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sábado, 28 de julho de 2012

Medicamento para calvície pode causar impotência permanente

Imagine a seguinte situação: você é um homem calvo, procura o médico, e o mesmo lhe receita finasteride, um composto encontrado na droga Propecia, da Merc. Depois de começar a tomar a droga, começam também os problemas. A impotência é o mais flagrante deles, e afeta sua vida amorosa, além de outros efeitos igualmente desastrosos: a perda da libido, a diminuição dos testículos e problemas com os orgasmos. Depois de ouvir várias queixas de homens sobre o assunto, o Dr. Michael Irwig, da Universidade de Washington (EUA), resolveu investigar a ligação entre a droga e efeitos colaterais, e descobriu que entre os usuários do finasteride, a queixa de impotência era um pouco mais comum que no resto da população. Em 2011, ele publicou o primeiro estudo sobre o assunto no Journal of Sexual Medicine, apontando suas descobertas. Não só o produto causava problemas sexuais, mas os problemas persistiam após a interrupção do uso do produto. Finasteride O finasteride é um produto que foi inicialmente usado no tratamento de próstata hipertrofiada, mas que revelou um efeito colateral interessante: o crescimento do cabelo para quem tem alopecia por androgenia (causada por hormônios). Basicamente, a testosterona é quebrada em vários subprodutos, um deles a dihidrotestosterona (DHT), que causa a alopecia androgênica. O excesso de DHT no escalpo está relacionado à diminuição dos folículos capilares, fazendo com que os fios se tornem tão finos que são praticamente invisíveis. O finasteride atua neste mecanismo, reduzindo a conversão de testosterona em DHT, que aparentemente reduz o impacto sobre a saúde dos folículos. O produto é especialmente perigoso para mulheres grávidas, e tem efeito teratogênico mesmo que haja apenas o contato da pele com o pó liberado pelo rompimento de uma cápsula do produto. Diagnóstico errado, tratamento ineficaz O que chamou a atenção do Dr. Irwig foi o número de queixas de impotência. Em um trabalho publicado em 2011, ele aponta que, dos usuários da droga, 94% relataram diminuição de libido, 92% desenvolveram disfunção erétil, 92% apontaram diminuição na excitação, e 69% desenvolveram problemas com orgasmos. Além disso, o número de relações sexuais durante o mês diminuiu bastante, e os problemas persistiram por até 40 meses após o término do uso do finasteride. Entretanto, o próprio Dr. Irwig reconheceu que o estudo tinha limitações, como abordagem, viés de seleção, de recuperação de informações e nenhum nível de hormônio medido. Mesmo assim, o trabalho foi motivo para a inclusão de alertas na bula do remédio para problemas continuados.[DailyMail, YouTube, Trabalho publicado em 2011 e 2012] http://hypescience.com

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