procurar um pronto atendimento. Esse controle deve ocorrer com o menor número de medicamentos e na menor dose", explica o especialista. E completa: "O desafio é conseguir que o asmático possa ter uma qualidade de vida normal ou muito próxima da normalidade."

Dicas para férias seguras longe da asma

Seguem algumas dicas de como se prevenir do agravamento dos sintomas da asma em meio às férias de verão a fim de garantir o divertimento de toda a família:

- Elabore com o seu médico, um plano de ação com estratégias para evitar as crises, para o tratamento de manutenção da asma e leve uma cópia com você. Para crianças e adolescentes que costumam acampar, é importante deixar uma via com o profissional responsável;

- A qualidade do ar tende a ser melhor nas primeiras horas do dia para evitar a poluição atmosférica proveniente do tráfego pesado;

- Ao fazer reservas em hotéis, peça por um quarto ensolarado, seco e longe de piscinas cobertas;

- Certifique-se de que todos os medicamentos necessários para o seu tratamento (conforme descritos no seu plano de ação) estão em seu poder com suas embalagens originais e respectivas bulas;

- Ao incluir as medidas de prevenção da asma em seu planejamento de férias, você aumenta suas chances de se divertir, descansar e ter férias de verão saudável.

Dados Nacionais da Asma - Atualmente, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), há 18 milhões de asmáticos no Brasil, ou seja, 10% da população brasileira. O Datasus/Ministério da Saúde de 2009 indica que a doença teve um índice de mortalidade de 3.111 casos e é a terceira causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), excluindo a gravide, sendo responsável por 275 mil internações/ano. No último ano, os cofres públicos registraram gastos da ordem de R$ 87.044.072,34. O Brasil é o 8º país em incidência de casos de asma no mundo, segundo a revista Lancet (1998).

Sobre a Asma - A asma é uma doença inflamatória e caracterizada pelo estreitamento generalizado dos brônquios, cuja intensidade varia de pessoa para pessoa. Ela pode ser desencadeada por fatores alérgicos, irritantes, infecções por vírus, fatores emocionais, entre outros. É mais comum em crianças e adolescentes - também incide entre adultos.

Fonte:http://www.abn.com.br

Fruta de época tem menos agrotóxicos

Apesar de o Brasil ser uma terra de eterna primavera, onde tudo o que se planta dá, e durante o ano inteiro, todo mundo sabe que fruta boa é a de época. E um guia feito pela associação de consumidores Pro Teste dá uma força para quem quer se alimentar de forma saudável e aproveitar melhor o que cada época do ano oferece para o paladar e para o corpo.

"Escolher a fruta da estação não representa somente uma economia no bolso. É uma questão de saúde. Quando a fruta está na época certa de maturação, não exige tanta aplicação de agrotóxicos", explica Fernanda Ribeiro, bióloga e pesquisadora da Pro Teste, que criou o calendário de frutas e hortaliças, classificando-as pelos meses ideais para consumo.

Segundo a Pro Teste, portanto, agora o ideal é consumir frutas como a melancia e o melão, ambos ricos em água, com baixo aporte calórico e abundantes em vitaminas do complexo B e vitamina C. A melancia é rica em betacaroteno (um antioxidante que previne o envelhecimento). Já o melão tem minerais como cálcio, fósforo, potássio, ferro, cobre e enxofre, e é fonte de fibras.

Outra fruta que também está na época certa é o abacaxi, rico em cálcio e magnésio. Ele contém ferro, fósforo, potássio, vitaminas B e C, pró-vitamina A e a bromelina, que ajuda na digestão das proteínas. A uva, outra fruta de época, fornece boas doses de minerais (cálcio, fósforo, magnésio, cobre e iodo) e tem boa quantidade de vitaminas B e C. O figo tem potássio, cálcio, fósforo e vitamina B3, importante para manter o equilíbrio da pele e do sistema nervoso.

Além de frutas, o guia do Pro Teste, disponível no site www.proteste.org.br, dá dicas sobre outros alimentos, como o o jiló, que é uma boa fonte de minerais como cálcio, ferro e fósforo e tem vitaminas A, B e C em quantidade.

Esta é época certa para também consumir berinjela, rica em água e com uma densidade mineral boa, em especial o potássio. A berinjela também tem pectina e celulose, duas fibras que auxiliam no funcionamento do trato intestinal. O salsão deve ter lugar especial nos pratos: além de também equilibrar o intestino, tem vitamina C, cálcio, potássio, ferro, fósforo e magnésio.

Mesmo sendo da estação, estes produtos contêm agrotóxicos, embora em menos quantidade. Para retirá-los por completo, Fernanda Ribeiro ensina que eles devem ser lavados cuidadosamente. Folhas devem limpas uma a uma em água corrente, e ficar 30 minutos de molho.

Marlene Strauss, de 72 anos, que frequenta a feira na Rua Ronald de Carvalho, em Copacabana, não abre mão de consumir produtos da época e comprá-los na barraca de Jorge Luiz Cardoso.

"Minha barraca está aqui há 40 anos, a maior parte do que está à venda é da estação. Mas o melhor é a simpatia e as receitas que dou. Além de se alimentar bem, todo mundo gosta de ser bem tratado, né?", diz, com muito bom humor, o feirante.

(Fonte: JB Online)

Sanaa, no Iêmen, pode se tornar a primeira capital sem água

Sanaa pode se tornar dentro de cinco ou dez anos a primeira capital do mundo totalmente desprovida de água, um problema que já existe em diversas regiões do Iêmen.

Além da segurança e do terrorismo, a escassez de água, fator desencadeador de conflitos, deverá ser um dos principais temas mencionados na conferência sobre o Iêmen, no dia 27 de janeiro em Londres.

Com 125 metros cúbicos de água por pessoa por ano, o Iêmen, um país de 23 milhões de habitantes, é uma das nações mais secas do planeta. A média mundial de água por pessoa é de 7.500 metros cúbicos. A ONU considera que abaixo de mil metros cúbicos, o desenvolvimento do país é prejudicado.

Localizada a 2.300 metros de altitude, Sanaa, que tem dois milhões de habitantes, tem uma rede de abastecimento de água insuficiente, com bairros totalmente ignorados e outros onde o líquido sai das torneiras uma vez a cada 20 dias.

O resultado é que centenas de empresas privadas que se dedicam à exploração intensiva dos praticamente esgotados lençóis freáticos vendem a água em caminhões-tanques e recipientes de todos os tipos.

Mohammad Maayad, 27 anos, é o dono de uma destas empresas. "Tiro água a 480 metros de profundidade. Quando comecei, tirava a 400 metros. O nível cai mais ou menos três metros a cada ano", afirmou.

"Sanaa pode se tornar a primeira capital do mundo sem água", escreveu o centro de reflexão Carnegie Endowment for International Peace, em relatório publicado no ano passado.

De acordo com um especialista europeu, que não quis ser identificado, os lençóis freáticos de Sanaa estavam a apenas 20 metros de profundidade nos anos 60.

"O problema é o qat", sentenciou. Esta planta com propriedades euforizantes mastigada pela grande maioria dos homens no Iêmen "monopoliza entre 40% e 50% da água destinada à agricultura, que por sua vez representa 90% do consumo total do país".

"O qat rende até quatro vezes mais que o café, e a maioria das grandes plantações pertence aos chefes de tribos, poderosos demais para o governo", explicou.

O preço do óleo diesel que alimenta as bombas é altamente subsidiado: vendido a 17 centavos de dólar o litro, ele torna o bombeamento de água praticamente gratuito.

Alertadas há anos por especialistas internacionais, as autoridades aprovaram em 2002 uma lei proibindo o bombeamento por empresas privadas.

"É uma boa lei. Normalmente, é necessária uma autorização para cavar um poço", disse à AFP o especialista alemão Dierk Schlütter.

"No entanto, esta lei não é aplicada. O poder não está nas mãos do Estado, e sim dos chefes tribais. Se o chefe autorizar, e ainda tiver plantações de qat, o poço será cavado de qualquer jeito", lamentou.

"A única solução seria proibir o qat, mas a planta é tão integrada à sociedade que é impossível fazer isso. Seria a mesma coisa que proibir a cerveja na Alemanha ou o vinho na França. Por outro lado, os iemenitas vão chegar muito em breve a um ponto em que terão de escolher entre mastigar qat ou dar água para seus filhos", prosseguiu Schlütter.

Os lençóis freáticos que alimentam Sanaa estarão totalmente secos "em 2015 ou 2017, não se sabe ao certo, alertou. "Sempre se escutam rumores sobre um deslocamento da capital para o litoral, mas nada é feito".

O esgotamento dos lençóis freáticos pode ser adiado encaminhando, como já vem sendo feito para algumas cidades, a água em caminhões-tanques. Porém, a medida elevaria ainda mais o preço da água, que já custa muito caro em alguns bairros, o que pode desencadear tumultos.

Conflitos por água já foram registrados no país nos últimos anos, principalmente no sul.

"O governo está entre a cruz e a espada. Se tentar cortar a produção de qat, haverá reações violentas dos produtores, mas se não o fizer, terá de lidar em breve com tumultos provocados pela escassez de água", resumiu Schlütter.

(Fonte: Yahoo!)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Brasil é recordista na destinação de embalagens vazias

Nos últimos sete anos, foram recolhidas mais de 136 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas.

O Brasil é recordista mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. Nos últimos sete anos, foram mais de 136 mil toneladas. No ano passado, o retorno chegou a 90%, índice superior a outros países com programas semelhantes. Canadá, Estados Unidos e Japão, por exemplo, registram taxas que ficam em torno de 20% a 30%. Mato Grosso é o estado que mais recolhe as embalagens vazias descartadas no País: 24%. Logo em seguida vêm Paraná e Goiás, com 16%, e São Paulo, que, até novembro de 2009, alcançou 12% de representatividade.

A prática é obrigatória desde 2002, pelo Decreto Nº 4.074 que determinou a responsabilidade compartilhada entre agricultores, canais de distribuição, indústria e poder público. Cada elo da cadeia tem uma função no processo. De acordo com a regra, o produtor deve fazer a tríplice lavagem e perfurar a embalagem para evitar a reutilização. Esse recipiente pode ficar armazenado na propriedade por até um ano e o proprietário tem que devolvê-lo e guardar o comprovante por mais um ano para fins de fiscalização.

Antes da legislação, as embalagens eram enterradas, queimadas ou jogadas em rios. Essas práticas são nocivas ao meio ambiente e à saúde dos animais e dos seres humanos. O agricultor consciente desses perigos segue as novas regras com boa vontade.

As revendas, as cooperativas e os distribuidores são obrigados a colocar, na nota fiscal, o local de recebimento dessas embalagens, neste caso, as centrais e postos. A indústria fabricante recolhe e dá destinação ao material.

Ministério da Agricultura - O poder público, representado pelo órgão de defesa agropecuária do estado, fiscaliza e, ao lado do órgão federal - neste caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) - fornece a licença de comercialização, educa e orienta os agricultores sobre o procedimento correto. Segundo o coordenador de Agrotóxicos do Mapa, Luís Eduardo Rangel, a fiscalização é regida pelas leis de Agrotóxicos e de Crimes Ambientais. 'As multas podem chegar a R$ 1 milhão', alerta.

Eline Santos - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sobre o inpEV

O inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. Todas as empresas que integram a Andef, Associação Nacional de Defesa Vegetal, são associadas ao inpEV.

Andef - Associação Nacional de Defesa Vegetal

Emagreça neste verão comendo o que gosta

1 Há dezenas e dezenas e sorvetes disponíveis no mercado. A dica básica é: evite os sorvetes de massa e dê preferência aos picolés de fruta. Um picolé de fruta pode ser 3 vezes menos calórico em relação ao sorvete de massa.


2 Preste atenção: prefira os sorvetes que apresentam a informação nutricional no rótulo. Assim, você saberá como controlar a sua alimentação sem prejudicar o emagrecimento.


3 Evite as sorveterias por quilo. As guloseimas como farofa doce, confete de chocolate, casquinha, marshmallow, chocolate derretido, caldas doces aumentam muito a quantidade de calorias. Lembre: quanto mais simples for o sorvete, menos calorias ele terá.


4 Os sorvetes de massa de fruta são os menos calóricos se comparados com os de brigadeiro, chocolate, flocos. Tome somente cuidado com o tamanho da porção que irá consumir para não extrapolar nas calorias.

Tabela de Calorias aproximadamente: Picoles e Sorvetes


Picolé de fruta sabor abacaxi com hortelã 1 unidade 58 calorias
Picolé de fruta sabor coco 1 unidade 94 calorias
Picolé de fruta sabor goiaba 1 unidade 55 calorias
Picolé de fruta sabor limão 1 unidade 63 calorias
Picolé de fruta sabor manga light 1 unidade 23 calorias
Picolé de fruta sabor maracujá light 1 unidade 43 calorias
Picolé de fruta sabor morango 1 unidade 69 calorias
Picolé de fruta sabor tangerina 1 unidade 62 calorias
Picolé de fruta sabor uva 1 unidade 63 calorias
Picolé Mega 3 chocolates 1 unidade 235 calorias

Sorvetes

Sorvete de massa maracujá light 1 bola 70 calorias
Sorvete de massa sabor abacaxi 1 bola 111 calorias
Sorvete de massa sabor brigadeiro 1 bola 127 calorias
Sorvete de massa sabor chocolate 1 bola 112 calorias
Sorvete de massa sabor creme 1 bola 102 calorias
Sorvete de massa sabor creme light 1 bola 49 calorias
Sorvete de massa sabor flocos 1 bola 121 calorias
Sorvete de massa sabor limão light 1 bola 72 calorias
Sorvete de massa sabor milho verde 1 bola 107 calorias
Sorvete de massa sabor morango 1 bola 98 calorias
Sorvete de massa sabor napolitano 1 bola 105 calorias

Fonte: Dieta e Saúde

Como montar uma horta em apartamento?

A primeira coisa é escolher onde ela será montada e garantir que seja instalada num local ensolarado. Cuidados com a preparação da terra, a seleção adequada das culturas e a boa manutenção também são essenciais.

1. Escolha do local
As hortaliças precisam receber, no mínimo, cinco horas de luz solar por dia. Por isso, o ideal é instalar a horta na varanda ou junto à janela. Prefira locais que recebem sol pela manhã.

2. Onde plantar?
Em qualquer vasilhame, de jardineiras a jarros (com volume mínimo de 1 litro) até canos de PVC (de 30 cm de diâmetro) cortados ao meio. Dá para usar também garrafas PET de 2 litros (cortadas acima da metade) ou carrinhos de mão. É preciso sempre furar embaixo para a drenagem da água.

3. Preparo do solo
Melhor comprar terra pronta, com matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e potássio, aconselha o técnico agrícola Adejar Gualberto Marinho, da Embrapa Hortaliças. “O ideal é que a terra tenha pH 6. Se o solo for ácido demais, as plantas não vingarão”, afirma.

4. Seleção das culturas
Opte por hortaliças com raízes curtas, como alface, coentro, cebolinha, salsa, pimentão e couve-folha, ou até frutas de pequeno porte, como tomate-cereja e morango. Vegetais de raízes longas, como cenoura, rabanete e mandioquinha, não se adaptam bem a solos pouco profundos

5. Cuidados no plantio
A plantação começa com sementes ou mudas, dependendo da cultura. Pesquise o espaçamento ideal de cada planta para que ela cresça plenamente. Um pé de alface, por exemplo, deve ser plantado a 20 cm dos demais, enquanto para tomate e couve a distância sobe para 35 cm.

6. Rega e manutenção
No início, regue três vezes por dia até que a semente germine ou a muda pegue. Depois, basta uma rega diária, de preferência pela manhã. Retire plantas invasoras e proteja a horta de insetos, principalmente borboletas. Seus ovos viram larvas, que se alimentam das plantas.

Revista Vida Simples

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

HC de São Paulo recruta voluntários para testar vacinas contra vírus da gripe suína

O Centro de Pesquisa do Instituto da Criança do HC (Hospital das Clínicas) da Faculdade de Medicina da USP, o Instituto Butantan e o Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário da USP estão recrutando voluntários para testar vacinas contra o vírus da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína.

O objetivo do teste é avaliar a tolerância e a segurança das 13 vacinas contra o vírus influenza A (H1N1), desenvolvidas pelo Instituto Butantan, e descobrir qual delas é a mais eficaz contra o vírus. Segundo o Hospital das Clínicas, os pacientes serão monitorados para identificar o surgimento de eventuais riscos à sua saúde. O período de testes dura cerca de dois meses e meio.

Os voluntários podem ser de ambos os sexos, devem ter idade entre 18 e 50 anos e não apresentarem problema de saúde.

(Fonte: Folha Online)

Cientistas americanos identificam novo possível tratamento para a hepatite C

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Stanford identificaram uma nova classe de compostos químicos que, em testes in vitro, inibiram a replicação do vírus da hepatite C.

Caso esses compostos também se mostrem efetivos em seres humanos, eles podem acelerar dramaticamente os esforços contra a tendência do vírus de adquirir resistência aos medicamentos. Além disso, podem ser uma alternativa aos efeitos colaterais causados pela maioria das drogas utilizadas hoje.

“A hepatite C é um enorme problema”, diz Jeffrey Glenn, professor de gastroenterologia e hepatologia e diretor do Stanford's Center for Hepatitis and Liver Tissue Engineering. “A doença infecta mais de 150 milhões de pessoas no mundo, muitas delas sem saber que são portadoras. A forma crônica da hepatite C é a principal causadora de câncer e dos transplantes de fígado nos Estados Unidos.”

De acordo com o pesquisador, os tratamentos disponíveis hoje são apenas parcialmente efetivos e muitas vezes apresentam efeitos colaterais. Desenvolver um novo antiviral é complicado, pois o vírus se aproveita do funcionamento das funções das células do fígado para se replicar.

Existem muitas drogas efetivas para doenças causadas por bactérias. As bactérias, assim como nossas próprias células, são repletas de unidades funcionais.

No entanto, elas diferem das células dos mamíferos na forma como é possível atacá-las com os medicamentos. Os antibióticos revolucionaram os tratamentos de doenças infecciosas causadas por elas.

Desenvolver um antiviral sem efeitos colaterais é outra história. Diferente das bactérias, que se multiplicam pela divisão, os vírus se reproduzem estourando as células e desviando as funções de seu “maquinário interno” para produzir cópias de si mesmo.

Diferente de outros vírus, o da hepatite C não cresce em culturas quando isolados, o que impede que os pesquisadores obtenham drogas ou vacinas efetivas (ainda não existe uma vacina contra a hepatite C).

Há alguns anos, virologistas desenvolveram um sistema substituto para a duplicação do vírus da doença. Esse sistema pode ser usado para testar os compostos químicos efetivos contra o vírus.

Porém, sempre que um desses compostos se mostra efetivo, o vírus sofre uma mutação rapidamente. Dessa forma, adquire resistência na mesma velocidade. A mais recente solução, diz Glenn, é provavelmente “o ataque do vírus por múltiplos ângulos, todos ao mesmo tempo com um coquetel de medicamentos. É imperativo identificar novas classes de potenciais medicamentos.”

Glenn é um dos autores do estudo, publicado na edição desta quarta-feira (20) na "Science Translational Medicine", em que ele e seus colegas relatam o desenvolvimento de uma nova classe de compostos capaz de interromper o ciclo de replicação do vírus da hepatite C com pouca ou nenhuma toxicidade para as células humanas, diz Glenn.

O pesquisador prevê um período de um ano a 18 meses de testes pré-clínicos e testes em animais antes que esses compostos possam ser aprovados para testes em humanos pela agência reguladora dos EUA, o FDA.

(Fonte: G1)

País é líder em recolhimento de embalagem de agrotóxicos

O Brasil segue líder mundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. Em 2009, foram recolhidas cerca de 28 mil toneladas, um retorno de 90%. Apesar de 10% dos recipientes provavelmente ainda estarem em contato com a natureza, podendo causar danos à saúde humana e animal e ao meio ambiente, a taxa é bem superior à de outros países. Canadá, Estados Unidos e Japão têm índices de recolhimento entre 20% e 30%.

Desde 2002, quando entrou em funcionamento o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), o país já recolheu mais de 136 mil toneladas de recipientes usados. Os estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e São Paulo participaram com mais de 60% desse volume.

Segundo o coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luís Carlos Rangel, o diferencial brasileiro é o sistema de fiscalização, no qual o revendedor e o comprador são identificados e a devolução das embalagens monitorada, inclusive com punições previstas nas leis de agrotóxicos e de crimes ambientais.

As embalagens podem ficar armazenadas por até um ano. Após a devolução, o produtor tem que guardar o comprovante por mais um ano para fins de fiscalização. Antes de devolvê-los, o agricultor deve fazer a tríplice limpeza dos recipientes, que consiste em seu esvaziamento, lavagem e perfuração, para que não sejam reutilizados.

Quando não havia programa de recolhimento de embalagens e nem legislação específica sobre o assunto, elas eram enterrados, queimados ou jogados em rios. Essas práticas são nocivas ao meio ambiente e aos seres vivos.

(Fonte: Agência Brasil)

Ecólogos mapeiam rotas globais de navios para entender espécies invasoras

Um grupo de cientistas que estuda as temidas espécies invasoras de ecossistemas acaba de prestar um serviço pelo qual economistas poderão agradecê-los: publicaram um mapa completo da malha de rotas de grandes navios cargueiros entre portos do mundo todo.

O estudo, realizado por ecólogos da Universidade Carl von Ossietzky, da Alemanha, só foi feito após os pesquisadores descobrirem que a Organização Marítima Internacional nunca tinha produzido os dados.

O trabalho, que deve ser publicado ainda neste mês na revista "Journal of Royal Society Interface", se baseou nas trajetórias que mais de 16 mil navios cargueiros com capacidade acima de 10 gigatoneladas fizeram em 2007.

Ao final, conseguiu identificar quais são os portos mais "centrais" - aqueles incluídos em um número maior de rotas- e quais ligações são as mais movimentadas.

"Deu um trabalho dos infernos", disse à Folha Bernd Blasius, cientista do Instituto de Química e Biologia para o Ambiente Marinho, entidade que liderou o estudo na universidade.

Rastreio - "No começo, nós quase desistimos, porque achávamos que teríamos de contatar todas as empresas de transporte do mundo, mas hoje já existe um número grande de navios equipados com AIS (Sistema de Identificação Automática), e isso ajudou muito", explica Blasius.

O cientista se refere ao dispositivo que começou a ser instalado em escala global em 2001 para rastrear navios pelos seus nomes.

Com uma equipe de apenas quatro pessoas, Bernd conseguiu classificar os navios de interesse registrados no AIS e entender suas rotas estudando pontos de ancoragem de portos do mundo todo.

"Isso é interessante não apenas para bioinvasão", diz. "Pode ser útil também para entender como nosso navios estão operando e para achar padrões em sistemas de comercio."

Invasores de portos - Com a intensificação do comércio marinho, a invasão biológica tem sido fenômeno cada vez mais comum, frequentemente com consequências desastrosas. Um exemplo clássico é o do mexilhão-zebra, originário da Rússia.

Transportado para os EUA, prolifera como praga entupindo encanamentos e causando prejuízo. No Brasil, o siri Charybdis hellerii, natural do Pacífico, prejudica populações de crustáceos. Tudo indica que os invasores foram transportados no lastro de navios.

Agora, com seu novo mapa naval, Blasius deve começar a fazer o estudo que pretendia desde o início: identificar as rotas que estão em maior risco de provocar bioinvasão. "Para isso, será preciso levar em conta fatores ambientais", explica, "como temperatura e salinidade da água nos vários portos".

De cara, ele já sabe que petroleiros e os transportadores de commodities são mais nocivos que outros navios, porque frequentemente navegam vazios e em rotas mais erráticas.

(Fonte: Folha Online)

Casal anticonsumista vive sem geladeira e TV em SP

Você acha que seria possível viver sem geladeira? E sem televisão? O casal Juliana Morari, 26, e Lúcio Tamino, 27, vive assim. E muito bem, pelo que dizem. Há dois anos, mudaram-se de uma região mais urbana da metrópole de São Paulo para a serra da Cantareira, nos limites do município, onde consomem "somente o necessário".

"Já que procuro sempre comer frutas e legumes frescos e não consumo nada derivado de animais, que estraga fora da geladeira, não preciso dela", explica Juliana, que se identifica como pesquisadora de dança. Ela planeja no máximo experimentar um sistema africano de refrigeração com vasos de cerâmica.

Sobre a falta de TV, diz : "Assim, evitamos o apelo comercial que chega tanto pela TV como por lanchonetes e outras grandes lojas"

Eles são um exemplo de até onde podem chegar cidadãos preocupados com o ambiente - e, no caso deles, também com a saúde, os animais, e o "todo à sua volta".

Relatório publicado pelo Worldwatch Institute na semana passada apoia atitudes como a deles. A organização, baseada em Washington, tira o foco no governo e em acordos internacionais. Avisa que o desenvolvimento sustentável do planeta e a luta contra o aquecimento global passam por uma renúncia ao consumismo.

Juliana diz que não compra produtos "supérfluos", ainda mais quando são industrializados, como biscoitos recheados e iogurte.

"Possuem corantes, conservantes e outros ingredientes que podem fazer mal", diz. Quando o casal precisa mesmo de algo industrializado, como óleo, opta por cooperativas. "Priorizo produzir eu mesma biscoitos e pães caseiros para nosso consumo."

O sustento financeiro do casal vem de Lúcio, artista plástico. Mas, como evitam o consumismo, não necessitam de muito dinheiro, diz Juliana.

O único eletrônico que declaram possuir em casa é um computador, por onde atualizam site contando sua experiência.

Absorvente reaproveitável - Há outros que não têm um estilo de vida como o de Juliana e Lúcio, mas, ainda assim, buscam renunciar ao consumismo. A Folha Online ouviu casos curiosos de renúncia às compras tidas como excessivas. Algumas medidas, como a da professora Tânia Regina Vizachri, 23, chamam a atenção.

Em vez de utilizar absorventes íntimos descartáveis, ela adotou os chamados "abiosorventes". São de pano reutilizáveis.

"Isso evita ter que ir sempre comprar na farmácia e produzir mais lixo", explica ela. "Além disso, há os produtos químicos do produto industrializado que também causam impactos."

O site do produto estima: "cada uma de nós irá consumir, ao longo da vida fértil, algo em torno de 10 mil absorventes descartáveis, que ficarão aí pelo mundo por volta de uns cem anos pelo menos".

E quando seu celular quebra, você pensa em consertar ou compra outro? Como muitos desses aparelhos são baratos, o biólogo Leandro Sauer Carrillo, 26, aponta que a tendência é mesmo comprar outro. "As pessoas não se preocupam com o que vai virar depois o produto", diz.

"O visor do meu celular quebrou há cerca de dois anos, depois de um ano de uso", conta ele. "Ao invés de jogar fora, consertei, por 10% do valor do aparelho." Outra aventura do aparelho foi molhar - problema que ele diz ter resolvido ao secá-lo.

Hoje Leandro não está mais com o celular, mas o deu em boas condições de funcionamento para sua mãe, atual usuária.

Uma semana para pensar - Outra preocupação do biólogo é na hora de fazer qualquer compra: "Antes pense no seu custo-benefício por uma semana", sugere ele. "Se, no fim do período, ainda quiser comprar, OK. Senão, provavelmente era algo que você acabaria não usando."

Ele exemplifica com a última coisa em que pensou em comprar: uma máquina de fazer suco que viu em propaganda na televisão.

"Parecia legal, mas depois, ao ver funcionar, percebi que desperdiçava partes da fruta que também poderiam ser aproveitadas, gerava muito resíduo", conta Leandro, que desistiu da compra.

Outro objeto de consumo que o biólogo cobiça há cerca de quatro anos é uma TV LCD. Mas recusou até hoje a compra pela decisão consciente de esperar: "A tecnologia avança muito rápido, logo vai ter outra opção mais avançada", pondera.

"Além disso, quanto tempo vou ter para isso? Se eu tiver uma TV pior provavelmente vou ter até menos vontade de assistir e vou poder fazer outras coisas mais saudáveis."

(Fonte: Folha Online)

Biólogos buscam "elo perdido" da linguagem dos macacos

Caminhando pela floresta Tai, na Costa do Marfim, Klaus Zuberbuehler podia ouvir os chamados dos macacos Cercopithecus diana, mas a tagarelice não significava nada para ele.

Isso foi em 1990. Hoje, após quase 20 anos estudando a comunicação animal, ele é capaz de traduzir sons da floresta. Esse chamado significa que um macaco Cercopithecus diana viu um leopardo. Aquele outro significa que o macaco viu outro predador, a águia Stephanoaetus coronatus

"É uma lição de humildade perceber que existem tantas informações sendo transmitidas de formas que não percebíamos antes", disse Zuberbuehler, psicólogo da Universidade de St. Andrews, na Escócia.

Será que os primatas têm uma linguagem secreta que ainda não foi decodificada? Em caso afirmativo, isso resolverá o mistério de como a faculdade humana da fala se desenvolveu? Biólogos têm abordado a questão de duas formas, tentando ensinar linguagem humana aos chimpanzés e outras espécies, e ouvindo os animais na selva.

A primeira abordagem tem sido impulsionada pelo desejo intenso das pessoas - talvez reforçado pela exposição na infância aos animais que falavam nos desenhos animados - de se comunicar com outras espécies. Os cientistas investem grandes esforços em ensinar uma linguagem aos chimpanzés, seja na forma da fala ou de símbolos. Um repórter do "The New York Times" que entende linguagem de sinais, Boyce Rensberger, pôde, em 1974, conduzir talvez a primeira entrevista para um jornal com outra espécie, quando conversou com Lucy, um chimpanzé. Ela o convidou para uma árvore (proposta que ele recusou), disse Rensberger, que agora está no MIT.

No entanto, com algumas exceções, ensinar uma linguagem humana a animais tem se provado algo sem sucesso. Eles deveriam falar, talvez, mas não falam. Eles conseguem se comunicar de forma bastante expressiva - pense em como os cães conseguem fazer com que entendamos seus desejos -, mas eles não relacionam sons simbólicos juntos em sentenças ou possuem qualquer coisa próxima de uma linguagem.

Selva - Melhores esclarecimentos têm vindo da audição de sons produzidos por animais na selva. Descobriu-se, em 1980, que macacos-verdes possuíam chamados de alarme específicos para seus predadores mais sérios. Se os chamados eram gravados e reproduzidos para eles novamente, os macacos respondiam adequadamente. Eles pulavam nas moitas ao ouvir o chamado do leopardo, observavam o chão ao ouvir o chamado da cobra, e olhavam para cima quando era reproduzido o chamado da águia.

É tentado pensar nesses chamados como palavras para "leopardo", "cobra" ou "águia", mas não é bem assim. Esses macacos não combinam os chamados com outros sons para produzir novos significados. Eles não os modulam, até onde se sabe, para transmitir a mensagem de que um leopardo está a 3m ou 30m de distância. Esses chamados de alarme parecem menos com palavras e mais como uma pessoa que grita "Ai!" - uma representação vocal de um estado mental interno, em vez de uma tentativa de transmitir uma informação exata.

Entretanto, esses chamados têm um sentido específico, o que já é um começo. E os biólogos que analisaram os chamados dos macacos, Robert Seyfarth e Dorothy Cheney, da Universidade da Pensilvânia, detectaram outro elemento significativo na comunicação dos primatas quando eles passaram a estudar babuínos. Os babuínos são muito sensíveis à sua hierarquia social. Se os cientistas reproduzem um babuíno superior ameaçando um inferior, e esse último gritando de terror, os babuínos não prestam atenção - é normal para eles. Mas quando os pesquisadores reproduzem uma gravação na qual a ameaça de um babuíno inferior precede o grito de um superior, os babuínos olham impressionados para o alto-falante que transmite essa aparente revolução na ordem social daqueles macacos.

Os babuínos claramente reconhecem a ordem na qual dois sons são ouvidos, e dão significados diferentes a cada sequência. Assim, eles e outras espécies parecem muito mais próximos dos humanos em seu entendimento da sequência de sons do que na produção deles. "A capacidade de pensar em frases não faz com que eles falem em frases", escreveram Drs. Seyfarth e Cheney em seu livro "Baboon Metaphysics".

Proximidade - Algumas espécies podem ser capazes de produzir sons que parecem um passo ou dois mais próximos da linguagem humana. Zuberbuehler relatou no mês passado que alguns macacos que vivem nas florestas da Costa do Marfim podem variar seus chamados individuais ao adicionar sufixos, assim como um falante da língua inglesa muda o tempo verbal para o passado usando um "-ed".

Os macacos produzem um alarme do tipo estalo ("krak") quando veem um leopardo. Mas acrescentar um "-oo" muda o alarme para um alerta mais genérico de predadores. Um contexto para o som "krak-oo" é quando eles ouvem alarmes de leopardos de outras espécies, como os macacos Cercopithecus diana.

Algo mais notável: esses macacos podem combinar dois chamados para gerar um terceiro, com significado diferente. Os machos têm um chamado "boom boom", que significa "Estou aqui, venham". Quando "booms" são seguidos por uma série de "krak-oos", o significado é bem diferente, diz Zuberbuehler. A sequência significa "Madeira! Árvore caindo!" Zuberbuehler observou algo parecido entre outra espécie de macaco que combinava seu chamado "pyow" (alertando sobre um leopardo) com seu chamado "hack" (águia), numa sequência que significa algo como "Vamos sair daqui agora mesmo!"

Primatas mais evoluídos têm cérebros maiores que macacos e espera-se que eles produzam mais chamados. Mas há um código elaborado de comunicação entre chimpanzés que seus primos humanos ainda não decifraram. Os chimpanzés fazem um chamado por comida que parece ter muitas variações, talvez dependendo da qualidade percebida da comida. Quantos significados diferentes um chamado pode ter? "Precisaríamos dos próprios animais para saber quantos chamados com significados eles conseguem identificar", afirmou Zuberbuehler. Um projeto como esse poderia levar uma vida inteira de pesquisa, diz.

Macacos possuem muitas das faculdades que estão por trás da linguagem. Eles ouvem e interpretam sequências de sons mais ou menos como os humanos. Eles têm um bom controle sobre seu trato vocal e podem produzir quase a mesma variação de sons que os humanos. Mas eles não conseguem juntar tudo isso.

Isso é algo particularmente surpreendente, pois a linguagem é extremamente útil para uma espécie social. Uma vez que a infraestrutura da linguagem existe, como é quase o caso de macacos, espera-se que a faculdade se desenvolva muito rapidamente por padrões evolucionários. Ainda assim, os macacos existem há 30 milhões de anos sem dizer uma só frase. Nem os chimpanzés possuem algo que se pareça com uma linguagem, embora eles tenham compartilhado um ancestral comum com os humanos há apenas 5 milhões de anos. O que será que tem mantido todos os outros primatas presos no cárcere de seus próprios pensamentos?

Teoria da mente - Seyfarth e Cheney acreditam que uma razão pode ser que eles não tenham uma "teoria da mente"; o reconhecimento de que outros tenham pensamentos. Como um babuíno não sabe ou não se preocupa com o que outro babuíno sabe, ele não tem pressa em compartilhar seu conhecimento. Zuberbuehler enfatiza a intenção de se comunicar como o fator que falta. As crianças, até mesmo as mais novinhas, têm um grande desejo de compartilhar informações com outros, embora elas não tenham nenhum benefício imediato em fazê-lo. Não é assim com outros primatas.

"Em princípio, um chimpanzé poderia produzir todos os sons que um humano é capaz de produzir, mas eles não o fazem porque não houve pressão evolucionária nesse sentido", disse Zuberbuehler. "Não há nada sobre o que falar para um chimpanzé, pois ele não tem interesse em falar". Por outro lado, em algum momento da evolução humana as pessoas desenvolveram o desejo de compartilhar seus pensamentos, explica Zuberbuehler. Por sorte, todos os sistemas por trás da percepção e da produção de sons já existiam como parte da herança primata, e a seleção natural apenas teve de encontrar uma forma de conectar esses sistemas com o pensamento.

Mesmo assim, esse passo parece ser o mais misterioso de todos. Marc D. Hauser, especialista em comunicação animal de Harvard, enxerga a interação entre sistemas neurais diferentes como essencial para o desenvolvimento da linguagem. "Por qualquer razão, talvez até acidente, nossos cérebros são confusos de uma forma que os cérebros dos animais não são. Quando isso emerge, é explosivo", disse ele.

Por sua vez, em cérebros de animais cada sistema neural parece estar preso em um lugar e não pode interagir livremente com outros. "Os chimpanzés têm mil coisas a dizer, mas não conseguem", disse Hauser. Os chimpanzés conseguem ler as intenções e objetivos uns dos outros e fazem muita estratégia política - para isso a linguagem seria bastante útil. Mas seus sistemas neurais que computam essas complexas interações sociais não foram casados com a linguagem.

Hauser está tentando descobrir se os animais conseguem apreciar alguns dos aspectos essenciais da linguagem, mesmo sem poder produzi-la. Ele e Ansgar Endress relataram no ano passado que macacos da família Cebidae podiam distinguir entre uma palavra acrescentada na frente de outra palavra da mesma palavra acrescentada no final. Isso pode parecer como a capacidade sintática de reconhecer um sufixo ou prefixo, mas Hauser acredita que isso seja apenas a capacidade de reconhecer quando uma coisa vem antes da outra e tem pouca relação com a verdadeira sintaxe.

"Estou ficando pessimista", disse ele em relação às tentativas para explorar se os animais possuem uma forma de linguagem. "Concluo que os métodos que temos são pobres e não nos levarão aonde queremos, como demonstrar algo como semântica ou sintaxe."

Mesmo assim, como fica evidente na pesquisa de Zuberbuehler, há vários sons aparentemente sem sentido na floresta que transmitem informação de uma forma talvez semelhante à linguagem.

(Fonte: Folha Online)

Crimes ambientais na Amazônia poderão se tornar inafiançáveis

Os crimes ambientais cometidos contra a flora da Amazônia poderão se tornar inafiançáveis e imprescritíveis caso seja aprovado projeto de lei do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) que tramita na Comissão do Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA), com a relatoria a cargo do senador Jefferson Praia (PDT-AM).

Pelo PLS 460 de 2008, crimes ambientais, já punidos com pena de detenção e multa pela legislação em vigor, serão tratados como crimes que não prescrevem nunca e tampouco permitem que os acusados respondam por eles em liberdade, através do pagamento de fiança.

Entre esses crimes estão os de danificar floresta de preservação permanente, até mesmo corte seletivo de árvores ou extração de pedra, cal ou minerais nessas unidades de conservação sem autorização da autoridade competente. Provocar incêndio em mata ou floresta e adquirir madeira ou carvão sem exigir licença autorizada do vendedor também são crimes previstos na proposta de lei.
Em sua justificação, Artur Virgílio argumenta que a enorme extensão territorial abrangida pelo bioma amazônico, aliada à sensação de impunidade diante de penas de detenção menores que quatro anos, prazos prescricionais reduzidos e facilmente substituídos por multas ou serviços à comunidade, tornam inócua a tentativa de punir os crimes ambientais na Amazônia.

Para o senador, a punição mais severa dos crimes como a impossibilidade de fiança ou de prescrição, poderá dissuadir potenciais criminosos, resultando na diminuição da ocorrência de delitos ambientais, infelizmente prática cotidiana contra o bioma amazônico nos dias de hoje, destaca Arthur Virgílio.

A matéria tramita na CMA e, posteriormente, segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Laura Fonseca / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
COMISSÕES / Meio Ambiente
19/01/2010

Água que atrai mosquito

Estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo apontou uma relação direta entre a composição físico-química da água e a infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

O trabalho foi realizado entre julho e agosto de 2009 em Potim, município do Vale do Paraíba onde foi constatado o maior Índice de Breteau (valor que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrada nas habitações humanas) no Estado de São Paulo.

Pesquisadores da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão da Secretaria responsável pelo auxílio aos municípios no trabalho de controle da dengue, ficaram intrigados pelo fato de que as ações de combate ao mosquito não estavam surtindo o efeito desejado e que a infestação permanecia alta, chegando a atingir 25,85 em 2003 e 19,2 na última medição feita pelo município. O índice recomendado é inferior a 1.

Além disso, foi detectado que as caixas d’água das residências de Potim, abastecidas pela prefeitura local por meio de coleta de água em poços profundos, que recebe cloração e fluoração, apresentavam altos índices de positividade em relação à presença de larvas do Aedes aegypti, enquanto nas moradias que usavam água de poços rasos ou cacimbas esse problema não existia.

Para desvendar o mistério, os pesquisadores realizaram um experimento em laboratório usando três gaiolas com 50 fêmeas e 100 machos do Aedes aegypti. Colocaram, em cada uma delas, recipientes com 100 ml de água coletada em Potim e em Taubaté, além de água destilada, utilizada como controle. Os recipientes foram mudados de local em sentido horário durante 31 dias e as soluções de água trocadas a cada 24 horas. Além disso, foram realizados exames semanais de análise físico-química das amostras de água coletada.

Os resultados apontaram que, durante o período de um mês, foram depositados pelo mosquito 3,6 vezes mais ovos nos recipientes com água de Potim do que na de Taubaté e 3,2 vezes mais em relação ao recipiente de controle. Enquanto a água de Potim apresentou índice de atividade de oviposição de 0,54, a de Taubaté registrou índice negativo de -0,03.

Na análise físico-química, a concentração de nitrogênio amoniacal da água de Potim ficou em 1,93 mg/l (o máximo permitido em portaria do Ministério da Saúde é 1,5 mg/l), enquanto a de Taubaté foi inferior a 0,03 mg/l.

“O estudo indicou que a alta concentração de nitrogênio amoniacal atraiu o Aedes aegypti para a oviposição. A volatilização dessa substância provavelmente foi o atrativo químico responsável pela orientação do voo das fêmeas grávidas em direção aos recipientes onde colocaram seus ovos”, disse Gisela Rita Alvarenga Marques, pesquisadora da Sucen responsável pelo estudo.

Segundo ela, o resultado da pesquisa aponta a necessidade de os municípios com captação de água de poços profundos mudarem a forma de abastecimento por intermédio da implantação de estações de tratamento de água de superfície, visando a oferecer água de melhor qualidade para a população e reduzindo os riscos de proliferação do mosquito transmissor da dengue.

(Fonte: Agência Fapesp)

Clima de micose

A paracoccidioidomicose (PCM) é a micose sistêmica (isto é, que ataca órgãos internos do corpo) mais prevalente na América Latina. Mas, ainda que a PCM seja conhecida há mais de um século – o primeiro caso foi descrito em 1908 pelo médico Adolfo Lutz (1855-1940) –, até hoje pouco se conhece sobre a ecologia do fungo que causa a doença.

Utilizando dados epidemiológicos e climáticos, um grupo interdisciplinar de pesquisadores paulistas aplicou métodos estatísticos para criar um modelo capaz de avaliar a influência do clima na variabilidade da doença.

O trabalho se baseou em casos ocorridos entre 1969 e 1999 na região de Botucatu (SP), que é uma área considerada hiperendêmica. A PCM, também conhecida como blastomicose sul-americana, ou doença de Lutz-Splendore-Almeida, é endêmica na América do Sul.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados na revista International Journal of Epidemiology, da Universidade de Oxford, concluiu que a presença do fungo cresce, a longo prazo, quando há um aumento da armazenagem de água no solo. E, a curto prazo, há maior liberação de esporos quando aumenta a umidade absoluta do ar. A PCM afeta especialmente trabalhadores agrícolas e indivíduos que lidam diretamente com a terra contaminada com os esporos do fungo.

De acordo com a primeira autora do artigo, Ligia Barrozo, professora do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), o agente da PCM, o Paracoccidioides brasiliensis, raramente tem sido identificado na natureza e não havia estudos correlacionando a incidência da doença com variáveis climáticas.

“Existem evidências de que as pessoas adquirem a doença por inalação dos esporos do fungo provenientes do solo. Mas há grande dificuldade para se isolar o fungo do solo e, por isso, não conhecemos muito bem a ecologia desse agente, ou seja, não sabemos quais são os ambientes mais favoráveis para seu desenvolvimento e por que algumas regiões têm incidência maior, por exemplo”, disse Ligia à Agência FAPESP.

Segundo ela, a doença, em sua forma crônica, pode demorar várias décadas para se manifestar, o que dificulta os estudos, já que um indivíduo infectado pode ter adquirido a micose em outra época, em locais muito diferentes. Por isso o estudo foi focado na forma aguda, que se manifesta no máximo em 11 meses.

“Utilizamos dados epidemiológicos de uma região endêmica importante, que é a de Botucatu, e analisamos 91 casos ocorridos em 40 anos. A partir das datas das ocorrências, procuramos correlações com diversas variáveis que estavam disponíveis no período estudado: precipitação, temperatura do ar, armazenamento de água no solo e umidade absoluta e relativa do ar”, afirmou.

Com isso, os cientistas chegaram a um modelo que explica, em 49% dos casos, a variação de incidência, tendo em conta a umidade absoluta do ar e o armazenamento de água no solo nos dois anos anteriores às infeccções. “Há uma série de outros fatores, além do clima, que explicam a ocorrência da doença. Portanto, a correlação da ocorrência da doença com os fatores climáticos em 49% dos casos foi algo estatisticamente bastante significativo”, explicou Ligia.

Alterações climáticas - A partir do modelo, a equipe procurou explicar qual seria o significado biológico, para o fungo, da correlação entre a incidência e as condições climáticas. “Vimos que o aumento da umidade absoluta do ar no ano da infecção é importante para a liberação de esporos do fungo. Mas, quando há um aumento da precipitação dois anos antes da infecção, a umidade no solo cresce e o fungo se desenvolve ainda mais”, disse.

Segundo Ligia, a principal contribuição do desenvolvimento do modelo consistiu em verificar que mudanças ambientais rotineiras podem alterar a incidência de doenças como a PCM.

“Há estudos mostrando, por exemplo, que as mudanças climáticas têm impacto sobre a dengue e a malária. Nosso trabalho indica que alterações climáticas também podem modificar a incidência de doenças menos conhecidas, que não são transmitidas por vetores específicos, como as micoses endêmicas”, disse.

O artigo mereceu um comentário na mesma edição do International Journal of Epidemiology, feito por Dennis Baumgardner, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.

Segundo o cientista norte-americano, o trabalho brasileiro “fornece evidências de que os fenômenos climáticos e as atividades humanas no nível ‘macro’ agem de forma integrada com fatores ecológicos em nível ‘micro’, afetando o crescimento, a disseminação e a infecção humana por fungos sistêmicos”.

Baumgardner afirma ainda que estudos como esse, “se não obtiverem sucesso definitivo, no futuro, em termos de previsão e mitigação da doença, podem servir para orientar a seleção de amostras ambientais e contribuir para resolver os mistérios que cercam os nichos ecológicos desses importantes fungos”.

Além de Ligia, participaram do estudo mais dois pesquisadores da USP: a meteorologista Maria Elisa Siqueira Silva, também do Departamento de Geografia da FFLCH, e Gil Bernard, do Laboratório de Pesquisa Médica em Dermatologia e Imunodeficiências e do Laboratório de Micologia Médica da Faculdade de Medicina.

Os outros autores são da Universidade Estadual Paulista (Unesp): Eduardo Bagagli, do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Biociências de Botucatu, Rinaldo Mendes, do Departamento de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu, e Silvio Marques, do Departamento de Dermatologia e Radioterapia.

(Fonte: Agência Fapesp)

Um copo de chá verde ao dia ajuda a combater câncer de pulmão

Estudo revela que chá é eficiente inclusive para fumantes.

O chá verde pode diminuir os riscos de câncer do pulmão em fumantes e o avanço da doença. É o que sugere um estudo recente feito pela pesquisadora I-Hsin Lin, da Chung Shan Medical University, em Taiwan. Segundo a pesquisadora, os resultados são visíveis principalmente em fumantes que não são geneticamente suscetíveis ao aparecimento de câncer.

A diminuição dos riscos ocorre por conta dos antioxidantes presentes no chá, que impedem o desenvolvimento de células infectadas. O estudo analisou 170 pacientes com diagnóstico de câncer pulmonar e 340 pacientes saudáveis.

Os pacientes descreveram seus hábitos de fumo de cigarro, de ingestão de chá verde e também como era o seu estilo de vida nos cinco anos anteriores à doença.

Chá verde emagrece
Chá mate contra o colesterol Após esse questionário, os pacientes foram submetidos a um teste de genótipo, que identificaria possíveis genótipos relacionados ao risco de câncer.

Os participante não-fumantes do estudo que não consumiam chá verde apresentaram cinco vezes mais riscos de desenvolver câncer de pulmão que aqueles que consumiam pelo menos um copo de chá verde por dia.

O risco subiu em treze vezes para os fumantes que não consumiam o chá.

Fonte: http://www.minhavida.com.br

Consumismo é ameaça ambiental global, adverte relatório

Hábitos de consumo americanos se espalharam para países emergentes, como Brasil e China, diz WWI

O americano médio consome mais do que o seu próprio peso em produtos por dia, alimentando uma cultura global do excesso que vem emergindo como a maior ameaça para o planeta, segundo um relatório publicado nesta semana. No seu relatório anual, o Worldwatch Institute diz que o culto do consumo e da ganância pode acabar com todos os avanços das ações governamentais em direção ao combate das mudanças climáticas e de mudanças para uma economia de eficiência energética.

"Até reconhecermos que nossos problemas ambientais, das mudanças climáticas ao desmatamento e à perda de espécies, são movidos por hábitos insustentáveis, não seremos capazes de resolver as crises ecológicas, que ameaçam acabar com a civilização", disse o diretor do projeto, Erik Assadourian, que liderou uma equipe de 35 pesquisadores por trás do relatório.

A população do mundo está queimando os recursos do planeta a uma velocidade imprudente, alerta o relatório da entidade americana. Na última década, o consumo de bens e serviços aumentaram 28% para US$ 30,5 trilhões.

A cultura do consumismo não é mais um hábito, em sua maioria, de americanos, mas está se espalhando por todo o planeta. Ao longo dos últimos 50 anos, o excesso foi adotado como um símbolo de sucesso em países em desenvolvimento como o Brasil, a Índia e a China, segundo o relatório. A China esta semana ultrapassou os Estados Unidos como o mercado mundial de carros. Também já é o maior emissor de gases de efeito estufa.

O relatório conclui que tais tendências não foram uma consequência natural do crescimento econômico, mas o resultado de esforços deliberados pelas empresas para conquistar os consumidores. Hoje são comuns produtos como as garrafas de água e o hambúrguer - rejeitado no início do século 20 por ser considerado um alimento prejudicial para os mais pobres.

Uma família média ocidental gasta mais com seu animal de estimação do que é gasto por um ser humano em Bangladesh.

O relatório fez notar sinais encorajadores de uma mudança da cultura de gastos altos. Ele disse que os programas de merenda escolar tem feito maiores esforços para incentivar hábitos alimentares mais saudáveis entre as crianças. A geração mais jovem também se mostra mais consciente do seu impacto sobre o meio ambiente.

É preciso haver uma transformação global de valores e atitudes, segundo o relatório. Com as atuais taxas de consumo, o mundo precisa erguer 24 turbinas eólicas por hora para produzir energia suficiente para substituir os combustíveis fósseis.

"Nós vimos alguns esforços encorajadores para combater a crise climática mundial nos últimos anos", disse Assadourian. "Mas fazer políticas e mudanças tecnológicas, e continuar mantendo uma cultura centrada no consumismo, não pode ir muito longe."

"Se não fizermos a nossa própria mudança de cultura haverá novas crises que teremos de enfrentar. Finalmente, o consumismo não vai ser viável daqui para frente com a população mundial crescendo em 2 bilhões e mais países crescem em poder econômico."

No prefácio do relatório, o presidente do Worldwatch Institute, Christopher Flavin, escreve: "Enquanto o mundo luta para recuperar-se da mais grave crise econômica desde a Grande Depressão, temos uma oportunidade sem precedentes para dar as costas do consumismo. No final, o instinto humano de sobrevivência deve triunfar sobre o desejo de consumir a qualquer custo."

Fonte: www.estadao.com.br

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Bitucas causam dano ambiental

Tocos de cigarro jogados nas ruas e nas praias criam sedimento tóxico e podem poluir tanto quanto o esgoto comum, de acordo com estudo paulista.

As leis antifumo, criadas para proteger a população dos componentes tóxicos da fumaça do cigarro, podem trazer um efeito colateral indesejável: aumentar a chamada “poluição difusa” – aquela que está nas superfícies e é carregada pela chuva para os cursos d’água. Com a proibição do fumo em ambientes fechados, os fumantes acendem e aspiram a fumaça de seus cigarros em áreas ao ar livre. Depois, muitos deles arremessam as bitucas no chão.

Um estudo coordenado pelo biólogo Aristides Almeida Rocha, professor aposentado da Fa­­culdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), e pelo advogado e jornalista Mário Albanese, presidente da Associa­ção de Defesa da Saúde dos Fu­­mantes, mostra que duas guimbas de cigarro geram a mesma quantidade de poluição produzida por um litro de esgoto (leia mais nesta página). Segundo Albanese, os tocos deixam a água turva e criam um sedimento tóxico.

Pesquisa mostrou como as guimbas poluem

Na experiência conduzida pelos professores Aristides Almeida Rocha e Mário Albanese nos laboratórios da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, 20 pontas de cigarro foram colocadas em um recipiente com 10 litros de água e submetidas a um processo de agitação. A mistura permaneceu em infusão por oito dias. Do líquido resultante, que apresentava coloração amarelo-escura e forte odor de nicotina, foram retiradas amostras de 100 mililitros para análise da de­­manda bioquímica de oxigênio (DBO), indicador que mede a poluição causada por matéria orgânica biodegradável.

No processo de decomposição, micro-organismos como bactérias, protozoários e fungos alimentam-se do material orgânico poluente e consomem o oxigênio dissolvido no meio aquático. Quanto maior for a demanda por oxigênio, mais prejudicada será a sobrevivência dos peixes e de outros organismos aquáticos.

O esgoto doméstico, em geral, rouba o oxigênio da água em taxas que variam de 300 a 600 mg/l. Na experiência com as 20 guimbas dissolvidas em 10 litros de água, a DBO atingiu 317 mg/l. “Considerando-se que o peso médio de uma bituca é de 0,5 grama e provoca uma DBO de 0,75 mg/l, torna-se possível concluir que 2 bitucas ou 1 grama promove uma demanda de oxigênio de 1,5 mg/l”, diz Alba­nese. “Esse valor corresponde à poluição causada por um litro de esgoto doméstico”, conclui. Já o filtro, que faz parte do toco do cigarro, resiste à biodegradação, permancendo no solo e na água por 5 a 7 anos, sem se de­­compor. (AS)

Praias

Nas praias, as bitucas de cigarros têm sido um dos principais componentes do lixo recolhido por mutirões de limpeza. Em outubro, um trabalho promovido pela ONG Instituto Conservação Marinha do Brasil (Comar) na Prainha e na Praia Grande, em São Francisco do Sul (SC), resultou na coleta de 237 kg de lixo. Desse total, 1 kg era constituído de 2 mil guimbas. Parece pouco, mas essas pontas roubam da água uma quantidade de oxigênio equivalente à retirada por mil litros de esgoto.

O Instituto Am­­biental do Paraná (IAP) vem distribuindo nos últimos anos, a cada temporada de verão, cerca de 5 mil minilixeiras para os fumantes jogarem seus tocos de cigarro. Chamadas de “bituqueiras”, as minilixeiras são colocadas nos postos de controle da balneabilidade das praias. De acordo com o IAP, a ação produziu bons resultados, reduzindo em 70% a quantidade de pontas de cigarro atiradas na areia.

Estimativas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) indicam que os fumantes constumam deixar cerca de cinco bitucas por metro quadrado de areia. “A limpeza pelo processo de varrição não consegue retirar todo esse lixo, por isso temos de distribuir as bituqueiras”, afirma o secretário, Rasca Rodrigues. “Não se trata de facilitar a vida dos fumantes, mas de evitar os danos ambientais causados pelas pontas de cigarros. Muitos animais marinhos morrem em decorrência das bitucas jogadas na praia”, explica.

Segundo Rasca, a Sema não tem planos de promover ações desse tipo nas cidades, mas espera contar com a colaboração de bares e restaurantes, já que as guimbas jogadas na rua e levadas até os rios pelas galerias de águas pluviais acabam também chegando ao oceano.

Fonte: portal.rpc.com.br

Aquecimento global começou antes da Revolução Industrial

O início da interferência humana no meio ambiente e, consequentemente, no clima ocorreu em períodos anteriores à Revolução Industrial, que teve início em meados do século XVIII na Inglaterra. Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) mostra que, mesmo antes do surgimento das grandes indústrias o planeta já sofria com aumento de temperatura e o início do aquecimento global.

Baseada em coleta, comparações e análise crítica das informações da literatura produzidas mundialmente sobre o tema, a advogada Aretha Sanchez mostra em sua dissertação de mestrado, orientada pelo professor e pesquisador do Ipen Luiz Antonio Mai, que povoados como os maias e mochicas, na América Latina, acádios, no Iraque, e povos da Groenlândia Nórdica, entre outros, sofreram colapsos e desapareceram devido a essa modificação climática local.

Os antigos integrantes desses povoados usaram grande parte dos recursos naturais existentes nos locais em que viviam e foram obrigados a sair de sua região de origem após a deteriorização intensa do ambiente. O desmatamento, a caça, a pesca, o desenvolvimento da agricultura e a poluição das águas foram causas determinantes para a modificação climática regional e, consequentemente, a extinção de importantes povoados.

Apesar da gravidade dessas interferências, a pesquisadora afirma que foram necessárias para que as populações pudessem se desenvolver. “Para que possa haver desenvolvimento, o homem interferiu no meio ambiente e consequentemente no clima. Na época das primeiras interferências climáticas, as populações não tinham consciência de que o uso e a intervenção no meio ambiente pudessem levar seus povoados a extinção. Nós temos esse conhecimento e devemos tentar diminuir essas modificações ambientais”, explica Aretha.

As interferências ocorridas anteriormente à Revolução Industrial foram muito significativas para as modificações do clima em determinadas regiões do planeta. Segundo a pesquisadora, “houve um aumento de até 4ºC na Europa e na América do Norte. Apesar de o aumento de temperatura ter sido regional, podemos falar que foi causado pela interferência do homem no meio ambiente, um ‘aquecimento global’ em escala menor se comparado aos problemas climáticos atuais”.

Mesmo com os malefícios causados por esse aumento significativo na temperatura em certas regiões do globo, que ocasionou desequilíbrio ambiental e extinguiu povoados importantes, Aretha salienta que se não fossem essas interferências iniciais, as populações tanto da América do Norte quanto da Europa não se desenvolveriam da forma como se desenvolveram.

Os grandes problemas ambientais relacionados ao mau uso dos recursos naturais são causados, em parte, pela desigualdade social. Segundo a pesquisadora, a falta de acesso ao conhecimento e conscientização ecológica atrelada às deficiências educacionais são fatores que tornam as intervenções ambientais mais rotineiras e problemáticas.

“Não há investimentos necessários para que todos tenham esse tipo de educação e desenvolvam consciência ecológica. Um exemplo dessa falta de conhecimento pode ser visto atualmente no Brasil: as pessoas invadem áreas suscetíveis a deslizamento, como as margens de rios, as quais deveriam ser de total controle ambiental. A interferência no ambiente é tamanha que ocasiona enchentes e coloca milhares de vidas em risco”, explica Aretha.

Exatamente pelo fato de grande parte das populações atuais terem maior conhecimento das causas e efeitos das interferências humanas na natureza, é necessário encontrar maneiras de manter o desenvolvimento sem causar tantos danos ao ambiente. “Antigamente não havia consciência do que estava acontecendo e por que alguns povoados se extinguiram. Hoje há essa consciência e conhecimento dos possíveis problemas que enfrentaremos, como o aquecimento global e outras alterações ambientais. Por isso, precisamos procurar uma forma, seja por meio da ciência ou da educação, que nos ajude a frear ou estabilizar as modificações climáticas”, conclui a pesquisadora.

Fonte: Agência USP