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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Educação ambiental e o papel da sociedade

Conforme a Lei Federal nº 9.795/99, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Ainda segundo esta norma, a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Educação ambiental formal: desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas (nas escolas).

Educação ambiental informal: as ações e práticas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.Fonte: Lei Federal nº 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA).

Cotidianamente, pesquisadores e técnicos desenvolvem novos conceitos e possíveis mecanismos na busca do desenvolvimento sustentável, informações que na maioria das vezes não chega à população. Um projeto de educação ambiental irá funcionar como uma “ponte” entre a pesquisa e a população. Para alcançar os objetivos propostos, o trabalho deve buscar o envolvimento da comunidade nas ações, de forma contínua, livre, democrática e dinâmica.

O meio ambiente engloba uma gama de assuntos e temas de relativa importância à sociedade, pois por meio dos estudos e projetos desenvolvidos no âmbito da temática socioambiental, torna-se possível o desenvolvimento econômico, o crescimento social, a melhoria da qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental. Por isso numa região, num município ou na comunidade, torna-se necessário um amplo trabalho de informação, conscientização e educação ambiental, de cunho prático e técnico, integrando o público-alvo num conceito tão diversificado e importante.

Diversas são as metodologias de trabalho da educação ambiental, deve-se ressaltar que não existe uma “fórmula mágica” ou uma “receita de bolo” para este tipo de ação, mas sim um escopo básico de “perguntas” para montagem do projeto e de orientação do trabalho prático.

Existem algumas práticas comuns, que podem ser desenvolvidas em escolas, empresas, na comunidade, com produtores rurais, etc. Estes projetos “devem” variar de local para local, pois cada região tem sua particularidade, além da criatividade do responsável e dos envolvidos no trabalho. Sempre que possível o público-alvo deve ser envolvido e chamado para montagem do trabalho, afinal de contas eles serão os participantes diretos.

Roteiro prático e dicas para a montagem do projeto

Para que possa ser elaborado um bom projeto de educação ambiental, em sua montagem devem ser respondidas seis questões:

- Quem? (identifica a instituição, a pessoa ou a comunidade responsável pelo projeto)

- O quê? (define os objetivos e ações do projeto)

- Por quê? (justificativa do trabalho, demonstração dos problemas e inclusão do projeto dentro de um contexto social)

- Como? (metodologia de trabalho que será adotada)

- Quando? (define o tempo de duração do projeto – começo, meio e fim)

- Onde? (espaço geográfico onde será desenvolvido o projeto – escola, município, região, etc.)

- Quanto? (recursos necessários para a execução do projeto, busca estimar os custos financeiros, o pessoal e o material necessário)

Algumas dicas são sempre valiosas quando vamos iniciar um trabalho. Para os projetos de educação ambiental, a experiência demonstra algumas coisas:

- O projeto deve ser dinâmico, contínuo e sistemático. Deve-se olhar de forma abrangente; respeitar a dinâmica cultural, social, econômica e ambiental da comunidade. Isso quer dizer que hoje o projeto pode ter um foco principal, mas amanhã o foco principal pode e deve mudar, acompanhando os acontecimentos locais, bem como durante o ano o projeto deve eleger prioridades de abordagem para determinado período.

- A comunicação social deve ser parte integrante do escopo e execução do projeto. As formas de disseminação dos trabalhos desenvolvidos, resultados obtidos, materiais produzidos e dos conceitos socioambientais podem ser bastante diferentes. Alguns vão preferir blogs, outros e-mails, sites, rádios, redes de televisão, cartazes, publicações, participações em congressos, etc. O ideal é que a comunicação social do trabalho seja realizada por mais de um destes meios, integrando um ciclo de contatos. O resultado será muito satisfatório. Lembre-se: “Divulgar é preciso!”
Que tal trabalhar a educação ambiental em sua comunidade?

Por Diego de Toledo Lima da Silva
http://www.atibaianews.com.br

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