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sábado, 29 de janeiro de 2011

Saiba mais sobre a Dengue e como prevenir

O dengue é uma doença transmitida pelo mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.

Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.

Aedes aegypti

Esta espécie é nativa da África e foi descrita originalmente no Egito. É uma das espécies responsáveis pela transmissão do dengue e febre amarela febre amarela (arboviroses). O Aedes aegypti tem a cor escura e manchas brancas pelo corpo.

Utiliza recipientes artificiais com água parada para depositar seus ovos que são fixados acima do nível da água. Estes resistem a longos períodos de dessecação, o que permite que seja transportado facilmente de um local para o outro. Os locais onde normalmente são encontradas suas larvas são: pneus, pratos de vasos, latas, garrafas, caixa d’água e cisternas mal fechadas, latas, vidros, vasos de cemitério, piscinas, lagos e aquários abandonados, entre outros.

As fêmeas picam preferencialmente ao amanhecer e próximo ao crepúsculo, mas podem picar em qualquer hora do dia. Elas podem picar qualquer animal, mas o homem é o mais atacado. Esta espécie abandona o hospedeiro ao menor movimento, passando, desta forma, por vários hospedeiros disseminando-se assim a doença.

Aedes albopictus

Esta espécie foi descrita na Índia tendo sido introduzida no nosso país através do comércio. Foi descoberta no Brasil em 1986 nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se distribuída em vários outros Estados. Diferentemente do A. aegypti, esta espécie não está tão relacionada com a atividade humana, distribuindo-se com facilidade no meio rural. A postura é realizada em criadouros naturais, tais como ocos de árvore cheios d’água, internódios de bambu, cascas de fruta, etc. Os ovos são depositados em poucas quantidades, mas em diversos locais, o que facilita uma rápida dispersão. Também possui hábito diurno, assim como o A. aegypti.

A. albopictus é vetor do dengue na Ásia, mas no Brasil ainda não existem provas de que possa estar veiculando a doença, já que não foram descobertos adultos nem larvas desta espécie em zonas de epidemia da doença.

DENGUE

O dengue é uma doença transmitida pelo mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.

Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.

FEBRE AMARELA

O mosquito do dengue Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de um vírus chamado flavivirus que causa a febre amarela. No Brasil, a doença é endêmica nos Estados de Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no território do Amapá.

Os sintomas da febre amarela são mal estar e febre alta. Estando com estes sintomas, o paciente deve procurar imediatamente um médico pois a doença evolui rapidamente para náuseas, vômitos, hemorragias na boca, nariz e no aparelho digestivo, além da pele ficar com um tom amarelado (icterícia). A doença provoca lesões graves nos rins e fígado e pode levar a morte.

Quem viaja para regiões onde a doença é endêmica deve tomar vacina dez dias antes do embarque. A validade da vacina contra a febre amarela é de dez anos e ela pode ser encontrada gratuitamente nos postos de saúde.

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS

Evitar água parada.

Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.

Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.

Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.

Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.

Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.

Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.

Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.

Não acumular latas, pneus e garrafas.

Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.

Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.

Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.

Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.

Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.

Não cultivar plantas aquáticas.

Anote uma receita caseira de combate ao mosquito da dengue, baratíssima, simples e com eficiência comprovada cientificamente

A população de todo o Brasil pode ajudar nos trabalhos realizados pelas secretarias de saúde de combate ao mosquito transmissor da dengue. A receita é prática e simples e não envolve uso de venenos ou inseticidas perigosos à saúde humana ou dos animais. A proliferação do mosquito da espécie Aedes aegypti, que transmite a doença, pode ser combatida colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, nos pratos dos xaxins, entre as folhas das plantas que acumulam água, como as bromélias e nos locais da casa em que a água se acumula e fica parada, como ralos. O único trabalho que você terá é colocar aquele pó úmido que resta depois do café ser coado.

A descoberta que revelou que a borra de café combate com eficiência o Aedes aegypti é da cientista e bióloga Alessandra Laranja. Ela é pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de São José do Rio Preto. Os testes realizados em laboratório comprovaram que a borra de café - que fica depositada no coador, é uma arma muito eficiente contra o mosquito transmissor da dengue. A borra depositada nos pratinhos e reservas de água de plantas impede que o mosquito transmissor da dengue ponha seus ovos.

Se o Aedes aegypti já tiver desovado, mesmo assim, a borra de café consegue impedir que os ovos se desenvolvam em larvas. Em seu estudo, a bióloga mostrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas chamadas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução do Aedes aegypti. Anote agora a receita caseira para combater o mosquito da dengue com borra de café:

Para fazer a solução que pode ser aplicada em pratos, plantas ou até mesmo jardins e hortas que acumulem água você vai precisar de 2 colheres das de sopa de borra de café misturadas em meio copo de água. Depois de pronto você já pode começar a aplicar o conteúdo. Se precisar de mais, faça sempre na proporção indicada, ou seja, 2 colheres de borra de café para cada meio copo de água.

Outra receita com a borra de café é usá-la diretamente nos vasos, sem a diluição em água. Desta maneira você estará também adubando de forma ecológica as plantas. A diluição da borra de café vai acontecer naturalmente, na medida em que a planta for regada.

Não se esqueça que a borra de café pode ser aplicada também em outros locais da casa que acumulem água como, por exemplo, nos ralos e até mesmo na terra do jardim ou poças que se formam com a água da chuva.

E lembre-se, ajude o Brasil na luta contra a dengue. Faça propaganda boca-a-boca, informe seus amigos e familiares, dissemine esta receita que é barata, simples e acessível. Além de saborear o bom e velho "cafezinho" brasileiro, você poderá contribuir com a melhoria do seu meio ambiente e da saúde pública.

http://www.apromac.org.br/dengue.htm

Ministério da Saúde divulga novo mapa de risco da dengue no Brasil

Dezesseis estados apresentam risco muito alto de enfrentar epidemia. Ministério fará o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência nesses estados, para garantir atendimento de qualidade em tempo adequado.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta terça-feira (11), o novo mapa de risco para a dengue no Brasil. Agora, com a atualização do Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), passam de dez para 16 os estados com risco muito alto de epidemia. Por outro lado, o número de estado com risco considerado alto cai de nove para cinco. Pela manhã, Padilha e representantes de outros 12 ministérios e órgãos do governo federal se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para articular a formulação de ações integradas capazes de prevenir e controlar a doença, bem como garantir atendimento de qualidade, em tempo adequado, para a população acometida pela dengue.

“Queremos, no dia de hoje, reforçar duas coisas: a atuação intersetorial e a integração entre atenção à saúde e vigilância em saúde. Queremos estimular os estados e municípios a ampliarem suas parcerias no combate à dengue. O Governo Federal, os estados, os municípios e as pessoas: todos podem fazer mais no combate à dengue”, disse o ministro Alexandre Padilha.

No novo mapa da dengue no país.

São os estados com alto risco de enfrentar epidemia neste começo de ano.

Acre
Amazonas
Pará
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Tocantins
Mato Grosso
Espírito Santo
Rio de Janeiro

Estão com risco alto para a dengue e também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença.

Roraima
Amapá
Goiás
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul

O ministro também determinou que o Ministério da Saúde faça o acompanhamento sistemático da implantação dos planos de contingência para enfrentar epidemias de dengue nos 16 Estados que atualmente apresentam maior risco. O monitoramento será feito em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde e vai integrar as ações de vigilância, assistência e mobilização em saúde.

http://portal.saude.gov.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Flor japonesa tem composto promissor anti-HIV

Biblioteca química

Utilizando compostos químicos encontrados em uma planta japonesa e luz ultravioleta, uma equipe do Instituto de Pesquisas Scripps, nos Estados Unidos, criou uma "biblioteca química" com dezenas de compostos sintéticos com potencial biomédico.

Embora tenham estudado apenas uma parcela deles até agora, os cientistas já descobrirem que um dos compostos é capaz de combater a inflamação e inibir a replicação do vírus HIV.

Os pesquisadores agora planejam otimizar o potencial do composto farmacêutico para que ele possa entrar no processo de desenvolvimento de um novo medicamento.

Biyouyanagi

A planta Hypericum chinense, conhecida no Japão como biyouyanagi, além de suas belas flores amarelas, produz compostos químicos potentes, conhecidos como biyouyanagins.

Da mesma família da Erva de São João, os biyouyanagins possuem uma intrigante estrutura molecular, com potencial para atuarem não apenas na luta contra o HIV, mas também em aplicações antitumorais.

Anti-HIV e anti-inflamatório

O composto número 53 da nova biblioteca se destacou.

Um lado da sua estrutura é essencialmente a mesma de um biyouyanagin natural, enquanto o outro lado é um agrupamento com uma identidade estrutural, como as bases encontradas no DNA.

No teste do HIV, ele é comparável ao conhecido medicamento anti-Aids, o AZT, embora não seja tão potente.

Nos testes de anti-inflamatórios, ele se mostrou tão ou mais potente do que os produtos comercialmente disponíveis.

Este composto especial ainda não foi testado contra o arenavírus, mas o professor K.C.Nicolaou, coordenador da pesquisa, afirma estar esperançoso que a equipe irá eventualmente encontrar atividade interessante também nessa área.

"Nós estamos certamente entusiasmados ao ver esses resultados," diz Nicolaou. "É uma pista bastante promissora."

Agora a equipe vai alterar a estrutura inicial do composto 53 em busca de modificações que aumentem sua potência e, em seguida, iniciar o processo de teste de novas drogas.

Química natural e química sintética

Dentro da área biomédica, muitos pesquisadores argumentam que os produtos naturais são o melhor caminho para a descoberta de novos medicamentos. Outros louvam o potencial de projetar drogas completamente sintéticas.

"Eu pertenço a ambos os lados", afirma Nicolaou, afirmando que prefere começar com os produtos naturais e, em seguida, modificá-los de várias formas para criar novos produtos sintéticos de maior potência. "A força desta técnica está em que ela nos permite trabalhar em cima das estruturas naturais para fazer uma nova família de compostos."

Todos os compostos na nova biblioteca química são consideradas moléculas pequenas, como a aspirina.

Nicolaou acredita que isto oferece o melhor potencial biomédico. Moléculas grandes, como as proteínas, estão encontrando novas aplicações médicas, mas elas têm de ser injetadas, são frequentemente de curta duração e muito caras.

"Se você puder descobrir moléculas pequenas que funcionam, elas são baratas e duram o tempo suficiente no corpo para fazer seu trabalho," diz o cientista.

O Instituto de Pesquisas Scripps é uma das maiores organizações de pesquisa biomédica do mundo, independente e sem fins lucrativos.

Redação do Diário da Saúde

Relógio biológico de todas formas de vida pode explicar doenças

Cientistas identificaram o mecanismo que controla o relógio interno de todas as formas de vida, o que segundo eles pode levar à explicação de doenças como diabete, depressão e câncer em pessoas que trabalham em regime de plantão.

Os trabalhos das universidades britânicas de Cambridge e Edimburgo, publicados na quarta-feira (26) revista “Nature”, sugerem que o relógio circadiano (que marca ciclos de 24 horas) encontrado em células humanas é igual ao de algas, e existe há milhões de anos nas formas de vida terrestres.

No primeiro estudo, de Cambridge, os cientistas descobriram pela primeira vez que glóbulos vermelhos do sangue possuem um ritmo de 24 horas. Isso é significativo, disseram eles, porque sempre se imaginou que os ritmos circadianos estivessem ligados ao DNA e à atividade genética. Só que, ao contrário da maioria das outras células do organismo, os glóbulos vermelhos não possuem DNA.

“As implicações disso para a saúde são múltiplas. Já sabemos que relógios perturbados (…) estão associados a distúrbios metabólicos como diabete, problemas de saúde mental e até câncer”, disse Akhilesh Reddy, que comandou o estudo. “Ao aprofundar nosso conhecimento sobre como o relógio de 24 horas funciona nas células, esperamos que as ligações (…) fiquem mais claras.”

No ano passado, cientistas disseram ter usado drogas experimentais do laboratório Pfizer para “reprogramar” o relógio biológico de ratos – o que abre a possibilidade de no futuro tratar pessoas que sofrem alterações do relógio biológico por causa do seu horário de trabalho.

O outro estudo, de Edimburgo, descobriu um ciclo semelhante de 24 horas em algas marinhas, o que sugere que os relógios biológicos sempre foram importantes, mesmo para formas antigas de vida.

Andrew Millar, que comandou esse estudo, disse que o trabalho mostra que os relógios biológicos estão sendo mantidos ao longo de 1 bilhão de anos de evolução.

“Eles devem ser bem mais importantes e sofisticados do que percebíamos anteriormente”, disse ele, acrescentando que é necessário realizar mais pesquisas para determinar como e por que esses relógios se desenvolveram nas pessoas, e qual o papel deles no controle dos nossos organismos.

(Fonte: Folha.com)

Pesquisadores dos EUA descobrem possível ‘cura’ para diabetes tipo 1

Uma equipe do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, sugere que a desativação de um hormônio pode ser suficiente para tratar diabetes tipo 1, uma doença autoimune – na qual o sistema de defesa ataca as células e tecidos do próprio corpo -, que faz as concentrações de açúcar no organismo ficarem muito altas. A descoberta será tema de edição de fevereiro da revista especializada “Diabetes”.

Liderados por Roger Unger, professor da instituição e principal autor do artigo científico, os pesquisadores testaram a capacidade de camundongos, cobaias comuns em testes pré-clínicos, aproveitarem o açúcar presente no sangue, fruto da alimentação dos animais.

O truque foi alterar geneticamente os roedores para que produzissem quantidades menores de uma substância conhecida como glucagon, responsável por impedir que os níveis de glicose (açúcar) fiquem muito baixos.

No caso dos diabéticos, essa ação do glucagon faz os níveis de glicemia aumentarem muito. Esse efeito seria compensado em pessoas saudáveis pela ação da insulina, responsável por permitir que o açúcar penetre nas células do corpo. Dentro delas, a glicose poderia ser imediatamente aproveitada para gerar energia ou armazenada. Mas para os pacientes com diabetes tipo 1, a produção de insulina não existe ou é seriamente comprometida.

Mas os pesquisadores norte-americanos acreditam que os resultados obtidos com os camundongos apontem que, caso os níveis de glucagon consigam ser controlados, a insulina se torna supérflua, já que os níveis de glicemia estariam normais, dispensando as injeções da substância para equilibrar a “balança” do açúcar no sangue.

Batalha de hormônios – A insulina deixa de existir em pacientes com diabetes tipo 1 pois o sistema de defesa do corpo ataca 90% ou mais das células beta, estruturas localizadas em uma região do pâncreas conhecida como Ilhotas de Langerhans. Com a ausência da insulina, os níveis de glicemia no sangue não abaixam e não há ação para impedir a influência do glucagon.

O “padrão ouro” de tratamento da doença é por meio de injeções de insulina, desde a descoberta da doença, em 1922. Os pacientes precisam receber as doses da substância durante boa parte da vida. No universo de todas as formas de diabetes, o tipo 1 responde por 10% dos casos e a maior parte das pessoas com o desenvolve antes dos 30 anos.

(Fonte: G1)

Grupo mostra que medidas simples reduzem consumo de energia

Um estudo da Universidade de Cambridge (Reino Unido) mostra que a energia global poderia ser economizada em 73% com a adoção de medidas simples e o uso de tecnologias existentes.

As discussões sobre a redução das emissões de gás-estufa geralmente se concentram em formas de gerar energia limpa, sem mexer no consumo mundial, e não no aproveitamento do que já está disponível.

Para chegar a esse número dos 73%, Julian Allwood e colegas de Cambridge analisaram prédios, veículos e indústrias, aplicando uma política de como aproveitá-los melhor.

As alterações em casas e edifícios incluem instalação de vidros triplos para melhorar o isolamento térmico, utilização de tampas de panelas ao cozinhar e redução da temperatura de máquinas de lavar roupa e louça, entre outras mudanças. No transporte, também é indicado que o peso dos carros seja limitado a 300 quilos.

“Se podemos promover uma redução séria de nossa demanda por energia”, diz Allwood, “todas as opções [de fornecimento de energia] vão parecer mais realísticas”.

Nick Eyre, líder do grupo Futuro de Baixo Carbono, da Universidade de Oxford, diz que alguns pressupostos da equipe de Cambridge são conservadoras demais. Há edifícios que hoje podem consumir, com o aquecimento, menos de 15 quilowatt-horas por metro quadrado a cada ano.

Ele, contudo, apoia Cambridge: “As ideias convencionais sobre o sistema energético e a política do setor precisam ser ampliadas e incluir a maneira como a energia é usada, e não somente a maneira como ela é obtida.”

ambientebrasil.com.br

Temperatura da água no Ártico é a mais quente em 2 mil anos

A água do Ártico está mais quente que em qualquer período dos últimos dois mil anos. Pesquisadores de universidades da Alemanha, Noruega e Estados Unidos analisaram sedimentos no estreito de Fram, no oceano Ártico e o resultado do estudo sugere que o rápido aquecimento do Ártico está vinculado à intensificação da transferência de calor para todo o Atlântico Norte, podendo também ter consequências no hemisfério Sul.

O estudo mostrou que a água do estreito de Fram, entre a Groenlândia e o arquipélago norueguês Svalbard aqueceram cerca de 1,94 º C no último século. Hoje, a temperatura da água da região está cerca de 1,38 ºC mais quente do que durante o último episódio de aquecimento, que aconteceu na Idade Média, entre 900 e 1300, e aqueceu o Atlântico Norte, afetando o clima na Europa setentrional e norte da América do Norte.

O aumento da temperatura neste ponto tem consequências no fluxo de correntes marinhas de outras partes do planeta. “O recorde da temperatura da água nesta área influencia na circulação oceânica como um todo”, disse ao iG Evguenia Kandino do Instituto de Ciências Marinhas Leibniz, da Alemanha, que participou do estudo.

O que acontece – Robert Spielhagen, autor do artigo publicado nesta edição do periódico científico Science, explica que o fluxo crescente de calor atrasa o congelamento da água do mar, o que resulta no afinamento da cobertura de gelo marinho. “Isto terá uma influência fundamental sobre a circulação atmosférica em grande escala e em torno do Ártico e pode até mesmo influenciar o clima no hemisfério sul”, disse.

De acordo com o estudo, a diminuição acelerada da cobertura de gelo ártico e o aquecimento do oceano e da atmosfera na região estão, em parte, relacionados com uma maior transferência de calor do Atlântico.

Spielhagen afirma o recorde de temperatura deve estar ligado à ação do homem, visto que não há temperatura semelhante a de agora nos últimos 2000 mil anos.

“As razões e mecanismos para o aquecimento são múltiplas, mas em geral eles estão relacionados ao excesso de calor no sistema oceano-atmosfera por causa do efeito estufa. O aumento da energia térmica deste sistema pode fortalecer ambos os sistemas de circulação oceânica e atmosférica”, disse.

Como foi feito – Os pesquisadores conseguiram os dados a partir da análise de sedimentos de protozoários chamados foraminíferos, que vivem em uma temperatura específica nas profundezas do oceano. Suas conchas se depositam no fundo do mar e forma camadas conforme o tempo. A partir de um cálculo que levou em conta a quantidade de conchas e análise química de sua composição, os pesquisadores conseguiram obter um registro confiável das temperaturas dos últimos 2 mil anos.

(Fonte: Portal iG)

La Niña continua no 1o trimestre e pode se estender até maio

O fenômeno climático conhecido como La Niña, responsabilizado por enchentes na Austrália e estiagens em regiões da América Latina, deve continuar presente no primeiro trimestre de 2011, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira (25).

O La Niña, que esfria o Oceano Pacífico, poderá até mesmo continuar durante abril e o início de maio, afetando ainda mais o clima ao redor do mundo, disse a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) em seu mais recente relatório.

‘Quase todos os modelos de meteorologia predizem uma continuidade do La Niña atual por pelo menos nos próximos dois a quatro meses, ao longo do primeiro trimestre de 2011 e possivelmente até o segundo trimestre (abril ou início de maio),’ disse a OMM.

‘A força do evento provavelmente diminuirá durante os próximos quatro meses,’ acrescentou.

O La Niña começou em junho passado depois de um El Niño forte no Oceano Pacífico – o fenômeno climático natural oposto, associado a águas mais quentes que o normal.

Em termos de efeitos na atmosfera – pressão no nível do mar, ventos mais fortes e menos nuvens -, o La Niña atual é ‘um dos mais fortes do século,’ de acordo com a OMM.

No entanto, em termos dos efeitos sobre os oceanos, o fenômeno é classificado como entre moderado e forte. Ele provoca temperaturas na superfície do mar em média por volta de 1,5 grau Celsius menor do que o normal no Pacífico tropical central e oriental.

‘Sabemos que, mesmo que se o La Niña enfraquecer nos próximos meses, os impactos provavelmente continuarão em regiões normalmente influenciadas por esse fenômeno,’ disse o especialista da OMM Rupa Kumar Kolli num comunicado à imprensa.

‘O maior impacto que testemunhamos nas últimas semanas foi o das enchentes devastadoras na Austrália.’

‘O La Niña não é associado apenas a enchentes; é também associado a secas em algumas regiões do mundo, em especial na América do Sul, nas regiões costeiras, particularmente na costa oeste do Peru e do Equador e nas áreas próximas,’ disse Kolli.

Alguns impactos, entretanto, foram incomuns, como as enchentes no Sri Lanka e no Brasil, onde as condições dos Oceanos Atlântico e Índico podem ter exercido influência, afirmou ele.

(Fonte: G1)

Rio Grande do Sul registra primeiro caso de dengue do ano

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul registrou, na segunda-feira (24), o primeiro caso de dengue no estado, neste ano. O caso foi importado do Pará, e a paciente visitava familiares na cidade de Ijuí (RS) quando procurou atendimento médico.

Segundo a Secretaria, o caso é considerado importado porque a paciente apresentou os sintomas da dengue um dia antes de viajar para Ijuí. Segundo a Secretaria de Saúde de Ijuí, nenhum familiar ou amigo que teve contato com a mulher apresenta os sintomas da doença até o momento.

Em todo o estado, até 24 de janeiro, foram notificados 28 casos suspeitos de dengue, incluindo o caso confirmado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Desses, oito seriam em Ijuí. Já a Vigilância Ambiental do município de Ijuí registra 21 casos suspeitos de dengue na cidade.

(Fonte: G1)

Nanotecnologia vai ajudar a combater a esquistossomose

Nanopartículas com remédio

Cientistas do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) estão usando a nanotecnologia para combater a esquistossomose.

O trabalho da pesquisadora Laís Bastos da Fonseca consiste em usar nanopartículas para transportar quantidades minúsculas de praziquantel (PZQ), o medicamento mais indicado no tratamento da doença.

Nanopartículas são materiais com dimensões na faixa dos nanômetros - 1 nanômetro equivale a 1 bilionésimo de metro -, geralmente polímeros, que funcionam como carregadores dos fármacos.

As nanopartículas permitirão a administração de doses mais adequadas no tratamento da esquistossomose, principalmente para as crianças.

A doença é responsável pela morte de 200 mil pessoas por ano no país.

Dosagem do medicamento

Segundo a pesquisadora, a dose de PZQ a ser administrada nos pacientes é calculada em função do peso da pessoa - aproximadamente 20 mg/Kg a cada quatro a seis horas.

Por ser uma doença comum em crianças em idade pré-escolar, a administração de doses medicamentosas adequadas é muito complicada, já que a variabilidade corpórea nessa faixa etária é grande.

A divisão de comprimidos em pedaços homogêneos também é complexa, principalmente em lugares de baixa renda, onde o nível de esclarecimento da população é normalmente muito baixo.

Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde vem solicitando o desenvolvimento do produto praziquantel suspensão 120 mg/ml. Por diversos motivos e impeditivos técnicos, isso até hoje não foi possível.

Por outro lado, também existe a falta de interesse das indústrias farmacêuticas privadas neste medicamento - a esquistossomose é uma doença negligenciada por estas empresas, devido ao baixo potencial lucrativo dos tratamentos.

Nanocápsulas

As nanopartículas funcionam como cápsulas microscópicas, no interior das quais o medicamento é armazenado.

"O trabalho consiste na fabricação de nanopartículas poliméricas contendo o praziquantel encapsulado pela técnica de polimerização em miniemulsão. Essa fabricação ocorre em uma única etapa de síntese do polímero com a incorporação imediata do fármaco, o que é o grande diferencial", afirma Laís.

Além disso, de acordo com a pesquisadora, o processo empregado permite o aumento de escala, o que é fundamental para uma produção industrial.

Os resultados obtidos até o momento são promissores. Mostram, por exemplo, partículas de diâmetro médio de 80 nanômetros e incorporação do fármaco de praticamente 100%. Os próximos passos são os estudos in vivo.

Esquistossomose

A esquistossomose, conhecida popularmente como doença dos caramujos, xistose e barriga d'água, é uma doença transmissível, parasitária, causada por vermes trematódeos do gênero Schistosoma.

O parasita, além do homem, necessita da participação de caramujos de água doce para completar seu ciclo vital. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo, o homem.

A doença parasitária é um dos principais problemas de saúde pública que acomete os países subdesenvolvidos, sendo o Brasil o mais afetado do continente americano.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas são portadoras do parasita, a maioria delas na África e na América Latina. No Brasil, são 2,5 milhões de casos.

A enfermidade foi descrita cientificamente pela primeira vez em 1851 pelo médico alemão T. Bilharz, que lhe dá o nome alternativo de bilharzíase.

Sintomas da esquistossomose

A fase de penetração é o nome dado a sintomas que podem ocorrer quando da penetração da cercária na pele.

Frequentemente é assintomática, exceto em indivíduos já infectados antes. Neste caso é comum surgir eritema (vermelhidão), reação de sensibilidade com urticária e prurido e pele avermelhada no local penetrado, que duram alguns dias.

Na fase inicial ou aguda, a disseminação das larvas pelo sangue, e principalmente o início da postura de ovos nas veias que vão para o fígado ativa o sistema imunitário surgindo febre, mal-estar, dores de cabeça, fraqueza, dor abdominal, diarréia sanguinolenta, falta de ar e tosse com sangue, entre outros.

Estes quadros duram em geral alguns dias, mas podem durar até meses e em casos raros podem ser fatais.

Redação do Diário da Saúde

Agrotóxicos comercializados no país são perigosos para o meio ambiente

A maioria dos agrotóxicos comercializados no Brasil são classificados como perigosos ou muito perigosos para o meio ambiente, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os agrotóxicos são classificados pelo Ibama em quatro níveis de “potencial de periculosidade ambiental”. Os da classe 1 são considerados altamente perigosos, os da classe 2, muito perigosos, os da classe 3, perigosos e os da classe 4, pouco perigosos.

Em 2009, 88% dos defensivos agrícolas comercializados no país pertenciam às classes 1, 2 e 3: 1% são da classe 1, 38% da classe 2, e quase metade, 49%, da classe 3. Na avaliação por estados, o panorama é parecido com o nacional, com exceção do Amazonas, onde a maioria dos agrotóxicos comercializados foram do tipo pouco perigoso para o meio ambiente.

Entre os riscos dos agrotóxicos para a natureza estão interferências nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, além da mortandade de espécies de aves e peixes.

O insumo agrotóxico mais comercializado no país em 2009 foi o herbicida glifosato, utilizado em lavouras de 26 culturas diferentes, entre elas arroz, café, milho, trigo e soja. Avaliado na classe 3, de produtos perigosos, o agrotóxico teve 90,5 mil toneladas comercializadas no período.

Entre os dez produtos agrotóxicos mais comercializados está o metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última semana pelos altos riscos à saúde. A proibição será gradual e o produto poderá ser comercializado até 2012.

Também estão na lista dos mais vendidos os produtos à base de cipermetrina, óleo mineral, óleo vegetal, óleo mineral, enxofre, ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, atrazina, acefato e carbendazim. Segundo o Ibama, o acefato está passando por processo de reavaliação e pode ser banido das lavouras brasileiras.

Os dados para o levantamento do Ibama são enviados por empresas, seguindo determinação legal. As informações poderão subsidiar a fiscalização e a concessão de autorizações de estudos para buscar produtos menos nocivos ao ambiente.

(Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)

Especialistas pedem mudança no setor alimentício para prevenir crise global

Um relatório realizado pelo Governo britânico pede mudanças radicais no setor alimentício para prevenir uma crise global em 2050, quando se prevê que a população mundial atingirá mais de 9 bilhões de pessoas.

O estudo divulgado nesta segunda-feira (24), intitulado “O futuro dos alimentos e a agricultura: desafios e opções para a sustentabilidade global”, foi realizado durante dois anos por 400 especialistas de 35 países, que concluem que é preciso tomar medidas urgentes para garantir uma segurança alimentar sustentável e a longo prazo.

“Como podemos alimentar 9 bilhões de pessoas de forma sustentável, equitativa e saudável?”, questionou o cientista chefe assessor do Governo, John Beddington, ao resumir o tema do estudo em sua apresentação em Londres.

A resposta é que os Governos e os organismos multilaterais devem dar “prioridade” à agricultura e abordar o assunto em fóruns internacionais como o Grupo dos Vinte 20 (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) e as negociações comerciais de Doha, e atuar com urgência integrando disciplinas relacionadas como a agricultura, a mudança climática e a provisão de energia.

Segundo Beddington, para prevenir uma possível crise global de recursos, com preços altos e crises de fome, devem considerar todas as opções, incluindo os cultivos de transgênicos – proibidos em países como o Reino Unido – e mecanismos que permitam reduzir o enorme resíduo de comida que se produz tanto por parte dos consumidores como dos supermercados.

O estudo estima que atualmente se perde 30% da comida que se produz, em parte devido à má infraestrutura.

Quanto à produção de alimentos, no setor agrícola, onde cada vez há menos terrenos cultiváveis disponíveis, os cientistas falam de uma “intensificação sustentável” dos cultivos, na qual deve combinar-se o uso das últimas tecnologias com a proteção do meio ambiente.

(Fonte: G1)

A Regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos está em vigor e não pode passar despercebida. Análise Parte II

Nesta segunda parte deste esforço de desnudar a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), forçosamente teremos que, antes de apresentar outros comentários, reforçar alguns anteriores.
Tocamos anteriormente, mesmo que de forma superficial para um estudo jurídico do decreto 7.404/2010 – até mesmo, pelo fato de não ser a proposta. A discussão que nos propomos apresentar, deve ser mais realista e prática, alertando quanto à importância da legislação, seus reflexos cotidianos e a busca da conformidade legal. Desta forma, reiteraremos o instrumento basilar para estruturação dos conceitos trazidos pela PNRS – O Acordo Setorial
Com base nos acordos setoriais, que descenderão a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto e a logística reversa. A logística reversa implementada por meio de acordo setorial, possui duas fontes de iniciação: poderá ser por iniciada pelo Poder Público ou pelos fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes. Esta assertiva, embora comentada na primeira análise já publicada, necessita ser precedido dos chamados “editais de chamamento” conforme inteligência dos artigos 18, 19 e 20 do decreto.
A questão que merece uma contundente observação, no tocante ao acordo setorial, é deixar claro que, àqueles “steakholders” que se sentirem convictos de seu comprometimento, preparem seu acordo setorial de forma consistente com total observância dos requisitos normativos do decreto, para posterior protocolo junto ao Ministério do Meio Ambiente.
Para que os acordos setoriais tenham força e gozem de comprometimento das partes, precisarão ser bem discutidos e, preferencialmente, de amplitude significativa, envolvendo a sociedade. Também, não se pode esquecer que existe a intenção de inclusão social na política. Pelo lado econômico, sinceramente, para grandes empreendimentos a lei obriga que o empreendedor faça uma opção. Ou ele reduz, reusa e recicla, reconhece o valor econômico do resíduo ou integra as cooperativas de catadores de materiais reciclados. Claro que cada caso deve ser estudado individualmente, para se escolher a melhor opção sob o aspecto da viabilidade econômica.
Esta opção pela inclusão dos catadores nos parece mais afeta aos planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos, os empreendimentos de menor porte e aqueles que concluírem pela inviabilidade econômica ou operacional, em função do porte do empreendimento ou volume gerado.
Seguindo a nossa trilha, a recuperação energética está sendo contemplada pela PNRS. Aliás, um caminho tecnológico muito apropriado para este momento de carência de energia atual e futura, além da necessidade de redução dos lixões, aterros controlados e aterros sanitários, a dificuldade de identificação de novos espaços e o enorme passivo ambiental que se cria. Os Ministérios das Minas e Energia, das Cidades e do Meio Ambiente serão os disciplinadores destes empreendimentos. Relembrando que o aproveitamento energético dos gases dos aterros são coisas bem distintas. Aproveitamento do gás pode ser entendido como a geração de energia pelas próprias carências tecnologias do passado e a geração energética dos resíduos como a solução tecnológica do presente e futuro.
A regulamentação prevê regras para criação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos em até 180 dias, após da publicação do decreto, que será construído pelo Ministério do Meio Ambiente, precedido de consultas públicas, para, posteriormente, ser remetido à Presidência da Republica que, através de novo decreto o aprovará. Planos estaduais e municipais com sua formatação adequada estão dispostos no dec. 7.404/2010. Estes planos deverão estar integrados aos planos de saneamento e a legislação de regência.
Sistema de informação, resíduos perigosos, novas atribuições do IBAMA estão adequadamente explicitados. Contudo, são muitos detalhes trazidos pela PNRS, e por isto, será importante que os empreendimentos estejam atentos, formem grupos multidisciplinares internos e externos, sejam acompanhados por orientação profissional especializada para um “checklist” na obtenção da conformidade legal.
Na próxima e última parte trataremos dos aspectos econômicos e financeiros, acesso a créditos públicos, pré-requisitos e penalidades.

Cássio dos Santos Peixoto
ambientebrasil

Milhares protestam em Berlim por escândalo da dioxina em animais

Milhares de manifestantes protestaram em Berlim neste sábado (22) para exigir uma mudança nos métodos de criação de animais e para mostrar a sua indignação por causa de um escândalo provocado pela dioxina, uma substância cancerígena, que foi encontrada em alguns ovos, aves e suínos.

O escândalo causado por ração para animais contaminada deixou os consumidores indignados, desencadeou alertas de saúde internacionais e atingiu as vendas de ovos e carne na Alemanha.

Os organizadores do protesto disseram que 22 mil pessoas participaram da manifestação chamada: “Estamos cheios disso. Não à engenharia genética, fábricas de animais e dumping das exportações.” Espectadores disseram que cerca de 10 mil pessoas estiveram no protesto.

“Tivemos um amolecimento das regras para o cuidado com o meio-ambiente e da criação de animais nos últimos anos”, disse Reinhild Benning, do Friends of the Earth (Amigos da Terra) da Alemanha.

“Isso é um risco para os consumidores, como estamos vendo agora com o escândalo da dioxina, e é algo que eles ainda não querem.”

Controle e segurança – A chanceler alemã, Ângela Merkel, disse na sua transmissão de vídeo semanal que apoiava os esforços do governo para fechar as lacunas do sistema de controle e segurança.

O governo está separando a produção de óleo e gorduras para uso industrial e agrícola, e está introduzindo um novo sistema de licenciamento. Milhares de galinhas foram sacrificadas.

Restrições às importações – China, Coréia do Sul e Hungria já anunciaram restrições às importações de carne da Alemanha, depois que o escândalo veio à tona, no dia 3 de janeiro. A Rússia manifestou sua preocupação e vem mantendo conversas com autoridades alemãs.

Dioxinas são venenos formados pela queima de resíduos e por outros processos industriais, e está provado que aumentam o risco de câncer e também afetam mulheres grávidas.

Na sexta-feira as autoridades alemãs que investigam o escândalo disseram que conseguiram localizar a fonte da dioxina: óleo usado em frituras que passou por uma transformação industrial.

(Fonte: G1)

‘Bactérias querem ficar vivas’, diz Nobel de Química sobre antibióticos

A israelense Ada Yonath, vencedora do Nobel de Química em 2009, explica com simplicidade porque a batalha contra bactérias é difícil de ser travada. “É até simples entender como as bactérias desenvolvem resistência. Assim como nós, elas querem ficar vivas”, brinca a pesquisadora de 71 anos, grande parte deles dedicada à pesquisa sobre ribossomos, estruturas dentro das células dos seres vivos, responsáveis pela construção de proteínas e nas quais antibióticos agem para destruir as bactérias.

Durante sua passagem pelo Brasil, Ada falou a uma plateia lotada no Clube Hebraica, em São Paulo, na noite de quinta-feira (21). Aos 71 anos, a cientista ainda se empolga ao falar sobre as estruturas microscópicas que a acompanharam por toda a vida. “O meu grupo de estudo costuma sempre destacar que ‘ribossomos nos fazem felizes’”, lembra Ada.

A israelense explicou também como seu trabalho de detetive permitiu conhecer melhor o interior dessas estruturas, tão pequenas que nem mesmo microscópios eletrônicos são capazes de detectá-las. Somente com o emprego de raios-X foi possível mapear toda a arquitetura dos ribossomos.

O trabalho de “detetive” de Ada foi possível por meio de uma técnica conhecida como cristalografia de raios-X. Com uso de baixas temperaturas, a cientista conseguiu cristalizar os ribossomos e definir a posição de cada átomo. Este feito foi o que rendeu à pesquisadora do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, o prêmio máximo da comunidade científica, após mais de 25 anos de pesquisa.

Usinas e alvos de ataque – Ribossomos são verdadeiras “usinas” de proteínas. Para saber como montá-las, eles utilizam a informação contida no DNA da célula, que chega ao ribossomo por meio de um transporte. Esse “trem” genético é o RNA mensageiro, uma fita igual ao DNA, porém sem a famosa dupla hélice.

Com o “manual” genético, os ribossomos conseguem ligar aminoácidos, as unidades básicas das proteínas, em longas cadeias. A eficiência desse trabalho de produção impressiona. A cada um milhão de proteínas criadas, apenas uma apresenta erro.

A velocidade das fábricas também enche os olhos de Ada. “Ribossomos produzem 15 dessas cadeias por segundo. No laboratório, nós conseguimos fazer uma a cada oito horas. Até hoje me impressiono com números como esse”, comenta a israelense.

É uma rapidez comparável a da vida de bactérias. Segundo Ada, os micro-organismos duram de apenas alguns minutos a até seis horas. É o tempo suficiente para a reprodução acontecer. Dentro de apenas um dia, várias gerações de bactérias podem se desenvolver, o que aumenta as chances de versões mais resistentes de bactérias sobreviverem e passar adiante uma herança genética “forte”.

Esse é o motivo da necessidade do antibiótico agir rápido e direto ao ponto. “É como uma luta entre Davi e Golias. As bactérias são gigantes e os antibióticos, pequenos, mas atacam exatamente onde é necessário”, diz Ada. Esse calcanhar de Aquiles dos micro-organismos é exatamente o ribossomo.

Muitos antibióticos atuam na defesa do corpo tentando “paralisar” os ribossomos de bactérias. Ao terem bloqueados túneis dos ribossomos, os seres vivos ficam sem um local para produzir uma das substâncias mais fundamentais à vida. A sobrevivência da célula e do organismo como um todo fica inviável.

O problema de garantir que o ataque também não atinja as células humanas é outro motivo para a pesquisa de Ada ser importante. O conhecimento da estrutura do ribossomo abre espaço para o desenvolvimento de antibióticos mais eficazes por parte de uma indústria desconfiada demais para investir em medicamentos caros e usados poucas vezes. “É preciso que as empresas farmacêuticas trabalhem junto aos cientistas para gerar novos medicamentos e até mesmo para deixar, eventualmente, o custo menor”, diz a cientista.

(Fonte: Mário Barra/ G1)

Consumo inadequado ameaça abundância de alimentos no futuro

Nos últimos 50 anos, consumidores de países ricos se acostumaram com comida abundante e barata. Na Inglaterra, por exemplo, 90% das frutas e 40% dos vegetais são importados.

“Se você vai ao supermercado, é difícil dizer o que é de qual estação”, diz o ambientalista Lester Brown. Mas especialistas alertam que o modo de consumo atual será insustentável no futuro. “Nós desequilibramos o meio ambiente com agropecuária intensiva e mecanizada. O solo está pobre, gastamos reservas de água”, diz o especialista Surinder Singh.

Em Nova York, nos Estados Unidos, a prefeitura montou um plano para estimular a produção local. Não há muitas áreas disponíveis, mas a ideia é usar espaços urbanos, até mesmo terraços de prédios altos, para aumentar a produção de alimentos e reaproveitar a comida que ia para o lixo.

Em West Yorkshire, na Inglaterra, há dois anos algumas mulheres plantam frutas e vegetais em toda a cidade: ervas na estação de trem, maças e peras no jardim da escola.

Em Cuba, o fim da ajuda da antiga União Soviética levou o governo a uma solução radical, que levou à criação de fazendas urbanas para economizar com petróleo usado em fertilizantes, pesticidas e combustível de caminhões. O país consegue produzir 90% do que consome de grãos e vegetais, mas a dieta dos cubanos ficou pobre em carne, leite e derivados.

Nos Estados Unidos, a aposta é no cultivo de plantas geneticamente modificadas. Mas as preocupações sobre a segurança dessas plantações provocam críticas. Consumidores de países desenvolvidos jogam fora um terço da comida que compram. Nos Estados Unidos, o custo para se livrar do lixo chega a US$ 1 bilhão por ano. A técnica de compostagem, de aproveitamento do lixo orgânico como adubo, ainda não é comum no país.

Não existe solução pronta, mas especialistas sugerem que o caminho menos doloroso para enfrentar uma crise de alimentos seja usar os recursos de forma inteligente, consumir sem exageros e reduzir o desperdício.

(Fonte: Globo Natureza)

Analista do ICMBio diz que perda de espécies animais e florestais foi expressiva na região serrana

As fortes chuvas que atingiram municípios da região serrana do Rio nos últimos dias 11 e 12 e deixaram, até agora, mais de 800 mortos afetaram também a biodiversidade. A região serrana abrange parte de Mata Atlântica, considerada patrimônio nacional.

De acordo com o analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Rogério Rocco, mesmo sem uma avaliação mais profunda da região, é possível afirmar que o país teve perda expressiva de animais e espécies florestais.

“Isso acontece porque as chuvas removeram grandes quantidades de terra em encostas. Várias árvores foram derrubadas e como a região é o habitat de animais silvestres, eles também foram prejudicados”, explicou.

Segundo Rocco, por enquanto não há previsão de quando poderá ser feito um balanço das perdas porque a prioridade é resgatar e atender as vítimas da tragédia.

Das áreas administradas pelo ICMBio, a mais afetada foi a Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis, que abrange a região de Itaipava e o Vale do Cuiabá. O especialista explicou que a APA de Petrópolis é habitada por muitas espécies de pássaros, lagartos e cobras, além do cachorro do mato que costuma ser frequente na região.

Ele disse ainda que algumas espécies têm capacidade de se deslocar rápido e ao perceber qualquer problema, fogem. Outras não, principalmente quando têm filhotes, elas não abandonam as crias e acabam morrendo.

Quanto à flora da região, Rocco afirmou que só será possível estimar as perdas depois de uma análise mais detalhada da área e das espécies de plantas que existiam lá.

(Fonte: Radiobrás)

Até 2014 coleta seletiva estará implantada em todo Brasil

Em quatro anos, no dia 3 de agosto de 2014, o Brasil estará livre dos lixões a céu aberto, presentes em quase todos os municípios brasileiros. Isso é o que define o artigo nº 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), recentemente regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Também ficará proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização.

Isso significa que os municípios brasileiros, para se adequar a nova legislação, terão que criar leis municipais para a implantação da coleta seletiva.

Uma outra data definida na regulamentação da PNRS é quanto à elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Pela regulamentação, a União, por meio do Ministério do Meio Ambiente, tem 180 dias de prazo, a contar da publicação do Decreto, para elaborar a proposta preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20 anos, devendo ser atualizado a cada quatro. A proposta do plano será submetida à consulta pública, pelo prazo mínimo de 60 dias.

Em sua versão preliminar, o Plano de Resíduos Sólidos vai definir metas, programas e ações para todos os resíduos sólidos. Para sua construção, a ser coordenada por um comitê interministerial, será utilizada a experiência e estudos sobre resíduos sólidos já acumulados em 18 estados da Federação.

O Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos, será coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e composto por nove ministérios mais a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Logística reversa – De acordo com o texto do Decreto, logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

A regulamentação definiu como se dará a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos e determinou a criação de um comitê orientador para tratar destes casos específicos. São eles: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além das lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos. O comitê orientador vai também definir cronograma de logística reversa para um outro conjunto de resíduos que inclui as embalagens e produtos que provoquem impacto ambiental e na saúde pública.

Os instrumentos para operar os sistemas de logística reversa são: acordos setoriais; regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou termos de compromisso.

O Secretário de Recursos Hídricos de Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano Silvério, explica que pela nova lei, o cidadão passa a ser obrigado a fazer a devolução dos resíduos sólidos no local, a ser previamente definido pelo acordo setorial e referendado em regulamento, podendo ser onde ele comprou ou no posto de distribuição. Segundo ele, a forma como se dará essa devolução, dentro de cada cadeia produtiva, será definida por um comitê orientador, a ser instalado ainda no primeiro semestre de 2011.

Atualmente, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece, por meio de Resolução, os procedimentos para o descarte ambientalmente correto de quatro grupos de resíduos. São eles: pneus(Resolução 362/2005); pilhas e baterias (Resolução 257/1999); óleos lubrificantes (Resolução 258/1999); e embalagens de agrotóxicos (Resolução 334/2003 e Lei nº 9.974/2000). Os acordos setoriais ou os termos de compromisso servirão para revalidar ou refazer os que está definido nas resoluções e leis em vigor.

Embalagens - A novidade que a regulamentação traz é a obrigatoriedade da logística reversa para embalagens. O secretário explica que é possível aplicar o procedimento para todo o tipo de embalagem que entulham os lixões atualmente, inclusive embalagens de bebidas. Ele relata, inclusive, que o Ministério do Meio Ambiente já foi formalmente procurado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) para informar que estão aptos a fazer a coleta de óleos lubrificantes. O MMA foi também procurado pela Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vdro (Abividro) que demonstrou interesse em implantar a logística reversa em embalagens de vidro.

Segundo ele, existem duas formas de se fazer a logística reversa para embalagens. Uma, de iniciativa do setor empresarial, que pode instituir o procedimento para uma determinada cadeia. A outra, de iniciativa do Poder Público. Neste caso, o primeiro passo é a publicação de edital, onde o comitê orientador dá início ao processo de acordo setorial. No edital estarão fixados o prazo, as metas e a metodologia para elaboração de estudos de impacto econômico e social.

Os acordos setoriais são atos de natureza contratual firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Depois de definidas as bases do acordo setorial, os setores envolvidos no processo de logística reversa definem como pretendem fazê-lo. A proposta é levada ao Governo Federal para análise. Estando em acordo ao que estabelece o edital, a proposta é acolhida e homologada via Comitê Orientador. A partir de então, o processo de logística reversa começa a ser implementado. O Governo Federal pode transformar o acordo em regra nacional por meio de regulamento..

O processo vale para os eletroeletrônicos. A partir do momento em que o Comitê Orientador definir o processo de logística reversa, ficará determinado onde o cidadão deve devolver seu resíduo. Silvano Silvério informa que o comitê orientador estabelecerá, por edital, o início dos acordos setoriais.

Catadores – A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) dá atenção especial aos catadores de materiais recicláveis. Está definido, por exemplo, que o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda.

Determina também que os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos definam programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis também constituídas por pessoas físicas de baixa renda.

Diretrizes - A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, contém as diretrizes para a gestão, o gerenciamento e o manejo dos resíduos sólidos. Ela também incentiva os fabricantes a adotar procedimentos adequados à produção de produtos não agressivos ao ambiente e à saúde humana e à destinação final correta dos rejeitos da produção.

Sua aprovação representou um amplo consenso envolvendo todos os atores que fazem parte dos mais diversos ciclos da produção de resíduos sólidos no Brasil.

Ela trata de temas amplos e variados que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, envolvendo conceitos como área contaminada, ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, gerenciamento de resíduos, gestão integrada, reciclagem, rejeitos, responsabilidade compartilhada e reutilização.

A nova política é clara em definir de que forma se dará o gerenciamento dos resíduos, indicando inclusive sua ordem de prioridade que será a de não-geração, a de redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos. A nova política cria também um sistema nacional integrado de informações sobre resíduos sólidos. O sistema será responsável por recolher e divulgar informações com rapidez e qualidade.

(Fonte: Suelene Gusmão/ MMA)

Superbactérias têm outra ferramenta para fugir dos antibióticos

Persistência das bactérias

A resistência das bactérias aos antibióticos é um dos grandes problemas de saúde pública atual.

Mas uma nova descoberta aponta que, ao contrário do que os cientistas acreditavam até agora, a adaptação genética não é o único truque que as bactérias usam para escapar da destruição dos antibióticos.

Os microrganismos também têm uma segunda estratégia de defesa, chamada de persistência.

As células bacterianas "persistentes", ou persistores, são temporariamente hiper-resistentes a todos os antibióticos de uma só vez.

Embora trace um quadro mais complicado do funcionamento das chamadas superbactérias, a descoberta pode também levar a novas abordagens mais eficazes para o tratamento da infecções resistentes a múltiplas drogas.

Persistores

Em um artigo publicado no Journal of Medical Microbiology, cientistas da Bélgica demonstraram agora pela primeira vez a interação que ocorre entre os dois mecanismos - genético e persistência - para auxiliar a sobrevivência de bactérias.

Os persistores são capazes de sobreviver a níveis normalmente letais de antibióticos sem serem geneticamente resistentes à droga.

Essas células são uma importante causa de falha dos tratamentos, ainda que o mecanismo por trás do fenômeno da persistência ainda não seja totalmente compreendido pelos cientistas.

Os cientistas da Universidade Católica de Leuven descobriram que o número de células persistentes isoladas de infecções por Pseudomonas aeruginosa diminui quando a população de bactérias mostra resistência genética ao antibiótico fosfomicina.

Persistores contra antibióticos

A P. aeruginosa é um patógeno humano oportunista e uma importante causa de infecções hospitalares. Ela pode causar infecções fatais em pessoas que sofrem de fibrose cística.

Esta bactéria é notória por sua capacidade de desenvolver resistência a antibióticos comumente utilizados, e falhas nos tratamentos que a envolvem são comuns.

O professor Jan Michiels, que liderou o estudo, explica que as células persistentes são um dos principais contribuintes ao fracasso dos tratamentos.

"As células persistentes são produzidas em número reduzido, mas ainda assim, tornam quase impossível remover completamente a bactéria do paciente," explica o professor Jan Michiels, coordenador do estudo.

"Em decorrência disso, a erradicação de infecções através de tratamentos com antibióticos geralmente leva muito tempo," disse ele. "Nosso trabalho mostra que o tratamento com antibióticos também pode influenciar o número de persistores formados".

Genética e persistência

Os cientistas estão desenvolvendo terapias para tratar infecções resistentes a múltiplos antibióticos nos quais drogas que alvejam funções celulares não essenciais são combinadas com os antibióticos.

O Professor Michiels explica que alvejar a persistência é uma opção atraente: "Em uma situação ideal, tanto as células suscetíveis quanto as persistentes seriam alvos de uma terapia única, mas primeiro precisamos entender mais sobre a interação entre resistência genética e persistência para evitar que uma estimule a outra."

"Esclarecer o mecanismo por trás da persistência bacteriana é muito importante para nos permitir otimizar os tratamentos de infecções bacterianas crônicas," conclui ele.

Redação do Diário da Saúde

Chip da Saúde detecta oito doenças no consultório médico

"Faça os exames e volte"

Uma das coisas mais irritantes quando procuramos um médico é a longa espera pelos resultados dos exames - e uma nova espera pela marcação do retorno.

Todas as pesquisas no campo dos biochips têm como objetivo criar testes rápidos para vários tipos de doenças, que o médico possa aplicar no próprio consultório - ou que você possa comprar na farmácia.

E os resultados começam a aparecer.

O projeto MicroActive, financiado pela União Europeia, acabar de apresentar um biochip que permite que o próprio médico conduza o exame laboratorial durante a consulta.

Chamado por seus criadores de "chip da saúde", o minúsculo aparelho pode detectar viroses, doenças bacterianas e até câncer.

Chip da saúde

O avançado sistema integrado, que se baseia na microtecnologia - a mesma usada para fabricar os processadores de computador - e na biotecnologia, dispensa a ida ao laboratório, a longa espera, e mantém seus dados médicos restritos ao seu médico de confiança.

Mas a grande vantagem é que o minúsculo chip automatiza a análise, dando resultados mais precisos do que uma análise feita mesmo por técnicos experientes.

Segundo a equipe do projeto MicroActive, o novo chip da saúde contém um laboratório completo, embutido dentro de um plástico similar a um cartão de crédito.

Os experimentos iniciais foram feitos usando células colhidas para diagnóstico de câncer de colo uterino - um exame com alto índice de interpretações incorretas.

Mas o biochip pode diagnosticar várias doenças causadas por bactérias ou vírus, assim como diferentes tipos de câncer.

Laboratório portátil

O biochip contém vários canais muito estreitos, que contêm substâncias químicas e enzimas nas proporções corretas para as análises individuais. Quando a amostra do paciente é injetada nos canais, estes reagentes são misturados.

"O chip de saúde pode analisar o seu sangue ou células para oito doenças diferentes," explicam Liv Furuberg e Michal Mielnik, membro do grupo SINTEF, com sede na Noruega.

"O que essas doenças têm em comum é que elas são identificadas por meio de marcadores especiais, que são encontrados na amostra de sangue. Estas 'etiquetas' podem ser proteínas, que deveriam ou não deveriam estar ali, fragmentos de DNA [ácido desoxirribonucleico] ou enzimas.

"Este pequeno chip é capaz de realizar os mesmos processos que um grande laboratório, e não somente executá-los mais rápido, mas os resultados também são muito mais precisos. O médico simplesmente insere o cartão em uma pequena máquina, acrescenta umas gotas da amostra do paciente através de um tubo no cartão, e os resultados são mostrados rapidamente," explicam os cientistas.

Ansiosos para comercializar o chip da saúde, os pesquisadores estão trabalhando com um hospital, na qualidade de usuários finais, para validar a usabilidade do sistema e sua precisão clínica.

Redação do Diário da Saúde

Hotel feito de lixo é aberto em Madri

Ambientalistas abriram na quarta-feira um hotel todo feito com lixo retirado de praias de países europeus na capital da Espanha, Madri.

O objetivo da Organização Save the Beach – em português, Salve a Praia – é chamar a atenção para o problema de sujeira nas praias.

‘Qualquer um que vá à praia pode deixar três ou quatro guimbas de cigarro e uma lata de Coca-Cola. Se isso for multiplicado por 47 milhões de espanhóis ou 300 milhões de europeus ou 6,5 milhões de pessoas no mundo, pode-se ver para onde estamos caminhando’, afirmou o cofundador da campanha, o espanhol Fernando Godoy.

O hotel foi feito com sujeira catada na Espanha, França, Itália e Bélgica

O hotel tem apenas cinco quartos e foi projetado pelo artista alemão HA Schult especialmente para a campanha.

A turista Virginia Moreno afirmou que, apesar de ser feito com lixo, não se sente qualquer cheiro ou desconforto.

‘É mais aceitável do que se imagina à primeira vista’, disse.

Durante o dia, o hotel é aberto à visitação pública. À noite, recebe os hóspedes que ganharam diárias em sorteios na internet.

A construção feita com lixo coletada na Espanha, Itália, Bélgica e França fica em Madri até o dia 23 de janeiro, durante a duração de uma feira de turismo da cidade.

(Fonte: G1)

Plantas eólicas marítimas da Europa aumentam produção em 51%

A potência elétrica criada pelas plantas eólicas marinhas na União Europeia (UE) aumentou em 883 megawatts (MW) em 2010, 51% mais que no ano anterior, elevando a capacidade total das instalações geradoras de eletricidade para 2.964 MW.

Conforme comunicado da Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA, na sigla em inglês), no ano passado foram instaladas, em nove parques eólicos em alto-mar, um total de 308 novas turbinas que produzem eletricidade por um valor de 2,6 bilhões de euros.

Ao todo, as plantas eólicas ‘offshore’, como também são chamadas as instalações no mar, da UE somam 1.136 turbinas. Estas plantas têm capacidade suficiente para fornecer eletricidade a 2,9 milhões de famílias, uma quantia equivalente às cidades de Berlim e Bruxelas juntas.

Em 2011, a EWEA espera colocar em operação entre 1.000 e 1.500 MW deste tipo de energia renovável em toda a UE.

(Fonte: Globo Natureza)

Substituto do silício vai viabilizar telas flexíveis e baratas, diz pesquisadora

A descoberta do grafeno pode levar a telas flexíveis, moldáveis e baratas, sugeriu a pesquisadora Tatiana Rappoport da UFRJ. Segundo ela, o grafeno pode ser usado como semicondutor para possivelmente substituir o silício, mas sua viabilidade para a produção em larga escala ainda é baixa. Nos próximos anos, o material deve ser empregado para baratear telas LCD e comunicadores de radiofrequência usados por militares.

Andre Geim ganhou o prêmio Nobel de Física em 2010 pelos avanços na pesquisa do grafeno, que ele conseguiu extrair do grafite usando fita adesiva. Geim é o único vencedor do prêmio Nobel a ter recebido também o IgNobel, em 2000, por uma pesquisa sobre como usar campos magnéticos para levitar sapos.

A substância é resultante do isolamento de uma única folha de grafite – o mesmo utilizado em lápis e lapiseiras, porém em estado mais puro. Em condições ideais, o grafeno é pelo menos 20 vezes mais rápido que o silício, principal base para a criação de circuitos integrados, transistores e chips de computador.

Protótipos feitos com o material podem “facilmente” atingir a velocidade de 200 GHz, podendo chegar até 1 THz, ou 1.000 GHz, afirmou Rappoport em sua palestra na Campus Party 2011. O problema é levar isso para uma escala industrial. O processador de um iPad, por exemplo, atinge 1 GHz.

Apesar de suas potenciais aplicações em eletrônicos e até em painéis solares, o grafeno chamou a atenção de cientistas pelas suas propriedades físicas incomuns.

Além de flexível, o grafeno é um material resistente. “É o material mais resistente do mundo, é mais resistente que aço”, disse a cientista. Demonstrações da Samsung apontam que essa combinação pode levar o material a ser usado em telas flexíveis e moldáveis para formar objetos em 3D.

(Fonte: Altieres Rohr/ G1)

Ecologia e economia

Em meio a incertezas na economia, modelos de redes biológicas podem oferecer pistas valiosas para tentar compreender o sistema financeiro e seus riscos, indica artigo publicado nesta quinta-feira (20) pela revista Nature.

Segundo os autores, Andrew Haldane, do Bank of England, e Robert May, da Universidade Oxford, na Inglaterra, os responsáveis pela definição de políticas públicas precisam se concentrar em avaliar os riscos e aumentar a estabilidade do sistema financeiro como um todo, em vez de focar apenas em bancos individuais com mais problemas.

O artigo explora a relação entre a complexidade e a estabilidade do sistema financeiro por meio do uso de modelos simplificados – semelhantes aos usados em estudos ecológicos e epidemiológicos – de modo a explicar como o fracasso em um único banco pode ter efeito em cascata por todo o sistema.

“Ao estabelecer analogias com as dinâmicas de teias alimentares e com as redes pelas quais as doenças infecciosas se espalham, nós exploramos a interrelação entre complexidade e estabilidade em modelos simplificados de redes financeiras”, dizem os autores.

Haldane e May oferecem sugestões, a partir do uso desses modelos, para se atingir a estabilidade no sistema bancário como um todo, ao mesmo tempo em que seus integrantes possam crescer individualmente. Ampliar a diversidade e o caráter modular do sistema são dois exemplos.

Outro ponto importante, apontam, são estabelecer regras eficientes para que os ativos e patrimônios líquidos dos bancos, bem como derivativos financeiros complexos – instrumentos considerados de papel importante na crise financeira –, possam ser conhecidos e compreendidos.

“Ao se regular o sistema financeiro, pouco esforço tem sido feito no sentido de se avaliar as características do sistema como um todo, como a diversidade de sua balança agregada e dos modelos de gerenciamento de risco”, apontam.

“Menos esforços ainda têm sido alocados para fornecer incentivos regulatórios de modo a promover a diversidade de estruturas de balanço, modelos de negócio e de gerenciamento de riscos. Para reconstruir e manter o sistema financeiro, esses objetivos deveriam receber muito mais atenção da comunidade reguladora”, afirmam.

Segundo os autores, os modelos ecológicos precisaram de um tempo para se adaptar e “o mesmo deve ocorrer para os sistemas bancário e financeiro”.

O artigo Systemic risk in banking ecosystems (doi:10.1038/nature09659), de Haldane e May, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

(Fonte: Agência Fapesp)

Florestas de montanha da Tanzânia estão ameaçadas

Com um pouco de sorte, quem viaja de avião do Quênia à Tanzânia em um dia de céu limpo e sobrevoa o Kilimanjaro presencia uma beleza natural de tirar o fôlego: em meio a campos verdes, ergue-se a montanha mais alta da África, com sua enorme cúpula de gelo e neve. Esse espetáculo da natureza, no entanto, encontra-se ameaçado: a cúpula de neve está encolhendo cada vez mais.

Em cerca de duas ou três décadas, segundo as estimativas dos pesquisadores, a camada de gelo da montanha irá diminuir gradativamente e poderá desaparecer por completo por um períodos de tempo – o que não acontece há 11 mil anos. “Nós já podemos ver”, alerta o biólogo Christof Schenck, do Instituto Zoológico de Frankfurt, “que as mudanças climáticas chegaram à África há tempos, está mais do que na hora de se fazer algo contra isso”.

Montanhas do Arco Oriental – Uma das causas das mudanças climáticas e, simultaneamente, um grande risco para a Tanzânia, é o desgaste das suas florestas de montanha. O país possui uma extensa cadeia de picos, as chamadas Montanhas do Arco Oriental, que atravessa quase todo o território do país. Algumas delas estão cobertas com o mesmo tipo de vegetação há mais de 30 milhões de anos.

A região é conhecida internacionalmente como “hotspot”, termo em inglês semelhante a “ponto chave”. Na prática, contudo, o seu significado divide-se em duas possibilidades: por um lado, indica que a biodiversidade contida nas florestas da região é especialmente alta – ali, crescem plantas e vivem animais que não existem em nenhum outro lugar do planeta. Por outro lado, porém, a expressão também remete ao fato de a vegetação local encontrar-se ameaçada: mais de dois terços das florestas de montanha da Tanzânia já foram erradicados.

A vegetação é um importante fator para o sistema de água do país. Isso se dá pois as florestas de montanha funcionam como uma espécie de esponja: elas armazenam os altos níveis de precipitação durante a estação chuvosa e mantêm a região irrigada por todo o período de seca, a água é drenada lentamente pelos vales e a vegetação ajuda ainda a prevenir enchentes. Assim como todas as outras, as florestas de montanha funcionam como um importante armazenador de CO2 e contribuem para a redução do aquecimento global.

Efeitos do desmatamento – Com a erradicação de boa parte da sua área florestal, as Montanhas do Arco Oriental perdem sua função de esponja. Durante a estação chuvosa, quando o fluxo de água aumenta expressivamente, a falta de vegetação pode causar inundações nas regiões mais baixas. Já nos períodos subsequentes – de pouca chuva –, a seca vem se tornando cada vez mais longa e extrema.

Além disso, os rios que nascem nas montanhas ficam parcialmente assoreados. Com frequência, eles deixam de trazer água suficiente para o abastecimento de regiões metropolitanas, como Dar es Salam e Dodoma.

Em contrapartida ao desmatamento industrial recorrente em outras regiões do mundo, a destruição das florestas de montanha na Tanzânia pode ser considerada “doméstica”. Por dois motivos: cada vez mais, a população tem expandido as suas terras de plantação – das planícies para as montanhas. Num segundo plano, a demanda energética também tem aumentado rapidamente.

Na Tanzânia, o combustível convencional para o preparo de refeições é o carvão vegetal. O mesmo é obtido nas florestas de montanha, por carvoarias, e vendido nos centros urbanos. O motivo da expansão rural e ainda da crescente demanda por carvão vegetal é o mesmo: o forte crescimento populacional nas Montanhas do Arco Oriental.

Contra-ataque da Tanzânia – O governo da Tanzânia reconheceu o dilema no que diz respeito a esses dois fenômenos problemáticos, assim como reconheceu também a necessidade de proteger o meio ambiente. Em benefício do próprio país: lá, eles estão cada vez mais conscientes de que, com o tempo, a exploração excessiva da natureza prejudica as condições de vida humana.

Em função disso, a administração pública da Tanzânia criou o EAMCEF, fundo destinado à conservação ambiental voltada especificamente às Montanhas do Arco Oriental. O objetivo é financiar projetos, a longo prazo, que contribuam de alguma forma para a causa das florestas de montanha.

Os projetos financiados pelo fundo, no entanto, não são suficientes para deter a destruição das florestas da região – e menos ainda para reflorestá-las. Na opinião dos especialistas sobre o tema, a Tanzânia necessita de uma ajuda de outros países ainda maior do que a que já está recebendo.

Entre eles, está a Alemanha, cujo Ministério do Meio Ambiente tem financiado a formação de guardas ambientais na região.

Eles são instruídos de forma prática quanto ao manejo florestal, tendo sempre em vista o cenário das mudanças climáticas. Os moradores de localidades próximas às reservas também foram convidados para participar na decisão de questões regionais relativas ao tema. A ocasião foi aproveitada para promover entre a população a diminuição da dependência dos recursos da floresta.

Sustentabilidade: tradição alemã – A Alemanha possui uma longa tradição na gestão sustentável de áreas florestais. Isso possibilita que o país exporte conhecimento para a Tanzânia. Há mais de 200 anos, as florestas alemãs seguem o conceito de sustentabilidade.

Hoje em dia, porém, o termo expandiu e tornou-se muito mais amplo. Em um ponto crucial do chamado Relatório Brundtland da ONU, documento frequentemente citado em discussões sobre o tema, defende-se que o desenvolvimento sustentável deve “satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às próprias necessidades e de escolher o seu estilo de vida”.

O biólogo Schenck concorda: “Isso implicaria, por exemplo, que as próximas gerações tenham tantas florestas de montanha na Tanzânia quanto nós temos agora.”

(Fonte: Folha.com)

Dióxido de nitrogênio ultrapassa limites de contaminação na Europa

Algumas cidades da Europa planejam pedir uma extensão no tempo estabelecido pela UE (União Europeia) para cumprir os parâmetros sobre poluição do ar estabelecidos para este ano.

Em 2010, sob norma de sanção, a UE limitou a aquisição de motores diesel com o objetivo de diminuir a emissão de dióxido de nitrogênio, cujos motores são a principal fonte desta substância contaminante.

Estudos ambientais corroboraram que o dióxido de nitrogênio é o único gás contaminante que ultrapassa o limite de poluição aceito pela UE. Para amenizar o problema, a renovação da frota de veículos e o uso de automóveis híbridos e movidos a gás natural são algumas medidas.

(Fonte: Folha.com)

Futuro de vinícolas do planeta ‘depende de novas variedades de uva’

O futuro das vinícolas do mundo depende do desenvolvimento de novas variedades de uvas, dizem cientistas. E, segundo eles, mapas do genoma da uva poderão ser úteis nesse sentido. Pragas que atacam as plantações são um problema constante para vinicultores. Ainda assim, novas leis deverão proibir o uso de certos pesticidas.

Pesquisadores americanos mapearam o genoma de mais de mil amostras de uvas. Em artigo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), os especialistas dizem que esse tipo de conhecimento abre caminho para a criação de variedades de uva resistentes a doenças.

As variedades de uva cujo vinho nós gostamos de beber – merlot, chardonnay, semillon ou riesling, por exemplo – foram, de maneira geral, desenvolvidas a partir de uma espécie, a Vitis vinifera.

Acredita-se que esta uva tenha sido “domesticada” há cerca de cinco mil anos, em uma região próxima do que hoje é a Turquia.

Desde então, a espécie se tornou o pilar da fabricação do vinho em lugares tão distantes um do outro como Austrália, Chile, Estados Unidos e África do Sul.

A Vinifera foi manipulada para produzir centenas de variedades, pretas e brancas, mas as uvas pertenciam à mesma espécie, com poucos cruzamentos entre variedades diferentes.

“[Cruzamentos entre diferentes variedades] parecem ter sido feitos em grau extremamente limitado”, disse Sean Myles, principal autor do estudo. “Quando encontramos bons cultivos que funcionavam para nós, passamos a adotá-los e eles se tornaram alvos para patógenos (organismos causadores de doenças)”, disse Myles à BBC.

Myles trabalha na Stanford University School of Medicine, na Califórnia, mas desenvolveu esse projeto na Cornell University, em Nova York.

Fungicidas – As uvas viajaram da Europa para o mundo. As pragas, por sua vez, viajaram na direção oposta. Uma delas, o míldio da videira, por exemplo, surgiu na América do Norte.

As uvas vinifera não têm resistência natural contra essa praga. Só na Austrália, o combate a ela custa por volta de US$ 100 milhões por ano. O dinheiro é gasto em fungicidas usados para proteger as videiras.

Nos Estados Unidos, 70% dos fungicidas usados na agricultura são borrifados nas plantações de uva.

Mas à medida que a União Europeia – que produz 70% do vinho do mundo – tenta melhorar o impacto negativo do seu setor agrícola sobre o meio ambiente, o bloco tenta reduzir também o uso dessas substâncias químicas.

Por exemplo, uma proposta da Comissão Europeia em consideração no momento restringiria o uso de pesticidas em culturas ‘não essenciais’ a partir de 2013.

Cientistas de várias instituições vêm tentando desenvolver novas variedades de uvas que sejam imunes a infecções, seja por meio de cruzamentos com espécies resistentes ou através da manipulação de genes que tornam as plantas suscetíveis a infecções.

Mas técnicas convencionais de cruzamento custam caro e dão muito trabalho. As novas plantas demoram entre três e quatro anos para dar frutos. Só então o vinho pode ser feito, provado e avaliado para que os vinicultores decidam se o produto é viável. Mesmo quando o vinho é aprovado, não há garantia de que o consumidor vai gostar do novo produto em relação às suas variedades preferidas.

A equipe de especialistas mapeou os genomas de mais de mil amostras de uvas, associando a presença de “marcadores” genéticos (sequências de DNA) a traços como acidez, quantidade de açúcar ou resistência a doenças.

“Se você conhece os marcadores genéticos associados a essas características, pode plantar mudas, analisar seus DNAs assim que obtiver o primeiro fragmento de folha e dizer, por exemplo: vamos manter esses cinco porque sabemos que seus perfis genéticos estão associados aos traços em que estamos interessados”, disse Myles. “Isso vai economizar uma quantidade imensa de tempo e dinheiro”.

“Você precisa ter dados de genomas de muitas plantas individuais”, acrescentou. “Por outro lado, isso está ficando cada vez mais barato, então, comparado ao método que usamos, você pode fazer a mesma coisa cem vezes mais barato”.

Embora fatores comerciais tendam a fazer da produção de vinhos uma profissão conservadora, ele disse que a mudança precisa acontecer.

“Não podemos apenas seguir usando as mesmas variedades de cultivo nos próximos mil anos”. A boa notícia é que mais experimentação deve, em princípio, resultar em uma variedade maior de vinhos.

(Fonte: G1)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Al Gore relaciona enchentes no Rio de Janeiro ao aquecimento global

O ex-vice presidente dos EUA e ecoativista Al Gore relacionou nesta terça-feira (18) as enchentes do Rio de Janeiro com o aquecimento global. A declaração foi feita durante participação na Campus Party, nesta terça-feira (18) em São Paulo.

Citando também tragédias que atingiram Paquistão, Austrália, Colômbia e até sua cidade natal de Nashville, nos EUA, o político relacionou os fenômenos com o aquecimento global – tema do seu documentário “Uma verdade inconveniente”, que lhe rendeu um Oscar e o título de personalidade do ano da revista Time em 2007.

Grande parte do público da Campus Party lotava o espaço destinado ao Palco Principal muito antes de Gore e Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, aparecerem. Com apenas um pequeno atraso, os dois deram curtas palestras e iniciaram um bate-papo com assuntos sugeridos por tweets de campuseiros.

O tópico principal foi a liberdade na internet.

Berners-Lee fez um rápido resumo da história da internet e pediu que internautas lutassem por uma internet livre. “Há megacorporações e grandes países que gostariam de controlar a internet demais, mas precisamos que a rede continue aberta”, disse.

Berners-Lee afirmou que a principal virtude da rede é que duas pessoas podem iniciar uma conexão “sem pedir permissão a ninguém” e que essa neutralidade da rede é uma premissa que deve ser mantida. Para o criador da web, plataformas abertas como o protocolo HTTP e o HTML garantem que mesmo aqueles que não têm condições de adquirir um laptop podem utilizar aplicações em qualquer dispositivo portátil, como telefones celulares e netbooks, que são mais baratos.

Gore – O ex-vice de Bil Clinton começou sua palestra dizendo “obrigado” em português e se desculpando por não falar a língua do país do evento, mas disse agradecer a oportunidade para “rever amigos” como Marina Silva. Na sequência, solidarizou-se com as vítimas das enchentes que atingiram o Rio de Janeiro. “O mundo está com vocês [do Brasil] e sabemos quanta dor esse grande trauma causou para tantas famílias”, disse.

O discurso dos dois participantes chegou a um ponto comum na defesa de uma internet livre de controles. “A internet não deve de maneira alguma ser controla por governos ou grandes corporações”, afirmou Gore, ecoando o que Berners-Lee havia dito minutos antes.

Já o criador da web ainda defendeu a abertura de dados do governo que estão parados e que poderiam ser usados de formas inovadoras caso estivessem disponíveis publicamente em formatos abertos.

Gore disse que o rádio e a TV “emburreceram a democracia”, tornando cidadãos em consumidores. “A internet democratizou as comunicações, permitindo que indivíduos se unam em torno de uma questão comum, e descubram coisas de acordo com sua própria curiosidade”, explicou o ex-vice-presidente.

O ex-vice-presidente e laureado com o Nobel da Paz aproveitou para cutucar regimes totalitários, quando indagado sobre controle de informação. “A informação é poder. Governos livres não temem que a população tenha acesso à informação, mas governos totalitários sim”.

E citou a complicada situação da Tunísia, como exemplo do poder da rede em congregar, e até mesmo de criar uma revolução.

Mas ele foi bem mais cauteloso ao falar do site de vazamento Wikileaks, dizendo que há um embate entre aqueles que querem reter a informação e aqueles que querem divulgá-la, e que isso deve ser regido pela lei.

(Fonte: Germano Assad/ G1)

Contradições sobre a proteção climática no Brasil

O Brasil desempenha um papel fundamental na proteção climática do planeta. O desmatamento florestal responde por metade de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa no país, que é o quinto maior emissor de CO2 do mundo.

Segundo dados oficiais, o governo brasileiro quer reduzir o desmatamento na floresta amazônica em 80% até 2020. Em um encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, depois do fracasso da Conferência do Clima (COP 15) em Copenhague, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito que a ONU é a principal responsável na proteção sustentável do clima, e que Ban deveria apoiar um acordo global de proteção climática.

A posição de Lula em relação ao meio ambiente e à proteção da floresta tropical no Brasil foi posta em cheque quando, em fevereiro de 2010, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) aprovou a licença prévia da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no meio da Amazônia. Com uma capacidade instalada de 11 mil megawatts, Belo Monte deve se tornar a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da de Três Gargantas, na China, e de Itaipu.

Moradores locais e ambientalistas são contra a barragem. O Tribunal de Justiça do Pará também se posicionou contra o projeto. O início das obras que estava marcado para 2010, foi adiado para abril de 2011, segundo a Eletronorte. Para isso, 20 mil moradores locais devem ser deslocadas e 516 quilômetros quadrados de floresta serão inundados.

“Ar condicionado” do mundo ameaçado – Apesar do discurso governamental em prol da floresta, árvores continuam sendo cortadas para dar lugar à agricultura e à pecuária. A pauta de exportações brasileiras inclui carne bovina para os hambúrgueres dos restaurantes de lanches rápidos em todo o mundo, inclusive da Alemanha, que é o quinto maior importador de carne bovina industrializada do Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil.

Em nome dos interesses econômicos, o Brasil tem sacrificado por ano cerca de 26 mil quilômetros quadrados de florestas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

A devastação da maior floresta tropical do mundo causa um dano adicional. A sempre úmida selva amazônica capta energia solar e a transforma em imensas quantidades de vapor. As nuvens permanentes são responsáveis pelo ciclo da água que refresca o planeta. As queimadas das florestas causam o efeito contrário: grandes quantidades de gás carbônico são liberadas na atmosfera, provocando o efeito estufa.

Balanço nebuloso e um sopro de esperança – A legislação ambiental adotada no Brasil mal consegue controlar a destruição das florestas, segundo observou a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ, do alemão). Na Amazônia, já foram destruídos 680 mil quilômetros quadrados de floresta tropical, 17% da cobertura original. Da Mata Atlântica, ao longo da costa, restam apenas 7% da cobertura original.

Uma esperança está no Projeto Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), desenvolvido em parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, governos estaduais e municipais da Amazônia, o Fundo para o Meio Ambiente Global, o Banco Mundial, o banco de cooperação do governo da Alemanha (KfW), a GTZ, o WWF-Brasil, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e organizações da sociedade civil.

Elaborado em 1998, pelo então governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o projeto estabeleceu um compromisso internacional para colocar 12% da floresta tropical sob proteção rigorosa até 2012. No meio do caminho o prazo foi estendido para 2016. Até lá, 600 mil quilômetros quadrados de floresta precisam ser declarados como área protegida.

Os primeiros marcos foram alcançados. Até agora, cerca de 390 mil quilômetros quadrados de solo amazônico foram declarados como áreas de proteção federal. Mas, dessa parcela, segundo a GTZ, apenas a metade – ou seja, 4% da Amazônia – são realmente protegidos de forma rigorosa. Muito pouco, diz a GTZ.

Críticos dizem que o baixo índice de desmatamento atingido em 2009 se deve à crise financeira mundial. “A demanda de carne bovina, soja e madeira diminuiu drasticamente”, explica o ambientalista Paulo Adário, do Greenpeace.

Por isso, segundo ele, o freio no desmatamento tem pouco a ver com intenções ambientalistas. Para ele, as florestas voltarão a estar ameaçadas assim que os mercados mundiais voltarem a se interessar pelos principais produtos brasileiros de exportação.

(Fonte: Folha.com)

Muito tempo na frente da TV e do computador prejudica o coração

Um novo estudo feito pela University College London, no Reino Unido, e pela University of Queensland, na Austrália, descobriu que adultos que passam mais de duas horas na frente do computador ou da televisão tem o dobro de chances de sofrer um ataque cardíaco, derrame e outros tipos de problemas cardiovasculares, se comparados com aqueles que passam menos de duas horas por dia na frente de uma tela.

Durante o estudo foram observados 4500 adultos com mais de 34 anos num período de quatro anos e meio. Todos os participantes responderam a um questionário sobre o tempo que eles gastavam durante os dias na semana na frente do computador ou da televisão, sem contar as horas gastas no trabalho ou na escola. Eles também foram questionados sobre o hábito de praticar atividades físicas, fumar, ingerir bebidas alcoólicas, se tinham diabetes ou se alguém da família possuía histórico de doenças cardíacas.

Comparadas com as pessoas que passam menos de duas horas na frente de uma tela, aqueles que passam quatro horas por dia vendo televisão ou usando o computador tem aproximadamente 48% mais riscos de morrer por qualquer razão. Além disso, aqueles que passam um período superior a esse sentados na frente de uma tela têm 125% de chances de sofrer com algum problema cardiovascular.

Os cientistas também descobriram que esse risco continua elevado mesmo quando são levados em consideração outros fatores conhecidamente causadores de problemas cardíacos como pressão alta, diabetes, tabagismo e falta de exercícios físicos.

Segundo os autores do estudo, isso pode acontecer porque o tempo que passamos sentados está diretamente ligado aos riscos de sofrer com problemas no coração. Ao analisar amostras de sangue dos pacientes, eles perceberam que os níveis de uma enzima essencial para quebrar gorduras na corrente sanguínea era até 90% menor nas pessoas que ficavam sentadas durante muito tempo vendo televisão. Os níveis de HDL, o colesterol bom, também tiveram uma queda significativa.

Muitos especialistas em saúde pública e cardiologistas dizem que esse estudo mostra como é importante ter um tempo reservado para fazer exercícios diariamente para combater problemas causados pelo sedentarismo, que estão se tornando cada vez mais comuns. Segundo eles, não é preciso fazer exercícios intensos, o mais importante é não ficar muito tempo sentado.

Levante da cadeira

O ato de ficar sentado, normalmente é associado ao descanso, mas o trabalho e algumas atividades cotidianas exigem esta postura diariamente. Com o passar do tempo, os nossos tendões ficam naturalmente mais curtos. Porém, para aquelas pessoas que passam muito tempo sentadas, esse encurtamento acontece mais cedo. Mais um motivo para as dores aparecerem. Conforme o fisiologista Raul Santo, da Unifesp, "Quando estamos sentados, os discos intravertebrais - responsáveis pelo amortecimento do impacto dos movimentos - ficam muito pressionados, causado inflamação nos nervos e, por isso, a dor nas costas e o desvio postural. Eventualmente, isso pode levar a problemas mais sérios como a hérnia de disco".

Quando se fica tempo demais sentado, alguns problemas podem aparecer com maior facilidade, como dores nas costas, comprometimento da circulação e obesidade. Portanto, para quem precisa trabalhar sentado, a opção não é mudar de emprego. Raul Santo indica atitudes muito mais simples: "As pessoas podem fazer exercícios simples de alongamento do corpo, quando estão sentadas ou quando se levantam para ir ao banheiro ou pegar um cafezinho. Espreguiçar-se vai dar maior oxigenação ao organismo. Faça uma pausa a cada hora ou uma hora e meia sentado para alongar o pescoço e a coluna e mexer as pernas", explica o fisiologista. Que complementa, "É importante que a pessoa crie o hábito de alongar-se para reposicionar o corpo, tentando alcançar o equilíbrio postural".

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Óleo vegetal ou azeite: qual é a melhor opção?

As gorduras geram muita polêmica devido ao fato de serem substâncias muito diferentes entre si. Algumas delas são comprovadamente prejudiciais à saúde e estão associadas ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares, como é o caso das gorduras saturadas e gorduras hidrogenadas (trans). Outras são claramente protetoras e potencialmente úteis na prevenção das mesmas doenças. Daí a importância de esclarecer que quando dizemos que uma dieta saudável deve conter 30% de gorduras, precisamos também definir de qual gordura estamos nos referindo, pois apenas 7% da gordura da dieta pode ser saturada, tornando muito diferente o ato de comer picanha ou azeite no cálculo de uma dieta saudável.

As gorduras geram muita polêmica devido ao fato de serem substâncias muito diferentes entre si. Algumas delas são comprovadamente prejudiciais à saúde e estão associadas ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares, como é o caso das gorduras saturadas e gorduras hidrogenadas (trans). Outras são claramente protetoras e potencialmente úteis na prevenção das mesmas doenças. Daí a importância de esclarecer que quando dizemos que uma dieta saudável deve conter 30% de gorduras, precisamos também definir de qual gordura estamos nos referindo, pois apenas 7% da gordura da dieta pode ser saturada, tornando muito diferente o ato de comer picanha ou azeite no cálculo de uma dieta saudável.

O risco de saturar as gorduras boas

No preparo dos alimentos, os óleos podem ser utilizados à temperatura ambiente ou aquecidos, sem prejuízo do seu valor nutricional. A grande dúvida ainda é a utilização em frituras. Quanto a isso, o que há de comprovado em estudos é que a medida que se prolonga o tempo de fritura, esses óleos vão perdendo suas frações de gorduras boas e ao mesmo tempo vão ganhando maior concentração de gorduras saturadas e trans.

Quanto ao azeite, nada impede que ele seja utilizado esporadicamente no preparo dos alimentos aquecidos, embora sua maior indicação seja adicioná-lo ao alimento já preparado. Em relação aos óleos vegetais, o azeite tem uma menor resistência à saturação durante o aquecimento por tempo prolongado. Mas ele pode perfeitamente ser aquecido em preparações rápidas.

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Seis vacinas que os adultos precisam tomar

Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Não é apenas o organismo da criança que está sujeito à doenças que o corpo não está preparado para combater.

Em todas as fases de nossa vida, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas. "Faz parte da cultura dos brasileiros achar que vacinação é assunto de criança. Mesmo que esse quadro esteja mudando, os adultos ainda não tratam as vacinas com seriedade", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", explica o especialista.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos. Já no caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano

A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.

Vacina Tríplice-viral ? para sarampo, caxumba e rubéola

Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.

Vacina contra a hepatite B

A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 19 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.


Pneumo 23 - Pneumonia

O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença rem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon.

Vacina contra o influenza (gripe)

A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar. Mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe. Isso porque, o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam", diz o especialista.

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares.

"Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.

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