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terça-feira, 29 de março de 2011

Site mostra como é possível combater o trabalho escravo

A ONG Repórter Brasil lança site do programa de educação e prevenção ao trabalho escravo “Escravo, nem pensar!”. Para acessá-lo, clique em http://www.escravonempensar.org.br

O “Escravo, nem pensar!” já formou mais de dois mil educadores e lideranças populares nos Estados de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins para atuarem na prevenção ao trabalho escravo. O novo site reúne informações e imagens das ações desenvolvidas pelos participantes em 42 municípios desde 2004. O internauta poderá acessar dados sobre projetos comunitários, festivais culturais e concursos escolares realizados com o objetivo de prevenir o aliciamento para o trabalho escravo rural e fortalecer a luta contra essa violação dos direitos humanos.

Na seção “Materiais”, o público terá acesso a vídeos, programas de rádio e documentos para pesquisa sobre temas relacionados ao trabalho escravo, como tráfico de pessoas e questão agrária. Além disso, poderá baixar arquivos com sugestões de atividades pedagógicas criadas especialmente para os educadores que desejam inserir em suas aulas os temas relacionados à escravidão contemporânea.

O site já conta com três opções de atividades inéditas sobre “Trabalho escravo”, “Migração e cana-de-açúcar” e “Soja”. Também estão disponíveis publicações produzidas pelo programa, como a cartilha que registra a experiência de 11 projetos comunitários desenvolvidos em 2010 em municípios participantes do “Escravo, nem pensar!”. São exemplos de como é possível combater o trabalho escravo com poucos recursos desde que haja informação e mobilização popular.

O programa realiza formações de educadores, gestores públicos de Educação e lideranças populares sobre trabalho escravo, produz materiais didáticos e difunde metodologias, realiza e apoia festivais e concursos culturais municipais e estaduais sobre o assunto, articula a formação de uma rede entre participantes de diferentes regiões do país e acompanha o desenvolvimento de projetos temáticos comunitários.

Por meio das ações dos participantes, as informações a respeito do trabalho escravo rural contemporâneo alcançaram aproximadamente 60 mil pessoas. É considerado referência na defesa dos direitos humanos por meio da educação a ponto de ter se tornado meta do 2º Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho.

A Repórter Brasil é uma organização não-governamental, sediada em São Paulo, fundada em 2001 para atuar na área de jornalismo social. Hoje, ela é uma das entidades da sociedade civil que integra a Comissão Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e atua em três frentes nesse sentido: por meio de uma agência de notícias sobre o tema e o programa de rádio “Vozes da Liberdade”, com o objetivo de aumentar a circulação de informações sobre o problema na mídia; um grupo de pesquisas sobre trabalho escravo, agrocombustíveis e outros temas relacionados; e o “Escravo, nem pensar!”.

(Envolverde/Pauta Social)
Por Emilia Calábria, de Assessoria de Imprensa

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