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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Peixe gigante é registrado pela 1ª vez a 1.500 m de profundidade

Cientistas americanos conseguiram filmar o raríssimo peixe-remo, que pode atingir 17 metros de comprimento, no golfo do México. Essa pode ser a primeira filmagem já feita do Regalecus glesne em seu habitat.

O grupo de pesquisadores utilizou veículos não tripulados emprestados por empresas petrolíferas para encontrar esse peixe, que normalmente só é visto na superfície do mar quando está próximo da morte.

"Nós vimos essa coisa vertical, clara e brilhante. Aproximamos um pouco a imagem e dissemos 'isso é um peixe!'", disse o coordenador da pesquisa Mark Benfield em entrevista ao repórter da BBC Jody Bourton.

O pesquisador da Universidade da Louisiana comentou que, a princípio, julgou que a câmera estivesse filmando um encanamento para extração de petróleo.

Para ele, essa deve ter sido uma filmagem inédita do peixe-remo nadando em seu habitat natural, pois um registro colhido no Oeste da África em 2007 não conseguiu confirmar se o peixe era mesmo o Regalecus glesne.

O peixe é tido como o mais longo peixe vertebrado de que se tem notícia.

Com o veículo operado por controle remoto, os cientistas puderam seguir o peixe-remo por cinco minutos, até que o perderam de vista.

As estimativas iniciais são de que o exemplar media de 5 a 10 metros.

Parceria - O registro do Regalecus glesne só foi possível graças ao Projeto Serpente, uma parceria entre pesquisadores de todo o mundo e empresas petrolíferas, incluindo a Petrobras.

As companhias permitem que cientistas utilizem sua tecnologia avançada para pesquisas em águas profundas.

"Isso proporciona uma oportunidade maravilhosa para aprendermos mais sobre vida nas profundezas do Golfo do México. Termos encontrado o peixe-remo durante nossa exploração foi um bônus fantástico", disse Benfield à BBC.

"É tudo muito empolgante. Minha visão para o Projeto Serpente no Golfo do México é estabelecer um grande sistema de observação das profundezas do golfo, usando centenas de veículos não-tripulados", disse o pesquisador.

(Fonte: Folha Online)

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