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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dia da População lembra responsabilidade individual na preservação do planeta CLIPPING

Segundo dados da Stiftung Bevölkerung, fundação alemã para assuntos demográficos, a cada segundo o mundo ganha 2,6 pessoas. Por minuto são 258 novos habitantes e, por dia, 228.155. Avançando um pouco na matemática, o planeta recebe por ano 83 milhões de pessoas – um pouco mais que o total de habitantes de toda a Alemanha.

Sendo assim, cada indivíduo conta, quando se trata de preservação do meio ambiente. Para lembrar a importância de cada habitante na luta por boas condições de vida na Terra, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP) criou o Dia Mundial da População. A data existe desde 1989, e o 11 de julho foi escolhido por ter sido um marco: segundo estatísticas da ONU, a população global alcançou exatamente neste dia, no ano de 1987, a marca de 5 bilhões.

A ONU prevê que o número de habitantes no mundo deva chegar a 7 bilhões no próximo ano, e a 9 bilhões até 2050, caso as condições atuais se mantenham até lá. Se atualmente todos tivessem o mesmo estilo de vida das classes médias dos países ricos e industriais, a pressão sobre os recursos do planeta azul cresceria absurdamente. Seria preciso mais do que uma Terra para atender à humanidade.

Excesso de datas comemorativas – As datas comemorativas das Nações Unidas são escolhidas por resolução geral. Em tese, elas precisam destacar a força e o potencial da sociedade civil, além de convidar a um debate mais profundo.

Cerca de 70 datas comemorativas fazem parte do calendário da organização. Entre elas: o Dia da Industrialização da África, o Dia Mundial da Navegação, o dos Correios, da Moradia e Assentamentos, do Turismo e o Dia Mundial da Televisão. Seguindo as atuais tendências, há quem aposte que em breve haverá um “Dia Mundial do Facebook”.

A lista de eventos no calendário da ONU fica ainda maior considerando-se certos anos ou décadas escolhidos para enfocar algum tema especial. No momento, por exemplo, celebram-se, ao mesmo tempo, o Ano do Morcego, o Ano Internacional das Florestas, o da Química, o da Juventude (até 11 de agosto) e da Origem Africana da Humanidade.

E ainda tem mais: 2011 presencia as comemorações da Década Mundial da Alfabetização (2003-2012), a da Educação para o Desenvolvimento (2005-2014) e a segunda Década dos Povos Indígenas do Mundo.

Pouco provocativas – Essa série de datas acabou sendo copiada por diversas organizações e instituições privadas. O pastor norte-americano Kevin Zaborney, por exemplo, celebra há 20 anos, com bastante sucesso, o Dia Nacional do Abraço (National Hugging Day). Há dois anos, uma comunidade no Facebook instituiu o Dia Internacional da Calça de Jogging.

Críticos apontam que o grande volume de datas comemorativas pela ONU desvaloriza as tentativas de conscientizar sobre a importância dos temas propostos. E, muito provavelmente, esta não era a intenção da ONU ao criar sua primeira data importante, em 1947: o Dia das Nações Unidas, 24 de outubro, quando foi elaborada a Carta das Nações Unidas.

Mas até mesmo essa data está inflacionado: em 1972 a Assembleia Geral da ONU decidiu igualmente celebrar em 24 de outubro o Dia Mundial da Informação sobre o Desenvolvimento.

(Fonte: Folha.com)

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