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sábado, 7 de julho de 2012

Açafrão com ômega 3 ajuda a reconstruir medula espinhal

Dieta nervosa Uma combinação de alimentos inusitada permitiu que animais de laboratório se recuperassem de danos neurológicos na medula espinhal, equivalentes a doenças debilitantes no ser humano. Para isso, eles foram alimentados com uma dieta enriquecida com o popular ácido graxo ômega-3 e com curcumina, um composto encontrado no açafrão (ou cúrcuma). Segundo os cientistas da Universidade da Califórnia de Los Angeles, o suplemento ajudou a reparar as células nervosas e manter a função neurológica depois de danos degenerativos na região do pescoço. No ser humano, danos similares são causados pelo envelhecimento. Com isso, os cientistas apontam mecanismos preventivos de combate à condição por mudanças na dieta, em vez de tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos posteriores, que geralmente não alcançam os resultados esperados. Açafrão com ômega-3 "O envelhecimento natural frequentemente estreita o canal espinhal, fazendo pressão sobre a medula espinhal e danificando os tecidos," explica o Dr. Langston Holly, coordenador do estudo. "Embora uma cirurgia possa aliviar a pressão e evitar danos maiores, a cirurgia não consegue reparar danos às células e às fibras nervosas. Nós queríamos ver se uma suplementação dietética poderia ajudar a medula espinhal a reconstruir-se a si própria," completa. E por que eles escolheram o açafrão e o ômega-3? O ácido docosahexanoico (DHA) é um ácido graxo com poder para reparar as membranas celulares - ele vem apresentando bons resultados também para prevenir o Mal de Alzheimer. Já a curcumina é um poderoso antioxidante que, além de evitar inflamações, é um reforçador do sistema imunológico, destrói células do câncer e está sendo usado também contra o câncer de pele. Mielopatia cervical Nas cobaias, os pesquisadores simularam a mielopatia cervical, uma condição progressiva que é a principal causa de dificuldades de andar em pessoas com idade acima dos 55 anos. A mielopatia cervical pode levar a sintomas neurológicos debilitantes, como problemas para andar, dores no pescoço e nos braços e fraqueza nos membros. A dieta conseguiu eliminar o problema nas cobaias. "O DHA e a curcumina parecem acionar vários mecanismos moleculares que preservaram as funções neurológicos nos animais," disseram os pesquisadores. "Este é um primeiro passo encorajador para entender o papel da dieta na proteção do corpo contra doenças neurológicas." Redação do Diário da Saúde

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