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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Corpo em forma de pera não é mais saudável que forma de maçã

Corpo pera ou corpo maçã? Os especialistas dividem as pessoas com sobrepeso ou obesidade em dois formatos característicos do corpo: o formato de pera e o formato de maçã. Pessoas com o corpo em formato de pera têm a gordura mais concentrada nas nádegas, quadris e coxas. Já as pessoas com corpo em formato de maçã têm a gordura mais concentrada ao redor do abdome. Historicamente, os médicos têm presumido que o corpo em formato de maçã carrega consigo os maiores riscos de doenças cardiovasculares e diabetes. Mas não é isso o que mostra um novo estudo realizado na Universidade da Califórnia (EUA), que mostrou que os presumidos efeitos protetores de ter um corpo em formato de pera são um mito. Gordura no abdome ou nos quadris "A gordura no abdômen tem sido considerada a mais prejudicial à saúde, e se acreditava que a gordura glútea protegesse contra a diabetes, doenças cardíacas e síndrome metabólica," resume Ishwarlal Jialal, principal autor do estudo. "Mas nossa pesquisa ajuda a dissipar o mito de que a gordura glútea é 'inocente'," acrescenta ele. O estudo mostrou que a gordura armazenada na área das nádegas - conhecida como tecido adiposo glúteo - produz níveis anormais de quemerina e omentina-1, proteínas que podem causar inflamações e uma condição prediabética conhecida como resistência à insulina. Os efeitos foram detectados em indivíduos nos primeiros estágios da síndrome metabólica, um grupo de fatores de risco que ocorrem juntos, dobrando o risco de doenças cardíacas e aumentando o risco de diabetes em até cinco vezes. Esses fatores de risco incluem ter um grande perímetro da cintura, baixos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL), ou bom colesterol, pressão alta e elevados níveis de triglicérides. Estudos epidemiológicos O estudo também sugere que os níveis anormais dessas proteínas podem ser um indicador precoce para identificar as pessoas com maior risco de desenvolver a síndrome metabólica. O pesquisador sugere a realização de estudos epidemiológicos que possam avaliar o uso dos níveis das proteínas na população como um biomarcador para o risco de desenvolvimento do diabetes e de doenças cardiovasculares. Redação do Diário da Saúde

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