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sábado, 4 de dezembro de 2010

Nesta segunda acontece Seminário Frutas Nativas do RS

Acontece nesta segunda-feira, dia 06 de dezembro, o Seminário Frutas Nativas do RS: coleta, beneficiamento e comercialização, na Faculdade de Economia da UFRGS. Será discutida a questão do uso e da conservação de espécies de plantas frutíferas, a partir de uma demanda prioritária dos agricultores e de técnicos preocupados em aperfeiçoar a legislação que fazem parte do DEFAP- SEMA e de pesquisadores que vislumbram o papel estratégico deste tema.

O evento é organizado por grupos de extensão de Agronomia, Biologia, mestrandos do PGDR-UFRGS, professores e técnicos de órgãos ambientais que trabalham no tema. Conforme o divulgado, a visão atual é de que o uso da biodiversidade, a partir de cuidados e técnicas de
manejo sustentável é uma das estratégias de conservação - o que é fundamental para a agrobiodiversidade e um dos passos para a superação do atual modelo de monoculturas. Contudo, destaca-se o caso da palmeira-juçara (Euterpe edulis), que ganha um espaço importante nos Sistemas Agroflorestais (SAFs) na Mata Atlântica. Espaço importante que ainda não é suficientemente percebido pelos governos e a ênfase na fiscalização sobre a coleta e a comercialização dos produtos, além da ausência de um marco legal para a área, ainda são fatores desestimulantes.

“Entende-se que a dificuldade no desenvolvimento do uso das frutas nativas não provém somente de uma legislação desatualizada, mas também de um desestímulo e ausência de pesquisas locais sobre o uso de nossa flora nativa, o que inibe um conjunto de atividades ligadas ao uso dos frutos de nossas espécies. Esta situação se soma, de forma contraditória, ao fato de que muitas espécies frutíferas nativas do RS são utilizadas por outros países, há mais de um século, destacando-se a goiabeira-serrana, conhecida mundialmente por ‘Feijoa’, ou ‘pineapple-guava’ (Acca sellowiana), (Nova Zelândia) e o araçá (Psidium cattleianum) (Austrália). Mais recentemente, verifica-se que ganha espaço o uso da cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata) e dos tipos de butiá (Butia spp.), nos EUA e na Europa”, explicou o professor do Departamento de Botânica da UFRGS, Paulo Brack.

Os organizadores do evento acreditam que a implementação de programas de incentivo ao uso das espécies nativas pode ter papel estratégico nos aspectos ecológico e econômico, principalmente para agricultores familiares e populações locais.

Programação

Na manhã do dia 06, haverá uma explanação de agricultores agroecológicos, representantes da Rede Juçara e de técnicos representantes de órgãos estaduais e federais acerca dos reais entraves a partir de suas perspectivas de atuação.

À tarde está prevista uma dinâmica de trabalho com a formação de grupos entre os participantes que deverão identificar questões centradas nos temas: manejo de espécies frutíferas nativas, beneficiamento e comercialização das frutas nativas e seus subprodutos.
A partir das conclusões destes grupos de trabalho será elaborado um documento a ser encaminhado aos governos estadual e federal e órgãos competentes no sentido de ajudar a criar e/ou fortalecer políticas públicas para a área.

Mais informações: com os organizadores

Departamento de Botânica/UFRGS - EcoAgência

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