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sábado, 28 de agosto de 2010

Viamão sedia tradicional Encontro de Entidades Ecológicas

Representantes de mais de 15 entidades do RS discutem rumos do ambientalismo no Assentamento Filhos de Sepé. Promoção é da Apedema, a Assembleia Geral de entidades de Defesa do Meio Ambiente

Iniciou nesta quinta-feira, dia 26, na zona rural de Viamão, o Encontro Estadual de Entidades Ecológicas, no Assentamento Filhos de Sepé, na APA Banhado Grande. A promoção é da Apedema (Assembleia Geral de entidades de Defesa do Meio Ambiente). O evento vai até domingo, 29, e acontece na divisa do Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pacheco, que fica no Centro de Formação do assentamento, "estrategicamente escolhido pela referência nas práticas agroecológicas", destaca Felipe Amaral, do Instituto Biofilia.

No Filhos de Sepé, há 10 anos são feitas pesquisas em saneamento com tecnologia sociais, "hoje espalhados nos assentamentos urbanos e rurais do RS e do Brasil", complementa Felipe, ao citar como técnicas a bioconstrução, a produção de arroz ecológico e o viver em comunidade junto à natureza. "Em contrapartida, no local foram implementados projetos de mineração de carvão, que colocam em risco a biodiversidade, as práticas produtivas e a sustentabilidade ambiental da região", critica o ambientalista.

"Que ambientalistas somos, que ambientalistas queremos ser?" é o tema que será debatido em grupo por representantes de mais de 15 entidades ambientalistas de todas as regiões do Estado. Durante os três dias de evento, as entidades vão apresentar suas lutas e atuação. Na sexta-feira, 27, à tarde, o Cea (Centro de Estudos Ambientais) provoca o debate sobre Movimentos Sociais, alianças e estratégias, com a participação de sindicatos, Via Campesina e comunidades tradicionais. Em seguida, grupos de trabalho vão discutir Fortalecendo alianças.

No sábado, 27, o Núcleo Amigos da Terra coordena debate sobre Participação ambientalista e ecologista na sociedade. Grupos vão discutir pressão e lobby, produção acadêmica e educação popular, considerando ações e manifestações. No final da tarde, o movimento ecológico vai elaborar as recomendações das organizações do EEEE para Apedema. No domingo, 29, último dia do Encontro, entre 9h e 13h30, haverá Assembleia Geral da Apedema, seguida de almoço e às 14h30 está previsto retorno a Porto Alegre.

Adriane Bertoglio Rodrigues - especial para a EcoAgência

Em 10 anos, obesidade pode atingir 2/3 dos brasileiros, diz Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou, nesta sexta-feira (27), que, se o excesso de peso continuar atingindo os brasileiros no ritmo atual, nos próximos 10 anos a obesidade poderá alcançar dois terços da população.

“Os índices de sobrepeso são preocupantes. Se não mudarmos isso agora, em uma década vamos enfrentar o mesmo problema que os americanos enfrentam quando o assunto é obesidade”, afirmou. O ministro analisou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, divulgado nesta sexta, avaliou o estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos.

De acordo com o ministro, um dado positivo da pesquisa é a redução dos índices de desnutrição infantil. Em comparação a 1975, o índice caiu de 29,3% para 7,2% entre meninos e de 26,7% para 6,3%, entre meninas.

“Aconteceram reduções em todas as regiões e o principal motivo para isso foi o acesso ao saneamento básico e o acesso à saúde. São dados que temos que comemorar”, disse o ministro, que ressaltou que a desnutrição na Região Norte continua acima das demais regiões.

De acordo com a pesquisa, quase metade da população brasileira (49%) com 20 anos ou mais está com excesso de peso, e, segundo Temporão, nos últimos seis anos, os índices de obesidade cresceram um ponto percentual por ano.

Segundo o ministro, além da alimentação ruim e da falta de informação sobre a obesidade, a violência urbana também contribui para o aumento do sobrepeso. “A violência urbana tirou o espaço público das crianças, fazendo com que a maioria delas não fizesse exercícios físicos regulares”, afirmou.

De acordo com a pesquisa que analisou dados de 188 mil pessoas, a obesidade e o excesso de peso são encontrados em todos os grupos de renda e todas as regiões do Brasil, em crianças a partir de 5 anos.

Em 2008, 33,5% das crianças de 5 a 9 anos estavam acima do peso, sendo que 16,6% do total de meninos eram obesos e 11,8% das meninas estavam com sobrepeso. O excesso de peso está mais presente nas grandes cidades do que na área rural, e o Sudeste se destacou com maior percentual de crianças com excesso de peso.

Ainda segundo a pesquisa, o aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo desde 1975. Para os meninos, esse índice passou de 3,7% para 21,7%, o que representa um aumento de seis vezes. Já entre as meninas da mesma idade, as estatísticas triplicam, e passaram de 7,6% para 19%.

(Fonte: Thamine Leta/ G1)

Beber água antes de refeição ajuda a perder peso

Dieta da água

Uma pesquisa feita por cientistas dos Estados Unidos afirma que beber água antes das refeições ajuda as pessoas a perderem peso.

Os cientistas afirmam que pessoas que estão em dieta podem perder cerca de 2kg a mais se beberem pelo menos dois ou três copos por dia antes das refeições.

A pesquisa foi apresentada em um congresso nacional da Sociedade Americana de Química, em Boston.

Dieta de baixas calorias

Todos os adultos que participaram da pesquisa tinham entre 55 e 75 anos de idade. A teoria dos cientistas foi testada em 48 adultos, divididos em dois grupos, ao longo de 12 semanas.

Ambos os grupos seguiram dietas de baixa caloria, mas um deles bebeu água antes das refeições.

Ao longo de 12 semanas, as pessoas que beberam água perderam cerca de 7kg, enquanto os demais perderam em média 5kg.

Um estudo anterior já havia mostrado que pessoas que bebem até dois copos de água antes de cada refeição ingerem de 75 a 90 calorias a menos.

Consumo de calorias

Uma das autoras da pesquisa, Brenda Davy, da universidade Virginia Tech, acredita que o fato de se encher o estômago com um líquido sem calorias antes das refeições faz com que menos calorias sejam consumidas.

"As pessoas deveriam beber mais água e menos bebidas adocicadas e com muita caloria. É uma forma simples de se facilitar o controle do peso", afirma Davy.

Segundo a cientista, bebidas dietéticas e com adoçantes artificiais também podem ajudar as pessoas a reduzir o consumo de calorias, ajudando a perder peso.

No entanto, ela disse que bebidas com muito açúcar precisam ser evitadas. Uma lata de refrigerante comum contém, em média, 10 colheres de chá de açúcar.

A pesquisa foi financiada pela entidade Institute for Public Health and Water Research, que realiza estudos sobre água e saúde pública.

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"Água em pó" pode ser a salvação do meio ambiente

É uma substância absolutamente incomum, mas com potencial para ser quase tão útil quanto sua irmã mais molhada.

A água em pó, ou "água seca", poderá ser usada para absorver e armazenar o dióxido de carbono (CO2), o gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento global.

Usos da água em pó

Mas o pó brilhante, parecido com açúcar, parece promissor para uma série de outros usos. Por exemplo, na química verde, como um componente mais ambientalmente amigável para acelerar as reações químicas utilizadas para fabricar inúmeros produtos.

A técnica de fabricação da água em pó também poderá ser empregada para acondicionar e transportar líquidos industriais perigosos, que poluem o meio ambiente e causam grandes transtornos quando acontecem acidentes com vagões e caminhões que os transportam.

"Não há nada parecido como ela," disse Ben Carter, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, ao apresentar a água em pó durante a reunião da Sociedade Norte-Americana de Química. "Mas temos esperanças de ver a água seca fazendo grandes ondas no futuro."

O que é água seca

Carter explicou que a substância ficou conhecida como água seca porque ela consiste em 95 por cento de água e, ainda assim, é um pó seco.

Cada partícula do pó contém uma gota de água cercada por sílica modificada - a sílica, ou óxido de silício, é o principal componente da areia de praia. O revestimento de sílica impede que as gotas de água se combinem e voltem a formar um líquido.

O resultado é um pó fino, com propriedades que o tornam capaz de absorver grandes quantidades de gases, que se combinam quimicamente com as moléculas de água para formar o que os químicos chamam de hidrato.

Estranha quanto possa parecer, a água seca, ou água em pó, não é algo novo. Ela foi criada em laboratório em 1968, mas a dificuldade de fabricação manteve-a restrita a uma curiosidade científica. Em 2006, cientistas da Universidade de Hull, também no Reino Unido, resolveram estudar sua estrutura.

A partir de então, o grupo do professor Andrew Cooper, do qual Carter faz parte, tem-se dedicado a aprimorar as técnicas de fabricação da água seca e encontrar usos industriais para ela.

Metano e química verde

Um dos usos mais promissores envolve o uso da água seca como um material de armazenamento de gases, incluindo o dióxido de carbono. Em escala de laboratório, os pesquisadores descobriram que a água seca absorve mais de três vezes mais dióxido de carbono do que a água comum com sílica.

Esta capacidade de absorver grandes quantidades de dióxido de carbono na forma de um hidrato pode tornar o pó de água útil para ajudar a reduzir o aquecimento global, sugerem os cientistas.

A água seca também é útil para o armazenamento de metano, um componente do gás natural, o que ajudar a expandir a sua utilização como fonte de energia no futuro. Os cientistas acenam com a possibilidade de usar o pó para coletar e transportar gás natural de depósitos economicamente inviáveis.

Esse hidrato de metano existe de forma natural no fundo do oceano, sob uma forma de metano congelado mais conhecida como "gelo que queima".

A água em pó também pode fornecer uma maneira mais segura e mais conveniente para armazenar o metano para seu uso como combustível em automóveis.

Com interesse para a indústria química, os cientistas demonstraram que a água seca é um meio promissor para acelerar reações catalisadas entre o hidrogênio e o ácido maleico para produzir ácido succínico, uma matéria-prima usada na fabricação de medicamentos, alimentos e outros bens de consumo.

Os cientistas agora estão procurando parceiros comerciais e acadêmicos para desenvolver a tecnologia da água seca e, finalmente, fazê-la chegar ao mercado.

Redação do Site Inovação Tecnológica

Dias frios aumentam risco de infarto

Um grupo de pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine encontrou uma relação entre a temperatura do ambiente e o risco de ataque do coração. Eles descobriram que uma queda brusca na temperatura aumenta as chances de uma pessoa ter um infarto. Segundo eles, a relação é tão estreita que a cada grau a menos em um único dia, há um aumento de 200 casos de infarto no Reino Unido.

Os pesquisadores analisaram dados de 84 mil casos de infartos em hospitais entre 2003 e 2006 no Reino Unido, fazendo um levantamento de 15 áreas geográficas com temperaturas diferentes e que sofreram alterações climáticas. Eles descobriram que os casos de infarto aumentaram em 2% duas semanas depois de uma forte frente fria que atingiu a maioria das 15 zonas pesquisadas.

Para o resultado ser mais claro, ele foi adaptado para não levar em conta poluição, estresse, diabetes e outros fatores que aumentam as chances de um indíviduo desenvolver doenças cardiovasculares. As pessoas entre 75 e 84 anos e aquelas que têm doença na coronária perecem ser mais vulneráveis às reduções de temperatura, enquanto pessoas que estão tomando medicamento à base de ácido acetilsalicílico, como a aspirina, há um longo tempo estão mais protegidas.

De acordo com o estudo, isso talvez aconteça porque em dias frios a distribuição de elementos sanguíneos mais densos, como as plaquetas, fica desigual. Isso pode causar uma reação de agregação e consequente inflamação dos vasos sanguíneos. Por isso, medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, que diminuem a densidade do sangue, podem proteger o individuo desse efeito de agregação.

Os autores do estudo dizem que mesmo que ainda não esteja certo por que a queda na temperatura aumenta os riscos de infarto, as clínicas que atendem pacientes com complicações cardíacas devem colocar as alterações climáticas entre as possíveis causas de infarto, especialmente quando se tratam de pessoas com mais de 75 anos.

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Linhaça previne doenças como câncer de pulmão

Os investigadores do Instituto Científico para estado da linhaça do Canadá e dos Estados Unidos, têm enfocado sua atenção no rol desta semente na prevenção e cura de numerosas doenças degenerativas. As investigações e a experiência clínica têm demonstrado que o consumo em forma regular de semente de linhaça previne ou cura de doenças como câncer de mama, de próstata, de cólon, de pulmão e vários tipos de tumores.

Duas colheres de sopa de linhaça por dia, batidas no liquidificador, misturadas em um copo de suco, já são o suficiente para sentir melhoras na saúde. Outro modo de preparo é misturar a linhaça com aveia e iogurte. Todos podem tomar essas receitas desde crianças até idosos.

"A semente de linhaça previne quase todos os tipos de câncer, além de controlar a diabete e a pressão do sangue"A semente de linhaça contém 27 componentes anti-cancerígenos, um deles é; a lignina. A semente de linhaça contém 100 vezes mais lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até agora iguala essas propriedades. Além disso, ela traz outros benefícios para o organismo. Nesse artigo, pretendo mostrá-los para que ainda têm dúvidas sobre os efeitos benéficos da linhaça, pense mais uma vez.

Controle do peso

A linhaça moída é excelente para baixa de peso, pois elimina o colesterol em forma rápida. Ajuda a controlar a obesidade e a sensação desnecessária de apetite, por conter grandes quantidades de fibra dietética, tem cinco vezes mais fibra que a aveia. Se você deseja baixar de peso, tome uma colher a mais dessa sementes no período da tarde.

Digestão

A linhaça contém grandes quantidades de fibras, que impendem a prisão de ventre, acidez estomacal. Além disso, ela lubrifica e regenera a flora intestinal, ajuda na expulsão de gases gástricos, é um laxante por excelência, previne os divertículos nas paredes do intestino e elimina toxinas e contaminadores.

Controle do estresse

As pessoas que consomem linhaça sentem uma grande diminuição da tensão nervosa e uma sensação de calma e por isso é ideal para pessoas que trabalham sob pressão. Melhora as funções mentais dos idosos, melhora os problemas como esquizofrenia. A linhaça também é uma dose de energia para teu cérebro, porque contém os nutrientes que reduzem as reanimações naturais

Sistema imunológico

A semente de linhaça por conter os azeites essenciais Omega 3, 6, 9 e um grande conteúdo de nutrientes que requeremos constantemente, faz com que nosso organismo fique mais resistente à doença. Ela também alivia alergias, é efetiva para o lúpus e ajudo no tratamento da anemia

Sistema cardiovascular

É ideal para tratar a arteriosclerose, elimina o colesterol aderido nas artérias, esclerose múltipla, trombose coronária, alta pressão arterial, arritmia cardíaca, incrementa as plaquetas na prevenção da formação de coágulos sanguíneos. É também um excelente meio de regular o colesterol ruim, chamado LDL.

Além disso, uma das características únicas da linhaça é que ela contém uma substância chamada taglandina, que regula a pressão do sangue e a função arterial. Ela ainda exerce um importante papel no metabolismo de cálcio e energia.

Doenças inflamatórias

O consumo de linhaça diminui as condições inflamatórias de todo tipo, tais como: gastrite, hepatite, artrite, colite, amidalite e meningite

Retenção de líquidos

O consumo regular de linhaça, ajuda aos rins a excretar água e sódio. A retenção de água pode causar inflamação de tornozelos, alguma forma de obesidade e síndrome pré-menstrual.

Condições da pele e cabelo

Com o consumo regular de sementes de linhaça deixa a pele mais suave, e protege peles secas e sensíveis dos raios do sol. É ideal também para problemas na pele como psoriase e eczema e na eliminação de manchas, acne e espinhas. Ela também é excelente para o cabelo e é uma boa para quem sofre de calvície e ainda ajuda no tratamento da caspa.


Vitalidade

Um dos maiores benefícios que a linhaça traz ao corpo é o aumento de energia e de vitalidade. A linhaça aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia celular. Por isso, os músculos se recuperam da fadiga do exercício mais rapidamente e dão ao atleta vigor para treinar mais.


Diabetes

O consumo regular de linhaça favorece o controle dos níveis de açúcar no sangue, e pode ajudar quem sofre de diabetes, sempre com aconselhamento médico, os níveis de consumo de insulina.

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Cientistas comprovam que maracujá traz muitos benefícios para a saúde

Sabor azedinho e a fama de calmante natural, fazem dele um dos preferidos nas casas de sucos. Só que nem todos sentem os benefícios do maracujá.

Agora, ao tomar um copo de suco de maracujá, além de sentir o sabor, já se pode ter certeza de estar ingerindo propriedades medicinais importantes para saúde. Pesquisadores da Unicamp comprovaram que o maracujá realmente acalma e descobriram vários outros benefícios.

Em laboratório, cientistas estudaram quatro tipos do fruto, incluindo o azedo, o mais comum. A casca que sempre vai parar no lixo também foi avaliada. “Parte dela se aproveita para a produção de uma farinha que é recomendada para pessoas que têm nível elevado de glicose para reduzir, pelo menos, de 15% a 20% este teor”, garante Glaucia Pastori, pesquisadora da UNICAMP.

Na polpa há vitaminas do complexo B, C, vitamina A, sais minerais além de um potente vermífugo identificado nas sementes. “Essas propriedades passam para o suco. Quando a pessoa ingere o suco, está consumindo”, explica.

A combinação de todos os nutrientes dão ao maracujá o poder antioxidante, o que melhora o funcionamento do organismo.

Apesar de não ter contra indicações os especialistas lembram que exageros devem ser evitados. O poder sedativo do maracujá é real e pode baixar a pressão.

(Fonte: G1)

Mudança climática surpreende e assusta

Tegucigalpa, Honduras, 25/8/2010 – O inverno apenas começa e os efeitos da mudança climática novamente se fazem sentir em Honduras, com os primeiros aguaceiros que provocam inundações, afundamentos e deslizamentos de terra em áreas antes consideradas improváveis, sendo a capital do país a mais afetada. Chuvas intensas de meia hora, que recordam a passagem do devastador Furacão Mitch, há 12 anos, foram suficientes para expor a fragilidade hondurenha, deixando pelo menos oito mortos, centenas de desabrigados e registros de danos na costa norte e também no centro, sul e leste do país.

Na capital, as chuvas curtas e intensas, associadas à tempestade tropical Frank, causaram o afundamento de um trecho da principal via que liga Tegucigalpa à estrada que leva ao norte do país. O surgimento do buraco, com mais de sete metros, forçou a criação de corredores alternativos de trânsito, causando engarrafamentos maiores do que os normalmente registrados. Contudo, os deslizamentos em áreas consideradas seguras, de classes média e alta, estão sendo a surpresa.

“Parece que a cidade está caindo aos pedaços e que hoje tudo está vulnerável. Os deslizamentos já não são privilégio dos bairros pobres e da periferia, também atingem o resto da sociedade da capital e estamos surpresos com tanta fragilidade e vulnerabilidade”, disse à IPS o prefeito de Tegucigalpa, Ricardo Álvarez. Há duas semanas, as autoridades locais preparam abrigos temporários e visitam os locais de desastres de onde são evacuadas as famílias em risco.

Na exclusiva colônia Lomas Del Guijarro, onde moram pessoas ricas e famosas, um muro perimetral ruiu e soterrou pelo menos uma dúzia de veículos, diante da angústia e surpresa dos ricos inquilinos, que foram alertados pelas autoridades municipais sobre a necessidade de se retirarem, por haver a possibilidade de novos deslizamentos.

Dino Rietti, presidente do Colégio de Arquitetos de Honduras, disse à IPS que a situação é preocupante porque “respondemos a uma mitigação temporária ou momentânea, mas ainda não encontramos soluções definitivas. Aqui é necessária muita vontade política para deixar de dar autorizações ambientais em áreas de risco”. “Tudo isto é produto do aquecimento global, são os impactos da mudança climática. Alertamos, mas ninguém quis levar o problema a sério, preferindo vê-lo como algo temporário, como fizeram até agora”, advertiu Dino.

Randolfo Fúnez, da Comissão Permanente de Contingências (Copeco), afirmou à IPS que “as chuvas de 28 minutos que caem são pequenos furacões Mitch, que aparecem a cada uma ou duas semanas, e o solo está tão impermeabilizado de água que já não aguenta mais, daí os desastres”. Isto explica o ocorrido no final de semana na cidade de Danlí, no departamento de El Paraíso, onde duas horas de chuva deixaram pelo menos 800 desabrigados, quatro mortos, mais de 40 casas destruídas e várias localidades incomunicáveis.

“Os aguaceiros e as enormes cheias destruíram represas, cortaram redes de água e entupiram tubulações secundárias em pelo menos nove bairros. Não há morador de Danlí que não tenha sido afetado”, disse o subgerente do serviço de água potável na região, Ricardo Velásquez. Durante a passagem do Furacão Mitch, a região leste foi das menos afetadas pelo fenômeno, por isso a surpresa de seus habitantes e das autoridades, que calculam perdas em torno de US$ 200 mil. A cidade tem 50 mil habitantes.

Os informes dos efeitos da mudança climática também chegam do sul do país, outra das áreas mais atingidas, depois de Tegucigalpa. Próximo da fronteira com El Salvador, na localidade de Costa de los Amates, seus moradores estão novamente incomunicáveis e as pessoas tiveram que se abrigar no telhado das casas para escapar das inundações causadas pelo transbordamento do Rio Goascorán, uma fronteira natural entre Honduras e El Salvador.

Choluteca e Valle são os departamentos da região sul que começam a registrar danos, enquanto na costa norte as embravecidas águas do Rio Ulúa começam a inundar plantações e forçam a retirada das pessoas que vivem nas margens de um dos maiores afluentes do país. Pelo menos nove dos 18 departamentos de Honduras, de quase oito milhões de habitantes, se mantêm em alerta amarelo, enquanto na capital segue o alerta vermelho, há uma semana.

Gines Suárez, geólogo especialista da Organização das Nações Unidas, recomenda um reordenamento territorial da capital e aplicação das leis que punem as obras mal construídas. “As autorizações de construção deve ser mais rígidas, e devem estar acompanhadas de um estudo de risco, por existirem ao menos três falhas geológicas detectadas e próximo delas estar uma grande concentração populacional”, afirmou.

Três meses depois que o país viveu a tempestade tropical Agatha, que obrigou as autoridades a declararem emergência nacional devido aos danos causados, novamente fica demonstrado que Honduras continua sendo uma nação com alto índice de risco climático. Por sua vez, o governo anunciou que busca recursos no valor de US$ 19 milhões para ações de mitigação.

Thelma Mejía, da IPS
Envolverde

Estamos queimando o Brasil: Estado de Emergência Climática

Tem 26.500 focos de incêndios em quase todos os Estados brasileiros, Na Amazônia o Arco do Desmatamento, que vai do Pará a Rondônia é como uma flecha flamejante no coração da Amazônia. As emissoras de TV se aproveitam das imagens dramáticas de animais mortos e tufos enormes de fumaça subindo aos céus. No entanto, pouco se vai a fundo em quem são os responsáveis, a quem interessa esta sandice criminosa não apenas com a Amazônia, mas com todos os biomas brasileiros. O Cerrado também está em chamas. É preciso ir atrás dos criminosos e os expor à execração pública. Mas não, o tema é tratado quase como uma fatalidade. Um acontecimento sazonam previsível e inexorável.

O Brasil está em um Estado de Emergência Climática. Estamos emitindo milhares de toneladas de gases de efeito estufa sem nenhum controle e sem que isso sirva à sociedade brasileira. Quando ligamos uma termelétrica e emitimos CO², é ruim, mas ao menos estamos gerando eletricidade para acender lâmpadas, ligar geladeiras ou ouvir música. Mas o que ligamos ao queimar a floresta? Na verdade, desligamos. Desconectamos o bom senso, deixamos de lado os compromissos com o amanhã e passamos por cima do esforço de milhares de brasileiros e empresas que estão investindo na redução de sua “pegada de carbono”. Damos um tapa na cara das pessoas que deixam seus carros em casa e vão ao trabalho no transporte público, a pé ou de bicicleta. Desligamos o Brasil de seus compromissos internacionais de redução de emissão de gases estufa.

O que mais será preciso para que acordemos dessa letargia em berço esplêndido? Estamos em pleno processo eleitoral e não há comícios, debates, discussões acaloradas sobre o país que queremos, o modelo de desenvolvimento ou como deve ser a gestão disso ou daquilo. As pessoas se recolheram à vida privada e abandonaram os interesses públicos. As queimadas no Brasil são um escândalo ambiental tão grande ou maior do que o desastre da BP no Golfo do México. Milhões de indivíduos da flora e fauna estão morrendo. Não apenas ameaçados, mas morrendo pelo descaso de uma espécie suicida. As cidades no caminho da fumaça estão vivendo dramas humanos de fazer chorar. Crianças morrem sem conseguir respirar. Idosos que poderiam curtir netos por muito tempo estão morrendo por puro descaso não apenas dos governos, mas da sociedade brasileira com a vida.

O Brasil e sua cidadania precisam dar um basta a isso. É preciso parar de queimar o futuro não apenas do País, mas do Planeta em uma atitude absolutamente mesquinha de alguns e da incompetência de outros. Se há um momento em que o Exército deve sair dos quartéis e travar uma guerra é agora. É preciso combater o fogo onde quer que ele esteja. Não é possível continuar a assistir o fogo no Jornal Nacional e, em seguida, passar para a cotação do dólar e para o caso de amor da celebridade de plantão. Como se o incêndio que se alastra pelo País fosse apenas uma notícia de jornal.

Queimar a floresta leva a um profundo desequilíbrio do cliclo hidrológico brasileiro e nos atira em um circulo vicioso onde queima porque não chove e não chove porque queima.

É tempo de eleição. Vamos acordar e votar de forma correta, analisando o Brasil que temos e o Brasil que queremos. É tempo de indignação. Estamos queimando o Brasil. Temos de fazer protestos sobre isso, Grandes protestos que arranquem governantes e políticos de suas mesquinhas agendas eleitorais e os façam se dedicar a resolver esta emergência nacional.

Dal Marcondes, da Envolverde

Suplementos para emagrecer têm baixa eficácia

Dois novos estudos apresentados no International Congress on Obesity, em Estocolmo, na Suécia, avaliaram a eficácia de uma seleção de suplementos emagrecedores vendidos em farmácias e lojas especializadas e não encontraram evidências de que qualquer um deles realmente facilita a perda de peso, a não ser pelo efeito placebo.

Foram testados nove suplementos populares em meio a pílulas falsas dentro de um teste controlado. Dentre os suplementos testados, foram inclusos L-Carnitina, pó-de-repolho, semente de guaraná em pó, extrato de feijão, extrato da raiz japonesa konjac, comprimidos à base de fibras, alginato de sódio, que é extraído de algas marrons, e extratos vegetais selecionados.

Os pesquisadores obtiveram os suplementos em farmácias alemãs e mudaram as embalagens e nomes dos produtos para dar uma aparência neutra, além de reescreverem as informações das bulas a fim de eliminar os nomes dos produtos para o teste.

A pesquisa avaliou 189 indivíduos obesos ou acima do peso, que não eram consumidores de qualquer tipo de suplemento emagrecedor. Estas pessoas foram submetidas às doses recomendadas pelos fabricantes, uma vez por semana, durante oito semanas. Alguns dos produtos vieram acompanhados por dietas alimentares de fábrica, enquanto outros não, então os pesquisadores forneceram exatamente os mesmos conselhos, como estavam escritos nas bulas.

Após o período de teste, os pesquisadores observaram que a perda de peso, em média, foi de 1 e 2 quilos, entre sete dos produtos, dependendo do suplemento, e de 1,2 quilos no grupo de pílulas placebo.

Sem milagre

O chefe do Institute for Nutrition and Psychology at the University of Göttingen Medical School, na Alemanha, Thomas Ellrott, que liderou o estudo, afirma que existem diversos tipos de suplementos emagrecedores, que prometem perda de peso. Porém, é muito importante estar atento à escassez de testes comprobatórios e a camuflagem destes produtos. "Poucos destes suplementos foram submetidos a testes clínicos e a aparência deles está sempre mudando, então nós precisamos submetê-los a rigorosas avaliações científicas para determinar se eles realmente têm algum benefício", explica o especialista.

No segundo estudo apresentado no congresso, o pesquisador Igho Onakpoya, da Peninsula Medical School at the Universities of Exeter and Plymouth, do Reino Unido, conduziu a primeira revisão sistemática de todos os testes existentes sobre resultados de estudos envolvendo estes populares suplementos emagrecedores, incluindo picolinato de cromo, efedrina, laranja amarga, ácido linoléico conjugado (CLA), cálcio, alginato de sódio, glucomannan (produto do extrato de Konjac), quitosana e chá verde.

Segundo Onakpoya, não foi comprovada nenhuma evidência de que algum destes alimentos ou suplementos estudados sejam adequados ao tratamento para redução do peso corporal. "As pessoas enxergam nestes suplementos a oportunidade de perder peso em pouco tempo e podem gastar exorbitantes quantias de dinheiro neles, no entanto, podem acabar desapontadas, frustradas e até deprimidas se suas expectativas não forem alcançadas", explica o pesquisador.

A venda mundial de produtos para emagrecer gira em torno de US$ 13 bilhões. Na Europa Ocidental as vendas, excluindo as que têm prescrição médica, alcançaram cerca de US$1,4 bilhões em 2009. Já os americanos gastam em torno de US$1,6 bilhões por ano em suplementos para perda de peso.

Emagrecimento saudável

Com tantos produtos e dietas sendo lançados todos os dias, fica difícil saber qual o melhor caminho para emagrecer e preservar a saúde. Persistência e calma são necessárias para quem está tentando emagrecer. Portanto, fuja da tentação do emagrecimento fácil, "em apenas 1 semana", "em 3 dias". A perda de peso ocorre com qualquer dieta de baixas calorias, mas a perda de peso duradoura só ocorre com dietas balanceadas e conhecidas de todo o mundo acadêmico.

"Todas as vezes que escolhemos alimentos mais calóricos, devemos reduzir o volume ingerido para conseguir perder peso. Às vezes, a redução de calorias inviabiliza a dieta, pois o pequeno volume ingerido nos causa muita fome. Por outro lado, é impossível aderirmos a um plano dietético, abolindo nossos alimentos prediletos. Por isso, a dieta deve sempre ser individualizada e discutida com o paciente", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, especialista em nutrologia.

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Cientistas identificam proteína capaz de destruir HIV em macacos

Pesquisadores norte-americanos identificaram componentes fundamentais de uma proteína chamada TRIM5 alfa, capaz de destruir o HIV em macacos.

No organismo dos primatas, o composto é responsável por prender e dizimar o vírus. Os homens também possuem uma versão da proteína, porém ineficaz para combater o agente responsável pela Aids.

A TRIM5 alfa é composta por quase 500 aminoácidos. Seis deles, localizados em uma região pouco estudada do composto, foram identificados pelo trabalho da Universidade Loyola de Chigago como cruciais para a função de inibir o corpo de infecções virais. Quando alterados em células humanas, a proteína alfa perdeu sua capacidade de atacar o HIV.

A pesquisa foi feita em uma cultura de células, sem uso de seres vivos. O estudo será tema da edição de setembro da revista Virology.

Para detectar a reação com o HIV, os cientistas da Universidade Loyola atrelaram proteínas fluorescentes a TRIM5, permitindo destacar as interações microscópicas. A prática é comum nas pesquisas mais recentes envolvendo a proteína e o vírus.

A eficiência da TRIM5 alfa em macacos é conhecida desde 2004, porém a pesquisa liderada por Edward M. Campbell abre a possibilidade de saber exatamente quais mecanismos da proteína são responsáveis por destruir o HIV.

É um passo fundamental para conhecer como este efeito pode ser reproduzido em homens, seja pela manipulação da proteína no organismo dos humanos ou pela produção de compostos que simulem a ação da TRIM5 alfa.

(Fonte: G1)

Estudo questiona ’sobrevivência do mais forte’ de Darwin

Charles Darwin talvez estivesse errado quando disse que a competição era a principal força impulsionando a evolução das espécies.

O autor de “A Origem das Espécies”, obra publicada em 1859 que lançou as bases da Teoria da Evolução, imaginou um mundo no qual os organismos lutavam por supremacia e em que apenas o mais forte sobrevivia.

Mas uma nova pesquisa identifica a disponibilidade de espaço para desenvolvimento de vida, em vez de competição, como o principal fator da evolução.

A pesquisa, conduzida pelo estudante de pós-doutorado Sarda Sahney e outros colegas da Universidade de Bristol, foi publicada na revista científica Biology Letters.

Eles usaram fósseis para estudar padrões de evolução ao longo de 400 milhões de anos.

Focando apenas em animais terrestres – anfíbios, répteis, mamíferos e pássaros – os cientistas descobriram que a quantidade de biodiversidade tem relação com o espaço disponível para a vida se desenvolver ao longo do tempo.

Ambiente – O conceito de espaço para a vida – conhecido na literatura científica como “conceito de nicho ecológico” – se refere às necessidades particulares de cada organismo para sobreviver. Entre os fatores estão a disponibilidade de alimentos e um habitat favorável à procriação.

A pesquisa sugere que grandes mudanças de evolução de espécies acontecem quando animais se mudam para áreas vazias, não ocupadas por outros bichos.

Por exemplo, quando os pássaros desenvolveram a habilidade de voar, eles abriram uma nova fronteira de possibilidades aos demais animais.

Igualmente, os mamíferos tiveram a chance de se desenvolver depois que os dinossauros foram extintos, dando “espaço para a vida” aos demais animais.

A ideia vai de encontro ao conceito darwinista de que uma intensa competição por recursos em ambientes altamente populosos é a grande força por trás da evolução.

Para o professor Mike Benton, co-autor do estudo, a “competição não desempenha um grande papel nos padrões gerais de evolução”.

“Por exemplo, apesar de os mamíferos viverem junto com os dinossauros há 60 milhões de anos, eles não conseguiam vencer os répteis na competição. Mas quando os dinossauros foram extintos, os mamíferos rapidamente preencheram os nichos vazios deixados por eles e hoje os mamíferos dominam a terra”, disse ele à BBC.

No entanto, para o professor Stephen Stearns, biólogo evolucionista da universidade americana de Yale, que não participou do estudo, “há padrões interessantes, mas uma interpretação problemática” no trabalho da Universidade de Bristol.

“Para dar um exemplo, se os répteis não eram competitivamente superiores aos mamíferos durante a Era Mesozoica, então por que os mamíferos só se expandiram após a extinção dos grandes répteis no fim da Era Mesozoica?”

“E, em geral, qual é o motivo de se ocupar novas porções de espaço ecológico, se não o de evitar a competição com outras espécies no espaço ocupado?”

(Fonte: G1)

Prepare-se para a Travessia de Santa Vitória do Palmar

Quem gosta de viajar a quatro rodas e do contato com a natureza pode se preparar para a 16ª edição da Travessia de Santa Vitória do Palmar, que acontecerá a partir desta sexta (27) até o domingo (29). O evento, antes denominado Travessia do Taim, é organizado pelo Jeep Clube Mergulhões do Taim.

A saída acontecerá na sexta-feira, às 10h, de Santa Vitória do Palmar, passando pela Praia do Hermenegildo, Orla Marítima até o acampamento Farol Verga. No sábado (28), a partir das 9h, os participantes farão uma trilha na região dos Matos de Pinho. O retorno será no domingo, às 9h, pela Orla Marítima, passando por Hermenegildo. A partir deste momento, os participantes deixam a orla e seguem pela rodovia Brigadeiro Azambuja e estrada João Gomes até o Chuí. A chegada e o almoço de confraternização estão previstos para 13h. O presidente do Mergulhões do Taim, Peter Corrêa Borba afirma que a expectativa é chegar ao número máximo de participantes permitido por lei, atingindo a 200 veículos. Todos os cuidados ambientais serão cumpridos.

Contato com a natureza

A Travessia é uma das únicas do Brasil voltadas ao público familiar e sem competições. Quem gosta de viajar e apreciar a natureza poderá desfrutar de um passeio por uma região cheia de diversidade e de belezas naturais. “Os 100 quilômetros à beira-mar pelos quais passaremos já têm, em si, diversidade. Começam com um terreno de areia fina, passando para uma areia grossa, com cascalho, e que, depois, transforma-se em areia fofa. Nesse trajeto, passaremos por um hotel abandonado, um farol, entre tantas outras atrações muito únicas daqui”, comenta Borba.
Segundo ele, as paisagens são o forte do passeio. “É imprescindível levar câmera, pois as fotos ficam fantásticas. É um conjunto de luzes, cores, vegetação, terreno arenoso, que não tem em nenhum outro lugar”, afirma.

Padrões de segurança

Para essa aventura, são necessários alguns cuidados para o melhor aproveitamento da travessia. Parte do trajeto (os 100 quilômetros de praia) pede o uso de um pneu mais largo. A grande quantidade de água pelo caminho também pede atenção dos condutores. A dica é usar um snorkel, equipamento que evita infiltração de água e lama no motor.
Devido ao grande isolamento das regiões por onde os aventureiros passarão durante a travessia, é importante lembrar de todas as provisões para não ficar na mão. Segundo a organização do evento, não haverá estrutura de nenhum tipo no decorrer do percurso. Haverá dois mecânicos e um enfermeiro para qualquer emergência, mas comida, água potável e o cálculo da gasolina serão de responsabilidade de quem se dispuser a realizar a travessia.

Quem já participou, recomenda

Wilson Silveira, já participou das 15 edições anteriores e recomenda a todos. “Na primeira vez eu não queria ir, pois estava com medo de estragar o carro. Assim que participei, fiquei apaixonado pela Travessia. Só quem vai pode saber como é boa a experiência”. Wilson sempre leva sua família. Seu filho mais novo completará 10 anos durante a 16ª Travessia e já participou de três edições. “Todo o evento é muito organizado, fiz muitos amigos. É uma experiência diferente de qualquer outra”.

Informações e Inscrições

A categoria de carros que podem se inscrever é apenas a 4x4.
Mais informações e inscrições pelo site http://mergulhoesdotaim.spaces.live.com e pelo telefone (53) 3263-5688 ou (53) 99972484

Fonte: Comunicar Brasil

terça-feira, 24 de agosto de 2010

JC premia os destaques da pesquisa agrícola gaúcha

No dia 31 de agosto, o Jornal do Comércio, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), fará um reconhecimento a pesquisadores gaúchos que desenvolveram trabalhos relacionados ao agronegócio e à preservação do meio ambiente. Nesta data, no auditório da Farsul do Parque Assis Brasil, em Esteio, será entregue o prêmio O Futuro da Terra, homenagem realizada há 14 anos consecutivos às entidades, pesquisadores e produtores rurais que dedicaram suas carreiras ao crescimento do setor primário.

Nesta edição, a premiação terá dez homenageados, divididos em quatro categorias, além de um prêmio especial. De acordo com o diretor-presidente da Fapergs, Rodrigo Costa Mattos, a escolha e a indicação dos premiados são feitas através do comitê da área de Ciências Agrárias da entidade, cujos membros procuram escolher pessoas que voltaram sua vida profissional ao desenvolvimento da pesquisa agropecuária. "Não premiamos trabalhos únicos, que tenham resultados imediatos, mas sim destacamos pesquisadores que, através do conjunto de suas obras, contribuíram para o futuro do setor primário", afirma.

Mattos também destaca a importância da ciência rural para o desenvolvimento do País. De acordo com o diretor, o Brasil produz 4% da produção cientifica agrária do mundo. "O prêmio reflete o crescimento desse processo, que tem contribuído para nos tornar o maior produtor de alimentos do mundo", lembra.

Neste ano, a homenagem especial da premiação vai para o pesquisador João Carlos Gonzáles. Professor aposentado da faculdade de Veterinária da Ufrgs, Gonzáles destacou-se nacionalmente por seus estudos sobre carrapatos e seu controle nos rebanhos bovinos, apresentando diversos trabalhos publicados sobre o tema, além de expressiva atuação na formação de profissionais veterinários

Na categoria Cadeias de Produção Agrícola serão três os premiados. O primeiro é José Fernando Piva Lobato, professor associado da Ufrgs. Lobato tem experiência na área de forrageiras e zootecnia, com ênfase em produção e manejo de dado de corte, ecologia dos animais domésticos e etologia. O segundo homenageado será José Ricardo Pfeifer Silveira, pesquisador da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), onde trabalha desde 1982, atuando principalmente em imunologia, estudo da variabilidade genética de microrganismos, marcadores moleculares e epidemiologia. Finalmente, a terceira premiada na categoria será Marta Gomes da Rocha, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que é referência na área de zootecnia, com ênfase na recria de fêmeas, bovinas e ovinas, em pastagem cultivada, com ou sem uso de suplementos.

No quesito Tecnologia Rural, o agraciado será João Vieira de Macedo Neto, engenheiro agrônomo, agropecuarista, cabanheiro, presidente de associações de criadores de diversas raças de bovinos, e presidente da Associação Nacional de Criadores (ANC). Macedo Neto é proprietário da tradicional Cabanha Azul, de Quaraí, que é referência na área de zootecnia com importantes contribuições na seleção e melhoramento do rebanho bovino gaúcho e brasileiro. Seu estabelecimento é uma referência nacional na criação de diversas raças como Devon, Hereford e Aberdeen Angus.

Em Novas Alternativas Agrícolas serão homenageados três pesquisadores. O primeiro é Luiz Fernando Gerhard, engenheiro agronômo da Emater-RS no município de Vera Cruz. Desde 1980, Gerhard tem tomado diversas iniciativas para ampliar o uso de derivados da mandioca, especialmente nas pequenas propriedades rurais. Outro premiado é Carlos Eugenio Daudt, professor titular da UFSM e renomado pesquisador na área de enologia. Já Osmar Nickel, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves, marcou sua carreira com projetos de pesquisa relacionadas com doenças que atacam várias plantas frutíferas.

Finalmente, na categoria Preservação Ambiental, serão destacados os trabalhos de Luiza Chomenko, bióloga da Fepam com experiência na área Gestão Ambiental, e Fernando Luiz Ferreira de Quadros, professor associado da UFSM, que dedica-se a pesquisas envolvendo ecologia campestre, preservação dos campos e produção animal.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=37618&codp=21&codni=3

Cientistas criam exame que detecta meningite em uma hora

Exame de meningite

Cientistas da Universidade Queen's, de Belfaste e da Autoridade de Saúde da capital da Irlanda do Norte, desenvolveram um teste revolucionário que pode diagnosticar em apenas uma hora se o paciente sofre de meningite.

Semelhante a uma impressora doméstica, o aparelho que faz o teste é portátil e acelera o resultado do exame, que atualmente demora entre 24 e 48 horas.

Um diagnóstico rápido da doença é vital para o tratamento de crianças pequenas com meningite meningocócica e septicemia, já que seu estado se deteriora em muito pouco tempo.

A meningite é a inflamação da meninge - membrana que protege e recobre o cérebro e a medula espinhal - e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, entre outros fatores. A forma mais perigosa é a bacteriana, da qual a meningocócica faz parte.

Sintomas da meningite

"Os primeiros sintomas das infecções meningocócicas são os mesmos de uma virose, dificultando o diagnóstico nos estágios iniciais", afirma o cientista Mike Shields, da Universidade Queen's, que liderou a pesquisa.

"Os pais normalmente usam o 'teste do copo' no corpo das crianças, mas as manchas vermelhas (que não somem mesmo quando o copo é pressionado sobre elas) normalmente associadas a um diagnóstico de meningite são um sintoma tardio que nem sempre está presente nas crianças que têm a doença."

A meningite meningocócica pode causar a morte de uma criança em uma questão de horas, se não for tratada, e também pode deixar sequelas como surdez e lesões cerebrais.

O grupo de maior risco e onde há maior incidência é o de crianças com menos de 5 anos de idade.

"Atualmente, médicos aceitam a internação e tratam com antibióticos qualquer criança sob suspeita de ter meningite meningocócica enquanto aguardam o resultado dos exames, que pode levar entre 24 e 48 horas", disse o professor.

"Algumas crianças não são diagnosticadas no estágio inicial da doença, enquanto outras são internadas e tratadas, 'pelo sim, pelo não', quando na verdade não têm a doença."

A meningite pode ser transmitida através do contato próximo com secreções respiratórias do paciente. O aparelho criado pelos pesquisadores examina uma amostra da saliva ou de sangue do paciente para avaliar se ele tem a doença.

Além de salvar vidas, o diagnóstico no estágio inicial pode melhorar o tratamento dos pacientes e ajudar a evitar as sequelas associadas à doença.

Exame rápido

A máquina já está em fase de testes no pronto-socorro do Royal Victoria Hospital for Sick Children de Belfast.

"Não há nenhum outro exame que possa confirmar o diagnóstico em tão pouco tempo. Os exames atuais são caros e demorados."

"A identificação rápida da doença vai permitir aos médicos tomar decisões sobre o tratamento que podem salvar a vida dos pacientes. Se ele tiver os resultados em uma hora, poderá começar o tratamento apropriado imediatamente", afirmou Shields.

O aparelho, no entanto, ainda precisa ser testado por mais tempo para que seja avaliada a precisão dos resultados.

O estudo contou com o apoio da Fundação para a Pesquisa da Meningite da Grã-Bretanha (MRF, na sigla em inglês).

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 19.708 casos de meningite em 2009, desses 2.603 eram de meningite meningocócica.

A vacina conjugada contra o meningococo do sorogrupo C passará a integrar o calendário básico da vacinação na rede pública a partir de agosto deste ano para crianças com menos de dois anos de idade, informou o Ministério.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exame-meningite&id=5626&nl=nlds

Pilates é eficaz no tratamento de lombalgia crônica

Pilates e corrente russa

Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) comprovou a eficácia do método Pilates no tratamento da lombalgia crônica não específica, um desconforto sem causa aparente na região inferior das costas.

A fisioterapeuta Camila Pinhata Rocha testou ainda o uso de eletroestimulação neuromuscular, também conhecida como corrente russa e obteve bons resultados na melhora de uma das maiores queixas da população em geral.

No total, 36 mulheres foram submetidas a 15 sessões de uma ou outra técnica e, na maioria dos relatos, as voluntárias se consideraram beneficiadas com o tratamento. A pesquisa foi desenvolvida por Camila Rocha para conclusão de mestrado na Área de Anatomia, sob orientação do professor Paulo Henrique Ferreira Caria.

Pilates e ciência

O método Pilates foi criado pelo Alemão Joseph Pilates na década de 1920, mas só nos anos 1990 se tornou bastante conhecido no Brasil e, atualmente, encontra muitos adeptos satisfeitos com os resultados dos exercícios feitos sem esforço físico intenso, diferentemente daqueles empreendidos nas academias.

Em uma única sessão é possível trabalhar flexibilidade, fortalecimento, respiração e conscientização corporal.

A fisioterapeuta quis investigar cientificamente a eficácia do método em mais um aspecto, uma vez que são poucos os estudos na literatura que ratificam os efeitos dessa terapia no tratamento de lombalgia.

Corrente russa

Para um maior rigor científico, Camila optou ainda por comparar os resultados com os efeitos da eletroestimulação neuromuscular aplicada no abdome das voluntárias, por ser um método nunca antes testado com a finalidade de tratar a dor lombar.

A sua eficácia, no entanto, já foi comprovada no fortalecimento muscular, principalmente quando o nível de fraqueza é elevado.

As voluntárias também foram avaliadas nos aspectos de funcionalidade, intensidade da dor e alinhamento postural na primeira, sétima e décima quinta sessões.

Todas participantes eram sedentárias, com idade entre 25 e 45 anos e índice de massa corpórea (IMC) normal. Nenhuma havia recebido qualquer tipo de intervenção física para lombalgia no último mês antes do estudo. Aquelas que fizessem uso de analgésicos também foram excluídas.

Ativação dos músculos

Nos relatos, além da intensidade da dor diminuída, houve melhoras nas atividades cotidianas.

Embora constituam métodos completamente diferentes, nos dois casos, o objetivo principal foi a ativação dos músculos abdominais.

Isto porque, segundo a fisioterapeuta, normalmente, nas pessoas que sofrem de lombalgia crônica não específica, os músculos abdominais, aqueles estabilizadores da porção lombar da coluna vertebral, apresentam-se inativos ou pouco ativos.

E, para isso, os dois métodos tiveram resultados eficientes.

Pilates no SUS

Camila Rocha destaca ainda que a eletroestimulação, por se tratar de um método passivo, pode ser indicada para os pacientes que não conseguem trabalhar a região abdominal nos exercícios convencionais, na fase inicial do tratamento. Em geral, os portadores de dor lombar sentem medo de praticar exercícios que possam intensificar o desconforto.

Já o Pilates, a despeito da popularidade, encontra dificuldades de ser praticado por grande parte da população, devido ao seu alto custo. Em geral, são utilizados aparelhos específicos e a prática deve ser acompanhada por um profissional especializado de forma individual ou em pequenos grupos, o que acaba por encarecer a atividade.

Mas o quadro pode mudar, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) já tem disponibilizado em algumas cidades do Estado de São Paulo centros para a prática gratuita.

Raquel do Carmo Santos - Jornal da Unicamp

Cientistas provocam ‘autodestruição’ de células de HIV

Cientistas de Israel afirmam ter descoberto uma nova forma de eliminar células infectadas com HIV, em um processo que provoca a autodestruição de células contaminadas.

Pela técnica desenvolvida pelos cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, as células infectadas com HIV recebem um DNA viral, que faz com que a célula morra. A técnica não afetou as células não-infectadas.

Até o momento, a técnica foi desenvolvida apenas em pequena escala, com poucas células. Nenhum teste foi realizado em humanos.

A pesquisa será publicada nesta quinta-feira na revista científica Aids Research and Therapy.

Os pesquisadores afirmam que a técnica poderia levar a um tipo de tratamento contra o vírus HIV.

O melhor tratamento disponível atualmente – à base de antirretrovirais – é eficaz no combate à replicação de células infectadas, mas ele não consegue eliminá-las.

Segundo o artigo, assinado pelo professor Abraham Loyter e sua equipe, o método desenvolvido no laboratório “resultou não só no bloqueio do HIV-1, mas também exterminou as células infectadas por apoptose [autodestruição]“.

O artigo faz a ressalva, no entanto, de que há mais de um tipo de vírus HIV e que o trabalho da equipe está apenas nos estágios iniciais.

Os pesquisadores acreditam que o trabalho pode ajudar no desenvolvimento de um novo tipo de tratamento no futuro contra a Aids.

(Fonte: G1)

Aquecimento pode estar por trás de secas no Brasil

Está acontecendo agora, provavelmente vai acontecer de novo. Para cientistas, os extremos climáticos, como a secura que turbina queimadas no Centro-Oeste e na Amazônia, podem estar ligados ao aquecimento global.

O mesmo vale para as enchentes que deixaram 20 milhões de desabrigados no Paquistão nas últimas semanas, ou para a seca na Rússia, a pior da história, que devastou as plantações de trigo e fez aumentar o preço do pão até no Brasil.

Claro, nenhuma dessas catástrofes pode ser atribuída de forma específica às mudanças climáticas globais. É difícil separar os efeitos do aquecimento causado pelo homem da variabilidade natural do clima quando se trata de casos isolados.

“Mas o que se pode dizer é que a frequência com que eventos climáticos extremos ocorrem tende a aumentar”, afirma o físico Paulo Artaxo, da USP. Desse ponto de vista, a secura no interior do país, e em especial na região amazônica, é o esperado.

“Os modelos climáticos [projeções do clima futuro feitas em computador] projetam secas maiores no centro e no leste da Amazônia e no Nordeste”, afirma o climatologista José Antonio Marengo, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

“No Centro-Oeste haveria mais ondas de calor”, disse Marengo, que ontem participava de um evento sobre mudança climática e desertificação em Fortaleza.

Energia extra – Artaxo, da USP, lembra que o primeiro fator responsável por estimular eventos climáticos fora do comum num planeta mais aquecido é a energia sobrando. “Você injeta energia extra no sistema ao aquecer a atmosfera. E essa energia precisa ir para algum lugar”, afirma.

Outro ponto crucial, segundo Marengo, é o fato de que continentes e oceanos esquentam a taxas diferentes – é mais difícil esquentar uma massa de água do que a mesma massa de terra.

Como o ciclo da chuva e o dos ventos dependem muito dos mares, a diferença mais acentuada de temperatura entre oceano e continente pode levar a mais vendavais e mais tempestades.

“É como se houvesse uma aceleração no ciclo hidrológico, como se ele virasse um carro andando em quinta.”

A estiagem deste ano ainda não virou uma catástrofe no Brasil. “Está só um pouco mais seco do que a média”, diz o climatologista Carlos Nobre, também do Inpe.

Já a onda de calor russa tem tudo para virar um estudo de caso, como o evento semelhante que matou 30 mil pessoas na Europa em 2003.

Segundo Nobre, ambas as ondas de calor foram causadas por bloqueios atmosféricos. “”É como se fosse uma bola sobre a região, que não deixa o ar frio entrar.”

Nobre diz que não há nenhuma boa teoria ligando os bloqueios atmosféricos ao aquecimento global. Mas cita estudos depois da onda de 2003, mostrando que a probabilidade de ela ter a ver com o fenômeno era de 80%. No caso da Rússia, essa possibilidade é menor, afirma.

(Fonte: Reinaldo José Lopes e Claudio Angelo/ Folha.com)

EXCLUSIVO: Estudo revela vantagens da utilização de alternativas na fabricação de tijolos

Uma pesquisa, realizada nos municípios de Iranduba e Manacapuru, no interior do Amazonas, entre setembro de 2009 e agosto deste ano, revelou a busca por alternativas para a fabricação de tijolos.

De acordo com o estudo “Análise da Sustentabilidade da Exploração dos Recursos Minerais de Uso na Construção Civil na Região de Iranduba e Manacapuru”, os empresários do setor oleiro estão utilizando serragens, entulho do Prosamim e resíduos do Polo Industrial de Manaus (PIM) para a queima na fabricação de tijolos.

“Podemos perceber que os empresários estão bastante antenados com relação ao meio ambiente. Por isso está diminuindo a degradação ambiental naquelas regiões”, afirmou a coordenadora do projeto, Solange Costa.

Para a realização da pesquisa foram visitadas as indústrias de maior porte e os responsáveis afirmar utilizar o recurso florestal como combustível para a fabricação dos tijolos. “Eles se preocupam com o ambiente e estão utilizando serragens das madeiras e até mesmo caroço do açaí, pois esses elementos auxiliam na queima dos tijolos”, disse. Foram utilizados, ainda, aparelhos de GPS para observação das imagens de satélite.

A pesquisa teve como objetivo identificar e classificar a atividade de extração mineral de materiais de construção civil e contou com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).
*Com informações da FAPEAM

Danielle Jordan / Ambientebrasil

Construções sustentáveis ganham mercado no Brasil

Em um ano, número de empreendimentos em busca de certificação ambiental cresceu 75%.
São Paulo - Viáveis e lucrativos, os chamados "prédios verdes" vão, aos poucos, ganhando espaço no país. Entre o título e a realidade, porém, é necessário cautela. Não basta ter um jardim bem cuidado ou meia dúzia de árvores para merecer o crédito. Uma boa maneira de checar a vocação ambiental do imóvel é saber se ele possui certificado.

Para isso, o empreendimento precisa ser erguido dentro de parâmetros ambientais em todas as fases - do planejamento à operação, passando pela construção. No Brasil, a busca por esse tipo de certificação cresceu 75% de 2009 pra cá.

Certificado Leed

Um dos selos disponíveis no mercado é o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), fornecido com parcimônia pelo instituto americano U.S. Green Building Council Brasil, criado em 2004. O primeiro empreendimento brasileiro e da América Latina a conquistar a certificação ambiental, em 2007, foi uma agência do Banco Real, na Granja Viana, em Cotia, SP.

Para obter o Leed, o imóvel tem de atender, no mínimo, a 26 exigências, de uma lista com 69. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do prédio e a baixa produção de resíduos, entre outros itens. Atualmente, 19 empreendimentos brasileiros já possuem o Leed, e outros 192 estão em processo de certificação - em maio do ano passado, eram apenas 119.

Certificado Aqua

Outro selo ambicionado é o Aqua (Alta Qualidade Ambiental), o primeiro referencial técnico brasileiro para construções sustentáveis. Desenvolvido em 2008 pela Fundação Vanzolini, o selo já conta com 25 processos iniciados e 13 empreendimentos certificados, entre os quais constam duas unidades da Leroy Merlin, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, e a Casa Natura, um misto de centro de convivência e loja da marca de cosméticos, em Santo André, SP.

O Aqua, que começou a ser emitido no ano passado, baseia-se em 14 critérios de sustentabilidade divididos em quatro fases (eco-construção, eco-gestão, conforto e saúde), que se aplicam para diversos empreendimentos - residenciais, comerciais, complexos esportivos e habitação popular.

Para o coordenador executivo do processo, Manuel Carlos Reis Martins, a busca crescente por esse tipo de empreendimento é inevitável. "Diante dos desafios ambientais que enfrentamos, a construção sustentável será o único caminho possível para o setor de edificação civil no futuro", afirma.

Custo-benefício: bom para o meio ambiente e para o bolso

Seguir com rigor os padrões exigidos pelas certificações tem seu preço: a construção pode ficar de 5% a 10% mais cara, dependendo da sofisticação desejada. Em contrapartida, um empreendimento construído dentro desses padrões podem reduzir entre 30% e 40% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um ambiente interno mais saudável e produtivo.

"O investimento em projetos sustentáveis, além ter um impacto menor no meio ambiente, reflete-se em um custo operacional mais baixo", afirma Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. "Pode até custar mais caro no começo, mas depois reduz consideravelmente as faturas de água e luz".

http://portalexame.abril.com.br

Incentivo à pecuária ganha força com atenção ao Pampa

Um ecossistema único no Brasil, que chega a representar 2% do território brasileiro e que nem sempre ganha a mesma atenção que outros biomas existentes no País. Formado principalmente por pastagens naturais, o bioma Pampa, encontrado exclusivamente no Rio Grande do Sul, é o objeto de estudo do professor do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm), Fernando Luiz Ferreira de Quadros.

Diferentemente de outras regiões, onde a prática da agropecuária durante o período da colonização exigia o plantio de espécies exóticas advindas da África, no Estado o recurso vegetal era natural e abundante. A situação, que ainda compõe campos gaúchos, tem um importante papel na preservação do ambiente e na economia local. "No entanto, em função de esse recurso ser natural e não produzido, o nível de utilização que ele pode sofrer não é tão elevado quanto o dos sistemas cultivados pelo homem", aponta Quadros.

E é exatamente na avaliação do limite de utilização das pastagens naturais, bem como na busca por alternativas para seu manejo, que se concentram os esforços do pesquisador. Em um ecossistema composto por inúmeras espécies - somente entre as gramíneas, principal grupo estudado, são mais de 500 tipos diferentes -, Quadros e sua equipe analisam o comportamento desses vegetais para que os produtores garantam a rentabilidade de seus negócios de maneira sustentável.

O especialista lembra que alguns anos atrás um levantamento da Farsul, em conjunto com o Senar e o Sebrae, identificou que 70% da superfície usada para pecuária no Estado era formada por pastagens naturais. "Isso dá uma ideia da relevância econômica de manejar de forma adequada esse recurso", aponta Quadros. E a mesma diversidade encontrada nessa longa área, que faz o gado do Rio Grande do Sul ter características especiais em função da alimentação diferenciada e equilibrada, torna, também, mais complicado o cuidado com a vegetação e com o solo.

A implantação da proposta surgiu de um modelo adotado da Europa, conhecido por Quadros durante a realização de seu pós-doutorado na França, em 2005. O trabalho, adaptado às condições regionais, está consistindo no enquadramento das espécies em quatro grandes grupos. Um dos entraves alegado pelo professor está na capacidade de lotação das pastagens, tópico que passa, hoje, pela avaliação sobre a possibilidade de ampliação.

"Os produtores usavam essa pastagem como uma espécie de recurso de manutenção do capital, para eles quanto mais animais no local mais patrimônio eles teriam." O professor explica, porém, que a superlotação leva a uma utilização descontrolada da pastagem.

Mesmo que ainda em fase de testes, o resultado da aplicação do agrupamento nas propriedades pode ser considerado positivo. De acordo com Quadros, os produtores que adotam a metodologia estão verificando um aumento no volume de animais criados por área, em relação aos procedimentos instalados anteriormente. Enquanto os produtores alcançam a comercialização de 70 kg a 90 kg de peso vivo por hectare, o objetivo do estudo é chegar a uma produção de até 300 kg.

Resultados do trabalho são obtidos com esforços conjuntos
O trabalho realizado pelo professor da Ufsm não é obra de um homem só. Uma das qualidades atribuída por ele à pesquisa é a coletividade. Além de Quadros, 12 estudantes em diferentes níveis acadêmicos acompanham o estudo, que também conta com a colaboração de outras instituições, como o laboratório de ecologia da Embrapa e o Grupo de Ecologia de Pastejo da Ufrgs. O especialista revela que sua atuação é gratificante, não apenas pelo ponto de vista ecológico, mas por permitir a integração dos diferentes atores que podem incidir positivamente no ambiente rural. "O estudo me permite trabalhar junto com estudantes em formação, agrônomos, veterinários, além de produtores", relata. "Estamos trabalhando esse conhecimento e contribuindo de forma coletiva", completa.

De acordo com Quadros, embora a coleta das informações seja recente, existe interesse crescente na aplicação do método averiguado. Dados mais antigos são disseminados e testados nas propriedades e monitorados por técnicos do Senar e Sebrae. Além disso, sindicatos rurais têm buscando meios de atrair para suas regiões o método, a fim de levar aos produtores um modo mais fácil de manejar suas pastagens.

Somente da região da Bacia do Camaquã são 12 as propriedades que aderiram ao modelo. E enquanto puderem expandir a atuação, é isso o que a equipe fará, sempre visando ao crescimento econômico sem agredir a natureza e preservando o bioma Pampa. "Para o meio ambiente essa é uma possibilidade importante de manter uma biodiversidade que é característica da nossa região, com um valor inestimável do ponto de vista do patrimônio genético", sintetiza o pesquisador.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=37775&codp=21&codni=3

Cientistas desfazem mitos sobre a saúde da boca e dos dentes

Mitos dentários

A escovação, o uso do fio dental e visitas ao dentista duas vezes por ano são o padrão dos cuidados da saúde bucal.

Mas há mais benefícios à saúde, resultantes de manter os dentes brancos e saudáveis, do que a maioria das pessoas sabe.

Em um artigo de revisão - um estudo científico que reúne as conclusões de vários outros sobre o mesmo tema -, pesquisadores da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, desmascaram mitos comuns sobre a saúde bucal e dental e descrevem como a alimentação afeta a saúde em crianças, adolescentes, gestantes, adultos e idosos.

Mito 1: As consequências da má saúde bucal são restritas à boca

As mulheres grávidas geralmente não sabem que o que elas comem afeta o desenvolvimento dos dentes do futuro bebê. A má nutrição durante a gravidez pode tornar a criança mais propensa a ter cáries mais tarde.

"Entre as idades de 14 semanas a quatro meses, as deficiências em cálcio, vitamina D, vitamina A, proteínas e calorias podem resultar em defeitos orais," diz Carole Palmer, coordenadora do estudo.

Alguns dados também sugerem que a falta de quantidades adequadas de vitamina B6 ou B12 podem ser um fator de risco para lábio leporino e fenda palatina.

Em crianças, a cárie é a doença mais prevalente, cerca de cinco vezes mais comum do que a asma. "Se a boca de uma criança dói devido à queda dos dentes, ela será menos capaz de se concentrar na escola e é mais provável que coma apenas alimentos mais fáceis de mastigar, mas que são menos nutritivos. Alimentos como donuts e doces são muitas vezes inferiores em qualidade nutricional e têm maior teor de açúcar que os alimentos mais nutritivos, que necessitam de mais mastigação, como frutas e vegetais," diz Palmer. "As complicações orais combinadas com dieta pobre também podem contribuir para problemas cognitivos e de crescimento e podem contribuir para a obesidade."

Mito 2: Mais açúcar significa mais deterioração dos dentes e cáries

Não é a quantidade de açúcar que você come, é a quantidade de tempo que o açúcar fica em contato com os dentes que importa.

"Alimentos como doces de dissolução lenta e refrigerantes ficam na boca por períodos de tempo maiores. Isso aumenta o tempo que os dentes ficam expostos aos ácidos formados dos açúcares pelas bactérias orais," diz Palmer.

Algumas pesquisas mostram que os adolescentes obtêm cerca de 40 por cento do seu consumo de carboidratos dos refrigerantes. Esse uso constante de bebidas aumenta o risco de cárie dentária.

Refrigerantes sem açúcar e bebidas ácidas, como limonada, muitas vezes são considerados mais seguros para os dentes do que as bebidas açucaradas, mas também podem contribuir para a desmineralização do esmalte do dente se consumidas regularmente.

Mito 3: Nas crianças pequenas, não há problema em perder dentes por cárie

É um mito comum que os dentes das crianças perdidos devido a cáries são algo de menor importância porque os dentes de leite iriam cair de qualquer jeito.

Palmer observa que a cárie dentária em dentes de leite pode resultar em danos para o desenvolvimento das coroas dos dentes permanentes em desenvolvimento abaixo deles.

Se os dentes de leite forem perdidos precocemente, os dentes permanentes podem surgir mal posicionados, exigindo ortodontia mais tarde.

Mito 4: A osteoporose afeta somente a espinha e ossos dos quadris e pernas

A osteoporose também pode levar à perda de dentes. Os dentes são mantidos na mandíbula pelos ossos da face, que também podem ser afetados pela osteoporose.

"Assim, a mandíbula também pode sofrer as consequências de uma dieta pobre em nutrientes essenciais como cálcio e vitaminas D e K," diz Palmer.

"A mandíbula, gengiva, lábios e palato mole e duro são constantemente repostos ao longo da vida. Uma boa dieta é necessária para manter a boca e as estruturas de apoio na forma ideal," complementa.

Mito 5: As dentaduras melhoram a dieta de uma pessoa

Se as dentaduras não se ajustam bem, os adultos mais velhos tendem a comer alimentos que são mais fáceis de mastigar e de baixa qualidade nutricional, como bolos ou massas.

"Primeiro, os usuários das próteses devem se certificar de que as dentaduras estão instaladas corretamente. Se eles estão tendo dificuldade para mastigar ou sentindo desconforto na boca, podem continuar comendo alimentos nutritivos, preferindo legumes cozidos ao invés de crus, frutas em conserva em vez frutas naturais, e carne moída em vez de bife. Eles também devem beber líquidos em abundância ou mascar chiclete sem açúcar para evitar a boca seca," diz Palmer.

Mito 6: Cáries são problema de jovens

Nos adultos e idosos, a recessão gengival pode resultar na deterioração da raiz - cáries ao longo das raízes dos dentes.

Medicamentos comuns, como antidepressivos, diuréticos, anti-histamínicos e sedativos aumentam o risco de cárie, reduzindo a produção de saliva.

"A falta de saliva significa que a boca é limpa de forma mais lenta. Isso aumenta o risco de problemas bucais," diz Palmer. "Neste caso, beber água com frequência pode ajudar a limpar a boca."

Adultos e idosos são mais propensos a terem doenças crônicas, como diabetes, que são fatores de risco para doenças periodontais, que começam com uma inflamação das gengivas e podem levar à perda dos dentes.

"Pacientes com diabete tipo 2 têm o dobro de risco de desenvolver doença periodontal do que pessoas sem diabetes. Além disso, a doença periodontal agrava o diabetes mellitus, de forma que uma higiene oral meticulosa pode ajudar a melhorar o controle do diabetes," diz Palmer.

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Indústrias fumageiras do RS perdem na Justiça e imagens continuam nas carteiras

Para desembargador, as imagens nos rótulos refletem a pretensão do governo brasileiro de demonstrar o mal que o cigarro causa à saúde, utilizando-se de metáforas fortes que levem o consumidor a pensar.

Por Imprensa/TRF 4º Região
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou novamente nesta semana recurso do Sindicato da Indústria do Fumo do Estado do RS (Sinditabaco) e manteve as imagens nas carteiras de cigarro nas quais são retratadas as possíveis consequências do fumo.

O sindicato impetrou apelação cível alegando que as imagens impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seriam apelativas e desprovidas de conteúdo informacional, definido-as ainda como mentirosas e agressivas. Para comprovar sua posição, requeria realização de perícia multidisciplinar.

Após analisar o recurso, o juiz federal Guilherme Beltrami, convocado para atuar como desembargador no tribunal, confirmou as decisões judiciais anteriores, entendendo que os elementos constantes nos autos são suficientes, sendo desnecessária a realização de perícia. Para ele, as imagens nos rótulos refletem a pretensão do governo brasileiro de demonstrar o mal que o cigarro causa à saúde, utilizando-se de metáforas fortes que levem o consumidor a pensar.

O processo corre na Justiça Federal desde novembro de 2008, quando a Anvisa impôs às indústrias de fumo do RS a veiculação das imagens. Em outubro de 2009, foi proferida sentença considerando improcedente o pedido do Sinditabaco que visava a supressão da campanha publicitária nas carteiras. O sindicato então recorreu ao tribunal por duas vezes, mas não obteve sucesso. A primeira, em decisão monocrática da desembargadora federal Maria Lúcia Luz Leiria, e a segunda, concluída no último julgamento em acórdão unânime da 3ª Turma.

AC 0026898-63.2008.404.7100/TRF

TRF4 - EcoAgência

Em 21 de agosto, excederemos o orçamento da natureza

De agora até o final do ano, vamos alcançar nossa demanda ecológica esgotando estoques de recursos e acumulando gases de efeito de estufa na atmosfera.


A humanidade levou menos de nove meses para esgotar seu orçamento ecológico anual, segundo dados da Global Footprint Network, uma organização de pesquisa ambiental com sede na Califórnia. A Global Footprint Network calcula o estoque da natureza sob a forma de biocapacidade – o montante de recursos que o planeta regenera a cada ano – e o compara à demanda humana: o montante necessário para produzir todos os recursos vivos que consumimos e absorver nossas emissões de dióxido de carbono. Seus dados revelam que a partir de 21 de agosto, a humanidade terá demandado todos os serviços ecológicos que a natureza pode oferecer este ano, desde a filtragem de CO2 até a produção de matérias-primas para a alimentação.

De agora até o final do ano, vamos alcançar nossa demanda ecológica esgotando estoques de recursos e acumulando gases de efeito de estufa na atmosfera. "Se você gastasse todo o seu rendimento anual em nove meses, você provavelmente ficaria extremamente preocupado", disse o presidente da Global Footprint Network, Mathis Wackernagel. "A situação não é menos terrível quando se trata do nosso orçamento ecológico. As alterações climáticas, a perda de biodiversidade, o desmatamento, a escassez de água e de comida - todos estes são sinais claros de que não podemos mais financiar o consumo a crédito. A natureza está abrindo falência”. Saiba mais (em inglês): http://www.footprintnetwork.org/earthovershootday

O que é Overshoot?

Durante a maior parte da história humana, a humanidade foi capaz de viver as custas dos juros da natureza - consumindo recursos e produzindo dióxido de carbono a uma taxa menor do que o planeta era capaz de regenerar e reabsorver a cada ano. Mas há cerca de três décadas, nós cruzamos um limiar crítico e a taxa de demanda humana por serviços ecológicos passou a superar a taxa em que a natureza podia fornecê-los. Esta lacuna entre oferta e demanda – conhecida como overshoot ecológico - tem crescido a cada ano. Agora é preciso um ano e seis meses para regenerar os recursos que a humanidade requer em um ano.

A mudança climática é talvez o sinal mais importante do nosso gasto ecológico excessivo. Nossa pegada de carbono (conforme calculada pela Global Footprint Network, a quantidade de terra e área marítima que seria necessária para absorver todo o CO2 que emitimos) é a maior parcela da pegada ecológica humana, e é de longe a que cresce mais rápido. Nossa pegada de carbono mais do que duplicou desde 1970. Durante esse tempo, ela tem aumentado três vezes mais rápido do que a segunda parcela da pegada humana que mais cresce; a de áreas construídas. As emissões de dióxido de carbono agora são responsáveis por mais de metade da demanda humana sobre a natureza. Estamos emitindo agora muito mais dióxido de carbono do que os ecossistemas naturais do planeta podem absorver, portanto, ele está se acumulando na atmosfera e contribuindo para as alterações climáticas.

Todos os anos, a Global Footprint Network calcula a Pegada Ecológica da humanidade - a quantidade de terras produtivas e áreas marítimas necessárias para produzir os recursos que consumimos e absorver nossos resíduos, incluindo as emissões de CO2 - e a compara à biocapacidade; a capacidade dos ecossistemas para regenerar recursos. Earth Overshoot Day, um conceito desenvolvido pela new economics foundation baseada no Reino Unido, é calculado a partir de dados de 2007 (o ano mais recente para o qual existem dados disponíveis) e projeções com base nas taxas históricas de crescimento da população e do consumo, bem como a ligação histórica entre o PIB mundial e a demanda de recursos.

No ano passado, o Earth Overshoot Day foi observado em 25 de setembro de 2009. Este ano, estima-se que ele aconteça mais do que um mês mais cedo. Isso não é devido a uma mudança brusca na demanda humana, mas sim de uma melhoria na metodologia de cálculo que nos permite captar mais adequadamente a extensão do overshoot. (Por exemplo, nossos dados mais recentes mostram que o mundo tem menos biocapacidade disponível, principalmente na área de pastagens, do que anteriormente estimado).

"Esperamos que as nossas estimativas de overshoot sejam, no mínimo, conservadoras." disse Wackernagel. "Sabemos que estamos longe de viver apenas com os recursos de um planeta. A boa notícia é que grande parte da tecnologia que temos para começar a tratar desse problema está disponível e é open source: coisas como design compacto urbano, habitações energeticamente eficientes, reforma da tributação ecológica, eliminação dos subsídios de recursos, planejamento familiar seguro e acessível, bicicletas, as dietas com pouca carne e o custeio do ciclo de vida. "

Pegada Ecológica de Campo Grande

Uma parceria entre o município de Campo Grande (MS), a EcosSistemas e o WWF-Brasil significa uma iniciativa pioneira sobre o tema no Brasil: a aplicação da metodologia da Pegada Ecológica para uma cidade. Atualmente, esse cálculo só é feito no Brasil por indivíduo. A intenção do WWF-Brasil é ter uma métrica da pegada para a cidade e usá-la como uma ferramenta de gestão, que possa ser usada na tomada de decisão sobre as políticas públicas. E a cidade de Campo Grande será a primeira capital a desenvolver essa experiência, que já vem sendo testada em outros países.

O trabalho tem por objetivo calcular a pegada ecológica de Campo Grande no que se refere a geração e destino de resíduos, transporte, alimentação, habitação, entre outras áreas, e desenvolver com os parceiros ações que ajudem a diminuir os impactos dessas atividades e contribuam para melhorar o desempenho ambiental do município.

O desenvolvimento da Pegada Ecológica é um trabalho conjunto. Os itens que irão compor a base do estudo e as ações para reduzir a pegada serão discutidos com os parceiros locais – prefeitura, instituições de ensino e pesquisa, empresas, ONGs, entre outras, e elaborado um plano de trabalho a ser desenvolvido durante o ano todo.

Para calcular a sua própria pegada ecológica e aprender o que você pode fazer para reduzi-la, acesse www.pegadaecologica.org.br.

WWF Brasil/EcoAgência

Ministério Público repudia mudanças no Código Florestal

Procuradores da República e representantes de entidades ligadas ao Ministério PúblicoA Constituição (art. 127) define o Ministério Público como uma instituição permanente, essencial ao funcionamento da Justiça, com a competência de defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público não faz parte de nenhum dos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário. O MP possui autonomia na estrutura do Estado, não pode ser extinto ou ter as atribuições repassadas a outra instituição. Os membros do Ministério Público Federal são procuradores da República. Os do Ministério Público dos estados e do Distrito Federal são promotores e procuradores de Justiça. Os procuradores e promotores têm a independência funcional assegurada pela Constituição. Assim, estão subordinados a um chefe apenas em termos administrativos, mas cada membro é livre para atuar segundo sua consciência e suas convicções, baseado na lei. Os procuradores e promotores podem tanto defender os cidadãos contra eventuais abusos e omissões do poder público quanto defender o patrimônio público contra ataques de particulares de má-fé. O Ministério Público brasileiro é formado pelo Ministério Público da União (MPU) e pelos ministérios públicos estaduais. O MPU, por sua vez, é composto pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Militar e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Federal realizaram ato público na Câmara em repúdio às propostas de reforma do Código Florestal (Lei 4.771/65).

Os manifestantes entregaram ao vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), moção de repúdio e nota técnica com seus argumentos. Eles se disseram muito preocupados com os impactos ambientais que podem provocar as alterações no Código Florestal aprovadas pela comissão especial que analisou o tema. Eles dizem também que o debate não envolveu toda a sociedade e que, na verdade, a legislação atual é moderna, de vanguarda, e não precisa ser mudada, mas colocada em prática.

Para o presidente da Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente, Jarbas Soares Junior, a flexibilização da lei ameaçaria a vegetação, a fauna, a biodiversidade e os recursos hídricos do País. "Somos contra a diminuição das áreas de reserva legalÁrea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. O tamanho da reserva varia de acordo com a região e o bioma: - Na Amazônia Legal: 80% em área de florestas, 35% em área de cerrado, 20% em campos gerais; - Nas demais regiões do País: 20% em todos os biomas., a redução das áreas de preservação permanenteSão faixas de terra ocupadas ou não por vegetação nas margens de nascentes, córregos, rios, lagos, represas, no topo de morros, em dunas, encostas, manguezais, restingas e veredas. Essas áreas são protegidas por lei federal, inclusive em áreas urbanas. Calcula-se mais de 20% do território brasileiro estejam em áreas de preservação permanente (APPs). As APPs são previstas pelo Código Florestal. Os casos excepcionais que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em APP são regulamentados pelo Ministério do Meio Ambiente. e a anistia àqueles que desrespeitaram o código", disse.

A Rede Latino-Americana de Ministérios Públicos Ambientais apresentou carta em defesa da legislação em vigor no Brasil. Para o representante do Ministério Público do Paraguai, Jorge Sosa Garcia, o código brasileiro serviu de exemplo para que países como Paraguai, Peru e Equador aprovassem legislações ambientais fortes. Ele disse que, no Paraguai, houve aumento da produção agrícola desde a criação da lei de desmatamento zero, em 2004. Segundo ele, o resultado foi mesmo de redução do desmatamento e estímulo ao desenvolvimento tecnológico.

No Brasil, só a discussão em torno das mudanças no Código Florestal já fez o desmatamento disparar, segundo o presidente do Instituto Direito por um Planeta Verde, Carlos Teodoro Irigaray.

Edição – Wilson Silveira

Por Verônica Lima, da Rádio Câmara

(Envolverde/Agência Câmara)

Ministério da Saúde reafirma que sarampo foi eliminado do Brasil

O Ministério da Saúde divulgou nota nesta sexta-feira (20) reafirmando que “continua eliminada do território nacional” e esclarecendo que só Pará e Rio Grande do Sul registraram caso suspeito de sarampo.

A explicação para esses casos, segundo a pasta, é que os pacientes foram infectados fora do país ou contaminados por estrangeiros que vieram ao Brasil, já que não há circulação interna do vírus.

“Todos os casos que têm sido registrados nesses últimos dez anos são importados”, afirma nota oficial.

Ainda segundo o governo, a vacinação contra o sarampo faz parte do calendário de rotina da criança, com cobertura acima de 99%, o que serve como barreira à reintrodução da doença no país.

A doença ainda existe em alguns países da Europa (houve surtos na Inglaterra, França, Itália e Holanda), Ásia e África (como a África do Sul).

Os sintomas são semelhantes aos da dengue e herpes, por exemplo, o que exige confirmação laboratorial.

(Fonte: G1)

Em 2008, mais de metade das cidades brasileiras ainda usavam lixões

O número de municípios que dão uma destinação final adequada aos resíduos sólidos aumentou no Brasil entre 2000 e 2008, mas os lixões (vazadouros a céu aberto) ainda eram o principal destino do lixo em 50,8% das cidades há dois anos. Em 2000, esse percentual era de 72,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, o índice de municípios que passaram a usar prioritariamente os aterros sanitários (locais mais adequados para o tratamento do lixo) aumentou de 17,3% em 2000, para 27,7% em 2008.

Já a proporção de cidades que recorrem a aterros controlados (que são mais higiênicos do que os lixões, mas não são a alternativa ideal) permaneceu praticamente estagnada nos oito anos. Em 2000, eram 22,3%. Em 2008, esse número passou para 22,5%.

Para o gerente de Estudos e Pesquisas Sociais do IBGE, Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, os lixões são, junto com a coleta de esgoto, um dos principais problemas de saneamento básico do Brasil.

“Cerca de 50% dos municípios ainda recorrem a lixões. A gente tem que caminhar para a solução do aterro sanitário. Hoje apenas 27% dos municípios fazem a destinação adequada dos resíduos. Para se adequar à lei, precisamos de mais de 70% dos municípios caminhando nessa direção”, disse Oliveira.

A pesquisa do IBGE mostra também que o número de cidades com projetos de coleta seletiva mais do que dobrou, passando de 451, em 2000, para 994 em 2008. Outro dado é que, há dois anos, apenas 38,9% das empresas coletoras de lixo tratavam resíduos de serviços de saúde em aterros específicos.

(Fonte: Vitor Abdala/ Agência Brasil)

Brasil teme “FMI ambiental” nas metas de redução

Apesar de ser um documento fraco e de ter sido rejeitado por vários países, o Acordo de Copenhague contém entendimentos políticos considerados importantes.

Essas assimilações devem ser incorporadas ao texto do chamado LCA, que debate o futuro regime de proteção ao clima em todo o mundo.

A esperança é que a meta de limitar o aquecimento a 2ºC e o fundo verde para o combate à mudança climática nos países em desenvolvimento – pontos do acordo – virem itens “oficiais”.

Mas Copenhague deixou também uma espécie de “ativo tóxico” que está causando celeuma entre os países ricos e aqueles que estão em desenvolvimento.

É a chamada ICA, sigla em inglês para Análise e Consultoria Internacional.

O termo foi criado pelo Acordo de Copenhague para designar a verificação das metas voluntárias de redução de emissões de poluentes adotadas pelos países em desenvolvimento e sem financiamento externo.

FMI ambiental – EUA, o Japão e outros países que estão no grupo dos desenvolvidos acham que a ICA deve ter cunho de debate político, no qual as ações verificadas seriam passíveis de cobrança – da mesma forma como o FMI (Fundo Monetário Internacional) prescreve políticas para vários países.

Já alguns países emergentes, como o Brasil, veem isso como uma ingerência externa e defendem que a ICA seja apenas um órgão técnico e não de regulação das políticas ambientais.

Como a ICA só vale para países em desenvolvimento, teme-se também que os EUA fiquem, mais uma vez, livres para adotarem suas ações de redução de CO² como, quando e se quiserem.

“O Brasil não tem problemas com transparência, mas tem problemas com análise do tipo que o FMI faz”, disse à Folha o embaixador extraordinário para a Mudança do Clima, Sérgio Serra.

(Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

TCU passa a exigir cumprimento de normas ambientais em licitações

As compras com exigência de critérios ambientais vem apresentando um considerável crescimento na administração pública. Regulamentado há pouco mais de seis meses, os critérios de sustentabilidade no processo de licitação entraram nas preocupações do Tribunal de Contas da União. O órgão, que fiscaliza os gastos públicos, enviou consulta aos ministérios, inclusive ao Ministério do Meio Ambiente. O tribunal quer saber o que tem sido feito para garantir que os bens e serviços adquiridos pelo serviço público contribuam para a preservação do meio ambiente.

Dados revelam que o consumo de bens e serviços pela Administração Pública podem chegar à cifra de R$600 milhões ao ano, representando 15% do PIB. Desde o ano passado, o Governo vem usando esse poder de compra para promover a sustentabilidade no setor produtivo. Vários grupos de trabalho interministeriais estudam uma proposta de mudança na Lei nº 8.666, que rege os processos de licitação para dar segurança jurídica às novas exigências. Já existe no Congresso um projeto de lei propondo alterações, que deverá receber a contribuição dos estudos em andamento.

Segundo o diretor interino de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Geraldo Abreu, a ideia é evitar que os fabricantes carimbem um produto com um selo de sustentável só para vender à administração pública, sem comprovarem a sustentabilidade na cadeia de produção. Hoje (19/8), em Simpósio sobre Sustentabilidade na Administração Pública, realizado no TST, ele defendeu mudanças no marco legal das licitações, para que o setor público não contribua com a degradação ambiental ao fazer suas compras.

O programa Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, criado por decreto pelo Governo para promover a sustentabilidade nas suas próprias atividades, tem o papel de indutor da atividade produtiva, explica Geraldo. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente vem buscando orientar fornecedores e prestadores de serviço à administração pública no sentido de encontrar soluções de produção sustentáveis na ora de entrarem nas licitações.

Uma das preocupações no Ministério do Meio Ambiente é que o próprio Governo saia na frente na execução do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, já que o potencial de consumo da administração pública é proporcional à quantidade de lixo reaproveitável que produz. Dessa forma, a nova lei, que será regulamentada até novembro, deverá influenciar as novas licitações, tendo em vista que os fornecedores de bens e serviços terão de se adequar à logística reversa, a exigência de que a destinação final dos produtos, após o fim de sua vida útil, seja dada por quem os produz.

Equipe – Os bons resultados alcançados até agora pelos novos critérios licitatórios levaram o Governo a buscar as adequações do mercado, mesmo antes que venha a mudança pretendida na lei das licitações. Para isso, ministérios do Meio Ambiente, Planejamento e a Advocacia-Geral da União, em ação simultânea em seis estados, está preparando gestores que atuam nos seus setores de compra para elaborarem editais com especificações ambientais, dentro da novas normas. No Dia Nacional das Compras Sustentáveis, 2 de setembro, uma equipe de gestores será capacitada para elaborar licitações sustentáveis com as regras já em vigor.

Os responsáveis pelas licitações em vários setores do estado serão orientados sobre a contribuição que podem dar à preservação do meio ambiente em suas atividades. As licitações dos governos federal, estaduais e municipais são alvo frequentes de questionamentos judiciais por diversas razões e o Governo quer evitar que as exigências ambientais sejam um motivo a mais para os concorrentes recorrerem nos tribunais.

(Fonte: Paulenir Constâncio/ MMA)

Anvisa determina banimento de agrotóxico em território nacional

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o banimento, no Brasil, da substância Endossulfan, utilizada em agrotóxicos. A resolução, que determina a retirada programada do Endossulfan do mercado brasileiro no prazo de três anos, foi publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial da União.

Segundo a Anvisa, a medida é fundamentada em estudos toxicológicos que ligam o uso do agrotóxico a problemas reprodutivos e endócrinos em trabalhadores rurais e na população. Pela programação, o produto não poderá mais ser importado a partir de 31 de julho de 2011. Um ano depois, sua produção em território nacional será proibida e, em 2013, o ingrediente não poderá mais ser comercializado.

Segundo o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, a retirada do Endossulfan do mercado foi pensada de uma forma que os agricultores conseguirão substituir seu uso por produtos menos nocivos à saúde humana. Algumas normas, como a proibição de seu uso para controle de formigas, ou uso embalagens metálicas, entram em vigor imediatamente.

A Anvisa também informou que o Endossulfan já está banido em 44 países e sofreu fortes restrições em mais 16. O agrotóxico foi colocado em reavaliação em 2008, mas, por uma série de decisões judiciais, a sua reavaliação ficou impedida por quase um ano.

(Fonte: Danilo Macedo/ Agência Brasil)

Zumbido no ouvido afeta 278 milhões de pessoas, mas tem cura

Acaba com sua tranquilidade. Quando assisto a um filme naTV, eu preciso deixar o volume bem baixinho para não aumentaro problema”José de Lourdes ToledoSegundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a percepção de um som que não está sendo gerado no ambiente afeta 278 milhões de pessoas. No Brasil, são 28 milhões que convivem com o sintoma. Porém há tratamentos que envolvem até mesmo o emprego de ruídos para “competir” com o chiado característico do zumbido.

Conhecido na comunidade científica internacional como tinnitus, o sintoma no ouvido nem sempre tem origem em ruídos estridentes. Segundo o médico e professor Ricardo Bento, chefe do departamento de otorrinolaringologia da USP, muitas doenças podem causar zumbido e várias causas podem se manifestar em um único indivíduo.

Quando causado por barulho excessivo, o zumbido ocorre em função de uma lesão nas células da cóclea, decorrente de uma pressão forte no tímpano. Sendo um sintoma que varia de intensidade entre os pacientes, o zumbido pode ser permanente ou temporário.

“Tanto é possível que o trauma desapareça depois de alguns dias após a exposição ao ruído, como o paciente pode ter uma lesão crônica que vai durar o resto de sua vida”, explica o professor.

Abelha violenta
Dono de uma empresa de revenda de material elétrico, José de Lourdes Toledo, de 70 anos, convive há 16 meses com zumbido. Nos últimos três, o chiado – “parecido com uma abelha violenta” – cresceu e nem mesmo a consulta a médicos especializados serviu para identificar a causa do problema.

“Sempre usei protetor de ouvido no meu trabalho, uso também ao entrar em lugares muito barulhentos”, afirma o comerciante. “Acaba com sua tranquilidade. Quando assisto a um filme na TV, eu preciso deixar o volume bem baixinho para não aumentar o problema.”

Toledo afirma que a presença do chiado atrapalha, especialmente em situações de silêncio. “Durante a noite, eu acordo e perco o sono, incomoda tremendamente”, diz o morador da cidade de Limeira (SP).

Terapia de habituação
Uma possível solução para o caso de José pode estar na terapia acústica, técnica que consiste no emprego de ruídos alternativos, para estimular o paciente a ignorar o zumbido ou, pelo menos, tomar conhecimento que outros sons estão presentes no ambiente.

O método conhecido como Terapia de Habituação do ouvido (TRT, na sigla em inglês) foi desenvolvido pelo neurocientista polonês Pawel Jastreboff e consiste no uso de sons alternativos para competir com o zumbido. O paciente passa a não focar a atenção no tinnitus, passando a relatar que o chiado “diminui ou desapareceu”.

Produtos com emprego de tecnologia de terapia acústica já estão disponíveis no mercado em aparelhos auditivos voltados, inicialmente, para pacientes com perda de audição.

Segundo Sandra Braga, mestre em fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e porta-voz da Audibel, pessoas com problemas no ouvido geralmente não desejam notar que estão usando um produto para corrigir o sintoma.

“Muitas vezes o gerador de som em aparelhos auditivos não precisa nem ser ligado, em casos de pacientes com zumbido e perda auditiva”, afirma a fonoaudióloga. “O nível de incômodo da pessoa é equivalente à atenção que ela dá ao zumbido.”

Desinformação
Há quem evite se informar ou mesmo tratar o problema. “É preciso cuidado, zumbido extremo leva o paciente à depressão, atrapalha a rotina profissional e pessoal e há casos até de suicídio”, afirma Ricardo Bento. “O importante ao paciente é saber que sempre há algo a ser feito.”

O médico também destaca a diferença entre o sintoma e a perda auditiva. “Uma pequena parcela das pessoas que vivem com zumbido escutam dentro dos padrões de normalidade” explica Ricardo. “O zumbido nunca é causa da perda de audição, pode ser apenas uma consequência, uma tentativa do ouvido de compensar um problema.”

Outra dúvida recorrente é quanto à hereditariedade do sintoma, quando intenso. “Mais de 95% dos casos de perda de audição está associada a problemas do próprio ouvido do paciente”, diz o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Cuidados
Usar protetor auditivo individual, diminuir o tempo de exposição a ruído intenso ou mesmo se afastar completamente de barulho são algumas das táticas mais recomendadas para tratar o zumbido.

Alterações emocionais como estresse e o abuso no consumo de café, cigarro e álcool também afetam o aparelho auditivo. “Algumas dessas substâncias causam vasoconstrição nas artérias que irrigam o ouvido”, explica Ricardo Bento.

No caso de situações de zumbido extremo, exames metabólicos e de imagens são necessários para esclarecer o procecimento a ser adotado no tratamento do paciente, afirma o especialista.

(Fonte: G1)