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segunda-feira, 8 de março de 2010

Filme revela crime ambiental e concorre a prêmio

Para retirar o petróleo do betume são usados pelo menos três barris de água para cada um de óleo, o equivalente ao consumo de uma cidade de duas mil pessoas.

Um dos mais aclamados documentários do ano pela crítica internacional, Petrópolis concorre a melhor filme da categoria no Genie Award, o Oscar do Canadá. A produção denuncia um dos maiores desastres ambientais do mundo em solo canadense, a extração de petróleo das areias conhecidas como tar sands. (Veja abaixo o trailer do filme).

Tar Sands, ou betume, é uma composição de areia, argila e petróleo cru localizada abaixo dos mais de quatro milhões de hectares de Floresta Boreal de Alberta, no Canadá. O olho gordo da extração, nesta área, é um perigo sem precedentes.

Para retirar o petróleo do betume são usados pelo menos três barris de água para cada um de óleo, o equivalente ao consumo de uma cidade de duas mil pessoas. Ao fim do processo, a água está tão contaminada, que pelo menos 90% dela precisa ser isolada em gigantescos toneis, visíveis até do espaço. Água contaminada, por lá, é causa de deformidades em peixes e aumento da taxa de câncer na população.

E não pára por aí. A extração em betume emite cinco vezes mais CO2 que a convencional, ritmo que mantém o Canadá no topo do ranking de países emissores no mundo. Desde 2007 o Greenpeace assume a campanha contra a retirada de petróleo das tars sands.

O documentário Petrópolis: Uma Perspectiva Aérea das Tar Sands de Alberta, traz imagens de um sobrevoo pela região. O filme é exibido em festivais de cinema pelo mundo e suas próximas paradas serão festivais em Hong Kong, Buenos Aires, Grécia, México e Nova Iorque. A produção é assinada pelo Greenpeace Canadá.

Greenpeace/EcoAgência

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