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domingo, 27 de maio de 2012

Uso de agrotóxicos pode alterar comportamento de gerações futuras

O contato com elementos ambientais tóxicos pode influir na resposta de futuras gerações ao estresse e causar desordens de conduta, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos com ratos. O estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Washington e do Texas, comprovou que apenas uma exposição de fêmeas que esperavam filhotes a um fungicida utilizado em frutas e verduras, a vinclozolina, tinha consequências sobre a conduta da terceira geração de seus descendentes, apesar deles terem sido criados livres do agrotóxico. Segundo os resultados do estudo, publicado nesta segunda-feira na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", estes roedores se mostraram mais sensíveis às situações de estresse e experimentaram uma maior ansiedade do que os descendentes de ratos que não tiveram contato com o fungicida. "Estamos atualmente na terceira geração humana desde o começo da revolução química, desde que os humanos ficaram expostos a estes tipos de toxinas", afirmou um dos autores da pesquisa, David Crews. Até o momento, não se sabia que a resposta ao estresse pudesse depender dos fatores ambientais dos antepassados. Mas os mesmos pesquisadores já tinham demonstrado anteriormente que a vinclozolina podia afetar os genes. Segundo o estudo, a socialização do indivíduo e os níveis de ansiedade com os quais ele reage perante ao estresse são condicionados não só pelos eventos de sua vida mas também pela herança ancestral epigenética (mudanças genéticas causadas por fatores externos ao organismo). "Não há dúvida de que assistimos a um aumento real de problemas mentais como o autismo e o transtorno bipolar", declarou Crews, que opinou que isto não se deve apenas a vivermos num mundo mais frenético, mas também pelo efeito dos fatores ambientais. Em seu estudo, os investigadores também observaram que os ratos cujos antepassados estiveram expostos à vinclozolina eram maiores e tinham níveis de testosterona mais altos. http://noticias.terra.com.br

Instituto do Câncer torna-se primeiro hospital 100% digital do Brasil

Hospital 100% digital O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) é o primeiro hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) do país a operar 100% com tecnologia digital. A instituição acaba de implantar o processo de Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, com reconhecimento do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS). A tecnologia permite eliminar o arquivamento de prontuários em papel. Isso significa reduzir drasticamente o volume de impressos, resultando em vários ganhos. O primeiro benefício vem na forma de uma otimização do espaço físico, permitindo aproveitar a área do Instituto para ampliar o espaço hospitalar voltado diretamente para assistência. O segundo é uma maior agilidade no atendimento, já que não haverá mais perda de tempo devido ao trânsito do prontuário papel de um setor a outro. Melhores práticas de Medicina Mas a conquista mais importante pode vir para os pacientes. O nível de segurança obtido com o prontuário eletrônico e certificação digital de toda a equipe de assistência garantem que, em todos os processos, haja uma conduta uniforme. Será também mais fácil garantir o padrão das melhores práticas de medicina, além de ser possível identificar em todos os passos, quem, quando, onde, e como foi executado um procedimento. Os benefícios conquistados com a certificação também incluem a eliminação do retrabalho, comum nos processos de prontuário eletrônico sem assinatura, e otimizam as rotinas hospitalares. Agora, ao prescrever uma medicação, o médico não precisa mais esperar o prazo da enfermagem para assinar a prescrição em papel. O pedido eletrônico é válido e de acesso simultâneo a todas as áreas envolvidas. O sistema implantado no Instituto também elimina completamente a possibilidade de falsificação de assinaturas. "Diferente de um carimbo médico, que pode ser facilmente replicado, cada assinatura digital é única", garante o diretor de Tecnologia da Informação do Icesp, Kaio Bin. Redação do Diário da Saúde

Estudo: consumo humano de água também aumenta nível dos oceanos

O uso maciço de recursos hídricos em nosso planeta tem sido responsável por grande parte da alta do nível dos oceanos constatado ao longo das últimas décadas. O cálculo foi feito por climatologistas em estudo publicado neste domingo. O nível médio dos mares do mundo aumentou, em média, 18 mm ao ano no período compreendido entre 1961 e 2003, segundo medições feitas ao longo da costa por marégrafos, instrumentos que registram o fluxo e refluxo das marés. Os cientistas procuravam, depois de um longo tempo, determinar com precisão a proporção desta elevação que poderia ser atribuída ao aquecimento global. Em seu célebre relatório de 2007, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tinha chegado a uma estimativa de alta de 1,1 mm neste período, sobretudo devido ao efeito da “dilatação térmica dos oceanos” – fenômeno que ocorre quando a água quente ocupa um volume maior do que a água fria – e do derretimento das geleiras e das calotas polares. Restava, ainda, uma alta de 0,7 mm ao ano para elucidar, um mistério que levou muitos cientistas a se interrogarem sobre a validade de seus cálculos. Em um estudo publicado na revista científica britânica Nature Geoscience, uma equipe chefiada por Yadu Pokhrei, da Universidade de Tóquio, calcula que esta alta inexplicável estaria ligada, essencialmente, à água extraída de lençóis freáticos e de lagos para consumo humano. Certamente, a extração desta água se traduziu, inicialmente, por um recuo muito sutil do nível dos mares. Mas sendo consumida ou evaporada, a água retirada (e geralmente nunca reposta) acaba, na maioria dos casos, chegando ao limite do esgotamento, segundo estimativas de modelos informáticos. “No total, o uso irracional da água subterrânea, sua captação nos reservatórios artificiais, o impacto das mudanças climáticas nas reservas terrestres de água e as perdas d’água em bacias fechadas (lagos e mares interiores) contribuíram para uma elevação do nível do mar de 0,77 mm ao ano, em média, entre 1961 e 2003, respondendo a cerca de 42% da alta observada”, avaliou o estudo. No relatório de 2007 que constatou que as emissões de gases estufa originárias de atividades humanas são responsáveis pelo aquecimento global, o IPCC calculou que o nível dos oceanos aumentaria de 18 a 59 centímetros até o fim do século 21, mas este cálculo não levou em conta o impacto potencial do derretimento do gelo, que poderia ameaçar certas cidades costeiras e deltas se a tendência atual de aquecimento se mantiver. (Fonte: Portal Terra)

Brasil usa 19% dos agrotóxicos produzidos no mundo, diz diretor da Anvisa

Um total de 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor Álvares da Silva, afirmou que o País é responsável por 1/5 do consumo mundial de agrotóxicos. O Brasil usa 19% de todos os defensivos agrícolas produzidos no mundo; os Estados Unidos, 17%; e o restante dos países, 64%. Ele citou pesquisa segundo a qual o uso desses produtos cresceu 93% entre 2000 e 2010 em todo o mundo, mas no Brasil o percentual foi muito superior (190%). Segundo o diretor da Anvisa, existem atualmente no País 130 empresas produtoras de defensivos agrícolas, que fabricam 2.400 tipos diferentes de produtos. Em 2010, foram vendidas 936 mil toneladas de agrotóxicos, negócio que movimenta US$ 7,3 bilhões. Silva participou de debate da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Plenário 14. * Publicado originalmente no site do EcoAgência.

‘Pai’ do Protocolo de Kyoto se diz frustrado com negociações climáticas

As negociações sobre o clima não vão a lugar nenhum, enquanto políticos oscilam entre a hesitação e a disputa, e o ritmo do aquecimento acelera-se perigosamente, disse à AFP um dos arquitetos do Protocolo de Kyoto. “Parece que as negociações estão retornando à estaca zero”, lamentou Raul Estrada, o “pai” do único tratado internacional a especificar cortes nas emissões de gases de efeito estufa, enquanto Bonn, antiga capital da República Federal alemã, sedia até a próxima sexta-feira a primeira rodada de negociações para um novo acordo global. Em entrevista por telefone de Buenos Aires, esta semana, Estrada defendeu o tratado e disse que os esforços para desenhar outro que o substitua correm risco. “Jogamos os dados e avançamos três ou quatro casas. Depois, voltamos a jogar e retrocedemos. Esta é o exercício do clima”, disse o ex-diplomata argentino que dirigiu a histórica conferência de 1997, que resultou no desenho do tratado japonês. O protocolo vincula 37 países ricos ao compromisso de reduzir as emissões de carbono, mas não estabelece metas para as economias menos desenvolvidas. Trata-se de um formato que, segundo críticos, está desatualizado, uma vez que Brasil, Índia e China são agora importantes emissores. A primeira rodada de compromissos de Kyoto expira no final deste ano. Renová-lo é uma das muitas chaves que permitiriam abrir a porta para um acordo mais amplo a ser concluído até 2015 para entrar em vigor até 2020. Kyoto “é uma excelente fonte de experiências para qualquer tratado sucessor”, disse Estrada. Altos oficiais reúnem-se durante 11 dias em Bonn para a primeira rodada de negociações com vistas a seguir a chamada Plataforma de Durban, conjunto de acordos resultante das negociações lançadas em dezembro do ano passado, na África do Sul, e que previu a costura de um acordo para conter as emissões em 2020. “Há muito pouca ciência na discussão, a maior parte se trata de interesses ou argumentos políticos tentando usar coisas que foram decididas 20 ou 30 anos atrás”, disse Estrada. Com a fragilidade das discussões climáticas desde a caótica Conferência de Copenhague de 2009, Estrada disse que problemas domésticos políticos e econômicos levaram muitos países a evitar conter as mudanças climáticas com a urgência necessária. Novas pesquisas previram recentemente que a temperatura terrestre aumentaria até 5ºC com base em níveis pré-industriais, muito acima do limite de 2ºC estabelecido pela Convenção-quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês). Ele apontou o dedo a países que fracassaram em viver sob os compromissos de Kyoto. “Estou frustrada com aqueles governos com os quais nós adotamos o protocolo em Kyoto por unanimidade, não por consenso mas unanimemente, e depois não o ratificaram como os Estados Unidos ou, uma vez tendo ratificado o protocolo, agora não se sujeitam a ele, como Canadá e Itália”, disse Estrada. O tratado de Kyoto, que entrou em vigor em 2005, previa uma redução de 5% nas emissões de gases causadores do aquecimento global entre os países ricos em 2012 com base nos níveis de 1990. Globalmente, no entanto, as emissões saltaram para níveis ainda maiores, conduzidas especialmente pelos gigantes emergentes que queimam sobretudo carvão para impulsionar seu crescimento. Os Estados Unidos assinaram, mas não ratificaram o acordo, enquanto Rússia e Japão afirmaram que não pretendem assiná-lo depois da expiração do tratado, este ano. O Canadá se tornou o único país a se retirar do Protocolo de Kyoto e recentemente informou que não alcançaria a meta de reduzir as emissões em 17% até 2020 com base nos níveis de 2005. Estrada afirmou que o novo pacto de 2020 precisa incluir metas de emissões não só para os países, mas também para os setores industriais. “A quantidade de carbono que vai ser emitida por tonelada de ferro ou aço ou com 1.000 megaWatts, algo parecido”, exemplificou. (Fonte: Portal iG)

OMS lança campanha de emergência global contra a pólio

Explosão de poliomielite A poliomielite foi declarada uma "emergência global", depois de serem registrados surtos considerados "explosivos" em países que, até então, estavam livres da doença. A Iniciativa Global de Erradicação da Pólio lançou nesta quinta-feira planos para aumentar as campanhas de vacinação na Nigéria, no Paquistão e no Afeganistão, únicos países em que a doença ainda é endêmica. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das patrocinadoras da iniciativa, a pólio está em um "momento crítico" globalmente, entre o sucesso e o fracasso. Surtos horríveis A pólio é uma doença infecciosa causada por um vírus, que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total em questão de horas, explica a OMS. Em um em cada 200 casos, essa paralisia é irreversível. As principais vítimas são crianças até de cinco anos. "Nos últimos dois anos, em três continentes - Europa, África e Ásia - vimos surtos horríveis da doença. Em alguns casos, 50% (dos infectados) morreram", declarou Bruce Aylward, líder da campanha de erradicação da pólio da OMS. "Isso nos fez lembrar que, se a erradicação falhar, teremos um ressurgimento maligno e em grande escala da doença, com consequências difíceis de serem previstas no momento." Erradicação da pólio Os esforços para combater a pólio, em curso há mais de 20 anos, deram bons resultados, ainda que o plano de erradicar a doença até o ano 2000 não tenha sido totalmente cumprido. Em 1988, a doença era endêmica em 125 países; atualmente, é apenas em três. A Índia, que anos atrás era considerado um dos países mais flagelados pela pólio, conseguiu ficar livre do mal em fevereiro. Mas houve surtos recentes na África, no Tadjiquistão e na China; algumas dessas regiões registraram seus primeiros casos da doença em mais de uma década. Nesse cenário, um país-chave é o Paquistão, onde a pólio ainda é endêmica. Ali, quase 200 crianças ficaram paralíticas por causa da doença em 2011 - o pior índice em 15 anos. E o vírus cruzou as fronteiras paquistanesas, causando surtos na China e no Afeganistão. O governo paquistanês lançou uma campanha de vacinação, mas admite que muitas crianças não foram imunizadas, por dificuldades que vão desde enchentes até a oposição de clérigos e ofensivas militares contra o Talebã paquistanês. Crianças não vacinadas Para Aylward, da OMS, a estratégia da iniciativa atual pode ser resumida como "uma busca incessante por crianças que ainda não tenham sido vacinadas". Mas ele alertou para um déficit de US$ 950 milhões para financiar as campanhas e admitiu que foi preciso cortar iniciativas em alguns países. A OMS disse estar trabalhando em "modo emergencial", alegando que a falta de ação pode levar à paralisia de até 200 mil crianças por ano no mundo em uma década. Entre essas vítimas, estatísticas mostram que entre 5% e 10% das infecções a doença pode levar à morte, já que os músculos respiratórios também podem ser imobilizados. Para Anthony Lake, diretor-executivo da Unicef, "todos os nossos esforços (pela erradicação) estarão a perigo até que todas as crianças estejam completamente imunizadas contra a pólio - e isso significa que temos que financiar o esforço de combate e chegar às crianças até agora inacessíveis". http://www.diariodasaude.com.br

De onde veio a água da Terra?

A origem exata da água – que abrange cerca de 70% da superfície da Terra – ainda é um mistério para os cientistas. Muitos pesquisadores acreditam que a água não se constituiu ao mesmo tempo em que a Terra se formava. O líquido teria aparecido depois, após violentas colisões de objetos exteriores à Terra. Os pesquisadores acreditam que qualquer aglomerado de água que existisse no planeta há 4,5 bihões de anos teria se evaporado, em decorrência do sol que era jovem e ainda mais escaldante. Planetas como Marte, Mercúrio e Vênus são exemplos disso – demasiadamente quentes para acumular água. Já outros corpos celestes, como as luas de Júpiter e os cometas, estiveram longes o suficiente do sol para reter gelo. O mais possível é que, há aproximadamente 4 bilhões de anos, em um período chamado de “intenso bombardeio tardio”, objetos celestes preenchidos com água na forma de cristais de gelo tenham atingido a Terra, gerando os gigantes reservatórios de água do planeta. Mas você deve estar se perguntando: o que seriam esses objetos? Por muito tempo os astronômos acreditavam que seriam cometas. No entanto, medições de água evaporada de vários cometas revelaram que a água presente neles tem um isótopo diferente do que existe na Terra, sugerindo que eles poderiam não ter sido nossa fonte primordial de água. Agora, os astronônomos começam a se perguntar se a resposta para o surgimento de água na Terra estaria no cinturão de asteroides – local onde existem centenas de milhares de asteroides, nos quais já foi encontrado evidências de gelo. Sondas enviadas para explorar esses asteroides nos próximos anos, como a nave espacial Dawn, da NASA, poderão revelar mais sobre a presença de gelo no local e nos ajudar a entender como surgiu a água na Terra. http://hypescience.com

Três de junho, Dia da Educação Ambiental

A presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.633, que estabelece o dia 3 de junho como o Dia Nacional da Educação Ambiental. O projeto foi iniciativa do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que o apresentou previamente ao Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (DEA-SAIC) do MMA apoiou o PL. “Essa é mais uma Lei importante para o conjunto da política ambiental brasileira, porque a sustentabilidade socioambiental só avança com consciência e mobilização de toda a sociedade, objetivos da educação ambiental”, disse o diretor do DEA-SAIC, Nilo Diniz. A data coincide com a Corrida Verde – DF Rumo à Rio+20, promovida pelo MMA. “Estamos convidando os educadores e educadoras a comemorar o primeiro Dia Nacional da Educação Ambiental, participando da Corrida Verde”, afirmou o diretor do DEA. A proposta de data tem como referência a abertura da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992, conhecida como Rio-92. (Fonte: Letícia Verdi/ MMA)

Produção de 1 kg carne no Brasil produz tanto CO2 como 1,6 mil km de carro

A produção de um quilo de carne bovina no Brasil pressupõe o gasto de 335 quilos de dióxido de carbono (CO2), exatamente a mesma quantidade consumida em uma viagem de 1,6 mil quilômetros em um automóvel europeu médio. Especialistas da Áustria e Holanda chegaram a essa conclusão em um recente estudo, cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira pela agência “APA”. No caso da carne de vaca produzida nos Países Baixos, um quilo equivale a 111 quilômetros de automóvel, pois nas duas situações o CO2 emitido é de 22 quilogramas. Kurt Schmidinger, da Universidade de Viena, e Elke Stehfest, da agência “PBL Netherlands Environmental Assessment Agency”, desenvolveram um sistema especial para fazer estabelecer o custo climático dos alimentos. A maior inovação nestes cálculos é que, além das emissões na produção dos alimentos, o estudo também contabiliza a superfície do pasto para os animais, um fator ignorado até agora, apesar de ser considerado central para a mudança climática. A razão é que os gramados de grandes superfícies impedem o desenvolvimento de florestas e plantas naturais, que por sua vez atuam absorvendo CO2 da atmosfera, o que combate o efeito estufa. Segundo os especialistas, a produção de alimentos vegetais é a menos nociva para o meio ambiente. (Fonte: Portal Terra)

Relatório diz que países deveriam fazer mais contra aquecimento global

As emissões de gases causadores do efeito estufa em 2020 podem chegar a 9 bilhões de toneladas acima do que é necessário para limitar o aquecimento global, uma vez que alguns países devem deixar de cumprir suas metas de corte, mostrou um relatório feito por três grupos de pesquisa climática. Os países concordaram que cortes profundos das emissões são necessários para limitar o aumento da temperatura média global a 2ºC neste século acima dos níveis pré-industriais, um limite que os cientistas dizem que é o mínimo necessário para restringir efeitos climáticos devastadores. Eles acreditam que o limite de 2ºC só será possível se os níveis de emissão forem mantidos a cerca de 44 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2020. O relatório da organização não-governamental Climate Analytics, da consultoria Ecofys e do Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático apontou que muitos governos não estão implementando políticas para cumprir seus compromissos de redução de emissões para 2020, e poderão aumentar em vez de diminuir a diferença entre as emissões reais e o que é necessário para limitar o aquecimento. Negociadores de mais de 180 países estão reunidos em Bonn, na Alemanha, até sexta-feira, para trabalhar no sentido de fazer um novo pacto climático global ser assinado até 2015 e garantir que reduções ambiciosas das emissões sejam feitas após o Protocolo de Kyoto expirar no final deste ano. Contudo, disputas processuais e uma relutância em aumentar o nível de redução das emissões devido a restrições econômicas estão ameaçando um progresso. “É claro que muitos governos estão longe de colocar em prática as políticas a que eles se comprometeram, políticas que não são suficientes para manter o aumento de temperatura abaixo de 2ºC”, disse Bill Hare, diretor da Climate Analytics. “Nós já identificamos uma grande diferença nas emissões e as medidas tomadas provavelmente não devem diminuir essa lacuna – na verdade, parece que o oposto está acontecendo”, acrescentou. Fora de curso – O planeta está se dirigindo para um aumento de temperatura de pelo menos 3,5ºC, mas que pode ser ainda maior se as promessas para 2020 não forem cumpridas, advertiu o relatório. “Haveria efeitos bastante profundos nos países em desenvolvimento”, disse Hare a repórteres. “E haveria um grande impacto na Europa, com ondas de calor extensas, escassez de água e… riscos à saúde que não vimos antes.” Mesmo se os governos adotarem as promessas de corte de emissões mais ambiciosas e fizerem uso de uma responsabilidade muito rigorosa, a diferença das emissões diminuiria apenas para 9 bilhões de toneladas, disse o relatório. A previsão é equivalente ao máximo de algumas estimativas anteriores. Em novembro passado, o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas disse que as emissões em 2020 poderiam subir para entre 6 bilhões e 11 bilhões de toneladas acima do que é necessário para limitar o aquecimento global, dependendo de quão rigorosamente as políticas fossem aplicadas. “A maioria das políticas que analisamos ainda não são suficientemente concretas para ser quantificadas, ainda não foram implementadas e/ou ainda não são suficientemente ambiciosas para garantir que os países atinjam suas promessas. Esta é uma tendência preocupante”, disse Niklas Höhne, diretor de Energia e Política Climática na Ecofys. Alguns grandes emissores não estão no caminho de cumprir suas promessas. Embora os Estados Unidos esperem reduzir as emissões em 2020, isto se deve principalmente ao impacto da crise econômica e a uma mudança do carbono pesado para o gás natural mais limpo. (Fonte: G1)

Economia verde encerra série de debates sobre a Rio+20 promovida pela Rádio Estadão ESPN

Evento no dia 28 de maio (segunda-feira), no Auditório da FGV, reunirá importantes nomes para discussão de temas da conferência mundial A Rádio Estadão ESPN, com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Socioambiental (ISA) e o Vitae Civilis, organiza, no próximo dia 28 de maio (segunda-feira), às 10h, o terceiro e último Debate Radar Rio+20, com o tema “Economia verde”. O evento reúne, no Salão Nobre da Fundação Getúlio Vargas, importantes nomes para discussão de relevantes temas para o entendimento da conferência mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Os debatedores serão Aron Belinki, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civilis, e Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade (Gvces). O encontro terá mediação de André Carvalho, da FGV-EAESP. Nos dois debates anteriores foram abordados os temas “Energia”, em abril, e “Cidades sustentáveis”, em março. O evento faz parte do pacote de cobertura que a emissora prepara para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. A Rádio Estadão ESPN faz parte do projeto Radar Rio+20, que objetiva transmitir informações sobre a Conferência, em parceria com o GVCes, Instituto Socioambiental e Instituto Vitae Civilis. Entre as ações, está a manutenção de site e a distribuição de livreto que aborda os dois temas centrais que estarão em debate na Rio+20, “Economia Verde e Governança”, além de trazer um panorama histórico dos debates sobre Desenvolvimento Sustentável na ONU. A emissora é a parceria de mídia da iniciativa. O encontro terá flashes no Estadão no Ar 1ª Edição, vídeos com os especialistas para a TV Estadão e cobertura do caderno Planeta, do Estadão. Os jornalistas que quiseram cobrir o evento devem confirmar presença pelos telefones (11) 3277-8891, ramal 29, e 9462-9496 ou e-mail marco@luciafaria.com.br. Serviço: Debate “Economia Verde” Data: 28 de maio – a partir das 10h Salão Nobre da Fundação Getúlio Vargas (Rua Itapeva, 432 – 4º – Bela Vista) Informações e inscrições: www.estadaoespn.com.br Vagas limitadas (Rádio Estadão ESPN)

Goiânia está entre as cidades mais arborizadas do país, Brasília fica na lanterna

Goiânia e Campinas são as cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes que têm mais árvores no entorno das casas, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (25). Sede da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20, o Rio de Janeiro está na nona posição entre as 15 cidades pesquisadas. De acordo com o IBGE, os domicílios mais arborizados, com árvores em volta dos quarteirões, em calçadas ou canteiros, com exceção de Goiânia (89,5%), estão nas regiões Sul e Sudeste. Já nas regiões Norte e Nordeste, estão as casas em áreas menos arborizadas. As capitais Belém, com 22,4%, e Manaus, no meio da floresta amazônica, com 25,1%, têm os menores percentuais de arborização. Com cerca de um terço dos domicílios em áreas arborizadas, Brasília ficou na 12ª posição no ranking. Apesar de a cidade ter sido concebida com parques e jardins entre as quadras do plano piloto, as condições de infraestrutura das chamadas cidades satélites puxam para baixo o índice de arborização de Brasília, segundo a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar. (Fonte: Isabela Vieira/ Agência Brasil)

Governo recua sobre proteção de baleias e frustra ambientalistas

A expectativa de ambientalistas sobre o anúncio da criação áreas de preservação no arquipélago de Abrolhos, no litoral da Bahia, durante a Rio+20 (que ocorre em junho deste ano), foi frustrada após o Ministério do Meio Ambiente ressaltar que o processo ainda está em fase de discussão, o que não garante que as áreas sejam efetivamente criadas. Isso sem contar com os protestos da população que fizeram com que duas das consultas públicas fossem canceladas na semana passada, no Espírito Santo. O arquipélago de Abrolhos é o maior banco de corais do Atlântico Sul, além de ser o local onde a baleia jubarte, espécie ameaçada de extinção, passa a maior parte do ano. A proposta que está sendo discutida prevê a ampliação do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, a criação do Refúgio da Vida Silvestre Baleia Jubarte e a instituição de reservas de desenvolvimento sustentável da Foz do Rio Doce, que atenderia pescadores da Bahia e do Espírito Santo. A ampliação faria com que a área protegida no Brasil aumentasse de 0,5% para 3%. No entanto, das quatro audiências públicas que estavam agendadas para serem realizadas na semana passada, apenas duas ocorreram, na Bahia. As outras duas que ocorreriam no Espírito Santo foram canceladas após protestos da população. “O governo anunciou que esse processo ainda terá algumas rodadas de discussão. Esperávamos que essas áreas fossem anunciadas já na Rio+20, mas, realmente, para que isso ocorresse, uma série de etapas deveria ter acontecido, e até o momento ainda não conseguiram viabilizar. Então vamos levar mais alguns meses de discussão e estamos tentando buscar algum compromisso mais formal do governo, de criação dessas áreas, para que, se possível, seja anunciado publicamente na Rio+20″, diz o diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional, Guilherme Dutra. Segundo a presidente do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engel, a espécie está em processo de recuperação populacional e Abrolhos é o principal local de reprodução no Atlântico ocidental. “Os levantamentos que fazemos a cada três anos em toda a costa brasileira mostram que 90% da concentração da baleia jubarte do Brasil está na região de Abrolhos, por isso a importância dessa área”, ressalta. Segundo ela, devido à grande concentração, muitos animais são mortos por redes de pesca, o que prejudica a subsistência dos próprios pescadores. “A jubarte sofre com o as redes de pesca, atropelamento de embarcações, contaminação (…) todo o tipo de ação antrópica (do homem). Então a proteção do banco de Abrolhos com quatro unidades de formatos diferentes vai ajudar a estabelecer medidas de proteção à espécie, como a proibição de algumas artes de pesca durante o período de reprodução da baleia”, explica. Márcia, assim como Dutra, se disse frustrada com o anuncio do governo de que as áreas não devem se tornar um compromisso público até a Rio+20. “Esse atual governo não chegou a criar nenhuma unidade de conservação, a questão ambiental está complicada nessa gestão (…) a gente espera que pelo menos a criação dessa unidade seja mantida, que a ministra (Izabella Teixeira, do Meio Ambiente) continue com essa proposta e que até o final do ano as áreas de proteção de abrolhos sejam decretadas”, diz a presidente do Instituto. (Fonte: Portal Terra)

Dilma faz 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal, informaram nesta sexta-feira (25) os ministros da Advocacia Geral da União (AGU), do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. O objetivo dos cortes e mudanças no texto aprovado no Congresso, de acordo com o governo, é inviabilizar anistia a desmatadores, beneficiar o pequeno produtor e favorecer a preservação ambiental. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso, que tem a prerrogativa de derrubá-los. O prazo para sanção do texto, que trata sobre a preservação ambiental em propriedades rurais, vencia nesta sexta. Para suprir os vácuos jurídicos deixados com os vetos, a presidente Dilma Rousseff vai assinar uma medida provisória que será publicada na segunda-feira (28) no “Diário Oficial da União” juntamente com o Código Florestal, informou o ministro da AGU, Luís Inácio Adams. “São 12 vetos, são 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado Federal, cinco respondem a dispositivos novos incluídos e 13 são adequações ao conteúdo do projeto de lei. Uma medida provisória deverá ser publicada em conjunto com a publicação dos vetos na segunda-feira”, afirmou Adams. No Congresso, ministros de Dilma participaram das discussões para o texto aprovado no Senado. No entanto, o projeto foi modificado na Câmara em uma derrota imposta ao governo pela bancada ruralista. Recomposição em beira de rio – Entre os artigos vetados está o que aborda a recuperação de matas em Áreas de Preservação Permanente (APPs), que são os locais vulneráveis, como beira de rios, topo de morros e encostas. O tema foi um dos mais polêmicos durante a discussão no Congresso. O primeiro texto aprovado na Câmara previa redução dos atuais 30 metros para 15 metros de recuperação de mata para propriedades com rios de largura de até 10 metros, mas deixava a cargo dos estados a possibilidade do que poderia ser plantado em APPs. Depois, o Senado voltou a alterar para obrigar a recomposição em pequenas propriedades em até 20% da propriedade e estabeleceu recuperação de 30 metros e no máximo de 100 metros para propriedades maiores do que quatro módulos fiscais – o módulo varia entre estados de 20 a 440 hectares. Quando o texto voltou à Câmara, o relator do projeto de reforma do Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), retirou os percentuais mínimos de recuperação das APPs e deixou a cargo dos estados a faixa de recomposição. Isso era interpretado como uma possível anistia a desmatadores, porque poderia liberar quem suprimiu vegetação de recuperar as matas. Em razão disso, o artigo foi vetado pela presidente Dilma. Pela proposta nova do governo, voltam as faixas de recuperação, sendo que cada tamanho de propriedade terá uma faixa diferente. Para propriedades de até 1 módulo, serão 5 metros de recomposição, não ultrapassando 10% da propriedade. Para propriedades de um a dois módulos, a recomposição é de 8 metros, até 10% da propriedade. Os imóveis de dois a quatro módulos terão de recompor 15 metros, não ultrapassando 20% da propriedade. Acima de quatro módulos, a recuperação deve ser entre 30 metros e 100 metros. “Os grandes têm grande extensão de propriedade e têm condição de recuperar todas as áreas de preservação permanente”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo a ministra do Meio Ambiente, 65% do total de imóveis rurais no Brasil têm até 1 módulo fiscal e ocupam apenas 9% da área agrícola do país. As propriedades com mais de 10 módulos rurais, por sua vez, representam 4% do total de imóveis do país, e ocupam 63% do área produtiva agrícola. Mangues e topos de morros – As alterações da presidente na reforma ambiental irão recuperar a exigência de que os donos de propriedades rurais recuperem mangues e topos de morros que tenham sido desmatados nas últimas décadas. O texto da Câmara havia flexibilizado o reflorestamento nessas áreas de preservação, alegando que, em muitos casos, se tratavam de culturas consolidadas. A titular do Meio Ambiente sinalizou, no entanto, que culturas como café, maçã e uva podem receber salvaguardas no projeto, ficando desobrigadas de se adequar integralmente às regras das APPs. Izabella também revelou que o governo vetou dois parágrafos do Código Florestal que permitiam aos municípios regulamentarem o conceito de APP. Segundo ela, a interpretação definida no código passa a valer tanto para áreas urbanas quanto para as rurais. Dunas e manguezais em áreas urbanas, explicou a ministra, estão protegidas pelas novas regras ambientais. “Aquilo que foi feito na Câmara foi vetado pela presidente da República”, enfatizou. Motivos dos vetos – Izabella Teixeira destacou que a insegurança jurídica e a inconstitucionalidade levaram aos 12 vetos. Ela falou que o objetivo foi também “não anistiar o desmatador, preservar os pequenos e responsabilizar todos pela recuperação ambiental”. “O veto é parcial em respeito ao Congresso Nacional, à democracia e ao diálogo com a sociedade. Foi motivado, em alguns casos, pela segurança jurídica, em outros pela inconstitucionalidade.” “O Código não é dos ruralistas nem dos ambientalistas, é o código dos que têm bom senso”, completou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro. Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, “não vai haver anistia” com o novo Código Florestal. “Estamos dizendo que não vai haver anistia para ninguém, todos terão que contribuir para a recomposição de áreas de preservação permanente que foram utilizadas ao longo dos anos, mas estamos dizendo que essa recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade. Estamos estabelecendo um princípio de justiça.” Votação difícil – O código, que está em discussão no Congresso desde 1999, já havia sido aprovado pelos deputados em maio de 2011, em uma derrota do governo imposta pela bancada ruralista. Em dezembro, o texto chegou ao Senado, onde passou por ajustes, com alterações que atendiam à pretensão governista. Por ter sido modificado pelos senadores, voltou à Câmara, onde, em abril, foi alterado de novo, contrariando novamente o governo. Parlamentares ligados ao campo já falam em mobilização para derrubar os vetos de Dilma. Interlocutores do Planalto, contudo, consideram a ameaça remota. Desde a redemocratização, somente três vetos presidenciais foram rejeitados pelo parlamento. Além do histórico desfavorável, há dispositivos regimentais que dificultam o processo. O presidente do Congresso, por exemplo, pode segurar por tempo indeterminado a análise do veto. Outro obstáculo é exigência de quórum especial e da aprovação de dois terços dos parlamentares. ‘Veta, Dilma’ – Desde que foi aprovado no Congresso, o novo código vem gerando polêmica entre ambientalistas e ruralistas. Movimentos organizados por entidades de proteção ambiental, como o “Veta, Dilma” e o “Veta tudo, Dilma” se espalharam pelas redes sociais. Personalidades como Fernanda Torres e Wagner Moura também se mobilizaram. No início do mês, a atriz Camila Pitanga chegou a quebrar o protocolo em um evento em que era a mestre de cerimônias – e do qual Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participavam -, para pedir: “Veta, Dilma”. O cartunista Maurício de Souza divulgou esta semana em seu Twitter um quadrinho em que aparece o personagem Chico Bento dizendo: “Veta tudim, dona Dirma”. (Fonte: G1)

Os três pilares

Artigo Com a proximidade da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para junho, é oportuno e pertinente analisar a questão relativa ao lixo urbano, também em pauta no Brasil devido à aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305. A atividade econômica inerente à coleta, destinação e reciclagem dos produtos é uma das poucas que respondem de modo pleno aos três pilares do evento da ONU: o econômico, o social e o ambiental. Por isso, a questão precisa ser tratada sob nova perspectiva, mais condizente com os níveis profissional, tecnológico e de investimento atuais. Estamos falando da IVR (Indústria de Valorização dos Resíduos), que consubstancia uma cadeia produtiva que cria empregos de modo intensivo, recolhe impostos substantivos, produz itens de valor agregado, além de uma série de subprodutos obtidos com a reciclagem. Diversas questões envolvem essa atividade, mas a principal é o foco, antes voltado para a disposição dos resíduos, e agora fixado na valorização destes. Cada aterro de resíduo urbano deve tornar-se um aterro sanitário que, atendendo a todas as normas técnicas e ambientais, possua unidade de triagem para aproveitar a parte reciclável do resíduo. Quando viável, deve ser implementada também a unidade de valorização dos resíduos, que pode ser uma termelétrica para geração de energia renovável a partir do biogás gerado no aterro. Este é um negócio complexo, moderno e de elevado custeio. Exigem-se vultoso aporte financeiro e tecnologia de ponta para se implantarem sistemas de coleta domiciliar, de coleta seletiva, unidades de triagem de materiais recicláveis e usinas termelétricas. Portanto, o tema não pode continuar sendo tratado no plano da retórica e de modo superficial. Faz se necessário maior senso de urgência para a realização da prática, uma vez que as possibilidades técnicas já existem. Para regular e salvaguardar diretos como qualidade de vida e sustentabilidade, é preciso que estejam bem estabelecidos os parâmetros das normas legais, técnicas, ambientais, econômicas e jurídicas, fatores fundamentais para preservar os objetivos perseguidos pelas nações na Rio+20. Carlos Bezerra é diretor de projetos especiais da Vega Engenharia Ambiental. PALAVRA DO LEITOR Chico Mendes Fazia tempo que não visitava o Parque Chico Mendes, orgulho da cidade de São Caetano. Porém, foi uma decepção ver o estado de abandono em que se encontra. Em uma parte do parque tem um lago, que é atravessado por uma passarela, a qual encontra-se quebrada, e a água desse lago está mau cheirosa. No restante do parque nota-se a falta de cuidado, como na pista. Pergunto o porquê disso? Pois existe outro parque, o Santa Maria, que é bem menor, mas com manutenção de fazer inveja. Por que a diferença? Demesio da Silva, São Caetano Greves Greves e mais greves perturbando a todos aqueles que lutam diariamente em busca do mínimo para sustento da família. O senhor Lula foi o maior incentivador de greves em nosso País. Agora, refeita sua saúde, pois se apresenta muito bem em horário político, seria de bom alvitre que esse cidadão aparecesse viajando em ônibus lotado para, aí sim, avaliar o resultado nefasto das greves que ele mesmo tanto incentivou. Como seu maior prazer é aparecer na mídia, seria para ele ótima oportunidade para que fizesse uso de uma de suas maiores criações: as greves. Américo Del Corto, Ribeirão Pires Soluções Autoridades de Santo André: prefeito Aidan Ravin, vereadores, secretário dos Transportes, para melhorar o trânsito para todos, São Bernardo concluiu a nova Lions. Fez, provavelmente com Santo André, o viaduto sobre a Avenida Lauro Gomes. E Santo André, o que vai fazer na Prestes Maia com aquela quantidade de semáforos? Da Fundação Santo André até a Rua das Figueiras há cinco deles e mais um na Tamarutaca. Querem solução? Na Fundação e na Tamarutaca completem com passarela nos viadutos existentes. Abram e-mail para a população e ela lhes dará sugestões que, com certeza, poderiam aproveitar. A eleição está chegando! Está na hora de mostrar serviço e trabalhar! Guilherme J.Ster, São Bernardo Repetência Sobre a reportagem de que São Caetano tem escola que mais reprova no Estado (Setecidades, dia 23), acho triste ver essa realidade na cidade. Como uma escola, a EE Maria Trujillo Trilamo, que já foi a melhor do município, pode chegar a esse estado? Como cidadão são-caetanense, fico decepcionado em ter de ler esse tipo de reportagem, que mostra a dura realidade da Educação em nosso País. Fernando Zucatelli, São Caetano Economia Estou bem confusa, leio e ouço que o Brasil em tudo está melhorando. Mas o que vejo na realidade é mais ou menos isso: uma amiga comenta que na empresa do marido deram férias coletivas porque tudo está muito devagar, ao mesmo tempo meu filho me informa sobre a greve no metrô e no trem. O que está acontecendo? Será mesmo que nosso País está a 1.000 maravilhas como ouço alguns em Brasília exclamar? Será que o problema é comigo? Amnésia? Alzheimer, talvez? Rosângela Caris, Mauá http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/73/7019/os-tres-pilares.aspx

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Consumo colaborativo

Por exemplo: sabe aquele game que você não joga mais? Ao emprestá-lo a um amigo, ele não precisa comprar um novo, diminuindo o desperdício e conservando a energia e a matéria-prima que seriam usados em sua fabricação. Esse tipo de troca, claro, já existia havia muito tempo. Mas agora ganhou força com o crescimento da internet e da preocupação ambiental. Nos EUA, houve ainda outro fator: a crise econômica de 2008. "A ideia é que as pessoas não precisam ter a posse dos objetos. Apenas o acesso a eles. Por exemplo: você não precisa comprar uma furadeira se só vai usá-la poucas vezes", diz Guilherme Brammer, fundador do DescolAí, site brasileiro de consumo colaborativo lançado em junho. O SEU, O MEU, OS NOSSOS Sites para você entrar na onda e trocar seus bens Carros Zazcar (São Paulo) Qualquer coisa Mercado Livre Permuta Livre Toma Lá Dá Cá Bikes UseBike (São Paulo) Sistema Samba (Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa) Moda Bazar de Trocas da Estilo Swapstyle Makeup Alley Livros, DVDs e games Bookmooch Objetos e equipamentos Descolaí Freecycle EM GRUPO OU MANO A MANO? Conheça os dois tipos de site de consumo colaborativo Tudo é compartilhado Uma empresa é dona dos produtos compartilhados, como carros e bikes, que ficam em pontos de distribuição. O usuário agenda pelo site o que quer e onde vai buscar De mão em mão Toda troca ou venda é feita entre os membros. Cada um lista o que tem para oferecer e procura lá o que precisa. A troca é feita pessoalmente ou por correio FONTES: Site collaborativeconsumption.com e Guilherme Brammer, fundador do DescolAí http://planetasustentavel.abril.com.br

domingo, 20 de maio de 2012

Remédios contra asma serão distribuídos gratuitamente

Popular A partir de junho, a população poderá retirar gratuitamente três medicamentos para asma nas farmácias populares. O Ministério da Saúde incluirá os medicamentos para asma no sistema de distribuição gratuita a partir de 4 de junho. A expectativa é que sejam beneficiadas 2 milhões de famílias de baixa renda que tenham crianças de até 6 anos. Remédios gratuitos para asma Os remédios incluídos no programa de distribuição gratuita são o brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol. Os três medicamentos já estavam na lista de medicamentos do Farmácia Popular, que oferta remédios com até 90% de desconto. Atualmente, são distribuídos de graça 11 medicamentos para diabetes e hipertensão. Os pontos de distribuição gratuita incluem 554 farmácias populares da rede própria (montadas e administradas pelo governo) e 20.374 da rede privada. Incidência da asma De fevereiro de 2011 a abril de 2012, o governo detectou um aumento de 322% na procura pelos remédios de asma nas farmácias populares. Com a distribuição gratuita, a expectativa é diminuir a incidência da doença entre as crianças. No ano passado, das 177,8 mil internações no SUS por asma, 77,1 mil foram de crianças com até 6 anos. Cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano no Brasil por conta da doença. Asma: você está sob risco de um ataque fatal? O ministério calcula que 800 mil pacientes vão retirar os medicamentos gratuitamente por ano. Atualmente, 200 mil já compram os remédios com desconto na Farmácia Popular. Ministério da Saúde e Agência Brasil

Nasa estima 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para Terra

A Nasa calcula que há 4,7 mil asteroides potencialmente perigosos para a Terra, segundo os dados da sonda WISE, que analisa o cosmos com luz infravermelha, informou nesta quarta-feira a agência espacial americana. A agência assinalou que as observações da WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) permitiram a melhor avaliação da população dos asteroides potencialmente perigosos de nosso sistema solar. Esses asteroides têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos se caírem no nosso planeta. Os novos resultados foram recolhidos pelo projeto NEOWISE, que estudou, utilizando luz infravermelha, uma porção de 107 asteroides potencialmente perigosos próximos à Terra com a sonda WISE para fazer prognósticos sobre toda a população em seu conjunto. Segundo a Nasa, há aproximadamente 4.700 deles – com uma margem de erro de mais ou menos 1.500 -, que têm diâmetros maiores de 100 metros. Até o momento, calcula-se que entre 20% e 30% desses objetos foram localizados. “Fizemos um bom começo na busca dos objetos que realmente representam um risco de impacto com a Terra”, disse Lindley Johnson, responsável pelo Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, desenvolvido pela Nasa. No entanto, “temos de encontrar muitos e será necessário um grande esforço durante as próximas duas décadas para encontrar todos os que podem causar graves danos ou ser destino das missões espaciais no futuro”. (Fonte: Portal Terra)

Técnica permite fazer tijolos a partir de lixo orgânico em Araraquara/SP

Uma técnica desenvolvida em Araraquara (SP) permite que tijolos utilizados na construção civil sejam feitos a partir de lixo orgânico. O composto, desenvolvido por um químico local, pretende baratear a produção dos blocos de alvenaria, a partir da redução do uso de areia e concreto na composição dos tijolos. Além disso, o processo visa oferecer um destino sustentável ao lixo doméstico. O produto, segundo os desenvolvedores, é inodoro e livre de germes. Segundo o químico que desenvolveu a técnica, Marcelo dos Santos, o custo para a fabricação de cada tijolo com a nova composição pode cair pela metade, já que o produto originado pelo lixo doméstico é autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto utilizados na produção convencional. “O lixo chega como sai da casa das pessoas, dentro do saco plástico, e separamos os detritos do material reciclável, que é vendido para uma cooperativa e com o dinheiro pagamos a produção”, afirma. No mercado, o tijolo orgânico custaria R$ 0,70, frente aos R$ 1,20 do bloco convencional. Processo – Após a separação, o lixo orgânico passa por um triturador e é fragmentado. “O material fica moído e depois vai para um misturador, onde uma composição química é acrescentada a ele”, explica Santos. A composição, patenteada pelo químico, é responsável por esterilizar o material orgânico, livrando-o de bactérias, vírus, fungos ou vermes capazes de produzir doenças infecciosas, e deixa-o inerte, evitando que polua o ambiente. O produto foi desenvolvido após dois anos de pesquisa, realizada durante os estudos de mestrado de Santos. Depois do processo de mistura, a massa pastosa passa por uma máquina peletizadora, onde é dividido em pequenos pedaços, com aparência de ração animal. No mercado, uma máquina deste tipo custa em torno de US$ 100 mil, mas o químico produziu a estrutura pelo equivalente a R$ 2,5 mil, com ajuda de seu sócio, o metalúrgico e sociólogo José Antônio Masoti. “Levamos um ano para construir a fábrica piloto, com material até de ferro velho e gastamos em torno de R$ 80 mil em tudo”, comenta Masoti. A composição em pedaços, então, é levada para um forno e passa por secagem para a última etapa da produção do material orgânico, que será utilizado na produção dos tijolos. Em um moinho, o produto é transformado em pó, para poder ser acrescentado na produção dos blocos de concreto. Toda a produção do composto orgânico para ser incrementado na fabricação dos tijolos está sendo feita em caráter de testes no fundo da metalúrgica de Masoti e o pó ainda não é utilizado oficialmente, já que aguarda credenciamento. “Levamos os blocos pilotos para serem testados em uma empresa da cidade credenciada pelo Inmetro, mas um teste oficial precisaria de uma grande amostragem para ser realizado”, explica Santos. Entretanto, os protótipos produzidos com 30% da quantidade normal de areia e 20% de concreto atingiram resistência equivalente ao dobro do exigido pelo Inmetro. Novos testes serão feitos pela Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos, nesta semana, para ajudar no credenciamento da técnica. “Nossa intenção é levar adiante a ideia de sustentabilidade na produção dos tijolos e ajudar na construção de casas populares e ainda dar um bom destino para o lixo que produzimos”, comenta Santos. (Fonte: Felipe Turioni/ G1)

ONU dá primeiros passos para acordo climático global em 2015

Membros das Nações Unidas deram os primeiros passos nesta quinta-feira (17), durante uma conferência em Bonn, no longo caminho para que seja negociado um novo pacto global em 2015 que, pela primeira vez, colocará ricos e pobres sob um regime legal comum para enfrentar as mudanças climáticas. Reunidos na antiga capital da Alemanha Ocidental, as 195 partes da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) começaram a discutir como trabalhar para alcançar a meta estabelecida na conferência de Durban, na África do Sul, em dezembro passado. Maite Nkoana-Mashabane, da África do Sul, que presidiu a sessão inaugural, pediu que os países que iniciaram o longo trajeto deixem de lado “práticas de negociação velhas e inúteis”, uma referência às brigas que costumam acompanhar as negociações climáticas. “O tempo é limitado e nós precisamos levar muito a sério os apelos desesperados de alguns dos nossos irmãos, principalmente os pequenos Estados insulares”, afirmou, em alusão aos países abaixo do nível do mar, ameaçados pela elevação das águas dos oceanos. A sessão inaugural e o grupo de trabalho ‘ad-hoc’, divulgados por webcast na internet, ocorreram no âmbito das negociações de alto nível da UNFCCC, que terminam em 25 de maio. Se tudo der certo, um novo acordo sairá do forno em 2015 para entrar em vigor em 2020, colocando ricos e pobres sob o mesmo marco legal para conter as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas. Atualmente, restrições sob o âmbito climático da ONU se dividem entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, um formato que remonta a 1990 e que, segundo os críticos, está seriamente desatualizado. Hoje, os ricos respondem pela maior responsabilidade histórica do aquecimento global. Mas eles alegam que será injusto carregar o fardo de solucionar o problema no futuro. Seus lugares na mesa dos grandes emissores estão sendo tomados por gigantes emergentes como Brasil, Índia e China, que queimam carvão, petróleo e gás em grande quantidade enquanto lutam para tirar grande parte de suas populações da pobreza. Os pequenos Estados insulares e países africanos fizeram soar o alerta nesta quinta-feira sobre o “abismo de ambições”, ou seja, a diferença entre os compromissos para cortar emissões e o que é necessário fazer para evitar um aquecimento perigoso. Para os cientistas, as emissões atuais causariam um possível aquecimento de 4ºC, o dobro do limite seguro estabelecido em 2011 pelas partes da UNFCCC. “Compromissos de mitigação inadequados trazem o risco de um aumento de temperatura que terá impactos catastróficos em todo o mundo, particularmente na África”, afirmou Seyni Nafo, porta-voz do grupo africano. Falando em nome dos pequenos Estados insulares, Marlene Moses, de Nauru, alertou que o “abismo de ambições” é tão profundo agora que em 2015 as negociações poderão estar tratando de como realocar as pessoas de países que se tornaram inabitáveis. Até agora, os prospectos sobre 2015 estão em aberto, exceto pela exigência de que atendam ao princípio da convenção-quadro de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, um termo que distingue as demandas que devem ser apresentadas por países ricos e pobres, respectivamente. Quem reduzirá suas emissões, de quanto será esse corte, o regime de conformidade do pacto e inclusive seu status legal estão entre as muitas questões que deverão ser ajustadas em uma arena amplamente complexa e multifacetada. De um lado, os países em desenvolvimento pedem uma demonstração de boa vontade dos ricos. Eles querem que a União Europeia e seus aliados renovem e aprofundem seus compromissos no âmbito do Protocolo de Kioto, o único tratado mundial que estabelece cortes nos gases de efeito estufa. Em contrapartida, os Estados Unidos, que se recusam a ratificar o tratado firmado no Japão e que expira este ano, lideram as cobranças para que os gigantes emergentes, entre eles o Brasil, fortaleçam suas promessas de cortes de emissões e abram seus compromissos a exames minuciosos. Em um sinal das disputas que haverá pela frente, o UNFCCC informou que o primeiro encontro do comitê do Fundo de Mudanças Climáticas, uma iniciativa projetada para arrecadar até 100 bilhões de dólares ao ano para ajudar os mais pobres, foi adiada. O encontro, previsto para 31 de maio, estava retardada “à espera da finalização do processo de nomeações” por parte dos países que querem um lugar no painel de 24 lugares, informou a convenção. (Fonte: Portal iG)

As 6 infecções mais brutais que você pode ter agorinha mesmo

A maioria de nós gosta de pensar que é invulnerável. Sentados na frente do computador, confortavelmente aproveitando a maresia, um café, parece que tudo vai estar bem o tempo todo. Chega até bater um tédio… Então, para um pequeno choque de realidade, para você se sentir ótimo por estar com saúde, aqui vão as seis doenças infecciosas que vão estragar o teu dia. No Brasil, principalmente, tem muita gente que não vê nenhuma graça em gente com o rosto dissolvendo em filmes como “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, por que está sofrendo de um mal que causa o mesmo efeito, a leishmaniose mucocutânea ou Úlcera de Bauru (nos Bálcãs é chamada de “Ferida do Bálcã”, na Índia é o “Furúnculo de Dehli”, no Iraque é o “Furúnculo de Bagdá”, e no Afeganistão é chamada de “saldana”). A coisa começa com o mosquito, vulgo cangalha, cangalhinha, mosquito-palha, birigui, tatuíra, ou sandfly nos Estados Unidos, picando um animal infectado. A bactéria então se multiplica e migra para a faringe do inseto, dificultando a vida dele. O mosquito, então, vai fazer uma refeição no teu sangue, “limpa a garganta” e depois te pica, misturando tudo, e está feita a sacanagem. Até aqui, é só o parasita entrando em você, e é também onde as coisas começam a ficar feias. A forma mucotegumentar ou mucocutânea da leishmaniose é causada por pelo menos 11 parasitas diferentes no Brasil, entre elas a Leishmania braziliensis, e em todos os casos o parasita vai atrás de cavidades mucosas do corpo. A primeira coisa que você nota, um bom tempo depois da infecção, é uma úlcera dolorosa nas partes infectadas. Se você tiver sorte, vai ficar desfigurado para o resto da vida. Se não tiver sorte, teu nariz desaba sobre a tua boca e teu rosto fica parecido com um balão inflável que foi esvaziado. Aqui no Brasil, os pacientes recebem o carinhoso apelido de “nariz de anta” (como se a vida deles já não estivesse ferrada que chega, ainda tem um apelido sacana). Isto já é bastante ruim, mas ainda tem mais, as complicações para a saúde são sérias: você vai descobrir que sem um nariz vai ficar difícil de respirar, alimentar-se é doloroso e pode causar engasgos, e as vias aéreas expostas são mais propensas a pegar pneumonia. Depois de tudo isto, a tua própria saliva pode te matar, o que acontece com frequência. Já está com vontade de só sair da cama com uma roupa impermeável e à prova de mosquitos? 5 – A INFECÇÃO QUE TE DISSOLVE COM ÁCIDO A gangrena gasosa é uma condição médica que faz com que sua carne se desfaça em gás e fluidos, e é causada pela bactéria Clostridium perfingens. Se você quer ver as desagradáveis imagens de alguém com esta gangrena, procure na internet, mas se você quer só uma ideia geral, imagine a Bruxa do Oeste de O Mágico de Oz dissolvendo depois de levar um balde de água e você não vai estar muito longe da realidade, exceto que é muito mais devagar. A gangrena gasosa não vai dissolver o teu corpo todo apenas por que você não vai durar o tempo necessário para tal. De fato, a doença pode te matar em 12 horas, na forma mais letal. Por mais rápido que isto pareça, quando seus nervos começam a ser dolorosamente dissolvidos, você vai querer que tudo acabe mais rápido ainda. A infecção funciona da seguinte forma, quando ela entra no teu organismo (geralmente por uma ferida não tratada), ela começa a produzir dezenas de toxinas que causam a destruição das fibras mielínicas (a carne!), deixando como resíduo o tecido liquefeito. Ela também interrompe o fluxo sanguíneo para o membro afetado e começa a produzir gás, transformando a tua pele em plástico-bolha humano (o gás encontrado em um paciente era composto de 5,9% de hidrogênio, 3,4% dedióxido de carbono, 74,5% de óxido de nitrogênio e 16,1% de oxigênio). O tratamento para a infecção quando chega neste estágio ainda é o mesmo desde a Guerra da Secessão: amputação. E nenhum veterano da Guerra da Secessão está vivo hoje, será coincidência? A C. perfingens vive na sujeira e é virtualmente imortal (se as condições ambiente ficarem difíceis para o bichinho, ela se torna em um esporo praticamente indestrutível), o que significa que se você sobreviver, a bactéria pode voltar anos depois para terminar o serviço. Mas tem mais um lado sacana nesta bactéria: ela pode viver perfeitamente bem em um organismo vivo sem se tornar um parasita. De fato, provavelmente você tem bilhões dela agora, na tua pele. Em outras palavras, ela só dissolve o teu corpo por que ela pode. 4 – A MORDIDA QUE DEIXA UMA COCEIRA QUE DURA ANOS Imagine um parasita que se espalha logo debaixo da pele, pelo corpo todo, até mesmo nos olhos, tornando-os opacos. Se você pensou no “Óleo Negro” do episódio “O Mistério do Piper Maru”, de Arquivos X, podemos garantir que é pior. Estamos falando da oncocercose, que também é causada por um verme. A oncocercose é a segunda maior causa de cegueira no mundo, e recebe no Brasil o nome de “cegueira dos rios” ou “mal dos garimpeiros”, e tudo começa com uma picada de uma mosca, a Simulium damnosum, que vive nas margens de rios. O parasita então começa a se reproduzir como doido, e logo o teu corpo estará fervendo com milhões deles: uma só fêmea é capaz de colocar cerca de 1.000 ovos por dia. E todos eles estarão disputando um lugar sob a tua pele. Em pouco tempo você terá centenas de milhões de vermes microscópicos se espalhando pelo sistema linfático, pela pele e pelas córneas. Quando eles chegam nas córneas, ela se inflama e eventualmente você fica cego, o que pode ser um alívio, já que você vai estar vendo apenas vermes mesmo. Mas a história não termina aí, você está infestado e cego, e quando os vermes morrem, o teu sistema imunológico pira completamente, e o resultado é uma coceira intensa em todos os lugares onde os vermes chegaram, que é basicamente todos os lugares do teu corpo, e você não pode coçar, por que basicamente a coceira acontece debaixo da pele. Com o tratamento apropriado, a coceira dura apenas alguns anos; sem ele, você pode ficar gritando e coçando o resto da vida. A doença não é letal, mas a coceira pode ser tão intensa que há relatos de pessoas que cometeram suicídio para se livrar da mesma. Olhando por este lado, um simples “pé de atleta” não parece tão ruim assim. No Brasil, a oncocercose está restrita a uma região da reserva Yanomâmi, e todos os afetados são daquela etnia. No mundo todo, a doença tem a maioria dos casos na África. 3 – O INSETO QUE TE COME DE DENTRO PARA FORA Um verme que se alimenta de carne viva humana, em vez de carne de cadáveres, parece o tipo de coisa para colocar em um enredo de filme de Hollywood. E é. Só que diferente do filme “Squirm”, os vermes não são o resultado de um acidente, eles fazem o que fazem por que são maus, é a única explicação. Tudo começa com uma ferida, pode ser tão pequena quanto uma mordida de um carrapato, não importa, é tudo que a Cochliomyia hominivorax precisa para colocar alguns ovos. Pouca coisa, algo como 500 ovinhos. Assim que eles se sentirem quentinhos e confortáveis na sua carne, eles começam a comê-la. Se ninguém incomodá-los, eles vão cavando até ver a luz do dia – do outro lado. Se alguém os incomodar, eles ficam com mais pressa. Pessoas morrendo por causa desta mosca é algo raro, por que as pessoas tendem a perceber quando tem vermes caindo por todos os buracos que aparecem do nada na pele, mas ainda assim, ter essa doença é horrível. Ah, e se a mosquinha não encontrar nenhum ferimento onde colocar os ovinhos, não tem problema, ela vai atacar olhos, boca, nariz, olhos e ouvidos. Eu falei ouvido? Miíase auricular não é uma coisa que vai te deformar, mas simplesmente significa que os vermes estão comendo o teu ouvido, e só vão parar quando chegarem no outro lado, comendo o teu cérebro no meio do caminho. Quando os bichinhos estiverem satisfeitos, eles completam a metamorfose, e emergem do teu corpo na forma de mosquinhas, que vão procurar outros infelizes. 2 – O MOFO QUE CONTROLA O TEU CÉREBRO Organismos alienígenas que tomam o controle de cérebros é um tema comum na ficção científica, mas você não precisa procurar na ficção: na vida real existe um fungo que vai tomar conta do teu cérebro, embora ainda não vai controlá-lo… Ainda. Os fungos da ordem Mucorales podem ser encontrados em qualquer lugar que tenha plantas e sujeira, o que significa que todo mundo está coberto deles agora, inclusive quem está lendo este artigo – você – ou pelo menos quem quer que tenha estado fora de casa recentemente. Quem está com o sistema imunológico enfraquecido (como quem tem diabetes ou passou por um transplante recentemente) está sujeito a uma situação conhecida como mucormicose rinocerebral. Ela começa com uma sinusite, e todo mundo que já teve sinusite deve achar que não tem coisa pior no mundo. Mas estão errados. Muito errados. Isto é seguido por um inchaço de praticamente tudo que tem na sua cabeça, incluindo os nervos cranianos e os olhos (imagine o Arnold em O Vingador do Futuro), seguida pela coagulação do sangue e trombose. Seu rosto está morrendo de dentro para fora, e começa a parecer com isto – você lentamente começa a ficar coberto de tecido preto, necrosado. Às vezes, a diversão se espalha a partir dos seios nasais à boca, matando o seu palato. A única maneira de salvá-lo neste momento seria remover todo o tecido morto, incluindo o palato, a cartilagem nasal e partes do crânio, cérebro e olhos. A menos que a tecnologia RoboCop esteja disponível, a sobrevivência é pouco consolo. Mesmo se não chegar a esse ponto, a parte que lasca as ideias (em mais de um sentido) é que o fungo assassino está realmente em seu cérebro, deixando você desorientado, febril e quase cego. Agora, pense no seguinte: pesquisadores descobriram vários tipos de fungos no Brasil que invadem o cérebro das formigas, assumem o controle de seus corpos e forçam-nas a ir para um lugar mais adequado para o seu crescimento antes de matá-las. Se os fungos podem fazer isso, de repente lesmas ladras de cérebro não parecem tão absurdas. Na verdade, talvez isso já esteja acontecendo com os seres humanos e nós ainda não percebemos isso. 1 – A BACTÉRIA QUE TE TRANSFORMA EM UM ZUMBI Neisseria meningitidis é uma das bactérias que podem causar meningite, uma doença que você quase certamente ouviu falar e não precisa ser mais horrível (mas está prestes a ser assim mesmo). Se você pegá-lo em um dia ruim, N. meningitidis vai te atacar com um combo fulminante que te deixa com membros apodrecendo e pulsação quase inexistente e realmente faz você mais burro – em outras palavras, falta pouco para te transformar em um zumbi completo. Se você for atingido por uma meningococcemia fulminante, isso normalmente significa que você não vai ter qualquer um dos sintomas comuns da meningite, mas na verdade isto é uma má notícia. Primeiro você é atingido com um coquetel forte de todos sintomas você pode imaginar, incluindo náuseas, febre e dores de cabeça, porque as bactérias se multiplicam em sua corrente sanguínea, fazendo com que todos os órgãos falhem. Dentro de algumas horas, você terá dificuldade para respirar e sua pressão arterial vai cair tão drasticamente que o sangue para de fluir para os seus membros, o que vai te dexiar roxo e gangrenoso. Você está basicamente andando com partes do corpo já mortas. Agora, você lembra de que dissemos que, se você conseguir isso, você “normalmente” não vai ter meningite, também? Sim, há uma razão para não dizermos “sempre” – em alguns casos, você vai ter as condições tanto fulminante quanto normais, o que significa que além de tudo descrito acima, as bactérias também vão preencher o revestimento do teu cérebro com pus, colocando você em um estado de confusão, como um zumbi (ou, o pior cenário, choque séptico e coma). Mas isso não apenas faz você se sentir como se estivesse ficando mais burro: a meningite realmente derruba o seu QI. Se você sobreviver, os membros necrosados podem ir para longe (literalmente, porque serão amputados), mas receio que a dificuldade de aprendizagem vem para ficar. Ah, e a propósito, 10 a 20% da população é portadora de uma versão dormente desta mesma bactéria em suas bocas. Em outras palavras, já estamos infectados. http://hypescience.com

Coalas podem desaparecer em 50 anos, diz relatório de ambientalistas

A população de coalas da Austrália corre o risco de extinguir-se nos próximos 50 anos, alertou nesta terça-feira (15) a organização ambientalista WWF. Martin Taylor, representante dessa organização não governamental na Austrália, disse à Agência Efe que “a população de coalas diminuiu 42% nas últimas duas décadas” e assinalou que, se a tendência continuar, esse marsupial pode desaparecer. Esse animal costuma viver em cima de árvores de eucalipto, cujas folhas servem como alimento, e passa a maior parte do tempo dormindo. Os ecologistas atribuem a queda do número de coalas à destruição de seu habitat – provocado pelo desenvolvimento humano e a mudança climática – e à doença clamídia. Essa bactéria, contra a qual os cientistas estão pesquisando uma vacina, produz lesões nos genitais e nos olhos dos coalas, causando infertilidade e cegueira e os consumindo lentamente até a morte. Segundo Taylor, a doença está vinculada “ao estresse de que padecem esses animais” diante da pressão que sofre seu habitat. O número desses coalas na Austrália oscila entre 40 mil e centenas de milhares, segundo as estimativas. No mês passado, o governo australiano catalogou os coalas como “espécie vulnerável” na lista de animais ameaçados em zonas do leste do país. De acordo com o relatório bienal mundial Planeta Vivo 2012, apresentado nesta terça pela WWF, a abundância da fauna no planeta sofreu redução de 30% entre 1970 e 2008. Nos trópicos, essa taxa de redução é ainda maior: 60%. (Fonte: G1)

Brasil identifica perdas da biodiversidade

Os pesquisadores Fernando Vasconcelos e Danielle Calandino, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), identificaram 116 causas responsáveis pela perda da diversidade biológica brasileira. Durante dois meses, entrevistaram 40 gestores públicos de diversos órgãos do governo federal ligados ao tema, trabalho que resultou no documento “Causas e consequências da perda da biodiversidade”. Os resultados dessa investigação estão sendo debatidos por especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), dos seus órgãos vinculados e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPO G), nesta quinta e sexta-feira (10 e 11/05), em Brasília, com o objetivo de fazer um diagnóstico sobre o assunto. Vamos construir os grandes eixos que levam à perda da biodiversidade e relacionados à ação do homem , explica a analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Lúcia Lopes. Futuro - A identificação dos problemas permitirá a construção do Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade para os próximos dez anos. A iniciativa coloca o país no eixo que leva à implementação das 20 metas de Aichi, acordadas ao final da Décima Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada no Japão em 2010. Os especialistas garantem que a este é apenas o primeiro passo para se construir soluções que reverter a situação. Se não houver a integração de políticas de desenvolvimento para o país, não se tem como estancar a perda da biodiversidade, assegura a pesquisadora do Funbio, Danielle Calandino. “Precisamos interromper os processos degradantes”, reforça o consultor Fernando Vasconcelos. Ele acredita que o Brasil tem a oportunidade trabalhar com um viés de desenvolvimento mais sustentável, a partir da implantação do Plano de Ação Governamental a ser construído. Diálogos - Nos dias 16 e 17 deste mês, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participará de uma oficina em que será apresentado o documento “Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020″, elaborado por entidades da sociedade civil organizada. O relatório foi produzido por três instituições – União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), Instituto de Pesquisa Ecológicas (IPE) e WWF-Brasil – além do MMA. Teve por base o Plano Estratégico da Convenção sob re Diversidade Biológica (CDB) para o período 2011-2020, negociado na COP 10, em Nagóia, Japão. A partir das conclusões apresentadas pelos dois documentos – “Causas e Consequências da Perda da Biodiversidade” e “Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020″ – o MMA promoverá uma reunião envolvendo representantes de todos os ministérios e entidades vinculadas para reunir novas sugestões. Depois, consolidará as propostas que permitam ao Brasil atingir as 20 metas de Aichi. (Fonte: Luciene de Assis/ MMA)

Uísque com energético? Sim ou Não?

Mesmo sendo um assunto um tanto trivial muitos de meus alunos do curso pré-vestibular me perguntam a respeito dessa mistura que acabou virando mania entre o público jovem. Afinal é correto misturar uísque com energético? Será que faz bem? Será que faz mal? É um drinque elegante ou é uma heresia? Sempre uso os temas do cotidiano como um bom pretexto para falar sobre uma das minhas maiores paixões: a Química. Assim, vamos começar com a química das bebidas energéticas: Na composição das bebidas energéticas mais comuns no mercado brasileiro, duas substâncias se destacam: a taurina e a cafeína. TAURINA A taurina é um ácido sulfônico natural sintetizado no fígado e no cérebro. Seu nome oficial é ácido 2-aminoetanossulfônico e tem ação surfactante atuando como emulsificante dos lipídios (óleos e gorduras) no intestino delgado, promovendo a sua absorção intestinal. É usada em bebidas energéticas devido ao seu efeito desintoxicante e pelo fato de intensificar o metabolismo da glicose e favorecer a liberação da energia para o funcionamento do organismo. Além disso, a taurina age como transmissor metabólico, fortalecendo as contrações cardíacas. CAFEÍNA A cafeína é um alcaloide do grupo das xantinas, designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina. É encontrado em certas plantas, tais como o café e o chá e é usado para o consumo em bebidas em virtude de sua ação estimulante, produzindo estado de alerta de curta duração – atuando diretamente sobre o sistema nervoso central. Age ainda sobre o metabolismo basal tendo efeito diurético. Aumenta a produção de suco gástrico e em doses terapêuticas estimula o coração e a dilatação dos vasos periféricos. Superdosagens podem provocar irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia e em alguns casos morte. A dose letal de cafeína estimada para um adulto hígido de 70 kg é de 10 g. Apenas para constar, existem seis casos registrados de vítimas fatais por superdosagem de cafeína em virtude de convulsões e de colapso respiratório. Depois deste vislumbre químico sobre os dois principais componentes dos energéticos passemos para o uísque. Para o artigo não ficar muito extenso vou me deter no uísque escocês. O termo uísque, do idioma inglês whisky (empregado principalmente na escócia e demais países do Reino Unido) ou whiskey (empregado principalmente nos Estados Unidos) é uma corruptela da antiga expressão gaélica “uisge beatha” ou “água da vida” e se refere a uma bebida alcoólica bidestilada obtida a partir da fermentação de grãos cereais tais como a cevada, o milho e o trigo e que pode ser envelhecida em barris de carvalho ou de outra madeira. Sua graduação alcoólica varia de 38% a 54% (em volume) sendo rigorosamente regulamentado, pois possui várias classes de acordo com a fonte de suas matérias-primas fermentáveis e de seus processos de destilação e envelhecimento. Uísque escocês (Scotch Wisky) Só pode ser denominado Scotch Whisky o uísque produzido na Escócia e que tenha sido envelhecido em barril de carvalho pelo menos por três anos. Há quatro tipos oficiais de uísque na Escócia, a saber: 1. Single malt: Um destilado exclusivo de cevada, obtido pelo processo de bidestilação artesanal em alambique “pot” e com um envelhecimento mínimo de 12 anos. Sua produção é registrada desde 1494. É o tipo mais raro (e, portanto, mais caro) de uísque. Deve ser tomado puro, sem gelo e em copos pequenos. 2. Vatted: É obtido pela composição harmoniosa de dois ou mais barris de single malts. Deve ser apreciado da mesma forma que o single malt. 3. Grain whisky: É um destilado de grãos, principalmente do trigo, milho ou centeio. É de produção industrial, mais simples e barata. Seu processo de fabricação foi desenvolvida em 1853 pela destilaria Usher’s a pedido de clientes ingleses e usa geralmente o alambique contínuo do tipo “Cofey”. O grain pode ser tomado em copos de qualquer tamanho, com ou sem gelo. 4. Blended: É o mais popular dos uísques escoceses. É obtido da mistura harmônica de grains e single malts e pode possuir em seu “blend” cerca de quarenta uísques diferentes. O blended considerado standard não tem indicação de idade, no entanto para receber no rótulo a denominação “scotch”, como dito anteriormente, deve envelhecer no mínimo três anos em barris de carvalho. Por ser o uísque mais popular, o blended standart pode ser misturado a outras bebidas tais como sucos e refrigerantes. ENTÃO, É ELEGANTE MISTURAR UÍSQUE E ENERGÉTICO? Para os conhecedores e apreciadores de uísque qualquer blended com idade superior a 12 anos deve ser degustado da mesma forma que o grain, ou seja, puro ou com gelo para se apreciar o sabor do malte na mistura. No entanto é consenso entre os produtores escoceses e irlandeses que não existe forma errada de beber uísque e que se o cliente assim o desejar poderá beber até um single malt misturado com coca-cola. Um colega químico que lecionou durante anos Tecnologia das Fermentações sempre considerou isso uma heresia. Uma verdadeira afronta aos deuses celtas. Em suas palavras: – Um scotch ficou envelhecendo no mínimo 12 anos para refinar o seu sabor — e o cavalheiro ou a dama, sem a menor piedade o mistura com refrigerante ou energético? My Godness!! Para concluir esta parte do artigo, vou citar um comentário que li outro dia em um fórum: A questão era justamente essa: É correto misturar-se scotch envelhecido com refrigerante ou outra bebida? Um vendedor de vinhos finos de nome André postou: “- Se meu cliente quiser comprar meu vinho mais caro para fazer sagu, que seja bem-vindo! (Qual é a sua opinião sobre esse assunto meu querido leitor?) A MISTURA DO UÍSQUE COM ENERGÉTICO FAZ MAL PARA A SAÚDE? Vou responder esta questão com outra pergunta: Por que será que todo o energético possui na embalagem a orientação para evitar o seu consumo com qualquer tipo de bebida alcoólica? Alguns dados para ajudar na resposta. 1) Apesar de muitas pessoas pensarem que o álcool é estimulante, na verdade trata-se de um depressor do sistema nervoso central. A aparente estimulação inicial que ocorre em pequenas doses é oriunda da depressão no cérebro dos mecanismos naturais desencadeadores da inibição. Consequentemente ingerir álcool em excesso (depressor do sistema nervoso central) e cafeína em excesso (estimulante do sistema nervoso central) propicia no cérebro um efeito antagônico. Um estimula o outro deprime. 2) Cafeína e álcool coadunam efeitos que aceleram a perda de água (e consequentemente a de eletrólitos). 3) O energético misturado a bebidas com elevado teor de álcool como o uísque, além de diluir o álcool e deixar a mistura mais agradável ao paladar, a cafeína e a taurina deixam o indivíduo mais agitado, impulsionando-a a beber mais e submeter a um stress ainda maior os sistemas cardiovascular e respiratório. 4) Segundo um estudo da Unifesp, é possível ainda que os energéticos prolonguem a desinibição inicial desencadeada pelo álcool e levem os usuários a fazer um juízo errado de suas capacidades – como o de ser capaz de dirigir mesmo estando embriagado, por exemplo. 5) Em outro estudo, realizada pela mesma universidade, demonstrou-e que a cafeína presente no energético potencializa o efeito negativo do álcool no cérebro. De acordo com o estudo, a cafeína acelera a morte de células cerebrais, causada principalmente pelo álcool, que pode levar ao envelhecimento precoce e a doenças como mal de Alzheimer e de Parkinson. O álcool é um dos grandes responsáveis pela chamada morte celular programada, também conhecida como apoptose. Trata-se de um processo lento de morte de células que acontece com a presença de um estímulo agressor, como o etanol (álcool), por exemplo. E este efeito aumenta na presença da cafeína. Segundo a pesquisa, as células cerebrais morrem naturalmente em decorrência do envelhecimento. Porém quando o consumo de bebida alcoólica é exagerado, essa mortalidade aumenta em 50%. Esse índice é ainda maior quando o álcool é associado à cafeína, chegando a 80%. 6) O energético mascara o efeito depressivo do álcool favorecendo a superdosagem. O indivíduo pode se encaminhar para o coma alcoólico muito rapidamente e sem perceber. O que pode resultar até em óbito. Resumindo: Se o energético lhe dá asas, siga uma recomendação de trânsito — se for voar não beba! http://hypescience.com/uisque-com-energetico-sim-ou-nao/

60% dos municípios brasileiros não dão destino adequado aos resíduos sólidos

O Brasil avançou pouco no que se refere à gestão dos resíduos sólidos urbanos em 2011. Esta é uma das conclusões da nova edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo da Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais apresentado nesta semana, em São Paulo. A destinação final ainda aparece como o principal problema a ser superado. De acordo com a publicação, no ano passado, 3.371 municípios brasileiros, 60,5% do total, deram destino inadequado a mais de 74 mil toneladas de resíduos por dia, que seguiram para lixões e aterros controlados, sem a devida proteção ambiental. “Com a quantidade de resíduos que tiveram destino inadequado no País seria possível encher 56 piscinas olímpicas em cada dia do ano. Outras 6,4 milhões de toneladas sequer foram coletadas, o que equivale a 45 estádios do Maracanã repletos de lixo. Os dados mostram que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ainda não começou a produzir efeitos e resultados concretos nos vários sistemas e nem no cenário atualmente implementado”, comenta o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. Segundo o estudo, quase 62 milhões de toneladas de resíduos sólidos foram geradas em 2011, 1,8% a mais que em 2010, percentual duas vezes maior que a taxa de crescimento da população no mesmo período. “Esse dado é importante, pois revela que o volume de geração cresceu em uma proporção menor do que nos anos anteriores, mas continua numa curva ascendente”, observa Silva Filho. A edição anterior do Panorama apontou um aumento de 6,8% na geração. “Das 55,5 milhões de toneladas de resíduos coletadas em 2011, 58,1% foram dispostos em aterros sanitários”, acrescenta Silva Filho, ao destacar que o índice evoluiu apenas 0,5% em relação a 2010. A geração per capita média do País foi de 381,6 kg por ano, valor 0,8% superior ao do ano anterior. Outro dado da publicação diz respeito aos recursos aplicados pelos municípios para custear os serviços de limpeza urbana. Em 2011, a média mensal por habitante foi de R$ 10,37, o que equivale a um aumento de 4% se comparado a 2010. “É ainda um valor muito inferior ao mínimo necessário para garantir a universalização dos serviços, tendo em vista uma gestão baseada na hierarquia dos resíduos, conforme preconiza a PNRS”, alerta o diretor da associação. Dos 5.565 municípios brasileiros, 58,6% afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, o que significa um aumento de 1% em relação a 2010. * Publicado originalmente no CicloVivo e retirado da EcoAgência. (EcoAgência)

Novos avanços com as células-tronco

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas através da injeção de DNA em uma célula da pele em um óvulo não fertilizado. Para dar esse passo importante na investigação em células-tronco, os cientistas usaram uma técnica de clonagem semelhante à usada para clonar a ovelha Dolly. Este trabalho demonstra pela primeira vez que o óvulo humano tem a capacidade de transformar uma célula especializada em uma célula-tronco. O objetivo da pesquisa foi criar células-tronco embrionárias específicas para cada paciente com o DNA deles, para o eventual uso de reposição celular. Curar doenças como diabetes e Parkinson foi a motivação para o estudo. Os pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas. Elas não são perfeitas, e embora tenham cromossomos demais – 69 ao invés dos 46 habituais -, são adequadas para fins de pesquisa, não para tratamentos atuais. No passado, os esforços para criar células-tronco usando clonagem significavam tomar um óvulo não fertilizado, remover o núcleo com seus 23 cromossomos, substituí-lo com o núcleo de uma célula da pele (que tem 46 cromossomos) e colocar o óvulo em um banho químico para que ele fizesse a divisão como se tivesse sido fertilizado por um espermatozóide. Através de um processo de eliminação, os pesquisadores determinaram que era a remoção do genoma do óvulo, não a introdução de um novo DNA ou a divisão celular, que estava impedindo o óvulo de se desenvolver o suficiente para que as células-tronco pudessem ser extraídas. Foram necessários 63 óvulos para desenvolver duas linhas de células, das quais uma era viável. Para alguns pesquisadores, este estudo não é um salto gigante, mas não deixa de ser interessante. Agora, o desafio é descobrir como remover os cromossomos do óvulo, sem remover as máquinas ou fuso, que ajuda na divisão do ovo. As células-tronco adultas da medula óssea estão sendo utilizadas para tratamentos ao longo de décadas. Mas elas são programadas para apenas uma parte do corpo e não são facilmente convertidas para corrigir problemas em outras partes. O primeiro avanço importante nas pesquisas com células-tronco embrionárias humanas se deu em 1998, quando Jamie Thomson extraiu as primeiras células de um embrião humano. Em 2007, pesquisadores no Japão e nos EUA relataram a criação de células-tronco, mas ignorando completamente os óvulos e reprogramando as células da pele diretamente na divisão. Essas células são chamadas células-tronco pluripotentes induzidas ou células iPS. Desde então, os pesquisadores descobriram que essas células têm algumas limitações também. Enquanto alguns opositores de pesquisas embrionárias acreditam que os avanços na “menos polêmica” célula-tronco eliminam a necessidade de pesquisas com células embrionárias, a maioria dos especialistas na área acredita que todos os caminhos de pesquisa precisam ser explorados para, eventualmente, encontrar o tratamento certo para a doença certa. O próximo passo é descobrir como fazer células-tronco embrionárias sem o excesso de cromossomos. Então os pesquisadores poderão começar a compará-las com células iPS e determinar o quão diferentes ou semelhantes elas realmente são. http://hypescience.com

Vírus da gripe H1N1 dá pista para vacina universal

Dica do vírus Pesquisadores descobriram um novo caminho para desenvolver vacinas universais contra a gripe, eliminando a necessidade das campanhas de vacinação contra a gripe sazonal. A equipe descobriu que o vírus H1N1 da gripe suína usado na vacina de 2009 dispara anticorpos que protegem contra vários vírus da gripe, inclusive a letal gripe aviária H5N1. Isso porque ele atuou de uma forma diferente das vacinas normais, mostrando aos cientistas uma nova forma de atuação que pode fugir das mutações dos vírus, que exigem a criação de vacinas novas a cada ano. Hemaglutinina "O vírus da gripe tem uma proteína chamada hemaglutinina. Essa proteína se parece com uma flor, com uma cabeça e uma haste," explica o Dr. John Schrader, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "O vírus da gripe se liga às células humanas através da cabeça da hemaglutinina, como um plugue em uma tomada." As vacinas contêm pedaços enfraquecidos ou mortos dos vírus, que alertam o sistema imunológico humano para que ele produza anticorpos, que vão circular no sangue para matar apenas os agressores específicos contra os quais essas vacinas foram projetadas. "As vacinas atuais contra a gripe alvejam a cabeça da hemaglutinina para evitar as infecções, mas como os vírus da gripe sofrem mutações muito rapidamente, esta parte da hemaglutinina muda muito rapidamente, daí a necessidade de vacinas diferentes a cada ano," continua o pesquisador. Vacina universal No entanto, a vacina contra o H1N1 de 2009 induziu anticorpos com grande poder protetor, capazes de combater diferentes variantes do vírus da gripe. "Isso porque, em vez de atacar a cabeça variável da hemaglutinina, os anticorpos atacaram a haste da proteína, neutralizando o vírus da gripe," diz Schrader. "A haste desempenha um papel tão essencial na penetração da célula que ela não pode mudar entre diferentes variantes do vírus da gripe." Assim, os pesquisadores agora têm um modelo para o desenvolvimento de vacinas que também ataquem a haste da hemaglutinina, e não sua porção superior, eventualmente produzindo uma vacina universal, que não seja vencida todos os anos pelas mutações dos vírus. Redação do Diário da Saúde

Material atrai e mata superbactérias resistentes a antibióticos

Revestimento antibacteriano Cientistas de Cingapura criaram um novo tipo de material que atrai e mata 99% dos fungos e bactérias que entram em contato com ele. Melhor do que qualquer antibiótico que se conhece, o novo material está sendo testado em lentes de contato, para prevenir infecções. Mas seus usos potenciais praticamente não têm limites, da proteção de materiais de consumo e alimentos até o revestimento de instrumentos cirúrgicos e mobiliários de hospitais. "Magnetismo" irresistível O novo material, que pode ser aplicado na forma de um revestimento em outras superfícies, tem uma propriedade similar a um "magnetismo". Esse "magnetismo bacteriano" é irresistível às bactérias e fungos, que são atraídos e mortos sem a necessidade de aplicação de antibióticos. Segundo a professora Mary Chan, da Universidade Tecnológica Nanyang, o material é inofensivo às células humanas, o que o transforma na arma ideal contra as superbactérias, que estão desenvolvendo resistência aos antibióticos. Destruição mecânica de bactérias O material, que tem a textura de uma esponja, mas com poros invisíveis a olho nu, é feito de um polímero que tem uma carga elétrica positiva. As células bacterianas, por sua vez, têm uma parede celular caracterizada por uma carga negativa. Quando a bactéria entra em contato com o material, ela é "sugada" para os poros ultrafinos da esponja, o que faz com que ela se rompa, morrendo imediatamente. Como a forma de operação do material é estritamente mecânica, as bactérias não podem desenvolver resistência contra ele. Substituto aos antibióticos "Nosso objetivo de longo prazo é desenvolver uma versão que possa ser ingerida, para tratarmos infecções bacterianas no interior do corpo, substituindo os antibióticos como tratamento padrão," vislumbra a pesquisadora. Segundo ela, sua esperança é ter essa versão na forma de medicamento em um período de cinco anos. Redação do Diário da Saúde

Células-tronco anti-HIV fazem "cura funcional" da AIDS

Células-tronco anti-HIV Transplantes de células-tronco anti-HIV poderão passar rapidamente a ser testados em humanos, graças a resultados surpreendentemente bons obtidos em cobaias. Em um artigo publicado na edição de maio do Journal of Virology, a equipe da Universidade da Califórnia assegura que o transplante de células-tronco anti-HIV em camundongos mostrou-se seguro e eficaz. Segundo os pesquisadores, os camundongos possuíam um modelo representativo dos pacientes humanos infectados com o HIV. Cura funcional A técnica envolve a substituição do sistema imunológico com células-tronco modificadas com uma tripla combinação de genes resistentes ao HIV. Nos animais, a transfusão mostrou-se capaz de replicar um sistema imunológico normal, protegendo e expandindo as células imunológicas resistentes ao HIV. As células prosperaram e se autorrenovaram, mesmo quando submetidas a uma carga viral do HIV. "Nós encaramos isso como uma potencial cura funcional para pacientes infectados com o HIV, dando-lhes a capacidade de manter um sistema imunológico normal por meio da resistência genética," afirmou o Dr. Joseph Anderson, principal autor do estudo. Vírus que inserem genes Para estabelecer essa imunidade em camundongos cujos sistemas imunológicos tentam imitar o dos pacientes com HIV, Anderson e sua equipe modificaram geneticamente células-tronco do sangue humano responsáveis pela produção dos vários tipos de células imunológicas. Eles desenvolveram vários genes anti-HIV que foram inseridos nas células-tronco, utilizando técnicas padrão de terapia genética e vetores virais - vírus que inserem os genes que carregam nas células do hospedeiro. Estas células-tronco sanguíneas, frutos da engenharia genética, capazes de se diferenciar em células imunológicas normais e funcionais, foram então introduzidas nos camundongos. Desafio viral Os resultados foram bem-sucedidos em todos os aspectos, dizem os cientistas. "Depois que submetemos os animais transplantados a HIVs vivos, nós demonstramos que as células-tronco com genes resistentes ao HIV foram protegidas da infecção e sobreviveram ao desafio viral, mantendo níveis normais de CD4 humanos," disse Anderson. "Os ensaios clínicos deverão nos dar as informações críticas que precisamos para determinar se a nossa abordagem representa verdadeiramente uma cura funcional para uma doença terrível que afeta milhões e milhões de pessoas," concluiu ele. Redação do Diário da Saúde

sábado, 12 de maio de 2012

Estudo: ’sopa de plástico’ do Pacífico aumenta 100 vezes

O enorme redemoinho de lixo plástico flutuante do norte do Pacífico aumentou 100 vezes nos últimos 40 anos, indica um artigo que será publicado na quarta-feira. Cientistas alertam que a sopa mortal de microplástico – partículas menores que 5 mm – ameaçam alterar o ecossistema marinho. No período entre 1972 e 1987, nenhum microplástico foi encontrado em amostras coletadas para testes, destacou o artigo publicado no periódico Biology Letters, da Royal Society. Mas, atualmente, os cientistas estimam que a massa de lixo conhecida como Giro Subtropical do Norte do Pacífico (NPSG, na sigla em inglês) ou Grande Mancha de Lixo do Pacífico, ocupe uma área correspondente, grosso modo, ao território do Texas. “A abundância de pequenas partículas plásticas produzidas pelo homem no Giro Subtropical do Norte do Pacífico aumentou 100 vezes nas últimas quatro décadas”, destacou um comunicado sobre as descobertas feitas por cientistas da Universidade da Califórnia. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 13 mil partículas de lixo plástico são encontradas em cada quilômetro quadrado do mar, mas o problema é maior no Norte do Pacífico. As partículas plásticas estão sendo aspiradas pelas criaturas do mar e pelas aves e a mistura é rica em produtos químicos tóxicos. O estudo diz que o NPSG fornece um novo hábitat para insetos oceânicos, denominados “gerrídeos”, que se alimentam de plâncton e ovos de peixes e, por sua vez, viram comida de aves marinhas, tartarugas e peixes. Os insetos, que passam toda a vida no mar, precisam de uma superfície dura onde depositar seus ovos, antes limitada a itens relativamente raros, como madeira flutuante, pedras-pome e conchas marinhas. Se a densidade do microplástico continuar a crescer, o número de insetos aumentará também, alertaram os cientistas, “potencialmente às custas de presas como o zooplâncton e os ovos de peixes”. (Fonte: Portal Terra)

Pandemia de H1N1 pode levar a vacina universal contra gripe

Cientistas canadenses encontraram mais pistas que podem levar ao desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe sazonal, informou um estudo publicado nesta terça-feira. Os cientistas descobriram que a vacina utilizada contra a “gripe suína”, a variedade H1N1 que levou à pandemia de 2009, desencadeou uma série de anticorpos que protegem contra muitos outros tipos de gripe, inclusive a altamente letal cepa H5N1 – a gripe aviária. A razão pela qual estes anticorpos amplamente protetores são eficazes é que se vinculam à raíz de uma proteína da gripe chamada hemaglutinina (HA) no lugar da cabeça mutante da mesma proteína, como faz a maioria das vacinas contra a gripe, disse o pesquisador principal, John Schrader. “As vacinas atuais contra a gripe têm como objetivo a cabeça da HA para prevenir as infecções, mas devido a que o vírus da gripe sofre mutações muito rapidamente, esta parte da HA muda com rapidez, daí a necessidade de vacinas diferentes a cada temporada de gripe”, explicou Schrader, diretor do Centro de Pesquisas Biomédicas da Universidade da Columbia Britânica. “Ao invés de atacar a cabeça variável da HA, os anticorpos atacam a raiz da HA, neutralizando o vírus da gripe”, disse. A pesquisa é publicada na revista Frontiers in Immunology. No ano passado, cientistas americanos informaram na publicação Journal of Experimental Medicine que as pessoas que se recuperaram da pandemia de 2009 de H1N1, ou “gripe suína”, desenvolveram anticorpos que protegem contra uma variedade de diferentes cepas da doença. O estudo, baseado em nove pacientes que caíram doentes em 2010, encontrou anticorpos que, testados em ratos, foram capazes de protegê-los contra uma dose letal de pelo menos outras três cepas de gripe, inclusive a das aves. Esta conclusão permite ter esperança de uma vacina universal contra uma série de cepas existentes há décadas. Detectada pela primeira vez nos Estados Unidos e no México em 2009, a gripe suína foi incomum, uma vez que foi particularmente perigosa para os jovens e as grávidas, diferente da maioria das outras cepas de gripe, que tendem a ser mais letais entre os idosos. A pandemia de H1N1 de 2009 matou mais de 14 mil pessoas em todo o mundo. (Fonte: Portal Terra)

42% dos resíduos sólidos coletados no país vão para locais inadequados, indica estudo

A quantidade de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9 milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior, de acordo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011, lançado na terça-feira (8), pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), durante a 11ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo. Do total coletado, 42% do lixo acabam em local inadequado. Segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o crescimento de resíduos sólidos no período de 2010 para 2011 foi duas vezes maior do que o crescimento da população, que cresceu 0,9% no período. “Se continuarmos nessa curva ascendente de crescimento ano após ano e não conseguirmos, de alguma forma, adotar ações adequadas para conter essa geração, certamente, em médio prazo, nossos sistemas de gestão de resíduos entrarão em colapso”. O estudo mostra ainda que, em 2011, foram coletados 55,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos, o que resulta em uma cobertura de 90%. “Cerca de 10% de tudo o que é gerado acabam em terrenos baldios, córregos, lagos e praças. Nós vemos que esse problema é recorrente em praticamente todas as cidades do país”, disse Silva Filho. Da quantidade coletada, o Sudeste responde por 53% e o Nordeste por 22%. “Nessas duas regiões estão concentrados 75% de todo o lixo do território nacional”. Segundo o Panorama, 42% dos resíduos sólidos foram destinados em locais inadequados como lixões e aterros controlados. Filho ressaltou que a Abrelpe considera a segunda opção inadequada porque, do ponto de vista ambiental, têm o mesmo impacto negativo que os lixões. “O aterro controlado não protege o meio ambiente como um aterro sanitário”. De acordo com a publicação, a quantidade de lixo levado para aterros sanitários pode ter sido maior em porcentagem, mas ao analisar a quantidade nota-se que em 2011 a situação piorou. “Em 2010 o volume de destinação inadequada foi 22,9 milhões de toneladas contra 23,2 milhões de toneladas em 2011”, disse. O Panorama indica ainda que dos 5.565 municípios brasileiros, 58,6% do total, afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva, o que significa um aumento de 1% em comparação ao ano anterior. Com relação à coleta de lixo hospitalar, os municípios coletaram e destinaram 237,6 mil toneladas de resíduos de saúde, das quais 40% têm destino inadequado. “Dessa porcentagem temos 12% indo para lixão, sendo depositados sobre o solo sem tratamento prévio, não só contaminando o meio ambiente mas trazendo um risco muito grave para as pessoas que tiram seu sustento desses lixões”. Para Silva Filho, o cenário revelado pelo Panorama precisa ser modificado até agosto de 2014, quando acaba o prazo para o cumprimento das metas da Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Na avaliação do diretor executivo, as empresas do setor estão preparadas para enfrentar o desafio, pois têm tecnologia, conhecimento técnico e mão de obra. “Precisamos de vontade política e do recurso necessário para tanto. Sem isso não teremos a possibilidade de atender o que determina a lei nacional”, disse. (Fonte: Flávia Albuquerque/ Agência Brasil)

Nordeste sofrerá mais com o aquecimento global, diz estudo

Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou quais os locais que serão mais afetados pelo aquecimento global no País. Combinando dados de modelagem climática com indicadores sociais – como densidade demográfica e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – os estudiosos concluíram que o Nordeste é a região que mais sofrerá com os efeitos do aquecimento. Na lista também estão importantes capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, além de Brasília, Belo Horizonte, Manaus e Cuiabá. O estudo foi publicado no fim de semana na revista Climatic Change. Segundo os pesquisadores, os levantamentos sobre o clima, quando analisados de forma isolada, não apresentam resultados significativos sobre os impactos do aquecimento global. Porém, quando combinados com indicadores sociais podem indicar os efeitos na vida da população. Na pesquisa liderada pelo físico do Inpe Roger Torres e pelo ecólogo da Unesp David Lapola, um mapa (ilustrado na imagem) mostra a diferença quando se leva em conta apenas os dados do Índice Regional de Mudança Climática (RCCI, na sigla em inglês) – como mostra a figura à esquerda – e quando se analisa a combinação com os dados sociais de número de habitantes de cada localidade e o IDH da região – representado no mapa à direita. Quando analisado apenas o Índice de Mudança Climática, que corresponde ao aumento na temperatura e ao volume de chuvas, por exemplo, as regiões consideradas mais afetadas pelo aquecimento são o Centro-Oeste e o Norte do País. No entanto, quando se leva em conta os indicadores sociais, as áreas em que o aquecimento trará mais impacto na vida das pessoas são o Nordeste e algumas capitais, que aparecem marcadas de vermelho. Segundo os pesquisadores, o resultado pior para o Nordeste se deve às baixas taxas de desenvolvimento humano, combinado a uma densidade populacional relativamente alta. “O Nordeste apresenta o IDH mais baixo, o que faz com que a população tenha menos instrumentos para se adaptar a essas mudanças”, explica o pesquisador da Unesp David Lapola. De acordo com ele, outras localidades no País também registram índices inferiores de educação, saúde e renda, mas quando combinados com uma densidade demográfica também baixa, o impacto das mudanças climáticas é menor. “O exemplo disso é o oeste amazônico, onde a população pequena compensa o baixo IDH”. Já nas capitais, como Rio e São Paulo, o problema está relacionado diretamente ao elevado número de habitantes. Essa alta densidade demográfica dificulta que sejam evitados fenômenos já frequentes nesses locais, como os deslizamentos de terra. Segundo Lapola, o estudo não detalha o que pode ocorrer em cada região. “Para o Rio e São Paulo já foram feitas outras pesquisas que apontam que as enchentes e os deslizamentos são os principais fatores do aquecimento, mas nas outras localidades vulneráveis pouco se sabe sobre como essa população pode ser afetada”. Ele espera que o estudo possa servir como um balizador de políticas públicas para evitar danos nas regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas. “Acreditamos que as pesquisas podem ser muito úteis para que os tomadores de decisões foquem suas ações nesses locais”, completa. (Fonte: Portal Terra) (Fonte: Portal Terra)