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sábado, 21 de janeiro de 2012

Vício em internet afeta cérebro como drogas ou álcool

Rede branca

Viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso, de acordo com pesquisadores chineses.

Os cientistas estudaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet e descobriram diferenças na massa branca - a parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados na rede, em comparação com pessoas não-viciadas.

A análise de exames de ressonância magnética revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.

Desordem de Dependência da Internet

A pesquisa analisou o cérebro de 35 homens e mulheres entre 14 e 21 anos.

Entre eles, 17 foram classificados como tendo "Desordem de Dependência da Internet", após responder perguntas como "Você fez repetidas tentativas mal-sucedidas de controlar, diminuir ou suspender o uso da internet?"

Os resultados, que podem ajudar a criar novos tratamentos para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos.

"Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência", disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.

Vícios comportamentais

"Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso", disse o líder do estudo Hao Lei, da Academia de Ciências da China.

O estudo chinês também foi classificado de "revolucionário" pela professora de psiquiatria do Imperial College London Henrietta Bowden-Jones.

"Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos comportamentais, como a dependência de internet."

http://www.diariodasaude.com.br

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