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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dados do satélite do gelo são disponibilizados na internet

Gelo polar

Qual é a extensão das alterações no gelo nos pólos diante das mudanças climáticas globais?

Para entender a complexa relação entre gelo e clima, cientistas de todo o mundo agora contam com uma valiosa fonte de dados, cortesia do programa CryoSat, da Agência Espacial Europeia (ESA).

O anúncio da publicação na internet dos dados do chamado satélite do gelo foi feita na última terça-feira, durante o Simpósio de Validação do Cryosat, em Roma, Itália.

O programa tem como objetivo monitorar precisamente variações na extensão e na espessura do gelo polar por meio do uso de um satélite de órbita baixa.

Os dados poderão auxiliar os cientistas a entender melhor o comportamento dos glaciares e a fazer previsões sobre possíveis elevações no nível do mar.

Satélite do gelo

A notícia de que os dados estão disponíveis foi bem recebida, ainda mais que o primeiro satélite do programa foi destruído devido a uma falha no lançamento, em 2005.

O novo veículo, o CryoSat-2, foi lançado em abril de 2010 e desde então os integrantes da missão têm montado e testado o sistema de captura, processamento e publicação de dados.

"A comunidade científica mundial passa a ter livre acesso a todas as medições feitas pelo programa. Isso significa um conjunto de dados único para determinar o impacto das mudanças climáticas no gelo terrestre", disse Tommaso Parrinello, gerente do programa.

Outros satélites já ajudaram os cientistas a concluir que a extensão de gelo no Ártico está diminuindo, mas o CryoSat, de acordo com a ESA, permitirá completar o quadro ao fornecer informações detalhadas das mudanças na espessura do gelo, tanto em terra como flutuando em oceanos polares.

Gelo marinho

Instrumentos a bordo do CryoSat-2 são capazes de medir a espessura do gelo marinho na escala de centímetros e detectar alterações em placas, especialmente nas regiões onde os icebergs são formados na Groenlândia e na Antártica.

Resultados já obtidos pelo programa demonstraram que os dados podem ser usados para entender melhor como a circulação no Oceano Ártico pode mudar a partir da diminuição do gelo.

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