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sábado, 30 de junho de 2012

Saiba quais os sintomas da gripe H1N1 (gripe suína) 2012

Tendo em vista o aumento no número de casos de gripe A (H1N1) no Brasil, o Ministério da Saúde retirou o contato com pessoas vindas do exterior como uma das características da infecção, pois considera que a doença já está disseminada no país. Dessa forma, é importante identificar os sintomas característicos sintomas da gripe H1N1 (gripe suína). Para facilitar a compreensão, observe a imagem acima que aponta as principais diferenças entre a gripe A (H1N1) e a gripe comum. Como nesta época do ano são comuns as doenças do trato respiratório, tais como sinusite, bronquite, rinite e resfriado, é importante a avaliação médica para um correto diagnóstico do quadro. Nesse sentido, indicamos que as pessoas que possuem plano de saúde busquem primeiramente o atendimento de seu médico assistente. Esta orientação tem como propósitos: Correto diagnóstico do quadro clínico; Evitar a automedicação, que é perigosa, muitas vezes agrava o quadro e pode causar danos à saúde e efeitos colaterais; Evitar um aumento desenfreado na procura por atendimento em Unidades de Saúde e hospitais. Este não é o momento para pânico e aglomeração. Lotar os serviços de saúde pode colaborar na disseminação de microorganismos patogênicos, entre eles o vírus Influenza A (H1N1). Portanto, seja consciente e cidadão. Se você deseja fazer algo, adote as seguintes medidas de higiene e saúde: Ao tossir ou espirrar cubra o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável; Se não for possível, utilize o braço, e não a mão, para cobrir a boca. O vírus é transmitido principalmente pelas mãos; Lave as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar; Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; Faça uma dieta balanceada rica em frutas, legumes e verduras; Aumente o consumo de água; Pessoas com sintomas de gripe não devem frequentar ambientes fechados. Evite aglomerações; Não use medicamentos sem orientação médica; Procure prontamente uma unidade de saúde em caso de suspeita de infecção pela Influenza A (H1N1), para diagnóstico e tratamento adequado. Dessa forma, você estará colaborando para o controle da disseminação de microorganismos patogênicos, bem como auxiliando o seu sistema imunológico a se fortalecer ao cuidar da alimentação e aumentar a ingestão de líquidos. Para esclarecimento de perguntas e respostas frequentes sobre a gripe A, acesse o Ministério da Saúde. Fonte: Diretoria Administrativa e Setor de Medicina e Segurança do Trabalho – Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR

Fortaleça seu organismo para o inverno consumindo alimentos naturais

As baixas temperaturas do inverno estressam o sistema imunológico. Nesta época, também por causa do frio, nos apetecem menos as frutas, verduras e legumes e para nos aquecer costumamos ficar em locais fechados e com pouca ventilação. Tudo isso nos torna mais suscetíveis a gripes, viroses e infecções. Para aproveitar o inverno com saúde, nosso sistema imunológico precisa estar funcionando bem. Para isso, os produtos apícolas, como mel, pólen, própolis e geleia real, são aliados da saúde. A Geleia Real pode ser encontrada in natura e em cápsulas. É produzida pelo organismo da abelha, uma secreção rica em proteínas, gorduras boas, além de ter ação anti-inflamatória, vitaminas e minerais antioxidantes. “É usada como complemento alimentar e recomendada para manter a saúde e melhorar o funcionamento do organismo, diminuindo o cansaço físico e mental, melhorando o apetite, fortalecendo o sistema imunológico, combatendo as infecções de vírus e bactérias e reduzindo os níveis de colesterol e triglicérides”, afirma Thais Souza, nutricionista da rede Mundo Verde. O pólen é um pequeno grão rico em proteínas que ajudam na formação de anticorpos, fortalecendo o sistema imunológico. É também fonte de aminoácidos essenciais que auxiliam na reparação do tecido muscular, tem nutrientes antioxidantes, como as vitaminas A, C e E – que combatem o envelhecimento, e do complexo B, que atuam em reações químicas que fornecem energia para o organismo. Por isso, é um alimento capaz de combater a fadiga e o cansaço físico. Contém cálcio, magnésio e fósforo, minerais fundamentais para a saúde dos ossos e dentes. “É um alimento versátil, que pode ser consumido puro ou adicionado em diversos alimentos, como sucos, iogurtes, vitaminas, frutas, saladas, no preparo de pães, bolos e cookies”, diz Thaís. O mel, saboroso alimento produzido pelas abelhas, tem ação bactericida e antisséptica. É um bom coadjuvante no tratamento de problemas pulmonares e da garganta. Contém substâncias que agem como antibióticos naturais. Não deve ser fervido para que não perca suas propriedades. Pode ser consumido puro, em sucos, vitaminas e frutas, entre outros. E a própolis, feita a partir de uma resina retirada pelas abelhas de algumas plantas, é rica em flavonóides de ação antioxidantes, que auxiliam no combate às doenças que atacam o organismo humano. Atua como “Antibiótico Natural”, eficaz em casos de inflamação e infecção na garganta, além de ajudar no combate a tosses. * Publicado originalmente no site CicloVivo e retirado do site Mercado Ético. (Mercado Ético)

10 alimentos mais calóricos que você pode comer

Você sabe o que é caloria? É uma medida usada para expressar o calor ou o valor energético do alimento e da atividade física. Ela é definida como o valor necessário para elevar a temperatura de 1 kg (1L) de água em graus centígrados de 14,5 a 15,5. Sendo assim, uma caloria é designada mais corretamente como quilocaloria (Kcal). Em média, para sobreviver, as pessoas precisam de 2.000 a 2.500 calorias por dia. O excesso disso é que causa o sobrepeso, tão odiado pelas mulheres. Mas como controlar essa ingestão, se as pessoas mal sabem quantas calorias têm nas coisas que elas consomem todos os dias? Assim, fica difícil saber quando parar de comer, ou que dieta seguir (as pessoas tendem a dizer que “fruta”, no geral, não engorda, mas algumas são bastante calóricas). Os alimentos selecionados abaixo podem não ser os mais calóricos que existem; há tantas opções por aí, além de combinações que as pessoas fazem em casa. Mas a ideia é ilustrar quantas calorias, em média, têm os alimentos que as pessoas consomem com certa frequência, ao lado de opções que podem ser menos calóricas. Confira: 1 – REFRIGERANTES E BEBIDAS ENERGÉTICAS É muito difícil dizer a quantidade de calorias de um alimento, pois existem várias marcas, com diferentes composições. Enfim, em média, os refrigerantes possuem: Refrigerante de Cola, por exemplo, Coca-Cola (1 lata de 350 ml): 137 calorias Refrigerante de Guaraná (1 copo de 240 ml): 75 calorias (uma lata teria, mais ou menos, 110 calorias) Refrigerante de Limão, por exemplo, Sprite (1 lata de 350 ml): 115 calorias Refrigerante Fanta (1 lata de 350 ml): 189 calorias Refrigerante de Cola Diet (1 lata de 350 ml): 1 caloria Apesar do refrigerante “diet” ou “zero” não ter caloria, não faz bem para saúde – pelo contrário -, e beber refrigerante sempre vem com outras desvantagens, como celulite (outra inimiga mortal da mulher). Outras bebidas energéticas e açucaradas também são recheadas de calorias e não muito amigas da saúde. Por exemplo, o Gatorade: um frasco de 473 ml tem 108 calorias. Melhores opções: Água-de-coco Socôco (1 caixa de 200 ml): 40 calorias Café c/ açúcar (1 xíc. café de 50 ml): 26 calorias (sem açúcar, 2 calorias) Chá s/ açúcar (1 xíc. chá de 150 ml): 2 calorias Chá c/ pêssego Parmalat (1 caixa de 200 ml): 73 calorias Vale a pena citar que as frutas têm açucares e algumas são bastante calóricas, mas fazem bem para a saúde. Sendo assim, caloria por caloria, melhor um suco que um refrigerante. Veja algumas opções: Suco de laranja natural (1 copo de 200 ml): 113 calorias Vitamina de banana, mamão e laranja (1 copo de 200 ml): 132 calorias Suco de maçã natural (½ copo, 100 ml): 64 calorias Suco de maçã e morango (1 copo de 200 ml): 84 calorias 2 – BEBIDAS ALCOÓLICAS Geralmente são os homens que possuem “barriga de chope”, mas cada vez mais mulheres estão se tornando fãs da cerveja. Acontece que o álcool é muitas vezes esquecido em dietas. Parece que quando você toma algo, não tem a noção do quanto engorda com isso – comer dá uma sensação muito mais clara do que estamos colocando em nosso corpo. Porém, entre todos os líquidos, as bebidas alcoólicas estão entre os mais calóricos. Confira: Pinga (1/2 copo de 100 ml): 231 calorias Batidas (1/2 copo de 100 ml): 251 calorias Cerveja (1 lata de 350 ml): 147 calorias Champagne (1 taça de 125 ml): 85 calorias Chope (300 ml): 180 calorias Vinho tinto (100 ml): 65 calorias Vodka (30 ml): 72 calorias Uísque (100 ml): 240 calorias 3 – DOCES Ah, os doces. É muito difícil ficar sem, mas por causa dos ingredientes malandros que vão neles (geralmente muito açúcar, óleo, manteiga), os bichinhos são megacalóricos. Confira o valor de alguns deles, para tentar escolher o menos engordativo: Suflê de chocolate (1 xíc. chá de 100 g): 90 calorias Suspiro grande (unidade de 50 g): 75 calorias Pudim de chocolate caseiro (1 porção de 100 g): 277 calorias Bomba de chocolate (1 grande): 187 calorias Amendoim caramelizado (½ copo de 100 g): 446 calorias Brigadeiro (1 unidade de 30g): 96 calorias Bolacha recheada de chocolate (1 unidade): 72 calorias Como vocês podem ver, os doces são geralmente bastante calóricos por conta de seus ingredientes. Por exemplo, apenas 10 gramas de fudge de chocolate têm 158 calorias. 200 gramas de chocolate ao leite têm incríveis 1044 calorias. Ah, então você prefere comer uma fruta? Cuidado. Algumas são bastante calóricas. A banana, por exemplo, tem em média 120 calorias! Entre as frutas menos calóricas, temos acerola (4 calorias por 12 g), limão (12 calorias a unidade) e melão (19 calorias por 70 g). Os doces com frutas são geralmente calóricos: Torta de banana assada (1 fatia de 100 g): 464 calorias Torta de banana c/ creme (1 fatia de 50 g): 353 calorias Salada de frutas c/ chantilly (1 taça de 150 g): 375 calorias Banana caramelada (unidade): 476 calorias 4 – SORVETE Poderia estar entre os doces, mas merece uma categoria inteira porque é supercalórico. Mesmo os picolés não são necessariamente mais saudáveis ou menos calóricos que o sorvete de massa, porque, apesar de conter menos gordura, tem grande variedade de açúcares. Sorvete ao leite de morango (1 unidade): 123 calorias Banana Split (1 taça): 843 calorias Colegial (1 taça): 482 calorias Milk-Shake Baunilha (1 copo de 290 ml): 336 calorias Milk-Shake Chocolate (1 copo de 300 ml): 380 calorias Sorvete de massa de chocolate, creme, morango ou coco (1 bola de 40g): 75 calorias Sundae (1 taça): 616 calorias Chicabon Kibon (unidade): 109 calorias Milkshake de chocolate ou morango McDonald’s (unidade): 320 calorias Sundae caramelo McDonald’s (unidade): 270 calorias 5 – CARNES As pessoas não gostam de trocar um bom bife por um peixinho saudável, mas esse pode ser um bom negócio – pelo menos de vez em quando. A proteína da carne faz bem, mas muita carne vermelha faz mal, e o peixe, como todos sabem, tem muitos benefícios para a saúde (especialmente para o cérebro) e é – geralmente! – menos calórico. Confira: Alcatra assada (2 fatias de 100 g): 235 calorias Bacon em pedaços Sadia (1 fatia de 10 g): 56 calorias Bisteca de porco (unidade de 150 g): 360 calorias Carne bovina Swift (pacote de 330 g): 799 calorias Costela assada de boi (2 unidades de 100 g): 380 calorias Coxa de frango (unidade de 100 g): 144 calorias Coxão mole frito (1 filé de 100 g): 235 calorias Hambúrguer bovino Swift/Bordon (unidade de 56 g): 117 calorias Picanha 1 filé de 100 g): 156 calorias Linguiça calabresa curada Sadia (100 g): 312 calorias Mesmo os frangos podem ser bastante calóricos. Os peixes ainda ganham: Frango a passarinho (2 pedaços de 100 g): 156 calorias Frango cozido (1 sobrecoxa de 100 g): 220 calorias Bacalhau assado ou grelhado (1 posta de 100 g): 110 calorias Bacalhau cozido (1 posta de 100 g): 100 calorias Dourado (1 porção de 100 g): 80 calorias Lula cozida (100 g): 93 calorias Os peixes são mais saudáveis se consumidos crus, cozidos ou assados. Na verdade, o mesmo ocorre com a carne, que perde nutrientes e fica mais calórica quando frita. Vale lembrar que existem peixes mais calóricos, como o salmão, que mesmo assado ou grelhado, tem 220 calorias a cada 100 gramas. Observação: Na preparação de misturas, gorduras, óleos, molhos e condimentos adicionam calorias. Entre os molhos, os mais calóricos são maionese (142 calorias cada 20 g) e molho rosê (135 calorias cada 15 g). Para fritar, prefira azeite de oliva a óleos de girassol e soja, por exemplo (mesmo manteiga com sal tem menos caloria que os óleos). Por fim, mesmo caldo de carne e de galinha adicionam calorias (um tablete de 12 g tem 33 e 35 calorias, respectivamente). 6 – MASSAS E PIZZAS Dois dos pratos mais comidos no mundo inteiro: massa e pizza. Quem não ama? Como pessoa que detesta salada (infelizmente), eu costumo brincar que para saber quando algo é calórico, basta responder se é delicioso. Capeleti de frango ou carne Cica (1 xíc. chá de 100 g): 279 calorias Espaguete c/ ervilha e queijo (1 prato de 200 g): 550 calorias Espaguete comum cozido (1 prato de 160 g): 233 calorias Lasanha Frescarini (1 porção de 100 g): 299 calorias Lasanha Sadia (1 porção de 100 g): 139 calorias Macarrão à carbonara Maggi (1 xíc. chá de 100 g): 402 calorias Macarronada (1 prato): 389 calorias Nhoque s/ molho (1 escumadeira): 142 calorias Pizza de calabresa c/ cobertura de mussarela (1 fatia de 140 g): 415 calorias Pizza portuguesa (1 fatia de 140 g): 449 calorias Pizza quatro queijos (1 fatia de 140 g): 410 calorias E cuidado com o macarrão instantâneo (“miojo”): Espaguete Nissin instantâneo (1 pacote de 85 g): 422 calorias Lámen Turma da Mônica sabor carne Nissin (pacote): 369 calorias 7 – PETISCOS Uma pipoquinha, um amendoim, uma porção de batata frita, podem vir acompanhados de obesidade, ataque cardíaco, e outras condições. O problema não sempre são os alimentos em si: a batata, a pipoca (que sem nada pode ter 20 calorias): é a fritura, o sal, a manteiga… Amendoim torrado salgado Otker (pacote): 1254 calorias Bolinha de queijo (unidade): 42 calorias (e quem come só uma?) Bolinho de bacalhau (unidade de 30 g): 159 calorias Doritos, Elma Chips (pacote): 477 calorias Batatas Fritas McDonald’s (pacote grande): 440 calorias Nuggets Sadia (2 unidades de 100 g): 210 calorias Pipoca c/ óleo e sal (1 xíc. chá de 10 g): 55 calorias 8 – SANDUÍCHES DE FAST FOOD Qualquer sanduíche é calórico, mas sua intuição está certa: os de fast food são mais. Deixe a visita ao McDonald’s para de vez em quando! Big Mac McDonald’s (1 unidade de 204 g): 504 calorias Cachorro quente com molho de tomate Bob’s (1 unidade de 130 g): 291 calorias Cheddar McMelt McDonald’s (1 unidade de 181 g): 507 calorias McChicken McDonald’s (1 unidade de 176 g): 454 calorias Quarteirão com queijo McDonald’s (1 unidade de 202 g): 558 calorias Sanduíche de atum com salada Bob’s (1 unidade de 228 g): 377 calorias E entre os mais calóricos de todos: Double Grill Bacon Bob’s: 1314 calorias BK Stacker Quádruplo Burger King: 1018,7 calorias Big Tasty McDonald’s: 839 calorias 9 – QUEIJOS Os queijos são bastante calóricos. Em comparação com outros alimentos, eles têm muita caloria em poucas gramas, como alguns doces. Triste notícia. Queijo Americano Pasteurizado (30 g): 101 calorias Brie (30g): 110 calorias Catupiry (20g): 49 calorias Cheddar americano (30g): 107 calorias Gorgonzola (30g): 119 calorias Gouda Luna (30g): 107 calorias Parmesão (30g): 121 calorias Requeijão cremoso Nestlé (20g): 54 calorias Queijo de mussarela (28 g): 80 calorias 10 – ARROZ E FEIJÃO O nutricionista francês Pierre Dukan comentou em visita ao Brasil que os jovens estão muito mais gordos que seus pais, e que o excesso de peso brasileiro pode ser contido com uma moderação no consumo de feijão com arroz. “Fiquei com a impressão de que os jovens brasileiros comem bastante feijão, arroz e feculentos (como a batata)”, disse Dukan. Arroz, feijão, bife, batata e farofa. Olha quanta caloria tem nisso tudo aí… Arroz e feijão (2 colheres de sopa , 40g): 75 calorias Arroz c/ feijão temperado c/ bacon e ovo frito (1 prato): 900 calorias Batata assada c/ cebola e creme de leite (100g): 251 calorias Bife de carne magra de boi (100g): 260 calorias Bife à parmegiana (Unidade): 485 calorias Farofa (1 colher de sopa de 20g): 169 calorias Confira aqui uma tabela dividida em categorias com as calorias de diversos alimentos. [Terra, Unesp, CopacabanaRunners, Calorias, Uol]

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Descoberto primeiro alarme do corpo na invasão de um vírus

Alarme avançado Pesquisadores localizaram um ponto exato no corpo humano onde é dado o primeiro sinal de alerta do ataque de um vírus, acionando o sistema imunológico. Eles também caracterizaram o próprio alarme, que é ativado mesmo antes que o vírus entre na célula. "Pode acontecer que os pacientes que sofrem de infecções frequentes na verdade tenham problemas com a ativação do mecanismo que acabamos de detectar," disseram Riis Soren Paludan e Christian Holm, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. Membrana celular dispara o alarme Até agora se considerava que nosso sistema imunológico é alertado sobre a invasão por um vírus quando o material genômico do vírus entra na célula. Mas esta nova pesquisa revelou um processo que é acionado antes mesmo de o material genômico externo entrar na célula. O processo se inicia na própria membrana externa, que envolve a célula. Sem esse aviso, o corpo não sabe que precisa começar a combater o vírus, que então tem tempo para se espalhar e, eventualmente, resultar em, por exemplo, hepatite, gripe, herpes labial, ou mesmo AIDS. Alarmes em dois sentidos O "posto avançado" na membrana celular envia sinais de alarme nos dois sentidos quando o perigo é detectado. Um sinal (de saída) irá alertar o sistema imunológico, preparando o corpo para um possível ataque. O outro sinal (de entrada) fará com que a célula investigue a ameaça. Os pesquisadores acrescentam que este novo conhecimento poderá levar ao desenvolvimento de vacinas mais eficientes. Redação do Diário da Saúde

Aumento do nível do mar ameaça o litoral do Atlântico nos Estados Unidos

O nível do mar em uma faixa costeira atlântica nos Estados Unidos, incluindo as cidades de Nova York e Boston, aumenta até quatro vezes mais rapidamente do que a média mundial, segundo um estudo pubicado pela revista Nature Climate Change. Este fenômeno, vinculado à mudança climática, aumenta o risco de inundações de uma das zonas costeiras mais densamente povoadas e ameaça a biodiversidade das zonas úmidas, segundo o estudo do centro americano de vigilância geológica USGS. Estas conclusões aparecem quando especialistas do Conselho Nacional de Pesquisa americano afirmaram na sexta-feira que a elevação do nível do mar devido ao aquecimento climático pode ser duas ou três vezes mais importante que o previsto durante este século. Desde 1990, ao longo de uma faixa de mil quilômetros da extensão da faixa atlântica dos Estados Unidos examinada pela Nature Climate Change, o nível do mar aumentou de 2 a 3,7 milímetros por ano. Em nível mundial, o aumento é entre 0,6 e 1 milímetro. Se o aquecimento continuar, o nível do mar nesta parte da costa atlântica poderá aumentar, até 2100, 30 cm, mais que o aumento de 1 m em média em nível mundial calculado pelas projeções científicas. Em outro estudo publicado pela Nature Climate Change, investigadores europeus vão mais além de 2100: segundo seus cálculos, uma alta das temperaturas de dois graus provocará uma alta de 2,7 m em 2300 em relação ao nível do mar. Limitar o aquecimento a +1,5 graus limitariam esta elevação do nível dos oceanos a 1,5 metros. O objetivo atual da comunidade internacional é limitar o aquecimento a menos de dois graus em relação à época pré-industrial. (Fonte: Portal iG)

Como proteger-se da gripe H1N1

A campanha de vacinação de idosos e crianças contra a gripe H1N1, também conhecida como gripe suína, foi concluída este ano no dia dois de junho e, segundo o Ministério da Saúde, a meta de vacinar 80% da população alvo foi atingida. Foram mais de 24,12 milhões de pessoas no grupo formado por idosos, crianças, gestantes, profissionais de saúde e populações indígenas (nos municípios em que as metas não foram atingidas, a vacinação deve prosseguir). Os piores números ficaram entre as gestantes e os indígenas. A infecção pelo vírus da gripe registrou 449 casos, dos quais 51 evoluíram para óbito, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, o que é quase o triplo do total registrado no ano de 2011 inteiro. A maior parte dos casos concentram-se nos estados do Rio Grande Do Sul (dos estados da região Sul, o que teve menor percentual de população-alvo vacinada), Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Para quem não faz parte do público alvo, resta tentar fazer a vacinação por conta própria (os estoques da vacina já estão esgotados em várias localidades), e investir na prevenção. Com a chegada do inverno, espera-se um aumento nas notificações de casos e, para diminuir a probabilidade de contrair uma gripe, fique atento para as dicas. Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel a 71%. Por mais que você tome cuidado em não tocar superfícies que possam estar infectadas, em muitos casos isto é inevitável. Antes de fazer qualquer atividade, ao chegar nos ambientes, e em casa, lave as mãos para eliminar o vírus. Use um lenço descartável para higiene nasal e, ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com o braço (não com a mão, nem com o antebraço), se não tiver um lenço. Mesmo que você não esteja gripado, acostume-se a ter a atitude correta e menos infecciosa, use lenços descartáveis ou proteja o rosto e vias aéreas com o braço ao espirrar. Assim você diminui a quantidade de vírus que poderia, eventualmente, liberar em um ambiente. Evite levar os dedos aos olhos, nariz e boca, uma vez que o contágio indireto pode ocorrer com o contato com as mucosas. As mucosas são uma das portas de entrada do vírus, e como as mãos são um dos locais mais prováveis para encontrar o vírus, evite tocar nas mucosas. Se for absolutamente necessário, lave as mãos antes. Evite aglomerações: o vírus é transmitido diretamente de pessoa para pessoa quando alguém contaminado espirra ou tosse, e libera o vírus no ar. Se não puder evitar as aglomerações, como ao utilizar transporte coletivo (elevador, ônibus, trem ou metrô), utilize a máscara descartável de proteção. Não reutilize a máscara. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como toalhas de banho, de rosto, talheres e copos. O vírus sobrevive até dez horas sobre uma superfície lisa. Esta é uma norma básica de segurança de saúde, evite ao máximo a possibilidade de troca de fluidos ou de vírus. Além da gripe, você também evita conjuntivite, só para citar uma das infecções que se apanha em toalhas de uso comum, por exemplo. Alimente-se bem, ingerindo bastante frutas e água. A alimentação saudável leva a um organismo saudável e a um sistema imunológico mais forte, que tem mais chances de reagir à doença. Vacine-se. A vacina contra a gripe é eficaz em 70% dos casos, pelo menos, e protege contra os três tipos de vírus influenza A responsáveis pelo maior número de infecções. A mortalidade do vírus reduziu em 84% na comparação com o último ano. Mas fique atento que a proteção proporcionada pela vacina começa a funcionar duas semanas depois da vacinação. Existem também recomendações do Ministério da Saúde para quem se dirige ou procede de áreas afetadas pelo vírus. Quando for lavar as mãos tome os seguintes cuidados: Lembre-se de retirar os acessórios (anéis, pulseiras, relógios), uma vez que estes objetos acumulam organismos não removidos com a lavagem da mão. Na lavagem, evite encostar na pia, enxague bem as mãos retirando todos os resíduos de sabonete. Evite encostar na torneira com as mãos ensaboadas. Use papel-toalha para secar as mãos e punhos. Se a torneira não fecha automaticamente, use um papel toalha para fechar sem tocar na mesma. A gripe H1N1 não está se revelando mais letal que a gripe comum, mas os seus sintomas são mais fortes. A estimativa do Ministério da Saúde é que 30% da população já está imunizada contra o H1N1, por ter contraído a infecção natural em 2009. Se você sentir os sintomas da gripe e fizer parte dos grupos mais vulneráveis para as complicações – gestantes, crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas -, você deve procurar um posto de saúde ou um médico. Os sintomas principais são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular ou dor nas articulações. Ministério da Saúde, G1

Os 20 melhores alimentos do supermercado

Introdução Seu mercado oferece milhares de opções de produtos. Algumas delas, boas para você. Outras, nem tanto, apesar do que dizem os rótulos. Para ir direto ao assunto e ajudar a fazer as compras mais rapidamente, aqui está uma lista dos 20 melhores alimentos que você pode comprar. Alimentos saudáveis que ajudam a combater a gordura, ganhar massa muscular e prevenir doenças. Construa a sua dieta com essas opções e tenha uma vida mais saudável. Amêndoas Seja para uma salada ou comer diretamente, as amêndoas são uma excelente fonte de gordura monoinsaturada. Elas também são consideradas uma excelente fonte de proteína, vitaminas (tiamina, riboflavina e vitamina E) e minerais (ferro, cobre e zinco). E seus benefícios não param por aqui. De acordo com um estudo publicado no "British Journal of Nutrition", comer amêndoas ajuda a controlar os níveis de colesterol. Aspargos Não é apenas um legume cheio de nutrientes anti-inflamatórios, mas também contém altos níveis de ácido fólico, que podem ajudar a regular o seu humor, liberando um neurotransmissor chamado "serotonina". Mas se isso não for suficiente, você deve saber que os espargos também são anticancerígenos. Um estudo publicado na revista internacional "Cancer Letters" sugere que comer aspargos pode evitar a formação de tumores. Abacates Esses frutos grandes estão cheios de gordura monoinsaturada saudável ​​para o coração e são excelentes veículos para as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. Os estudos não só vinculam o consumo de abacate com a melhora da saúde cardiovascular, mas também com a capacidade que eles têm de regular os níveis de açúcar no sangue. Além disso, um estudo publicado na revista "Nutrition and Cancer", sugeriu que o abacate tem benefícios anticâncer (especificamente na prevenção de câncer bucal, pele e próstata). Frutas vermelhas Seja consumindo frutos vermelhos cheios de antioxidantes que melhoram o funcionamento do cérebro ou mirtilos cheios de vitamina C para proteger a visão, é difícil pensar que você está errado adicionando qualquer um destes alimentos na sua dieta. Mas se a ingestão de altos níveis de vitaminas e antioxidantes não é o suficiente, um estudo recentemente publicado no "Journal of Medicinal Food" descobriu que frutas vermelhas (especificamente morangos, framboesas e mirtilos) têm propriedades que podem diminuir o risco de câncer de mama e do colo uterino. Pimentões Falando de nutrientes convencionais, os pimentões estão cheios de antioxidantes (especialmente vitaminas A, C e E). E, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade de Illinois, comer pimentões pode ajudar seu corpo a neutralizar os radicais livres, reduzindo o risco de doenças. Feijão preto Cheio de nutrientes e barato! Estas são apenas duas das vantagens oferecidas por estas sementes. Na verdade, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Guelph, em Ontário, o feijão preto é saudável ​​para o coração e previne os tipos de câncer semelhantes aos das frutas vermelhas, do chá e do vinho tinto. Além disso, você vai receber uma ótima combinação de proteínas e fibras em cada porção de feijão preto. Brócolis Esse legume não só tem altos níveis de vitamina C e K, mas também está cheio de fitoquímicos e sulforafano, que são considerados nutrientes anticancerígenos. Mas os benefícios dos brócolis não estão limitados ao câncer. Um estudo do "The Journal of Agricultural and Food Chemistry" descobriu que os brócolis têm o potencial de proteger o sistema cardiovascular. Couve de Bruxelas Este legume é cheio de nutrientes essenciais para o seu corpo (vitaminas A, B6, C, E e K), bem como o selênio, um mineral que ajuda a combater radicais livres. Numerosos estudos têm observado o potencial para a prevenção de câncer da bexiga, mama, cólon e pulmão. Abóbora A abóbora tem baixas calorias e altos níveis de vitamina C. Mas o mais importante é que está cheia de beta-caroteno e beta-criptoxantina. De acordo com um estudo publicado na revista "Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention", quem consome alimentos ricos em beta-caroteno têm um risco menor de desenvolver câncer de pulmão. Peito de frango O peito de frango sem pele é um clássico atemporal. Não é apenas uma excelente fonte de proteína magra, mas também uma tremenda fonte de coenxima Q10, essencial para a renovação de células da pele. Suas proteínas são compostas de 18 aminoácidos e não contêm carboidratos, o que torna o alimento perfeito para os músculos. Edamame Esta soja japonesa popular é rica em vitaminas C e B, e uma das poucas fontes naturais de vitamina E. Segundo o Dr. Jeffrey Blumberg, diretor do Laboratório de Antioxidantes da Tufts University, a soja é também uma grande fonte de proteína. Esses grãos são considerados uma fonte natural de antioxidantes e isoflavonas. Ovos Considere-os no topo da lista de nutrientes importantes. Afinal, qual alimento mais pode se gabar de ser barato, rico em proteínas e disponível o ano inteiro? Estudos têm ligado o consumo de ovos a um aumento na saúde do cérebro, redução de inflamação, bem como melhora na saúde cardiovascular. De fato, um estudo do "The American Journal of Clinical Nutrition" informa que o consumo de ovos melhora os níveis de colesterol, ajudando a sua saúde cardiovascular. Linho Seja com seu cereal ou misturado no seu milk-shake, esse alimento poderoso fornece uma rica fonte de magnésio, fibra e cálcio. Estas sementes também têm níveis extremamente elevados de lignanas (abundantes em micronutrientes e ácidos gordos, tais como o ômega 3) e estão ligadas à prevenção de muitos problemas de saúde. Segundo um estudo publicado no "The Archives of Internal Medicine", o linho, graças ao seu elevado teor de fibra, pode ajudar a prevenir doenças cardíacas. Alho Por mais que você não possa comer alho da mesma forma que come amêndoas, ele não pode faltar na sua lista. É muito bom para o coração, reduz o colesterol e os triacilglicerídeos em seu corpo, mas também protege as células do sangue e os vasos sanguíneos de problemas inflamatório e estresse. Como um extra, um estudo publicado pela "The American Journal of Clinical Nutrition", descobriu que o alho pode impedir as mudanças celulares que desencadeiam o desenvolvimento de tumores cancerígenos e inibir o seu crescimento. Cebolas As cebolas, como o alho, são ricas em componentes com enxofre (podem não ser boas para a sua respiração, mas para o seu corpo, sim). Vários estudos têm mostrado que a ingestão de cebola tem benefícios cardiovasculares (principalmente proteção contra ataques cardíacos), quando consumidos em uma dieta combinada com outros legumes. Espinafre Dr. Chris D'Adamo, epidemiologista nutricional da escola de medicina da University of Maryland, diz: "Alface, repolho, espinafre e folhas verdes estão entre os alimentos mais nutritivos da terra." Então, use em sua salada ou os cozinhe no vapor, como uma ótima maneira de obter a sua dose diária de vitamina K, com baixas calorias. De acordo com um estudo publicado no "International Journal of Cancer", comer espinafre protege contra o aparecimento de câncer de próstata progressivo. Salmão Este é o melhor peixe em termos de benefícios para a saúde. O salmão é uma grande fonte de proteína magra e fornece uma dose saudável de ácidos gordos e que fazem bem ao coração, como o ômega 3. Um estudo publicado no "Journal of American Medical Association" descobriu que o consumo de salmão reduz o risco de morte por doenças cardíacas. Mas, como D'Adamo diz: "Se você puder, prove o salmão silvestre, os criados normalmente tem corante para ficar mais cor-de-rosa e estão carregados de antibióticos." Batatas Comer batatas pode ser uma maneira fácil de incluir nutrientes a sua dieta. Não só tem carboidratos complexos e fitoquímicos, mas também a batata é uma excelente fonte de fibras, vitaminas beta-caroteno e múltiplas vitaminas. E, considerando que a vitamina A é a mais importante para proteger os olhos e mantê-los mais fortes, vários estudos têm mostrado um paralelo entre o consumo de legumes frescos e olhos saudáveis. Tomates Carregado com nutrientes, baixa calorias e cheios de benefícios anticancerígenos, o tomate pode ser considerado uma ameaça tripla em relação à fruta. De acordo com D'Adamo, têm altos níveis de licopeno, que podem melhorar a saúde cardiovascular e ajuda a prevenir os danos do sol na pele. E os benefícios do tomate não param por aqui. Um estudo publicado no "Cancer Epidermal Biomarkers Prevention" mostrou que o consumo regular desta fruta poderosa pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata. Yogurt Você sabe a melhor maneira de ingerir leite e perder peso? A pesquisa indica que o iogurte é potencialmente mais poderoso do que o leite. Muitos estudos têm relacionado o consumo de iogurte com uma digestão saudável e um baixo percentual de gordura corporal. Mas de acordo com D'Adamo "confira os níveis de açúcar". O ideal é consumir o iogurte grego. http://www.ehow.com.br

domingo, 24 de junho de 2012

Pandemia da gripe aviária (H5N1) é possível

A gripe aviária, também conhecida pela sigla H5N1, mata mais da metade dos infectados, mas desde que foi descoberta, em 2003, apenas 332 pessoas morreram dela, e isto por que ela não é transmitida por via aérea, só por contato direto entre aves e humanos. Dilema letal Agora, foi publicado um dos trabalhos escolhidos pelo site Wired como os mais importantes de 2011, que trata de uma descoberta aterrorizante: cinco mutações bastavam para que o vírus H5N1 passasse a ser transmitido pelo ar. Uma gripe tão letal causaria uma pandemia se pudesse ser transmitida como a gripe comum ou a gripe suína, por espirros e tosse. Assim que o cientista Ron Fouchier, do Erasmus Medical Centre, em Roterdã, Holanda, anunciou que havia identificado as mutações, surgiu a polêmica: publicá-las ou não publicá-las. Temia-se que laboratórios produzissem a cepa com mutações para praticar o bioterrorismo, ou que um acidente ou falha na segurança das amostras resultassem em um vazamento do vírus letal para a atmosfera. Nos dois casos, terror e morte se seguiriam. Depois de muita discussão, foi decidida a publicação do trabalho científico com todos os detalhes das mutações. A esperança dos cientistas é que a publicação permita o desenvolvimento de vacinas e uma rotina de investigação em campo das mutações existentes, para verificar se alguma cepa na natureza possuía alguma das mutações necessárias – a estimativa é que se alguém for infectado por uma versão com duas das mutações, nos cinco dias de infecção normal as outras três mutações poderiam ocorrer, e o vírus poderia passar a ser transmitido por espirro e tosse. Família problemática O Influenza A é uma “família” de vírus que ataca aves e alguns mamíferos. Os diferentes membros desta “família” recebem um nome relacionado à hemaglutinina (H) e à neuraminidase (N) específicas. Existem 17 diferentes hemaglutininas, de H1 a H17, e 9 diferentes neuraminidases, de N1 a N9. A gripe suína tem a hemaglutinina tipo 1 e a neuraminidase tipo 1 também, por isto seu “nome” é H1N1. Mas ainda é um vírus Influenza A. Diferentes combinações H e N resultam em vírus que são mais ou menos perigosos, que atacam uma ou várias espécies. O vírus H5N1 por enquanto é bastante virulento para aves, tendo matado milhões delas, e também é letal para seres humanos, mas não tão virulento, pois não é transmitido por via aérea. Sintomas As pessoas que foram infectadas pelo H5N1 “pegaram” a versão do vírus das aves, já que ainda não existe uma versão para humanos, o que implica que o vírus vai causar uma pneumonia viral. Os sintomas comuns são febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, conjuntivite e, em casos severos, problemas respiratórios e pneumonia que pode ser fatal. A severidade da infecção depende em grande parte do estado do sistema imunológico da pessoa infectada e se ela já havia sido exposta ao vírus anteriormente (o que a deixaria parcialmente imune). Não se sabe se a versão para humanos terá outros sintomas. Por enquanto, o vírus que está causando mais problemas é o da gripe suína, a H1N1, que já está causando mortes também neste inverno. Fique alerta aos sintomas desta gripe e, se puder, vacine-se. http://hypescience.com

Gripe aviária pode se tornar pandemia

Quando um periódico científico do porte da Science, uma das mais prestigiosas do mundo, faz uma teleconferência com seis cientistas espalhados pelo mundo pode-se presumir que o trabalho a ser apresentado é de impacto. Agora ao ouvir o editor-chefe da revista, Bruce Alberts, um bioquímico de respeito mundial, abrir a conferência dizendo que a revista irá publicar dois artigos científicos de forma aberta – (qualquer pessoa pode acessar os textos livremente via internet, o que é extremamente incomum no caso dela) – é bom prestar atenção. De acordo com Alberts, os artigos mostram que há um “potencial real para o vírus H5N1 (o vírus da gripe aviária) evoluir para uma forma que possa causar uma pandemia”. É importante, porém, escutar os detalhes para não cair na tentação de achar que é apenas uma frase de efeito – para o lado catastrófico ou para o sensacionalista. O que dizem os artigos – O primeiro artigo científico, liderado por Ron Foulchier, do Centro Médico Erasmus, na Holanda, buscou entender como o H5N1 pode se tornar transmissível pelo ar em mamíferos. “Nossa principal conclusão é que o vírus da gripe aviária H5N1 pode adquirir a habilidade de ser transmitido via aerossol entre mamíferos; mostramos que um mínimo de 5 mutações e certamente menos de 10 delas são suficientes para torna-lo transmissível por via aérea”, explicou Foulchier durante a teleconferência. Para chegar a esta conclusão a equipe liderada por ele primeiro identificou as mutações que levaram à emergência das pandemias de 1918, 1957 e 1968. Em seguida, modificou geneticamente uma cepa de H5N1 para que ele contivesse essas três mutações para verificar se isto tornava o virus transmissível pelo ar via pequenas gotas (aerosol) em doninhas – um pequeno mamífero largamente utilizado como modelo para transmissão de gripe. O resultado foi negativo e os cientistas testaram então quantas vezes era necessário infectar e reinfectar uma doninha com o vírus modificado para que ele evoluísse e se tornasse transmissivel pelo ar. “Quando pegamos o virus após 10 passagens (dele) pelo nariz da doninha verificamos que tinha desenvolvido a habilidade de se transmitir via aerossol entre elas”, afirmou Foulcheir. E completou: “Ele não matou as doninhas que foram infectadas via aerossol.” Com este dado em mãos a equipe analisou quais mutações – além das três introduzidas por eles – haviam ocorrido no H5N1 para torna-lo transmissível via ar. O resultado foram que outras duas mutações realizavam o serviço. A descoberta não significa, porém, que as mesmas dez passagens são necessárias em humanos. “É difícil fazer uma relação direta entre as dez passagens em doninhas e o número de passagens em humanos… Uma cadeia limitada de transmissão em doninhas é suficiente para fazer o vírus se adaptar. Assumimos que este número também seria relativamente pequeno em humanos”, pontuou Foulchier. E continuou: “Devemos assumir que o que vimos nas doninhas é mais ou menos similar em humanos, mas não é uma correspondência direta. Há uma correspondência, mas há exceções à regra e sempre precisamos ser cuidadosos ao interpretar trabalhos com doninhas no contexto dos humanos.“ No segundo artigo, os cientistas tentaram descobrir as possibilidades de que um H5N1 desenvolvesse as cinco mutações necessárias à transmissão via aerossol entre mamíferos. A primeira constatação foi que diversas cepas do H5N1 já possuem duas das mutações. Ou seja: seriam necessárias apenas mais três delas – obviamente três específicas – para torná-lo transmissível por ar entre mamíferos. “Estudamos matematicamente e computacionalmente a evolução do vírus em um hospedeiro e em uma cadeia de transmissão entre hospedeiros. Descobrimos que é possível para um vírus fazer três mutações dentro de um hospedeiro. Fazer quatro ou cinco é mais difícil. E realizar as cinco parece realmente difícil. Não sabemos, porem, ainda o quão difícil é”, afirmou Derek Smith, principal autor do texto, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, na teleconferência. Preparação para a pandemia – A constatação de que essas mutações podem, em teoria, ocorrer naturalmente no H5N1, e torna-lo transmissível entre mamíferos – possivelmente entre humanos também – levanta ainda uma outra questão importante relacionada à primeira frase de Alberts sobre disponibilizar os estudos para toda e qualquer pessoa com acesso à internet: uma pessoa tecnicamente habilitada e má intencionada não poderia pegar os dados e tentar fazer as mutações em laboratório? “Ao fazer pesquisa, você continuamente analisa o risco-benefício dela. Eu acredito que os benefícios são maiores do que o risco. Isto significa que não há risco? Claro que não. Não posso dizer de jeito nenhum isso, mas, para mim, os benefícios são maiores”, afirmou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, dos Estados Unidos, que também participou da teleconferência e fez um artigo na revista analisando as lições aprendidas com as pandemias passadas. O pensamento de Fauci vai na mesma direção do que acredita Alberts. “Esperamos que a publicação ajude a tornar o mundo mais seguro, em especial ao estimular mais cientistas e formuladores de políticas públicas em focar para preparar as defesas. Isto irá requerer grandes inovações e tornar estes dados disponíveis aumenta grandemente as chances de que estas inovações ocorram”, afirmou ele. Se uma pandemia vier, o mundo teria atualmente como se defender, segundo Rino Rappuoli, chefe global de pesquisas em vacinas da Novartis Vacinas e Diagnósticos. “Podemos em teoria estar prontos rapidamente para fazer uma vacina. Isto é possivel hoje do ponto de vista tecnológico. A questão seria apenas mudar o processo regulatório para garantir que ele pudesse ser utilizado para fabricar as vacinas que possam ser então distribuídas”, afirmou ele que também esteve presente à conferência e foi autor de um artigo na mesma edição sobre estratégias de curto e longo prazo para preparação para uma pandemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a mortalidade de seres humanos por gripe aviária está em 60%. (Fonte: Alessandro Greco/ Portal iG)

Região Sul registra 43 mortes por gripe suína desde o início do ano

Os três estados da Região Sul registram, este ano, 43 mortes provocadas pelo vírus Influenza H1N1. Até esta quinta-feira (21), morreram 33 pessoas em Santa Catarina, cinco no Paraná e cinco no Rio Grande do Sul. São 309 os casos de influenza A (H1N1) – gripe suína confirmados por exames de laboratório em Santa Catarina, 64 no Paraná e 26 no Rio Grande do Sul. O inverno, que começou oficialmente na noite de ontem (20), facilita a circulação dos vários subtipos do vírus da gripe. O Ministério da Saúde orienta os médicos a prescrever o medicamento antiviral oseltamivir, conhecido como Tamiflu, a todos os pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento, conforme protoloco atualizado em 2011. “Todos os que apresentarem síndrome gripal e que fazem parte dos grupos mais vulneráveis para complicações, como gestantes, crianças pequenas, idosos e portadores de doenças crônicas, devem iniciar o tratamento”, recomenda o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch. Os sintomas são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares ou nas articulações. Em caso de agravamento, o antiviral deve ser receitado com urgência, mesmo para quem não faz parte dos grupos mais vulneráveis. A Secretaria de Saúde do Paraná recomenda que os estabelecimentos onde há aglomeração de pessoas retomem o cuidado com a ventilação e a higiene, oferecendo, por exemplo, dispensadores de álcool em gel. O secretário Michele Caputo Neto informou, em entrevista coletiva, que o estado receberá do governo federal mais doses da vacina contra a gripe na próxima semana. “Vamos definir nos próximos dias se ampliamos os grupos prioritários para receber a vacina, como, por exemplo, as crianças de até 5 anos matriculadas em creches públicas”, disse Caputo Neto. “O que vai salvar vidas é a identificação rápida dos sintomas e a medicação.” As cinco pessoas que morreram no Paraná tinham entre 20 e 49 anos de idade. Dois casos de mortes estão sob investigação no estado, e uma gestante que contraiu o vírus Influenza H1N1 está internada em estado grave. A secretaria preferiu não divulgar detalhes sobre a paciente, nem a cidade onde está internada. Revelou apenas que o estado da mulher, que deu à luz gêmeos, está melhorando. O Brasil imunizou, desde o começo de maio deste ano, 24,9 milhões de pessoas contra a gripe, segundo tabela do Programa Nacional de Imunizações. O número equivale a 82,9% do público-alvo, formado por idosos, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, profissionais de saúde e índios. Na Região Sul, o Estado com maior percentual de imunização foi Santa Catarina (93,7%). No Paraná, o percentual foi 87,7% e, no Rio Grande do Sul, 80,2%. Como forma de prevenção contra infecções pelo vírus da gripe, o Ministério da Saúde orienta ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável. Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. As pessoas com síndrome gripal, sob orientação de um profissional de saúde, devem permanecer em casa, afastando-se de suas atividades por pelo menos uma semana e evitando o contato próximo com outras pessoas. (Fonte: Fernando César Oliveira/ Agência Brasil)

Bactérias benéficas ajudam a combater infecções por vírus

Bactérias comensais Pessoas saudáveis abrigam um grupo enorme e diversificado de bactérias e outros microrganismos no interior dos seus corpos. Isto está ficando cada vez mais patente graças ao trabalho de catalogação dessas bactérias, o que está sendo feito pelo Projeto Microbioma Humano. Esses "sócios" microbianos ajudam nosso organismo de várias formas - da digestão dos alimentos ao desenvolvimento de um sistema imunológico saudável. Embora sejam conhecidas como bactérias comensais, além das bactérias, essas populações de microrganismos benéficos incluem fungos, protozoários e até alguns vírus. Comunidades microbianas As comunidades microbianas colonizam as barreiras superficiais de várias partes do corpo humano, incluindo a pele, vias aéreas superiores, paredes vaginais e trato gastrointestinal. A maior e mais diversificada comunidade microbiana vive no intestino. A boa notícia é que esses microrganismos comensais também são essenciais para combater as infecções por vírus danosos. Estudos em pacientes têm associado alterações nas comunidades bacterianas com susceptibilidade ao diabetes, obesidade, câncer, doença inflamatória intestinal, alergia e outros distúrbios. Apesar disso, exatamente como as bactérias comensais regulam a imunidade após a exposição a agentes patogênicos é algo ainda não bem compreendido pelos cientistas. Bactérias contra vírus O papel das bactérias no combate às infecções virais acaba de ser documentado por um estudo realizado por David Artis e Michael Abt, da Universidade da Pensilvânia (EUA). "A partir de nossos estudos em camundongos, nós descobrimos que os sinais provenientes desses micróbios benéficos são essenciais para otimizar a resposta imunológica a infecções virais," disse Artis. Os sinais das bactérias comensais influenciam o desenvolvimento das células imunológicas e, portanto, a suscetibilidade a doenças infecciosas ou inflamatórias. Neste novo estudo, camundongos tratados com antibióticos - para reduzir o número de bactérias comensais - apresentaram uma forte redução na resposta imunológica antiviral e um retardo substancial na eliminação de um vírus sistêmico e de um vírus da gripe. Além disso, as cobaias tiveram suas vias respiratórias superiores severamente danificadas, e um aumento da taxa de mortalidade após a infecção com o vírus da gripe. Isso demonstra que as alterações nas comunidades bacterianas comensais podem ter um impacto negativo sobre a imunidade contra vírus. Imunidade antiviral Os macrófagos, células do sistema imunológico, apresentaram uma diminuição da expressão dos genes associados com a imunidade antiviral. Além disso, os macrófagos dos camundongos tratados com antibióticos apresentaram respostas defeituosas aos interferons, proteínas produzidas em resposta ao ataque de vírus, bactérias, parasitas ou células tumorais. Em circunstâncias normais, os interferons facilitam a comunicação entre as células para fazer com que as células do sistema imunológico ataquem os patógenos ou os tumores. Redação do Diário da Saúde

Saneamento básico é o maior problema ambiental do Brasil, diz especialista da UnB

A falta de saneamento básico causa mais impacto ambiental negativo ao Brasil do que o desmatamento ou a execução de projetos para a obtenção de energia. A avaliação é do professor de engenharia civil e ambiental da Universidade de Brasília, Oscar Netto. “Em média, todo brasileiro vai se deparar, em algum momento do seu dia, com problemas ambientais causados pela falta de saneamento. Sobretudo no que se refere a saneamento urbano, nós temos um grade desafio pela frente”, disse. Oscar Netto ressalta a última enchente do Rio Negro, no Amazonas, como exemplo do que a falta de coleta e destinação adequada dos detritos sólidos podem provocar. Segundo ele, um evento natural periódico foi agravado pelo lixo que boiava e causava contaminação. É na Região Norte, inclusive, onde o problema de falta de coleta e tratamento de esgoto é pior. Enquanto a média nacional de coleta de esgoto nas residências é 44,5%, no Norte do país é apenas 6,2%, segundo dados de 2009 do Ministério das Cidades, quando foi concluído o último Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto. Netto defende que a população cobre das autoridades medidas para esse quadro da falta de saneamento básico seja transformado. “Todo brasileiro que acompanha a televisão está sabendo do desmatamento, da construção das usinas, mas o saneamento não é tratado da mesma forma. Essa questão não aparece no topo das políticas públicas”, disse. A mesma crítica ele estende ao movimento ambientalista que não estaria se dedicando com afinco à essa questão. O diretor adjunto de Campanhas do Greenpeace, Nilo D’Ávila, discorda que o assunto seja esquecido pelo movimento ambientalista. Ele admite que esta não é uma bandeira da organização da qual faz parte, mas garante que há outras organizações não governamentais (ONGs) no país trabalhando para que seja dada mais atenção à limpeza de rios e aterros sanitários. Na opinião de D’Ávila, a falta de dedicação à questão do saneamento básico é dos governos. “É fato que não adianta ter uma ONG batendo se não há vontade do governo de fazer saneamento público. Tanto é que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] do saneamento empacou. Saneamento é uma política pública que está diretamente ligada com a saúde. Quando o governo fala que a prioridade dele é a saúde, é uma mentira porque não há investimento em saneamento”, declarou. Na opinião do diretor do Greenpeace , contudo, o Brasil também não está indo bem nas outras frentes da batalha ambiental. A queda do desmatamento apresentada pelo governo nas últimas semanas, para ele, está mais relacionada a questões econômicas do que à eficiência na fiscalização. “O desmatamento caiu depois que pegamos aí quase 15 anos de esforço brasileiro. Mas esse esforço não é única e exclusivamente na área de meio ambiente. O esforço econômico que levou o dólar a R$ 1,35 também interfere nisso. Você percebe que a curva do desmatamento e do dólar são parecidas. O desmatamento na Amazônia é ligado à exportação de commodities. O dólar alto e a impunidade que existe nas questões ambientais levam as pessoas a cometerem ilícitos. Tanto que o desmatamento caiu, mas 80% dele ainda é ilegal”, disse. A taxa de desmatamento na Amazônia Legal medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 2011 foi 8% menor que em 2010. A remoção da cobertura florestal no ano passado foi 6,4 quilômetros quadrados, a menor já registrada desde que o monitoramento começou a ser feito. (Fonte: Mariana Jungmann/ Agência Brasil)

Fifa anuncia ações ambientais para a Copa do Mundo do Brasil

A Fifa, o Comitê Organizador Local (COL) e o Ministério dos Esportes aproveitaram a realização da Rio+20 para apresentar a Estratégia de Sustentabilidade para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No evento, realizado no HSBC Arena nesta terça-feira, foram anunciadas as ações já em andamento e outras que serão implementadas durante a competição. Dentre as ações anunciadas estão controle do manuseio e destino do lixo, reciclagem, instalação de sistemas de energia solar que ficarão como legado da Copa, compensação da emissão de dióxido de carbono e estímulo ao consumo sustentável. A Estratégia de Sustentabilidade tem como base sete áreas centrais definidas pela ISO 26000, a norma de responsabilidade social da Organização Internacional de Normatização. Esse conceito descreve como a Fifa e o COL irão abordar os desafios e as oportunidades de sustentabilidade durante a Copa do Mundo. O intuito é reduzir os impactos negativos e aumentar os positivos para beneficiar a sociedade e o meio ambiente. A organização da Copa do Mundo do Brasil terá como base temas como estádios verdes, apoio à comunidade, mudanças climáticas e desenvolvimento das capacidades. A Fifa dedicará investimento de aproximadamente US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) para a implementação da Estratégia. Os recursos também virão de parceiros comerciais da entidade. A Copa do Mundo do Brasil será a primeira edição do torneio a contar com uma ampla estratégia de sustentabilidade. "O objetivo principal é realizar um evento que utilize os recursos com inteligência, gerando um equilíbrio entre aspectos econômicos, desenvolvimento social e proteção do meio ambiente", explicou o diretor de responsabilidade social corporativa da Fifa, Federico Addiechi. Ele salientou ainda que a entidade quer que a Copa do Mundo do Brasil seja lembrada não só como um fantástico torneio de futebol, mas também pelo legado ambiental e social duradouro. Um dos pontos mais comemorados foi a exigência de certificação ambiental para que o BNDES libere recursos para a construção do estádios. A Fifa adotará as mesmas medidas nas próximas Copas, a serem realizadas na Rússia e no Catar. "O acesso à linha de crédito de financiamento do BNDES é condicionada a um padrão de certificação de construção sustentável. Para o Brasil, a Copa é uma oportunidade para dar visibilidade a esses avanços e apresentar ao mundo sua diversidade, não só natural, mas social, cultural, racial, religiosa e gastronômica", apontou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte. O ex-jogador Bebeto, membro do Conselho de Administração do COL, citou que ficou empolgado com ações de sustentabilidade adotadas no estádios e nas cidades sedes. Ele destacou duas iniciativas que julga importantes: o aproveitamento da água da chuva no estádios e a seleção de 18 mil voluntários. "Podemos perceber a preocupação ambiental conciliada com a questão social. Esses voluntários serão jovens que aprenderão muito e terão um grande crescimento na busca de seus projetos", citou. Sobre futebol, Bebeto enalteceu o talento de jogadores brasileiros e do técnico Mano Menezes. "Não tenho dúvidas de que o Brasil tem grandes chances de garantir o hexacampeonato, mas temos que lembrar que a Copa do Mundo é uma competição muito difícil. São só sete jogos e os melhores do mundo buscam o mesmo", lembrou. O argentino Addiechi brincou ao dizer que não faria comentários sobre a seleção argentina para não gerar discórdia. "Defendi a camisa argentina, mas agora minha função me faz torcer pelo sucesso do Brasil", disse ele se referindo à organização da Copa do Mundo. Sobre a Rio+20 Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza. Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento se prepara para ingressar na etapa definitiva. De quarta até sexta, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas. Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro. http://invertia.terra.com.br

Brasil precisa investir R$ 50 bilhões na proteção de mananciais de águas captadas para uso urbano

Para proteger os mananciais superficiais de águas usados como fonte de captação para abastecimento urbano, o Brasil precisa investir cerca de R$ 50 bilhões nas redes coletoras e estações de Tratamento de Esgotos (ETE) de 52% dos municípios. Os valores, apresentados no estudo Panorama da Qualidade das Águas Superficiais – 2012, divulgado na terça-feira (19) pela Agência Nacional de Águas (ANA), têm como base dados do Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água. Considerando valores de 2010, o levantamento avalia que são necessários R$ 47,8 bilhões em investimentos para melhorar a qualidade das águas superficiais brasileiras ao longo das próximas décadas. De acordo com a ANA, entre 2001 e 2010, foram investidos cerca de R$ 52 bilhões em recursos para programas de saneamento e despoluição de recursos hídricos da União. Desses, 76% tiveram como origem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O restante veio de organismos internacionais e do setor privado. Entre as ações destacadas pela ANA estão o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (Pordes), o Projeto Tietê, o Programa de Revitalização do Rio das Velhas, o Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara e o Programa para o Desenvolvimento Racional, Recuperação e Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Guaíba (Pró-Guaíba). Segundo a agência, o esforço deve ter a participação de vários setores da sociedade. A articulação precisa envolver todos os planos setoriais que têm impacto sobre a qualidade das águas: saneamento, recursos hídricos e os planos diretores municipais. De acordo com a ANA, isso é essencial para reduzir a fragmentação de políticas públicas. Outro desafio apontado pela agência é o de melhorar o monitoramento da qualidade das águas superficiais do país. Para isso, a ANA vem desenvolvendo com os estados o Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas, que tem como objetivo apoiá-los no monitoramento e na avaliação da qualidade da água, assim como na divulgação das informações para a sociedade. O estudo Panorama da Qualidade das Águas Superficiais – 2012 foi elaborado pela agência com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de órgãos gestores estaduais de recursos hídricos. As conclusões serão apresentadas nesta quarta-feira (20) à tarde em evento do BID na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, na capital fluminense. (Fonte: Pedro Peduzzi/ Agência Brasil)

Mata Atlântica perdeu 88% de suas matas originais, segundo IBGE

O Brasil viu nos anos recentes o desmatamento da Amazônia Legal cair após bater no pico em 2004 e, não por coincidência, também tiveram redução no período o número de queimadas. Paralelamente, cresceram as áreas de preservação ambiental, sobretudo as de manejo sustentável. O retrato surge da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta segunda-feira. Os dados mostram que número de unidades de conservação passou de 157 para 750 entre 1992 e 2011 – no ano passado, elas chegaram a uma área de 750 mil km quadrados, ao todo. Após o pico de 2004 (27 mil km quadrados), o desflorestamento da Amazônia, por seu turno, caiu progressivamente até ficar em 6.000 km quadrados no ano passado. Para Denise Kromenberger, técnica do IBGE, esses indicadores têm de ser olhados de modo conjugado e um é reflexo direto do outro, além da política do governo de maior fiscalização e controle de crimes ambientais. Pelos dados do IBGE, o bioma mais desmatado é o da Mata Atlântica (88% da cobertura original). Os mais preservados são Amazônia (20%) e Pantanal (15%). Segundo o IBGE, o uso do solo com fins econômicos também avançou pouco, apesar do grande ganho de produtividade das lavouras e da pecuária nos últimos anos. O percentual de terras destinadas à utilização agropastoril subiu de 23% para 27% entre 1970 e 2006. Ranking regional – Apesar da ressalva de usarem metodologias diferentes em cada uma das áreas, o IBGE divulgou o ranking das regiões metropolitanas que concentram o maior volume de monóxido de carbono. No topo, figurou a de Belo Horizonte, seguida por Rio de Janeiro e São Paulo. A seguir, vieram Salvador, Vitória, Curitiba e Porto Alegre, nessa ordem. “Não é possível fazer uma comparação direta entre as regiões. É apenas um indicativo”, diz Denise Kromenberger, técnica do IBGE. De acordo com ela, a emissões de gases poluentes caíram em todas as regiões desde 1994, mas ainda estão acima dos limites estabelecidos pelo Ibama. Para o IBGE, os rios mais poluídos das principais regiões são o Tietê, na Grande São Paulo, e o Iguaçu, que corta a região metropolitana de Curitiba. O IBGE computou em sua pesquisa “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável” a qualidade de algumas praias próximas a grandes centros urbanos. Na média de 2010, Enseada (Guarujá) e Toninhas (Ubatuba) estavam próprias para o banho, mas Gonzaga (Santos) foi tida como imprópria. No Rio, Copacabana estava própria, mas o Flamengo não passou na avaliação. Já em Salvador, Porto da Barra tinha qualidade satisfatória. (Fonte: Pedro Soares/ Folha.com)

Adubo na cafeicultura é o que mais contribui para o efeito estufa, diz USP

Os fertilizantes são os principais causadores do efeito estufa na cafeicultura. Essa é a conclusão da primeira fase da pesquisa coordenada pelo pesquisador Carlos Clemente Cerri, professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP). Segundo ele, a adubação com o gás óxido nitroso (N20) é a que mais contribui no plantio de café para agravar o aquecimento da Terra. O estudo será apresentado nesta segunda-feira (18) na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, no Rio de Janeiro (RJ). Ainda segundo os primeiros resultados da pesquisa, as principais fontes de emissão da cafeicultura, atualmente, estão concentradas no solo e nos resíduos decorrentes da atividade. Isso porque o “Inventário de emissão de gases do efeito estufa (GEE) na cafeicultura”, realizado entre setembro de 2009 e agosto de 2010, também levou em consideração a emissão que acontece ao longo de todo o processo produtivo do café: do plantio, passando pelo manejo, colheita, transporte até a secagem e beneficiamento. Com a pesquisa, o estudioso acredita que é possível identificar os maiores problemas da cadeia produtiva do café, aplicar alternativas que não prejudiquem a produção nem a qualidade do produto e que, ao mesmo tempo, reduza a contribuição do setor no aquecimento global. Segundo Cerri, “um gás pode ser medido a partir da sua capacidade de reter a radiação solar que bate na superfície do planeta e volta na mesma direção.” Na indústria, este gás é utilizado ainda na fabricação de chantilly e em automóveis. Realização da pesquisa – A pesquisa ainda está sendo desenvolvida em Minas Gerais, Estado que concentra dois terços da produção de café do país, com 23,7 milhões de sacas produzidas em 2010, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As análises foram concentradas em três importantes regiões produtoras: Cerrado, município de Presidente Olegário; Matas de Minas, em São João de Manhuaçu; e Sul de Minas, em Cabo Verde. Para quantificar o gás que mais prejudica o aquecimento global na cafeicultura, baseado na safra 2009/2010, foram utilizados os dados do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) e do The Greenhouse Gas Protocol – padrão internacional para quantificar os gases do efeito estufa –, além do inventário brasileiro de emissões, chamado de “Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática”. O cálculo foi conduzido da seguinte maneira: as emissões de CO2 (dióxido de carbono), N2O e CH4 (metano) – contabilizadas por hectare, saca e quilograma, provenientes dos fertilizantes sintéticos, orgânicos, do calcário, do combustível e da eletricidade – foram multiplicados pelo fator de emissão internacional (Emission Facto), já que o Brasil ainda não possui um índice nacional para as emissões. A pesquisa teve apoio da empresa illycaffè. Na região mineira – Nas Matas de Minas, 78% do total de emissões analisadas são provenientes do uso de adubos que contêm nitrogênio em sua composição. No Cerrado, o número atinge 75%. No Sul de Minas, os fertilizantes nitrogenados respondem por 50% das emissões na produção do café, já que “a região apresenta maior uso de adubação organomineral”, lembra Cerri. Quanto ao uso do calcário, dos combustíveis fósseis e da eletricidade, a contribuição para o total de emissões é menor, quando comparada com a dos fertilizantes. Levando em consideração a intensidade das emissões em CO2 equivalente, o Cerrado lidera o ranking. Na região, são lançadas na atmosfera 4,95 toneladas de dióxido de carbono (CO2 eq) por hectare. Na Zona da Mata são 2,83 toneladas. Já o Sul de Minas responde por 2,03 toneladas a cada hectare. “A cafeicultura não é um grande emissor de gases do efeito estufa, quando comparada a outras culturas”, conclui Cerri. Segundo ele, “outros grãos emitem de três a quatro vezes mais”. Como diminuir a emissão – Para diminuir o impacto ambiental da produção do café, Cerri sugere algumas adequações no sistema produtivo apostando, por exemplo, no uso de fertilizantes com inibidores. Neste caso, poderiam ser adotados fertilizantes com inibidores de: uréase, enzima responsável pela decomposição da ureia em amônia; nitrificação, processo formador de nitrito no solo pela ação das bactérias; desnitrificação, formação de gás nitrogênio a partir de outras substâncias que também sofrem a ação de bactérias. Além disso, o estudo aponta a necessidade e a importância de se adequar doses, fontes e o modo de aplicação dos fertilizantes na cafeicultura, assim como de adotar máquinas e formas de energia mais eficientes. A segunda fase do inventário irá incluir, para o cálculo do índice de emissões na cafeicultura, dois importantes dados quando o assunto é a geração de gases do efeito estufa. “Ainda precisamos contabilizar o carbono do solo e o carbono da biomassa para calcular não só quanto é emitido, mas o total de carbono fixado”, afirma Cerri. (Fonte: G1)

Uso de fertilizante no Brasil mais que dobra em 8 anos, diz IBGE

A quantidade de fertilizantes comercializada por área plantada mais que dobrou no Brasil entre 1992 e 2010, segundo o relatório “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2012”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta segunda (18) na Rio+20. De acordo com os dados, a quantidade de fertilizante por área plantada passou de 70 kg por hectare em 1992 para mais de 150 kg/ha em 2010. Durante o período, o uso de fertilizantes consumidos no país chegou a atingir um pico de 160 kg/ha em 2007, segundo o IBGE, em consequência da grande demanda dos produtores de grãos e algodão, da antecipação de compras pelos produtores, e da adoção de novas tecnologias. O índice caiu em 2008 e 2009, como reflexo da crise econômica internacional e de uma queda na entrega de fertilizantes. Mas voltou a subir em 2010, ano marcado pela forte demanda do mercado internacional por commodities brasileiras, o que incentivou a produção e a compra de fertilizantes. Entre os fertilizantes mais usados no país estão o potássio, o fósforo e o nitrogênio. Segundo o relatório, o uso intensivo de nitratos contamina o lençol freático, ameaçando a saúde da população e dos aquíferos subterrâneos. Além disso, os óxidos de nitrogênio que se originam de reações químicas dos fertilizantes no solo podem alcançar camadas mais altas da atmosfera, contribuindo para a destruição da camada de ozônio. Agrotóxico – O relatório do IBGE também aponta um aumento no uso de agrotóxicos entre 2000 e 2009, quando a relação de quilos por hectare aumentou de 3 kg para mais de 3,5 kg. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão federal que avalia a toxicologia de agrotóxicos para fins de registro, em 2008 o Brasil se destacou como o maior consumidor do produto no mundo, respondendo por 86% da quantidade de agrotóxico vendida na América Latina. Entre os agrotóxicos mais usados no país destacam-se os herbicidas (71,1%), os inseticidas (66,4%) e os fungicidas (55,3%). O Rio de Janeiro é o estado que mais consome os produtos, com um índice de 11 kg/ha. Segundo estado no ranking, São Paulo atingiu 7 kg/ha, segundo o documento. O amplo uso de herbicidas no Brasil, diz o IBGE, está associado às práticas de cultivo mínimo e de plantio direto no Brasil, técnicas agrícolas que usam mais intensamente o controle químico de ervas daninhas. (Fonte: G1)

Semiárido brasileiro ‘ganhará um Alagoas’ até 2070, prevê Inpe

Projeções feitas por pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) com base em tendências climáticas apontam para uma acentuada “aridização” (aumento da aridez) no sertão brasileiro nas próximas décadas. Se os cenários previstos pelos cientistas estiverem corretos, não só a região crescerá em extensão, como também se tornará cada vez mais árida. “É importante notar que estas são apenas estimativas. Mas os dados sugerem que as áreas de semiárido podem se ampliar em até 12% até meados do século”, diz José Marengo, pesquisador do Inpe. Isso equivaleria a um aumento de quase 29 mil quilômetros quadrados – área similar à do Estado de Alagoas – na região sujeita a secas, acrescenta o pesquisador. Projeções elaboradas por Marengo e sua equipe mostram, no centro dessa vasta região semiárida, o crescimento de uma grande mancha de “hiperaridez”. Em 2070, ela avançaria para o norte da Bahia, quase todo o interior de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, parte do sudeste do Piauí, além de alguns outros pontos isolados em outras partes do país. “Essas regiões hiperáridas são as que podem, no longo prazo, se tornar desertos por uma combinação de condições climáticas e fatores antrópicos (relacionados à ação humana, como desmatamento)”, diz Marengo. “O processo de desertificação se comporta como um câncer, se ampliando quando não é combatido”, acrescenta. O grau de aridez é determinado pelo equilíbrio entre a quantidade de chuva que chega à terra e o volume de evaporação. Aridez significa ausência de água, e essa condição por um período prolongado pode levar à desertificação, à ausência de vida, diz Marengo. Humberto Barbosa, coordenador do laboratório de meteorologia da Universidade Federal de Alagoas, observa que, nas áreas mais secas do Nordeste, chove em média 800 milímetros de água por ano, mas a “evapotranspiração” (perda de água dos solos por evaporação e perda de água das plantas por transpiração) passa dos 3 mil milímetros por ano. Barbosa diz que secas como a deste ano aceleram o processo de desertificação, que já é causado pelo uso não sustentável do solo. “A agricultura de subsistência de milho e feijão feita pelo sertanejo demanda muito de um solo, que já é bastante pobre”, avalia o pesquisador. Atualmente, há quatro “núcleos de desertificação” formalmente identificados – e reconhecidos – pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em território brasileiro. Todos eles estão no sertão nordestino: Seridó (RN), Irauçaba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Juntos, somam mais de 18 mil quilômetros quadrados. O coordenador-geral da ONG Centro de Assessoria e a Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga), Paulo Pedro de Carvalho, observa que outro problema é a dependência do sertanejo da vegetação para geração de energia. “Há estudos que mostram que 30% de toda a energia usada na caatinga (incluindo consumo doméstico) vem da lenha”, diz Carvalho. Risco ambiental – Dados históricos indicam que o semiárido já perdeu quase 50% de sua cobertura vegetal, a caatinga, bioma que especialistas costumam descrever como o mais típico do Brasil. Além do desmatamento feito para abrir espaço para agricultura familiar ou para fornecer lenha à família, a devastação também ocorre para atender a setores como gesso e cerâmica, que usam a madeira em seus fornos. Nas regiões de divisa entre Pernambuco e Ceará, é comum passar por campos devastados (com tocos espalhados pelas propriedades denunciando desmatamento recente) e por caminhões carregando enormes cargas de madeira, com aparência de torres mal equilibradas. O governo brasileiro tem um plano de combate à desertificação coordenado pelo MMA e há uma expectativa de que novas medidas sobre o assunto possam ser anunciadas durante a conferência Rio+20. O diretor de combate à desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campelo, diz que a chave para retardar, pelo menos parcialmente, o processo é investir em estratégias de desenvolvimento sustentável. “Já temos diversas empresas dos polos de gesso do Ceará e de cerâmica de Pernambuco que estão adotando praticas sustentáveis e usando madeiras certificadas”, diz Campelo. Mas ele observa que, em muitos casos, a estratégia será a de aceitar que o processo está acontecendo e se adaptar a ele. “Precisamos de uma ampla discussão com as populações e da implantação de tecnologias sociais que permitam a vida digna na seca”, afirma. (Fonte: Folha.com)

Debate sobre água reforça importância de saneamento básico na Rio+20

Água. Este foi o tema do segundo debate desta segunda-feira (18), dentro da série de Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável que promove recomendações que, após votadas pelo público presente, serão levadas aos Chefes de Estado e de Governo presentes na Cúpula da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a realizada de 20 a 22 de junho. O tema parece óbvio. Suas implicações sobre a vida humana, biodiversidade e ecossistemas também. Mais ainda a necessidade de se preservar este bem. Mas ainda assim gera discussões sobre as formas de se colocar em prática a utilização sustentável para todos. A lista de dez recomendações acerca do uso consciente da água não tinha tantas variações. Myrna Cunningham Kaim, do Permanent Forum of the United Nations of Indigenous, criticou a má gestão do uso da água. “A principal forma de poluição vem de indústrias de extração, como a mineração, que joga mercúrio nos rios. Somos contra esta prática, assim como a privatização de recursos hídricos. Água tem importância política, social, cultural”, disse a ativista da Nicarágua. Sensibilidade com a falta de saneamento – Albert Butare, do Africa Energy Services Group, deu o tom do debate. “Acho que não há muito o que se discutir. Todos sabemos do valor da água para a vida. A questão é como fazer a contecer a proteção a este bem”, declarou ele, natural de Ruanda. A Indiana Santha Sheela Nair, do Department of Fresh Water e ministra do desenvolvimento rural da Índia, acrescentou uma questão ao painel. “Água e saneamento têm que estar lado a lado. Dois bilhões de pessoas não têm acesso à água potável no planeta. Ficamos horrorizados com aids, com tráfico de pessoas, mas devemos igualmente nos sensibilizarmos para a falta de saneamento”, diss ela, tendo apoio dos colegas de debate. O francês Loïc Fauchon, do World Water Council Board of Governors, lembrou a situação precária em países africanos. “Mais de sessenta por cento das escolas da África não têm banheiro. Não adianta gastar milhões com alimentação, se o povo não está bebendo água de qualidade. Comida é importante, mas a água é tão quanto”, disse Fauchon. Entre as medidas que serão repassadas aos Chefes de Estado, assegurar o suprimeiro de água para a biodiversidade e ecossistemas (já anteriormente votada pela internet), implementar o direito à água (votada pelo público após o debate) e reforçar a importância de políticas de gerenciamento da água, de energia e do uso da terra (escolhida pelos palestrantes). O teor de obviedades que girou o debate só foi quebrado pela presença do ex-presidente Fernando Collor, que foi vaiado ao ser anunciado na plateia pela mediadora Lucia Newman. Também estavam na mesa: Benedito Braga (Brasil) – International Water Resources Association (IWRA); Ania Grobicki (Suécia) – Global Water Partnership (GWP); David Boys (Canadá) – Public Services International; Dyborn Chibonga (Malawi) – National Smallholder Farmer´s Association of Malawi (NASFAM); Jeff Seabright (EUA ) – Environment and Water Resources – Coca-Cola Co. e Muhammed Yunus (Bangladesh) – Grameen Bank. (Fonte: Valmir Moratelli/ Portal iG)

ONU lança campanha sobre mobilidade urbana sustentável

Os chefes de Estado talvez não cheguem a um acordo sobre seus compromissos a partir da Rio+20, mas o cidadão pode fazer a diferença. A ONU lançou na segunda-feira (18), no Forte de Copacabana, a campanha I’m a City Changer, para que a população se conscientize de que, com a mudança em pequenas ações rotineiras, é possível alcançar um padrão de vida mais sustentável. “Precisamos mostrar que a mudança é possível por meio de criatividade e audácia das pessoas para tomarmos decisões mais inteligentes. Nas cidades estão as oportunidades para enfrentar os problemas globais”, diz o secretário geral adjunto da ONU Joan Clos. O foco da campanha no Brasil será a mobilidade urbana e as pessoas serão chamadas a escolher meios de transporte menos poluidores. “Queremos incentivar o uso de transporte não motorizado, seja a bicicleta ou qualquer outro. Se não for possível, que a pessoa possa usar o transporte público ou pegar carona com amigos. Cada um pode fazer sua parte por um mundo melhor”, afirma Manuel Manrique, oficial de informação do programa ONU Habitat, idealizador da campanha. Outras cidades do país também farão parte da campanha, como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras. Elas receberão ações pontuais de marketing e haverá eventos e atividades para mobilizar as pessoas. A I’m a City Changer também será veiculada nos cinemas, na televisão, no rádio e em veículos impressos, e há um site (www.imacitychanger.org) e fan page no Facebook onde serão colocados exemplos das melhores práticas. Rio+20 – Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza. Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas. Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro. (Fonte: Giuliander Carpes/ Portal Terra)

BNDES anuncia pacto por desenvolvimento sustentável

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou na tarde desta segunda-feira (18) que o banco trabalha em conjunto com outros 18 bancos de desenvolvimento de vários países na elaboração de um pacto dessas instituições com o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Coutinho, que participou de um painel de discussão sobre economia verde nesta segunda, último dia do Fórum de Sustentabilidade Empresarial, que acontece num hotel da Barra da Tijuca, disse ainda que a carta de compromisso será divulgada na terça-feira (19). “O International Finacial Club, um clube de instituições de financiamento ao desenvolvimento, reúne 19 bancos de desenvolvimento de vários países. Temos trabalhado em conjunto no sentido de pactuar entre nós um comprometimento das instituições com o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Estamos finalizando os entendimentos e divulgaremos a carta de compromissos na terça-feira”, disse ele. Sobre a invasão de índios ao prédio do BNDES, no Centro do Rio, na tarde desta segunda-feira, os acontecimentos do fim de semana, em que protestos em Belo Monte resultaram em atos de vandalismo, Coutinho disse que “vandalismo é sempre condenável”. “Principalmente porque a ferramenta numa sociedade democrática é o diálogo e a negociação. O banco sempre esteve aberto ao diálogo com os movimentos sociais. Eu pessoalmente em várias oportunidades tive extensos diálogos com os movimentos sociais. Não estava sabendo desse evento. Mas temos toda a abertura para conversar”, disse. Financiamento para estados – Quanto à ativação da linha de financiamento para os estados, para investimentos em infraestrutura, anunciada na sexta-feira (15) pela presidente Dilma Rousseff, o presidente do BNDES disse que reuniões técnicas estão sendo feitas no Rio e em Brasília para aperfeiçoar o projeto. “Basicamente está sendo discutido o mais importante: o critério de alocação dos recursos, combinando redistribuição para os estados mais pobres e de maior população, que é o critério dos fundos de participação, com o outro lado, que é o da eficácia. Existem estados que têm carteiras de projetos mais maduras e, portanto, mais viáveis a curto prazo. É o que se deseja combinar”, explicou. Perguntado se o lançamento da linha teria impacto nas projeções de desembolsos do banco para este ano, ele disse, as contratações demoram algum tempo e que, como já se passou metade de 2012, o impacto mais substancial será em 2013. “E talvez em parte em 2014. Portanto, não antevejo um estresse sobre o funding do banco para 2012′, afirmou. (Fonte: Lilian Quaino/G1)

Estamos bebendo água demais?

Líquidos, não apenas água Nossos corpos precisam de cerca de dois litros de líquidos por dia. Mas isso não significa que precisem ser especificamente dois litros de água. Em um editorial na última edição do Journal of Public Health, Spero Tsindos e seus colegas da Austrália e Nova Zelândia discutem por que a população passou a consumir tanta água. Consumo, não saúde O Dr. Tsindos acredita que o incentivo para que as pessoas passassem a beber mais água foi impulsionado por interesses escusos, em vez de uma necessidade real em busca de uma melhor saúde. "Trinta anos atrás você não via uma garrafa de água em qualquer lugar, agora elas aparecem como acessórios de moda." "Como símbolo de gratificação instantânea e status, a própria garrafa em si é vista como bacana e imponente," disse Tsindos. Peso da água O pesquisador também discute o papel da água na nossa busca constante pela perda de peso. "Beber grandes quantidades de água por si só não causa perda de peso. Uma dieta de baixa caloria também é necessária." "As pesquisas também têm revelado que a água no alimento que ingerimos tem um benefício maior na redução de peso do que evitar completamente os alimentos. Devemos dizer às pessoas que bebidas como chá e café contribuem para as necessidades de fluidos de uma pessoa e que, apesar de seu teor de cafeína, não levam à desidratação." "Precisamos manter o equilíbrio de fluidos e devemos beber água, mas também devemos levar em conta os fluidos nas frutas e vegetais não processados, além dos sucos," conclui ele. Peta Neilson http://www.diariodasaude.com.br

Biolubrificantes: lubrificação com água é melhor que óleo

Lubrificação contra o calor Não é apenas o motor do seu carro que precisa de óleo lubrificante. Inúmeros processos industriais dependem de fresas e tornos para cortar e esculpir peças de aço e ligas metálicas ainda mais duras. Embora o trabalho seja desgastar o bloco bruto de metal, o lubrificante é tão importante aqui quanto o é quando o objetivo é evitar o desgaste. Ocorre que, para fazer seu trabalho, a ferramenta - a ponta dura que desbasta o metal - não pode superaquecer-se, o que a destruiria em poucos segundos. Hoje utiliza-se sobretudo o óleo mineral na maior parte dessas operações. Segundo o Dr. Peter Eisner, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, isso coloca algumas restrições nas operações, devido, entre outros fatores, à flamabilidade do óleo derivado de petróleo. Mas ele e seus colegas já estão com a solução pronta. Lubrificação à base de água Eisner e seus colegas descobriram uma forma de usar água como base para o resfriamento das ferramentas, e sem adicionar um elemento corrosivo à equação. A solução encontrada foi tornar a água mais viscosa com a adição de componentes biológicos, todos renováveis. A equipe avaliou celuloses, amido e até polissacarídeos de origem bacteriana, até descobrir a fórmula ideal que permite usar apenas água com biopolímeros para lubrificar as máquinas-ferramentas. O resultado é um biolubrificante, devidamente aprimorado com a adição de aditivos solúveis em água, que funcionam como agente anticorrosivo. Água viscosa Segundo o grupo, sua "água viscosa" é mais eficiente do que o óleo mineral, prolongando a vida útil das ferramentas e tornando a limpeza dos equipamentos e dos produtos finais mais fácil. Além disso, a lubrificação à base de água é uma solução inteiramente renovável, sem os problemas ambientais associados com o descarte do óleo mineral usado. O biolubrificante já foi licenciado para uma empresa alemã, e deverá chegar ao mercado nos próximos meses. Redação do Site Inovação Tecnológica

Cinco novos parques eólicos serão construídos no Nordeste

Fazendas de vento A diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$ 378 milhões para a construção de cinco novos parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte. Os recursos serão destinados à Força Eólica do Brasil, controlada pela Neoenergia e pela Iberdrola, que investirá um total de R$ 594,5 milhões no projeto, com capacidade instalada total de 150 MW. Os parques serão construídos nos municípios de Caetité (BA) e Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova (RN). O empreendimento irá gerar 1,8 mil empregos entre diretos e indiretos durante as obras. As cinco novas centrais fazem parte de um projeto maior, constituído de mais cinco parques eólicos vizinhos também vencedores no segundo Leilão de Fontes Alternativas, em 2010. Vantagens da energia eólica Por se tratarem de uma fonte de energia renovável de reduzido impacto ambiental, os projetos ajudarão a reduzir a utilização de gás natural e outros derivados do petróleo, com a consequente redução das emissões de CO2. Do ponto de vista econômico, os efeitos diretos de desenvolvimento de um projeto eólico incluem renda para o proprietário da terra, receita para governos locais, estaduais e federais provenientes de impostos sobre as transações e a propriedade, geração de empregos e o uso de serviços locais. Os efeitos indiretos da construção e operação do projeto eólico resultarão na compra de mercadorias e serviços locais como materiais de construção, equipamentos de construção, ferramentas e também suprimentos e equipamentos de manutenção. Serviços de suporte como contabilidade, bancos e assistência legal também são necessários. BNDES eólico O apoio do BNDES ao setor eólico é expressivo. A carteira atual, incluindo as diversas etapas pelas quais os projetos tramitam no Banco, soma 107 parques. Os empreendimentos representam investimentos totais de R$ 12,4 bilhões e demandam financiamentos do BNDES no valor de R$ 8,4 bilhões. Só em 2011, o apoio do Banco ao setor somou R$ 3,4 bilhões, equivalentes a projetos que vão gerar 1.160 MW de capacidade instalada. Redação do Site Inovação Tecnológica

domingo, 17 de junho de 2012

Greenpeace duvida que Rio+20 chegue a acordos vinculativos

O Greenpeace afirmou nesta terça-feira que a Rio+20 não gerará grandes acordos vinculativos, apenas pequenos avanços em temas-chave como a proteção das águas internacionais e o crescimento estável dos investimentos nas energias renováveis. “Existe um elevado grau de otimismo quanto a conseguir acordos em águas internacionais e oceanos”, disse o coordenador de Biodiversidade da ONG, Miguel Ángel Soto. Para o ambientalista, as cúpulas devem englobar “detalhes” que não se sustentam sob um marco jurídico legal, mas que devem ser desenvolvidos. Durante uma reunião informativa, Soto explicou que, frente à Rio+20, o Greenpeace propõe um plano de resgate dos oceanos que gere um acordo, nos moldes do Convênio das Nações Unidas sobre Direito do Mar (Unclos), que proteja as águas internacionais e proíba a prospecção petrolífera no Ártico. O acordo garantiria a gestão dos recursos oceânicos de forma sustentável, a criação, por parte dos governos, de uma rede global de áreas marinhas protegidas e a modificação da atual gestão pesqueira para acabar com a superexploração e a pesca ilegal. “Seria uma conquista chegar a esse acordo”,continuou, “mas os interesses de muitos países interferem, entre eles os dos Estados Unidos. Como neste ano o país realiza eleições, não está se envolvendo em temas importantes frente a seu eleitorado”. Para a organização ambientalista, é prioritário que a Rio+20 associe o “desenvolvimento sustentável” aos Objetivos do Milênio da ONU. Neste ponto, o Greenpeace criticou a atuação de países poderosos que evitam resolver problemas derivados das “crises alimentícias” salvo em casos pontuais de “crises extremas de fome”. A sustentabilidade deve ser “um grito de guerra” pela transição a uma economia justa que leve ao maior desenvolvimento das energias renováveis e ao fim do subsídio às energias poluentes, defendeu Soto. O Greenpeace insistiu, ainda, que se estabeleça um “compromisso sério” que elimine o desmatamento em 2020, os subsídios às energias fósseis e a energia nuclear. A ONG também defendeu a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em uma Agência da ONU com orçamento próprio. Paralelamente, os ecologistas reprovaram diversas decisões do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que disseram descumprir acordos internacionais em matéria ambiental, com a moratória às energias renováveis, a prorrogação da vida útil da usina nuclear Garoña e a autorização de prospecções petrolíferas em águas espanholas. (Fonte: Portal Terra)

Amor por nossos filhos fará mudanças, diz Severn Suzuki

Desapontada com os poucos avanços feitos nas conferências da ONU sobre sustentabilidade, a ativista Severn Suzuki afirmou na tarde desta terça-feira (12) que a principal força que motivará a mudança será “o amor por nossos filhos”. Ela participou por vídeo no TEDxRio+20. Aos 12 anos, Suzuki participou da Eco-92 discursando para chefes de Estados, invocando por um acordo definitivo. Se tornou a principal fala numa conferência com poucos resultados. Suzuki afirmou à plateia em Copacabana, desde o arquipélago Green Charlotte, no Canadá, que pouco deve se esperar dos chefes de Estado na Rio+20. Segundo ela, é a conexã “intergeracional” que pode mudar o panorama, “A nossa maior motivação será o amor por nossos filhos”, disse a ativista. Para ela, o fato do vídeo de seu discurso ter sido sucesso de audiência anos após o encontro no Rio mostra o pouco avanço ocorrido nos últimos 20 anos. “Seria fácil se sentir desencorajada. Mas tenho dois filhos e vou fazer tudo pelo futuro deles”, disse ela. Ela criticou chefes de Estado que, na sua avaliação, continuam tratando a economia “como o primeiro item da preocupação política” em detrimento da sustentabilidade. “Ficou claro para para mim que a estratégia global é focada em lucros, em orçamentos que fogem à nossa imaginação”, disse ela. Suzuki criticou o governo do Canadá por ter abandonado o Protocolo de Kyoto após não conseguir cumprir suas metas ambientais. Ela disse ter “vergonha” das decisões da administração do país. (Fonte: Folha.com)

Rio+20 tem que garantir que o futuro seja sustentável e justo

Rio de Janeiro – De 20 a 22 de junho os lideres mundiais se reunirão no Brasil para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável; uma oportunidade única para desenvolver e planejar um futuro sustentável para todos. As decisões tomadas no Rio de Janeiro poderão definir a agenda global de desenvolvimento para muito além da próxima década. A Cúpula da Terra em 1992 resultou numa série de compromissos importantes, mas o que foi efetivamente conquistado desde então não é suficiente e os avanços ambientais têm sido muito lentos. As crises financeiras mundiais já projetaram sua sombra sobre esta conferência, mas, mesmo assim, a Rio + 20 oferece uma chance para que os líderes se comprometam com um futuro sustentável para as futuras gerações; um futuro onde o bem estar dos humanos é colocado no coração da agenda. Segurança alimentar, energética e de água No Rio, a necessidade de abordar as conexões entre alimentos, água e energia deve estar no cerne das discussões. Por mais tenhamos conquistado algum progresso desde a Rio 92, hoje as ameaças ao meio ambiente ultrapassam cada vez mais as soluções. O Relatório Planeta Vivo 2012, do WWF, mostra que já estamos utilizando os recursos do planeta excessivamente e que as nações precisam reagir imediatamente para reduzir a pegada ecológica que está em constante expansão. Os serviços mais básicos não são disponíveis para grande parte da população mundial. Em torno de 0,9 bilhão de pessoas não tem acesso à água para suas necessidades mais básicas; 2,56 bilhões carecem de acesso a saneamento seguro e água limpa; perto de 1 bilhão é subnutrido e 1,5 bilhão não tem acesso a formas modernas de energia. As demandas por alimentos, água e energia, continuam seu crescimento constante, enquanto as mudanças climáticas e o crescimento populacional infligem seus danos. “Para enfrentar os desafios, nós temos que conservar o capital natural da Terra – sua riqueza de biodiversidade e de ecossistemas”, disse Lasse Gustavsson, diretor Executivo para Conservação do WWF Internacional. “Há anos, organizações, governos e corporações vêm abordando segurança alimentar, energética e hídrica como se fossem questões isoladas entre si. Mas se nós pretendemos, de fato, alcançar acesso à segurança nutricional, energética e hídrica adequada, precisamos adotar uma abordagem integrada.” Os elos entre alimentos, água e energia são múltiplos. Cultivar as lavouras para prover alimentos para as pessoas vai demandar água e energia. A provisão de certas formas de energia requer água, e tornar a água potável requer energia para torná-la limpa, assim como para distribuí-la. As mudanças climáticas, resultados de nosso consumo insustentável de combustíveis fósseis e de processos de desmatamento, afetam a produção de alimentos e a disponibilidade de água. O WWF está sinalizando a necessidade de um melhor gerenciamento dos recursos naturais do mundo, o qual tem que incluir a proteção aos sistemas de água doce, a redução de desperdício na produção e distribuição de alimentos, além de uma maneira mais racional de utilizar as águas, as terras e outros recursos. O compromisso político precisa ser muito mais forte e tem de haver um marco estabelecido para efetuar essa transformação toda. O que tem que sair da Rio+20 é um acordo forte e ambicioso com metas e cronograma claramente definidas. Valoração da Natureza A conferência Rio+20 coloca os líderes globais diante de uma oportunidade única para reconhecer o valor do capital natural e incorporá-lo no nosso desenvolvimento econômico global. Precisamos medir aquilo que valorizamos: A Rio+20 deve produzir um conjunto de indicadores claros, transparentes, e que permitam comparações, para a mensuração da qualidade do meio ambiente. No momento, existem indicadores para dois dos três aspectos do desenvolvimento (social e econômico) mas não para o meio ambiente. As lideranças no Rio devem tornar o PIB mais ‘verde’, com a atribuição de valor econômico ao capital natural. As empresas e os governos devem ser chamados para demonstrar na sua contabilidade nacional e nas balanças financeiras das empresas os custos ambientais associados a suas atividades. Metas de Desenvolvimento Sustentável O WWF aplaude o conceito de Metas de Desenvolvimento Sustentável (MDS), vendo-o como um meio para fazer frente aos desafios críticos e interligados que se oponham à agenda de desenvolvimento até 2030. As novas metas precisam abordar áreas prioritárias tais como os oceanos, alimentos, água e energia, e devem ser aplicáveis a todos os países. Portanto, as metas devem ser projetadas para impulsionar a sustentabilidade e devem deixar claro como as três dimensões do desenvolvimento sustentável – econômica, social e ambiental – dependem umas das outras. O ponto de partida das MDS seria as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que estão prestes a expirar em 2015. Elas precisariam ter objetivos específicos de implementação atrelados a um cronograma, para poder enfrentar o desafio de alcançar a segurança nutricional, energética e de água no contexto de um meio ambiente global saudável – tem de ter indicadores que os países possam por em prática de acordo com as circunstâncias e especificidades nacionais. Subsídios perversos Todos os subsídios que levem a impactos negativos sobre o meio ambiente têm de ser eliminados, particularmente aqueles que estimulem a produção e uso de combustíveis fósseis e as práticas insustentáveis de agricultura e da pesca. O processo de eliminação deve ser transparente, incluir relatórios e avaliações anuais, e levar à eliminação total desses subsídios até, no mais tardar, o ano de 2020. * Publicado originalmente no site WWF Brasil. (WWF Brasil)

Cientistas criam cadastro de micróbios benéficos no corpo humano

Condomínio humano O Projeto Microbioma Humano elaborou o primeiro "cadastro" de bactérias que vivem no corpo humano. Não se trata de germes ou criaturas nocivas que precisam ser eliminadas. Ao contrário, é uma parte fundamental daquilo que nos torna humanos, dizem os pesquisadores. O cadastro de bactérias humanas confirma algo que já se supunha: não somos exatamente "um ser", mas um "condomínio de seres", todos trabalhando em conjunto para que aquilo que percebemos como "nosso corpo" funcione a contento. Microbioma Humano Até recentemente, pouco se sabia sobre a identidade de trilhões de micróbios que habitam nosso corpo. Desde que os cientistas reconheceram a existência dos micróbios - a existência dos micróbios, e depois dos átomos, foi negada pela ciência oficial durante muito tempo - só era possível investigar micróbios que conseguiam sobreviver em laboratórios. E os estudos tinham de ser feitos isoladamente, quase sempre um de cada vez. Mas, com o advento de técnicas cada vez mais avançadas de sequenciamento de DNA, o Projeto Microbioma Humano está sendo capaz de descobrir micróbios que nunca haviam sido vistos antes, e observar como eles se comportam em comunidades. Mais de 200 voluntários, homens e mulheres, todos saudáveis, tiveram amostras de micróbios retiradas de várias partes de seus corpos. E os pesquisadores foram capazes de encontrar mais de dez mil tipos diferentes de organismos que integram o microbioma saudável humano. A maioria desses micróbios, aparentemente, não causa qualquer dano ao organismo. Pelo contrário. Existem cada vez mais indícios de que esses micróbios nos ajudam de várias formas. Alguns, por exemplo, nos auxiliam a extrair energia da comida e outros nos ajudam a absorver nutrientes como vitaminas. Mudança de paradigma Uma das questões centrais que os pesquisadores perguntaram foi: existe um grupo básico de micróbios que todos compartilhamos? Os cientistas encontraram uma variedade de micróbios em diferentes seres humanos, e comunidades únicas de micróbios vivendo em diferentes partes do corpo. Mas o que os deixou muitos surpreendidos foi que, em partes específicas do corpo, muitos dos micróbios compartilhavam funções semelhantes. Ou seja, cada pessoa pode ter o seu próprio conjunto de bactérias benéficas, mas, mesmo sendo diferentes, elas desempenham as mesmas funções. O estudo fez uma descoberta que implica em uma mudança no modelo atual de se pensar em doenças, onde uma doença é atribuída a um único micróbio. [Imagem: BBC] Essa descoberta implica em uma mudança no modelo atual de se pensar em doenças, onde uma doença é atribuída a um único micróbio. Talvez o que importe em algumas doenças não seja um tipo particular de micróbio mas, sim, que a função desse grupo de micróbios tenha de alguma forma desaparecido. Uma prova contundente disso foi obtida quando os pesquisadores descobriram que voluntários saudáveis carregam baixos índices de micróbios, tradicionalmente vistos como causadores de doenças. Por exemplo, a bactéria Staphylococcus aureus, que pode estar envolvida na infecção MRSA, foi encontrada nos narizes de cerca de 30% dos voluntários, e nenhum deles estava com infecção. Influências genéticas Outra possibilidade é que os genes das bactérias que colonizam nosso corpo possam nos influenciar. "O genoma humano é herdado, mas o microbioma humano é adquirido", explicou Lita Proctor, diretor do projeto. "Isso significa que ele tem uma propriedade de se alterar, de mudar, o que é muito importante". "Isto nos dá algo com que podemos trabalhar na clínica. Se você pode manipular o microbioma, você pode fazer um microbioma saudável continuar saudável ou rebalancear um que não está saudável". O mais importante agora será descobrir como o microbioma se comunica com as células do corpo humano. "Isso ainda é território desconhecido. Embora seja território doméstico, ainda estamos descobrindo novas formas de vida nele", disse David Relman, da Universidade de Stanford, membro do projeto. Os primeiros resultados do projeto, que terá cinco anos de duração e foi lançado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, foram publicados pelas revistas científicas Nature e Public Library of Science (PLoS). Informações da BBC