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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dengue em Londrina/PR bate recorde de confirmações e supera epidemia de 2003

O número de confirmações de casos de dengue em Londrina (PR) este ano já superou o da pior epidemia da doença até então registrada na cidade, em 2003. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na segunda (25), 7.371 pessoas contraíram dengue de janeiro até a semana passada. Em todo o ano de 2003, a cidade computou 7.352 casos.

A falta de agentes de combate ao mosquito transmissor da doença e a insistência de parte da população em não atender as medidas de prevenção estão entre as principais causas da epidemia, segundo a coordenação de controle da dengue em Londrina.

Para coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde, Elson Belisário, o número ideal de agentes de combate à dengue seria de 230, mas a cidade conta com apenas 181. Com a implantação de grandes condomínios do programa do Governo Federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, aumentando o número de imóveis em Londrina, a quantidade de agentes deveria saltar para 249.

“O ideal é 1 agente para cada 800 a 1000 imóveis por cidade. Estamos esperando pelas contratações há meses, mas a dificuldade de repor os agentes é grande. Já chegamos a trabalhar apenas com 80, depois conseguimos repor e manter a média de 200. Mas com o condomínio Vista Bela aumentando o número de imóveis, precisaremos de ainda mais agentes, principalmente com a chegada do calor” explicou.

Especialista aponta dificuldades no combate à doença – O médico infectologista Luiz Baldy explica que a doença ainda é um problema sem solução prática para a medicina e que o detalhe do mosquito usar o acúmulo de água para deixar seus ovos é um dos grandes complicadores.

“Como é uma doença que depende de políticas públicas de combate e da participação da população, o Brasil não consegue evitar epidemias de dengue. E o combate também enfrenta outros tipos de dificuldade como entrar em todos os locais suspeitos de serem criadouros”.

O especialista lembra ainda que os médicos precisa, cada vez mais, estar preparados para diagnosticar a doença. “Muitos deixam de diagnosticar de maneira certa e esta conduta pode ser fatal”.

(Fonte: Gazeta do Povo/PR)

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