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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Até 2050 serão necessários três planetas para suprir necessidades da população mundial, alerta ONU

Diante de crises econômicas, do aumento da degradação ambiental e da ameaça das mudanças climáticas, a comunidade internacional tem que se esforçar para melhor utilizar os recursos naturais da Terra. Com o objetivo de informar sobre as ações necessárias que darão início a um futuro mais sustentável, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que atua como Secretariado do Quadro dos 10 anos de programas sobre Consumo e Produção Sustentáveis (10YFP), lançou esta semana a Global SCP Clearinghouse, uma rede de apoio e troca de informações sobre produção e consumo sustentável. Os formuladores de políticas e profissionais de todo o mundo têm desenvolvido iniciativas e ferramentas que contribuem para o consumo e a produção sustentável (SCP, na sigla em inglês) ao longo dos anos, mas a informação existente é fragmentada e ainda faltam as pontes para conectá-las às pessoas. A Clearinghouse utiliza os princípios das redes sociais para unir a comunidade global SCP e criar um centro para o conhecimento e a cooperação sobre o tema. Procura inspirar governos, setor empresarial, pesquisadores, sociedade civil e todos os profissionais da área ou outras partes interessadas a compartilhar iniciativas, notícias, ideias, melhores práticas e ferramentas para criar um banco de dados em todo o mundo, bem como uma rede de especialistas, de modo a fortalecer as parcerias através de um mercado de cooperação, grupos de trabalho e fóruns. “O consumo e a produção sustentável não é apenas consumir menos, mas também fazer mais e melhor com menos. É sobre o aumento da eficiência dos recursos, promover estilos de vida sustentáveis e contribuir para a redução da pobreza”, disse Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA. “O PNUMA pretende acelerar a transição para estilos de vida mais sustentáveis e ajudar a tornar estes estilos de vida disponíveis para as pessoas nos países em desenvolvimento”, acrescentou. A ciência mostra que o estilo de vida atual da humanidade é insustentável. A população mundial, de 7 bilhões de pessoas, precisa atualmente dos recursos de um planeta e meio para se alimentar. Se as tendências atuais de consumo continuarem, até 2050 — quando a população deverá chegar a nove bilhões — serão necessários três planetas terra. Somando-se a essas pressões, está a rápida aceleração da urbanização. Embora as cidades ocupem apenas 3% da superfície terrestre do planeta, consomem 75% dos recursos naturais, produzem 50% dos resíduos mundiais e são responsáveis por 60 a 80% das emissões dos gases de efeito estufa. A urbanização só vai continuar a distorcer as taxas desproporcionais de consumo, aponta o PNUMA. A SCP pode ajudar a população dos países em desenvolvimento através da criação de novos mercados, empregos decentes e sustentáveis — por exemplo, através de alimentos orgânicos, comércio justo, moradia sustentável, energia renovável, transporte sustentável e turismo –, bem como uma gestão mais eficiente e equitativa dos recursos naturais. Ela também oferece a possibilidade de os países em desenvolvimento obterem um salto qualitativo para tecnologias de recursos mais eficientes, ambientalmente saudáveis e competitivas, contornando as fases ineficientes e poluentes do desenvolvimento. A poucos dias do seu pré-lançamento na reunião do Conselho de Administração do PNUMA, em fevereiro deste ano, a Global SCP Clearinghouse registrou quase 800 novos membros, de mais de 500 organizações com base em cerca de 100 países diferentes. Dentre as muitas iniciativas apresentadas à Clearinghouse está, por exemplo, a Plataforma de Arroz Sustentável (SRP), coorganizado pelo PNUMA e pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz com o objetivo promover a eficiência dos recursos e fluxos comerciais sustentáveis, produção e operações de consumo e as cadeias de fornecimento no setor global de arroz — uma cultura que alimenta metade do planeta. Outra iniciativa é o Programa de Construção Sustentável, do banco público brasileiro Caixa Econômica Federal, que possui 70% do financiamento para construções de casas no mercado nacional e que, portanto, exerce grande influência na indústria de construção. O objetivo do programa é imbuir nessas indústrias práticas de construção sustentáveis, bem como a redução do impacto ambiental nos 2,6 mil escritórios no país. Os interessados são incentivados a visitar o site da global SCP Clearinghouse para saber mais sobre as iniciativas em todo o mundo, se inscrever ou se registar como um especialista ou uma pessoa capacitada na área. O desenvolvimento da Global SCP Clearinghouse foi apoiado pela Comissão Europeia, Noruega, Ministério espanhol de Negócios Estrangeiros e Cooperação,Ministério espanhol da Agricultura, Alimentos e Meio Ambiente e Ministério sueco do Meio Ambiente. Fonte: ONUBR

Estudo revela que 24 milhões de toneladas de lixo tiveram destino inadequado em 2012

Em 2012, foram enviados para destinos inadequados 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%), segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado na terça-feira (28). A pesquisa aponta ainda que, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados. O percentual de coleta apresentou, entretanto, um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55 milhões de toneladas em 2012. “Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a universalização desses serviços é um caminho possível”, avaliou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. O Nordeste é a região com maior percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como lixões. De acordo com o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8 mil toneladas por dia, não tiveram destinação final adequada. Apenas 77% dos resíduos produzidos no Nordeste são coletados, sendo que a região responde por 26% (51,6 mil toneladas diárias) do lixo gerado no país. A melhor cobertura de coleta foi verificada no Sudeste (96,8%), a região que melhor destina os resíduos, com 72% do lixo (pouco mais de 70 mil toneladas diárias) enviados para aterros sanitários. Apesar disso, 51% das cidades da região, o equivalente a 854 municípios, não tratam adequadamente os seus resíduos. Para o diretor da Abrelpe, faltam os investimentos necessários para avançar na coleta e destinação correta dos resíduos sólidos. “As mudanças demandadas pela PNRS [Política Nacional de Resíduos Sólidos] requerem investimentos concretos e perenidade”, ressaltou. O problema, segundo Silva Filho, é que muitas cidades não têm condições de aportar esses recursos. “A maioria desses municípios tem menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada”, completou. (Fonte: Agência Brasil)

Novo Código Florestal fez país perder até 40% de áreas protegidas, diz ONG

A implementação do novo Código Florestal, um ano após a sua aprovação, aponta que o Brasil perdeu entre 15% e 40% de áreas previstas para conservação obrigatória, dependendo da região, mas ganhou uma legislação mais fácil de ser aplicada na prática, que permite maior preservação efetiva, mostram dados da organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC). “O Brasil perdeu em termos de área absoluta, mas a nova lei facilita a regularização. A maior vantagem é que o código é factível do ponto de vista do produtor”, disse a representante da TNC no Brasil, Suelma Rosa. O novo Código Florestal ficou anos em debate no Congresso e foi aprovado na Câmara em 25 de maio de 2012 (lei 12.651), após uma batalha envolvendo produtores rurais, ONGs, diferentes bancadas de parlamentares e o governo federal. A lei foi alterada permitindo, entre outras coisas, que áreas de preservação permanente (APPs), que têm a função de proteger as margens de rios e nascentes, por exemplo, contem para o total de reserva legal (vegetação original) que cada propriedade é obrigada a manter. Outra mudança foi no cálculo do tamanho das APPs, variando de acordo com a largura dos rios ou lagos. “O novo código florestal abrandou as regras de recomposição das APPs e das reservas legais, principalmente para os pequenos produtores, com vistas a viabilizar a regularização do passivo que vem se formando há décadas de vigência e descumprimento da lei anterior”, lembrou Suelma. As regras mais flexíveis, no entanto, aplicam-se só para as áreas que foram abertas para plantio ou para pastagem até julho de 2008. Essas foram algumas das mudanças que fizeram com que a área de preservação obrigatória tenha caído na comparação de uma legislação com a outra. Banco de dados – A TNC conseguiu fazer o cálculo porque trabalha há oito anos ajudando produtores e autoridades em municípios de seis Estados brasileiros a mapearem e registrarem propriedades rurais, em busca de regularização. O banco de dados da ONG cobre mais de 42 milhões de hectares — quase 5% do território nacional. Em uma amostragem em três municípios de Mato Grosso do Sul, no bioma Mata Atlântica (Angélica, Ivinhema e Novo Horizonte do Sul), as perdas teóricas foram de 24 por cento de área prevista para APPs e 39% de reserva legal, na comparação entre a legislação antiga e a nova. Já numa amostra de três importantes municípios de produção agrícola de Mato Grosso (Sapezal, Campos de Júlio e Nova Ubiratã), uma região de cerrado e florestas, as perdas com a nova legislação foram de 15% nas APPs e 32% nas reservas legais. As estimativas da TNC comparam as áreas previstas em cada um dos marcos legais. Próximos desafios – O Executivo federal tem até esta segunda-feira (27) para editar a regulamentação de vários pontos previstos no novo código. O prazo vence no aniversário de um ano da lei, mas essa data cai em um sábado. A expectativa, segundo uma fonte jurídica com conhecimento direto do assunto, é que a regulamentação seja assinada na segunda-feira e publicada no “Diário Oficial da União” na terça (28). O principal ponto a ser detalhado pelo governo federal é como será feito o programa de regularização das áreas que foram degradadas. O proprietário de terras que decidir recompor as áreas desmatadas acima do permitido terá um prazo de 20 anos para replantar a vegetação ou deixá-la recuperar-se naturalmente. O primeiro desafio, no entanto, é fazer com que mais de 5,5 milhões de propriedades se inscrevam no Cadastro Ambiental Rural (CAR), um novo sistema onde cada proprietário vai informar ao governo quais são e onde estão suas áreas de produção agrícola e suas áreas com vegetação natural conservada. Com base nesses dados – na prática um grande mapa das propriedades rurais brasileiras e seus recursos naturais – será feita, dentro dos próximos anos, a recuperação das áreas desmatadas irregularmente. “Com o CAR você consegue fazer o registro da informação no momento da regularização e depois consegue, por imagem de satélite, acompanhar o uso do solo naquela propriedade”, avalia Suelma. Os produtores rurais e o governo terão um ano, prorrogável por mais um ano – até 25 de maio de 2015, no prazo mais elástico – para finalizar o cadastramento. (Fonte: G1)

Chefe do ‘IPCC da biodiversidade’ faz alerta sobre declínio de espécies

Um declínio na diversidade de plantas cultivadas e em rebanhos de gado ganha ritmo, ameaçando o futuro abastecimento de alimentos para a crescente população do mundo, disse nesta segunda-feira (27) o diretor do novo painel das Nações Unidas sobre a biodiversidade, Zakri Abdul Hamid. Preservar espécies de animais e plantas negligenciadas é necessário, já que elas poderiam ter genes resistentes a doenças futuras ou a mudanças no clima para temperaturas mais quentes, secas mais severas ou chuvas mais fortes, afirmou Hamid. “A perda da biodiversidade está acontecendo mais rápido e em todos os lugares, até mesmo entre os animais de fazenda”, disse Zakri em uma conferência com 450 especialistas em Trondheim, na região central da Noruega, em seu primeiro discurso como presidente fundador do painel de biodiversidade da ONU. O “IPCC da Biodiversidade”, plataforma intergovernamental que vai quantificar os ecossistemas do planeta e articular junto a governos a implantação de políticas de conservação, foi criado em abril do ano passado. O organismo vai reunir cientistas, representantes dos países-membros da ONU e representantes de comunidades indígenas e tradicionais. A decisão ocorreu após sete anos de discussões e definiu-se o nome oficial: Plataforma Intergovernamental sobre Serviços de Ecossistemas e da Biodiversidade (IPBES, na sigla em inglês). Risco para o agronegócio – Segundo informações da Reuters, muitas raças tradicionais de vacas, ovelhas ou cabras têm caído em desuso, muitas vezes porque produzem menos carne ou leite do que novas raças. A globalização significa também que as preferências alimentares das pessoas se estreitam a menos plantas. Zakri afirmou que havia no mundo 30 mil plantas comestíveis, mas que apenas 30 culturas representavam 95% da energia na alimentação humana, que é dominada por arroz, trigo, milho, painço e sorgo. Ele disse que era “mais importante do que nunca ter um grande reservatório genético para permitir que os organismos resistam e se adaptem a novas condições”. Isso ajudaria a garantir alimento para uma população mundial que deve atingir 9 bilhões até 2050, ante 7 bilhões agora. Zakri observou que a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) estimou no ano passado que 22% das raças de gado do mundo correm risco de extinção. Isso significa que há menos de mil animais de cada raça. As extinções de alguns animais domesticados e plantas acontece em conjunto com a aceleração da perda de espécies selvagens causadas por fatores como o desmatamento, a expansão das cidades, a poluição e a mudança climática, disse ele. Irene Hoffmann, chefe da divisão de recursos genéticos animais da FAO, disse que 8% das raças de gado já estão extintas. Muitos países começaram programas de criação para espécies raras de gado, de lhamas a porcos. Alguns congelaram embriões ou mesmo células-tronco que poderiam ser utilizados em clonagens, disse ela. (Fonte: G1)

10 sentidos humanos pouco conhecidos (mas importantes)

Olfato, paladar, visão, tato e audição. Para muitos, estes são os únicos cinco sentidos que possuímos. Mas, na realidade, estudos apontam que possuímos 21. Logo, quando alguém diz ter um “sexto sentido”, não está de todo errado, embora não signifique que ela está “pressentindo” algo. Nossa ampla gama de sentidos muitas vezes é bastante surpreendente para as pessoas, até que elas percebem que eles são utilizados todos os dias, naturalmente. Muitos dos sentidos humanos que nós esquecemos são extremamente importantes para a nossa vida cotidiana. Confira: 10. Sensação de plenitude Sabe quando você sente que comeu e bebeu o suficiente e seu corpo está tentando avisá-lo sobre isso? A sensação de plenitude é um sentido separado do seu corpo, envolvendo o seu próprio conjunto de receptores sensoriais que informam quando você está satisfeito e precisa parar de comer. Fazem parte deste conjunto receptores de estiramento, que permitem que você saiba que o seu estômago está ficando cheio. O estômago envia ao cérebro certos sinais de que o alimento foi digerido, o que significa que se você comer sua comida devagar, você vai se sentir mais “cheio” do que se você comer a mesma quantidade em um curto período de tempo. Seu cérebro basicamente precisa de tempo para acompanhar o que o seu corpo está fazendo. 9. Temperatura Este pode não ser muito surpreendente, mas é importante notar que o seu senso de temperatura – do quente e do frio – não é apenas uma parte do seu sentido de tato, mas, na verdade, um sentido distinto. Nossos termorreceptores detectam o quente e o frio, entre outras coisas, que auxiliam nossos corpos a ajustar a mudança de temperatura em nosso ambiente. Os sinais de termorreceptores viajam através da medula espinhal e, finalmente, chegam ao tálamo, onde nos informam sobre o que precisamos saber: se estamos quentes e precisamos nos resfriar ou o contrário. 8. Níveis de oxigênio O objetivo dos quimiorreceptores periféricos é estar atento ao sangue em suas artérias e monitorar o nível de oxigênio, bem como a quantidade de dióxido de carbono no corpo, entre outras coisas. Ele alerta seu corpo quando os níveis de dióxido de carbono estão muito altos, permitindo assim que você expire a taxa correta. Além disso, o seu corpo tem receptores que informam sobre o quão cheios seus pulmões estão, para que seu cérebro saiba a quantidade de ar que precisa colocar para dentro do corpo. 7. Zona de disparo do quimiorreceptor emético Responsável por se comunicar com drogas ou hormônios transportados pelo corpo através da corrente sanguínea, este é o sentido que diz ao seu corpo quando algo não está bem e é necessário vomitar. Um dano nesta habilidade pode levar a incontroláveis vômitos, ou, por vezes, a uma perda completa da capacidade de vomitar. Tal dano geralmente ocorre como o resultado de um acidente vascular cerebral (derrame). 6. Senso magnético Você sabia que o seu corpo pode, potencialmente, descobrir a direção, com base em seu sentido de campos magnéticos da Terra? Embora ainda haja algum debate a respeito de como somos capazes de usar este senso corretamente, seria, obviamente, bastante útil para fins de navegação, se formos capazes de aproveitá-lo. Algumas pessoas parecem ter um senso de direção mais aguçado, como se o nível que receptores magnéticos fosse mais avançado. Estas pessoas localizam-se a norte ou sul instantaneamente, sem a necessidade do uso de bússola. Este sentimento é mais comum e mais pronunciado entre outros animais, como abelhas, pássaros e até vacas. 5. Senso vestibular É mais comumente conhecido como “senso de equilíbrio”. É regulado pelo seu ouvido interno, que é a parte do sistema envolvido na audição, e considerado uma sensação completamente separada. Comumente, este senso pode ser impedido de funcionar se o corpo tiver ingerido uma grande quantidade de álcool. 4. Coceira Embora possa parecer mais um incômodo do que uma ferramenta útil, uma coceira não deixa de ser importante, pois envia uma mensagem para o seu corpo de que algo não está totalmente certo com alguma parte de sua pele. Às vezes, pode ser apenas o fato de estar seca ou pode haver insetos microscópicos à espreita em seus folículos pilosos, que precisam ser removidos através da coceira. Uma coceira é, basicamente, um sinal do seu corpo para seu cérebro de que você precisa dar uma olhada na área afetada, e descobrir o que está acontecendo. 3. Nocicepção Nocicepção é o sentido que permite que você sinta dor. Alguns sugerem que ela deve ser considerada em conjunto com o tato – mas os dois muitas vezes são combinados, e a dor ainda é uma sensação completamente diferente. Não só isso, mas alguns pesquisadores acreditam que a dor deve ser dividida cientificamente em três sentidos distintos, cada um relacionado a um tipo diferente de dor: dor localizada na pele, dor envolvendo os ossos, e dor sentida nos próprios órgãos. 2. Passagem de tempo A maioria de nós tem uma boa percepção do tempo, e as pessoas mais jovens são especialmente precisas nisso. Parte deste sentido é governado pelo núcleo supraquiasmático, o qual controla os ritmos circadianos. Embora a nossa capacidade de perceber a passagem do tempo seja muito útil, algumas vezes nos enganamos, como ocorre como todos os sentidos. Não houve um dia em que você sentiu que o tempo passou mais devagar ou mais rápido do que ele realmente é? 1. Propriocepção A propriocepção é essencialmente o sentido de localização corporal, de saber onde seus braços e pernas estão em relação ao resto do seu corpo. Isto é o que a polícia faz em testes de sobriedade, pedindo para você tentar fazer coisas como tocar o nariz com o dedo. Não são raros os casos, ainda em grande parte um mistério para os médicos, em que as pessoas perdem o seu sentido de propriocepção. Se isso acontecer, as mais simples e comuns tarefas, como abrir uma porta, pegar um copo ou usar um lápis tornam-se muito difíceis. Essas pessoas têm que observar cuidadosamente cada movimento de seus membros, a fim de usá-los com sucesso.[ListVerse]

Vacina contra dengue pode chegar ao mercado em 2015

Há uma boa e uma má notícia sobre a dengue. Primeiro a má: o número de casos de contaminação no Brasil é preocupante. No ritmo atual, o ano de 2013 deve superar 2010, considerado o pior da história em notificações. Agora a boa notícia: a vacina contra a doença pode chegar ao mercado em 2015. De 1º de janeiro até 20 de abril, a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti atingiu 799.661 pessoas no Brasil. O pico da transmissão da dengue ocorreu na primeira semana de março, quando foram registrados 84.122 casos da doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dengue afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas a cada ano, em mais de 100 países. Por enquanto, não existem medicamentos disponíveis para prevenir ou tratar a doença. O que se faz hoje é reprimir a proliferação do mosquito e, em caso de contaminação, tratar os sintomas. Mas o aumento considerável no número de casos demonstra que isso não é o suficiente. “Apesar dos esforços atuais de controle da dengue, com base principalmente no controle do vetor e manejo de casos, a carga e os custos da doença continuam a ser consideráveis. O controle do vetor vai continuar a ser uma parte importante do controle da dengue, mas é claro que uma vacina também é necessária”, explica Ciro de Quadros, vice-presidente executivo do Instituto de Vacinas Albert Sabin, em Washington, DC. Desafio – Embora existam muitas fórmulas candidatas, em vários estágios de desenvolvimento, a complexidade da infecção pelo vírus da dengue tem sido um desafio para as pesquisas da vacina. Um dos entraves é conseguir uma vacina que forneça proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (1 a 4). Além disso, outra dificuldade encontrada é a falta de conhecimento de como a doença se comporta e da maneira que o vírus interage com o organismo humano. “Há também uma falta de modelos animais de laboratório disponíveis para testar as respostas imunitárias às vacinas potenciais, bem como resolver questões sobre os imuno-correlatos de proteção”, acrescenta Quadros. Promessa de vacina – Dentre todas as soluções em desenvolvimento atualmente, a vacina criada pelo grupo farmacêutico Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da Sanofi, da França, parece ser uma das mais promissoras, do ponto de vista clínico e industrial. O grupo trabalha há mais de 20 anos no desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue. Em 2015, o resultado desse trabalho pode chegar ao mercado. O laboratório publicou, em setembro do ano passado, os resultados do primeiro estudo de eficácia realizado no mundo. Esse estudo clínico envolveu 4.002 crianças entre 4 e 11 anos de idade, na Tailândia, em parceria com a Universidade Mahidol e o Ministério da Saúde da Tailândia, no distrito de Muang, na província de Ratchaburi. Apesar de bem-sucedido, o estudo indicou que ainda há desafios a serem superados. “Os resultados demonstraram que a vacina candidata da Sanofi Pasteur contra a dengue é capaz de oferecer proteção contra três tipos de vírus da dengue (vírus tipo 1, vírus tipo 3 e vírus tipo 4). Não foi confirmada proteção contra o vírus tipo 2 no contexto epidemiológico específico da Tailândia”, argumenta Pedro Garbes, diretor regional de Desenvolvimento Clínico na América Latina da Sanofi Pasteur. A vacina candidata da Sanofi Pasteur já foi avaliada em estudos clínicos (Fase I, II) em adultos e crianças nos EUA, na Ásia e na América Latina. No momento, está em andamento na Ásia e na América Latina, com mais de 31 mil voluntários, a terceira e última fase de testes, chamada de Estudos de Fase III, a última etapa do desenvolvimento clínico de uma vacina. “Esses estudos serão importantes para evidenciar a eficácia da vacina candidata contra a dengue em uma população mais ampla e em diferentes ambientes epidemiológicos”, ressalta Garbes. O Brasil está incluído nessa etapa do estudo. Cinco capitais brasileiras – Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória – estão participando dos testes, que começaram no país em agosto de 2011 e envolvem cerca de 3,5 mil participantes, entre crianças e adolescentes de 9 a 16 anos. Os resultados da Fase III estão previstos para o final de 2014. “Esperamos ter as condições necessárias para antecipar um primeiro lançamento em 2015, contudo a Sanofi Pasteur não pode prever quais serão os países que irão lançá-la primeiro, pois a decisão será tomada pela autoridade regulatória de cada país”, justifica o diretor regional da Sanofi Pasteur. A vacina do laboratório Sanofi Pasteur usa o vírus vivo da dengue atenuado, preparando o sistema imunológico, sem causar a doença. “A atenuação é obtida pelo uso da tecnologia do DNA recombinante. As propriedades imunogênicas de cada um dos quatro sorotipos da dengue são combinadas com o perfil atenuado bem caracterizado da cepa da vacina YF-17D (usada para a vacina contra a febre amarela)”, explica Garbes. A vacina é aplicada em 3 doses, com intervalo de seis meses entre elas. “A vacina é bem tolerada, com perfil de segurança semelhante depois de cada uma das doses”, ressalta Garbes. Outros estudos – Além da Safoni Pasteur, outras instituições estão trabalhando na busca de uma vacina contra a dengue. Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos EUA, desenvolveram uma vacina viva atenuada que foi licenciada a quatro fabricantes de países em desenvolvimento. De acordo com Quadros, o mais avançado desses licenciados é o Instituto Butantan, em São Paulo, cuja vacina está entrando em Fase II de ensaios clínicos. Conforme informações de sua assessoria de imprensa, o Instituto Butantan aguarda atualmente aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os ensaios clínicos em humanos. Mesmo que essa fase comece logo, o processo é longo, e não há estimativa de quando a vacina estará disponível à população. O Instituto Butantan aguarda aprovação da Anvisa para iniciar os ensaios clínicos em humanos Enquanto isso, a empresa Inviragen conta com uma vacina viva atenuada, que recentemente entrou em Fase II dos ensaios clínicos em Porto Rico, Colômbia, Cingapura e Tailândia. Já a Merck está trabalhando em uma vacina de subunidade, que está em fase I de ensaios, e a GlaxoSmithKline tem a vacina inativada purificada, originalmente desenvolvida pelo Walter Reed Army Institute of Research dos EUA, em estudos pré-clínicos. Com a formulação de uma vacina eficaz cada vez mais próxima, é hora de preparar os países para sua adoção. Trata-se de uma das funções da Iniciativa para a Vacina contra a Dengue (Dengue Vaccine Initiative – DVI), que inclui a Organização Mundial da Saúde, a Universidade de Johns Hopkins e o Instituto Internacional de Vacinas. “A DVI visa a estabelecer as bases para a introdução da vacina da dengue em áreas endêmicas, de modo que, uma vez licenciada, a vacina será rapidamente adotada”, explica Quadros, do Instituto Sabin, que faz parte da DVI. (Fonte: Terra)

domingo, 26 de maio de 2013

Google Street View mapeia Ilhas Galápagos e sua biodiversidade

Uma equipe do Google foi até as Ilhas Galápagos, no Equador, com objetivo de captar imagens da biodiversidade local e colocar no serviço Street View. Tartarugas-gigantes, tubarões-martelo, pássaros multicoloridos e o terreno acidentado das ilhas poderão ser visualizados por todos, de qualquer parte do mundo, a partir de computadores, tablets ou smartphones. Alpinistas portando mochilas com equipamentos fotográficos e mergulhadores com câmeras subaquáticas, que capturavam imagens em 360º, podiam ser vistos pela região. Neste momento, segundo a agência de notícias Associated Press, o Google processa e edita as imagens para colocá-las no Street View este ano. De acordo com o texto, cientistas estão colaborando com a empresa na busca de novas espécies, com objetivo de atualizar as imagens do serviço a cada ano. “Esperamos que todas as crianças em escolas do mundo possam ver essas imagens e tentar descrever o que há nelas, mesmo as pequenas criaturas, como os insetos”, disse Daniel Orellana, pesquisador da Fundação Charles Darwin. Orellana e outros cientistas supervisionaram os exploradores em áreas isoladas, cujo acesso é proibido aos turistas e raramente têm permissão concedida para visitação. Regiões das ilhas que costumeiramente recebem visitantes também foram monitoradas, com o objetivo de analisar o impacto humano no meio ambiente. Em 2011, equipes do Google também estiveram na Amazônia brasileira, no intuito de registrar a biodiversidade local. Trechos do Rio Negro e comunidades próximas, no estado do Amazonas, foram fotografadas para o serviço Street View. As imagens do Rio Negro foram capturadas por barcos acoplados a um triciclo com câmeras. Esse veículo também foi usado em terra para mapear as comunidades da região, em vez do carro que normalmente faz as fotografias nas cidades, mas que não poderia circular pela floresta. (Fonte: G1)

Fernando de Noronha quer energia 100% limpa até 2015

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, anunciou nesta semana a meta de fornecer energia 100% renovável a Fernando de Noronha até 2015. O objetivo foi divulgado durante comunicado a respeito da instalação de uma nova usina de energia solar no arquipélago. O novo empreendimento, que está sendo construído em terreno do Comando da Aeronáutica, próximo ao aeroporto do arquipélago, promete produzir 777 MWt/ano – o que equivale a, aproximadamente, 6% do consumo de energia de Noronha. A usina está prevista para começar a funcionar até o final de 2013. O arquipélago já possui duas usinas em funcionamento: uma eólica e outra solar. Segundo o governador Campos, o Estado de Pernambuco estuda propostas interessantes para a produção de eletricidade a partir do lixo e, também, das correntes marítimas. (Fonte: Planeta Sustentável)

Céticos do clima são menos de 1% da comunidade científica, diz estudo

Um estudo divulgado nesta semana com base na análise de publicações científicas das últimas duas décadas mostrou que 99% dos artigos apontam a ação humana como a causa das mudanças climáticas – um consenso frente aos chamados céticos do clima, que atribuem o aquecimento global a fatores exclusivamente naturais. A análise é assinada por John Cook, estudante de pós-doutorado em astrofísica da Universidade de Queensland, na Austrália, e foi publicada no jornal científico Environmental Research Letters. Ele avaliou o abstract, o resumo do conteúdo, de 11.944 artigos científicos sobre aquecimento global e mudanças climáticas publicados entre 1991 e 2011. A avaliação de todo esse volume de material, disponível no banco de dados científico Web of Knowledge, revelou que 66,4% das publicações posicionaram-se em concordância a corrente do aquecimento global antropogênico, ou seja, causado pelo homem. Outros 32,6% dos artigos pesquisados endossavam essa posição. Cook encontrou apenas 0,7% das publicações negando a participação humana no aquecimento global e 0,3% expressando incerteza quanto às reais causas das mudanças climáticas. Uma pesquisa semelhante, porém com uma amostragem menor, já havia sido publicada por cientistas da Universidade de Standford em 2010. Na verificação de 1.372 publicações, entre 98% e 99% dos pesquisadores apontavam a participação humana nas mudanças climáticas. Para meteorologista, “negacionistas” – Os números deixam claro como as publicações céticas quanto ao papel do homem nas mudanças climáticas são minoria. Pesquisadores desta linha – alguns de universidades renomadas– argumentam que as medições que apontam o aquecimento não seriam precisas, que a terra já foi mais quente do que é hoje em um passado recente ou ainda que o sol teria uma influência muito maior nas mudanças climáticas do que os gases do efeito estufa. Para o coordenador geral da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas e Globais (Rede Clima), Paulo Nobre, os pesquisadores que discordam da participação do homem não deveriam ser chamados de céticos, e sim de “negacionistas”. “Ceticismo é um pilar da ciência. É formular uma hipótese e ser cético com relação a ela para buscar respostas”, compara. Segundo ele, diante das evidências científicas existentes, não há como negar a participação humana no processo de aquecimento global: “Há 20 anos até poderia haver espaço para o ceticismo, mas hoje não existe mais.” A interpretação equivocada de dados de variabilidade climática são, na opinião do meteorologista, uma das bases para a negação da responsabilidade humana. Na Rede Clima, que busca prover substrato científico para embasar programas governamentais, por exemplo, a parcela humana no processo de mudanças é levada em conta. Os dados levantados buscam entender exatamente a dimensão humana dessas alterações e as formas de adaptação que permitam garantir a segurança energética, hídrica e alimentar do país. “É um processo em curso e precisamos propor formas de adaptação e mitigação”, resume Nobre. O artigo publicado por Cook rompeu as fronteiras da comunidade científica e virou notícia em populares blogs de ciência e na imprensa internacional. A repercussão reflete outra face do trabalho do pesquisador australiano. Além do pós-doutorado no Instituto de Mudanças Globais da Universidade de Queensland, o cientista mantém o blog científico Skeptical Science. No site, ele e outros colaboradores contrapõem os argumentos usados para negar a interferência humana nas mudanças climáticas em uma linguagem simples e mais acessível para quem está fora do circuito acadêmico. (Fonte: Terra)

Encontrada mulher que vê 99 milhões de cores a mais do que nós. Faça o teste e descubra se também é um tetracromata

Um ser humano normal, sem nada que o distingua, pode perceber um milhão de cores diferentes. Conseguimos perceber tantas cores devido à nossa retina possuir células chamadas cones, de três tipos, cada uma excitada por um comprimento de onda diferente. Quando abrimos os olhos, os sinais luminosos atingem estes cones, que os transformam em sinais eletroquímicos, que por sua vez são enviados ao cérebro. O cérebro combina estes sinais para produzir a sensação que chamamos de cor. A visão pode ser um processo complexo, mas o cálculo das cores é simples: cada cone confere a capacidade de perceber cerca de uma centena de tons, então o número total de combinações é de pelo menos 100³, ou um milhão. Se eliminarmos um tipo de cone, ou seja, passar de tricromata para dicromata, o número de combinações cai por um fator de 100, para meros 10.000. Quase todos os mamíferos, incluindo os cães e macacos do Novo Mundo, são dicromatas. A riqueza de cores que vemos é rivalizada apenas pelos pássaros e alguns insetos, capazes de perceber parte da região ultravioleta do espectro. A partir do momento que o mecanismo da percepção das cores foi desvendado, os pesquisadores passaram a suspeitar que entre nós haviam pessoas com quatro tipos de cones diferentes, capazes de ver uma gama de cores invisível para nós. Teoricamente, um tetracromata poderia ver cem milhões de cores. E como a percepção das cores é uma experiência pessoal, eles não teriam forma de ver além do que consideramos os limites da visão. Caçando tetracromatas Ao longo de duas décadas, a neurocientista da Universidade de Newcastle, Gabriele Jordan, e colegas de pesquisa têm procurado pessoas que tem esta capacidade de super-visão. Dois anos atrás, Jordan finalmente encontrou uma – uma médica vivendo no norte da Inglaterra, conhecida somente como “cDa29″ na literatura científica, é a primeira tetracromata conhecida da ciência. E certamente não será a última. A primeira pista para a existência de tetracromatas surgiu em um trabalho sobre alguns homens daltônicos, feito pelo cientista holandês H. L. de Vries, em 1948. De Vries resolveu testar também as filhas de um dos daltônicos e descobriu que elas podiam detectar uma gama maior de tons de vermelho que a média das pessoas. Isto levou à descoberta de que, quando daltônicos tinham dois cones normais e um cone mutante, a mãe e as filhas tinham um cone mutante e três cones normais, ou seja, quatro cones. O gene associado ao desenvolvimento dos cones está no cromossomo X, por isto um homem com esta alteração é dicromata – ele só tem um cromossomo X, e vai manifestar qualquer mutação nos genes passados pela sua mãe -, enquanto a mulher pode ser afetada (podendo ou não apresentar o tetracromatismo) ou apenas ser portadora do gene. A Dra. Jordan se interessou sobre tetracromatismo e concluiu que, tanto quanto o daltonismo é comum, o tetracromatismo também deve ser, com cerca de 12% das mulheres sendo tetracromatas. A primeira tentativa para encontrar estas mulheres foi selecionar mães de daltônicos que têm um cone mutante e testá-las, mas nenhuma demonstrou perceber mais tons de vermelho que a média das pessoas, o que os levou a concluir que o cone mutante estava inativo nestas mulheres. Em 2007, a Dra. Jordan desenvolveu métodos mais poderosos para identificar mulheres com visão tetracromática, testando 25 mulheres, todas com um quarto cone. Uma delas, identificada como “cDa29″, respondeu corretamente as perguntas que visavam identificar o fênomeno – depois de 20 anos de pesquisas, um tetracromata verdadeiro foi encontrado. Potencial perdido A estimativa da Dra. Jordan leva a um mistério: se tetracromatas são tão comuns quanto daltônicos, por que conhecemos daltônicos, mas não conhecemos tetracromatas? O pesquisador de visão Jay Neitz, da Universidade de Washington (EUA), acredita que todas as mulheres com quatro cones têm potencial para visão tetracromática, mas precisam desenvolver ou despertar esta capacidade. “A maior parte das coisas que vemos coloridas são feitas por pessoas que estão tentando criar cores que funcionam para tricromatas. Talvez nosso mundo inteiro esteja sintonizado com o mundo dos tricromatas”, opina. Talvez nosso mundo não tenha tons de cores suficientes para o tetracromatismo ser de algum proveito. Neste caso, os tetracromatas poderiam desenvolver a capacidade se visitassem um laboratório periodicamente, para fazer testes e treinar a percepção. E como um tetracromata vê o mundo? A mulher “cDa29″ não conseguiu comunicar sua experiência para os pesquisadores, da mesma forma que é impossível descrever a experiência do vermelho para uma pessoa dicromata. E você, está curioso para saber se é tetracromata? Veja a figura abaixo. Se você conseguir ver letras no centro de algum destes círculos, provavelmente você é um tetracromata.[Digital Journal, Discover Magazine, Ojo Cientifico, Colour Lovers]

Quase desconhecido, bocavírus humano é prevalente em amígdalas de crianças

Um vírus provavelmente muito antigo na espécie humana, mas descoberto apenas em 2005, tem chamado a atenção de um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). O bocavírus humano, um parente distante do vírus causador da parvovirose canina, foi encontrado em cerca de 5% das mais de mil amostras colhidas de crianças internadas ou admitidas no Pronto Socorro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. O número se assemelha aos obtidos em outros locais do mundo, incluindo a Suécia, onde o vírus foi descoberto em um estudo de metagenômica que investigou amostras respiratórias de pessoas com infecções respiratórias com resultados laboratoriais negativos para vírus convencionais. "O bocavírus humano é da família de um vírus humano já conhecido, o parvovírus B-19, e do bocavírus canino, que causa a parvovirose canina. Nunca antes de 2005 havia sido detectado um bocavírus humano", disse o professor Eurico de Arruda Neto. Em geral, o bocavírus causa infecção respiratória branda, mas pode também provocar bronquiolite em crianças muito pequenas. "Aproximadamente um quarto das crianças com bocavírus está de fato na fase aguda de infecção por esse agente. As outras provavelmente o têm de forma persistente, consequência de infecções passadas", disse. Os pesquisadores também verificaram que o bocavírus quase nunca está sozinho, e há uma taxa "altíssima" de coinfecções. "Achamos vários vírus nessas amostras, não somente um ou dois, mas muitas vezes quatro ou cinco agentes diferentes. Estamos investigando muito intensamente no laboratório qual a importância dessas coinfecções", disse Arruda Neto. Se apenas um quarto dos 5% das crianças com o vírus apresentou infecção aguda, a porcentagem de infectados aumentou quando foram feitas análises do tecido de amígdalas e adenoides retiradas de crianças por motivos de hipertrofia amigdaliana. Nesses casos, o número de infectados pelo bocavírus ultrapassou a metade das amostras, intrigando os pesquisadores. "O que eles [os bocavírus] estão fazendo em amígdalas e adenoides? A criança não tem sintoma de infecção aguda, não está espirrando, não está tossindo. O tecido foi removido porque estava hipertrofiado. E aí encontramos o vírus no interior daquele tecido da amígdala", afirmou Arruda Neto. "O que isso significa? A presença do vírus é benéfica ou maléfica? Está relacionada à hipertrofia das amígdalas apresentada por tantas crianças? Ainda não temos respostas a essas questões," disse o pesquisador, adiantando porém que este assunto já está sendo investigado em outro projeto da equipe. Agência Fapesp

Falta de iodo na gravidez pode afetar inteligência de crianças

A deficiência de iodo na gravidez pode afetar a inteligência de crianças em idade escolar. Esta conclusão é de um estudo, publicado na revista científica Lancet, que acompanhou 1.040 grávidas na Grã-Bretanha - da gravidez, até que as crianças atingissem a idade escolar. Os exames mostraram deficiência de iodo em dois terços das mães pesquisadas - uma taxa iodo-creatinina menor do que 150 microgramas/g. O iodo é um nutriente essencial para a produção de hormônios pela glândula tireoide, que tem um efeito direto no desenvolvimento do cérebro do feto. Até recentemente acreditava-se que a deficiência do nutriente era um problema restrito aos países em desenvolvimento. Os pesquisadores concluíram que as mães com níveis baixos de iodo durante a gravidez tiveram crianças com um rendimento escolar ligeiramente abaixo dos seus colegas. Mas o estudo também tem suas próprias deficiências. A principal delas é o uso do teste de QI (quociente de inteligência) para avaliar as crianças, que foram submetidos a testes aos oito e aos nove anos. Além das pesadas críticas que este tipo de avaliação recebe dentro da própria comunidade científica, já se demonstrou que motivação e hábitos de estudo importam mais que o QI quando se considera o rendimento global dos estudantes. Outro problema é a ingestão de alimentos sabidamente ricos em iodo durante a gestação, como peixes e laticínios. Apesar de se saber que deficiências severas de iodo na mãe possam afetar o desenvolvimento cerebral do bebê, inúmeras mulheres ainda recebem orientações de seus médicos para moderarem o consumo de peixe por medo de um outro elemento, o mercúrio, ainda que se saiba que a ingestão de peixe na gravidez pode, por exemplo, diminuir a chance de alergias nos bebês. Deficiências à parte, o estudo agora publicado revelou um padrão, com as crianças de mães com baixo nível de iodo apresentando um QI cerca de três pontos abaixo de seus colegas - por volta de 2% de variação. Isto significa, segundo os pesquisadores, que a deficiência de iodo pode "impedir que crianças atinjam seu potencial pleno". Mas eles rapidamente desaconselham a ingestão de pílulas de algas marinhas pelas grávidas porque elas contêm doses de iodo altas demais. Ou seja, nada parece ter mudado em relação à recomendação básica dada às gestantes: siga uma dieta balanceada. Redação do Diário da Saúde

Por que as mulheres vivem mais do que os homens?

Um estudo japonês sugere que as mulheres vivem mais do que homens porque o sistema imunológico feminino passa por modificações mais lentamente com a idade. De acordo com a pesquisa da Universidade Médica e Odontológica de Tóquio, ainda que o sistema imunológico de todas as pessoas fique mais debilitado com a idade, no caso dos homens esse processo é mais rápido, o que poderia explicar sua menor longevidade. O sistema imunológico protege o corpo de infecções, mas também está associado ao surgimento de doenças caso não esteja bem regulado. Em 2011, cientistas belgas afirmaram ter encontrado provas de que as mulheres têm um sistema imunológico melhor que o dos homens, enquanto os adeptos de explicações "menos biológicas" apontam para fatos como a maior capacidade de perdoar das mulheres. Linfócitos Katsuiku Hirokawa e seus colegas analisaram amostras de sangue de 356 homens e mulheres saudáveis com idades entre 20 e 90 anos. Eles mediram no sangue a quantidade de leucócitos (glóbulos brancos, células do sistema imunológico) e de moléculas chamadas citocinas, que permitem às células imunológicas coordenarem a resposta do corpo a alguma doença. Entre homens e mulheres o número de leucócitos por pessoa caiu com a idade, como era esperado e comprovado por estudos anteriores. No entanto, em um exame mais detalhado foram reveladas diferenças entre homens e mulheres em dois tipos de células que são componentes importantes do sistema imunológico, os linfócitos T e os linfócitos B, dois tipos de leucócitos. Os cientistas constaram que, com o avançar dos anos, a queda do número da maioria dos linfócitos T e B mostrou ser mais rápida em homens. Os homens também mostraram ter um declínio mais rápido em dois tipos de citocinas que naturalmente se tornam menos comuns com o avançar da idade. Além disso, o número de dois tipos específicos de linfócitos que costumam se tornar mais numerosos com a idade, T CD4 e as chamadas células exterminadoras naturais, aumentou mais em mulheres do que em homens ao envelhecerem. Quem determina o quê? "Mudanças relacionadas à idade em vários parâmetros diferem entre homens e mulheres", escreveu Hirokawa e sua equipe no relatório, divulgado na publicação científica Immunity & Ageing. "Nossas descobertas indicam que uma taxa de declínio mais lenta destes parâmetros imunológicos em mulheres, em comparação aos homens, é coerente com o fato de que mulheres vivem mais do que homens." Para Tom Kirkwood, do Instituto de Envelhecimento e Saúde da Universidade de Newcastle upon Tyne, na Grã-Bretanha, as descobertas dos cientistas japoneses são úteis, mas não surpreendem. "É provável que o envelhecimento mais lento no sistema imunológico de mulheres reflita uma taxa geral de envelhecimento mais lenta, não que o próprio sistema imunológico estabeleça esse ritmo", afirmou o professor. Outros estudos já tentaram explicar a maior longevidade feminina pelo DNA. Com informações da BBC

Qual é a melhor técnica para estudar e aprender?

Os métodos mais comuns de se preparar para provas escolares podem não ser os que garantem os melhores resultados para os estudantes. Universidades e escolas sugerem aos estudantes uma grande variedade de formas de ajudá-los a lembrar o conteúdo dos cursos e garantir boas notas nos exames. Entre elas estão tabelas de revisão, canetas marcadoras, releitura de anotações ou resumos, além do uso de truques mnemônicos ou testar a si mesmo. Mas segundo o professor John Dunlosky, da Universidade Estadual Kent, em Ohio, nos Estados Unidos, ainda não se sabe o suficiente sobre como a memória funciona e quais as técnicas são mais efetivas. Para tentar descobrir, ele e seus colegas avaliaram centenas de pesquisas científicas que estudaram dez das estratégias de revisão mais populares, e verificaram que oito delas não funcionam - ou mesmo, em alguns casos, atrapalham o aprendizado. Por exemplo, muitos estudantes adoram marcar suas anotações com canetas marcadoras. "Quando os estudantes estão usando um marcador, eles comumente se concentram em um conceito por vez e estão menos propensos a integrar a informação que eles estão lendo em um contexto mais amplo", diz ele. "Isso pode comprometer a compreensão sobre o material." Mas ele não sugere o abandono dos marcadores, por reconhecer que elas são um "cobertor de segurança" para muitos estudantes. Resumos e mnemônicos Os professores regularmente sugerem ler as anotações e os ensaios das aulas e fazer resumos. "Para nossa surpresa, parece que escrever resumos não ajuda em nada," diz Dunlosky. "Os estudantes que voltam e releem o texto aprendem tanto quanto os estudantes que escrevem um resumo enquanto leem." Outros guias para estudo sugerem o uso de truques mnemônicos, técnicas para auxiliar a memorização de palavras, fórmulas ou conceitos. Dunlosky afirma que eles podem funcionar bem para lembrar de pontos específicos, como "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, Seno A Cosseno B, Seno B Cosseno A" - para lembrar a fórmula matemática do seno da soma de dois ângulos: sen (a + b) = sena.cosb + senb.cosa. O que funciona? Então, quais técnicas realmente funcionam? Somente duas das dez técnicas avaliadas se mostraram efetivas - testar-se a si mesmo e espalhar a revisão em um período de tempo mais longo. A melhor estratégia é uma técnica chamada "prática distribuída", de planejar antecipadamente e estudar em espaços de tempo espalhados. [Imagem: Diário da Saúde] "Estudantes que testam a si mesmos ou tentam recuperar o material de sua memória vão aprender melhor aquele material no longo prazo", diz Dunlosky. "Comece lendo o livro-texto e então faça cartões de estudo com os principais conceitos e teste a si mesmo. Um século de pesquisas mostra que a repetição de testes funciona", recomenda o pesquisador. Descoberta a melhor forma para estudar. E aprender. Isso aconteceria porque o estudante fica mais envolvido com o tema e menos propenso a devaneios da mente. "Testar a si mesmo quando você tem a resposta certa parece produzir um rastro de memória mais elaborado conectado com seus conhecimentos anteriores, então você vai construir (o conhecimento) sobre o que já sabe", diz o pesquisador. Prática distribuída Porém, a melhor estratégia é uma técnica chamada "prática distribuída", de planejar antecipadamente e estudar em espaços de tempo espalhados - evitando, assim, deixar para estudar de uma vez só na véspera do teste. Dunlosky diz que essa é a estratégia "mais poderosa". "Em qualquer outro contexto, os estudantes já usam essa técnica. Se você vai fazer um recital de dança, não vai começar a praticar uma hora antes, mas ainda assim os estudantes fazem isso para estudar para exames", observa. "Os estudantes que concentram o estudo podem passar nos exames, mas não retêm o material", diz. "Uma boa dose de estudo concentrado após bastante prática distribuída é o melhor caminho." Então, técnicas diferentes funcionam para indivíduos diferentes? Dunlosky afirma que não, que as melhores técnicas funcionam para todos. Com informações da BBC

quinta-feira, 23 de maio de 2013

ONU marca Dia Internacional da Biodiversidade com alerta sobre água

A ONU (Organização das Nações Unidas) comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade nesta quarta-feira (22) lançando um alerta sobre a situação da demanda futura pela água. Em mensagem, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, lembrou do tema deste ano, “Água e Biodiversidade”, ao dizer que apesar da abundância do recurso, o planeta conta apenas com uma pequena quantidade de água fresca. O tema do Dia Internacional da Biodiversidade foi escolhido para marcar o Ano Internacional de Cooperação da Água, comemorado durante todo 2013. Em várias partes do mundo, a demanda por água ultrapassa o fornecimento, e a qualidade do recurso ainda é um problema em muitos países. Ban lembrou que a biodiversidade e o ecossistema são fundamentais no alcance de uma visão de um mundo com água para todos. Ele citou, ainda, o papel das florestas que ajudam a regular a erosão do solo e proteger a qualidade e o fornecimento de água. Plano para 2020 – Para promover mais proteção, a Convenção sobre Diversidade Biológica emitiu um plano estratégico que vai até 2020 sobre o tema. O Secretário-Geral lembrou os compromissos firmados durante a Rio+20, no Rio de Janeiro, sobre a necessidade de se manter a quantidade e a qualidade da água em programas de governo. Ele pediu aos países que ainda não ratificaram o Protocolo de Nagoia de acesso a recursos genéticos que o façam. (Fonte: UOL)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

OMS: mundo não está preparado para surto de gripe

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na terça-feira (21) que o mundo continua sem estar preparado para lidar com um surto de gripe de larga escala, havendo receios de que o vírus H7N9 na China possa se espalhar. O diretor-geral assistente da OMS, Keiji Fukuda, disse em uma reunião que, apesar dos esforços empreendidos desde a gripe aviária H1N1 há três anos, é necessário um maior planejamento de contingência. “Ainda que tenha sido feito trabalho desde então, o mundo não está preparado para um grande e severo surto”, disse Fukuda. Os sistemas de reação rápida são cruciais, uma vez que os esforços das autoridades de saúde estão limitados pela falta de conhecimentos das doenças, acrescentou. “Quando as pessoas são atingidas por uma doença emergente, não se pode somente ir a um livro e saber o que fazer”. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que “qualquer novo vírus da gripe que infecte humanos tem potencial para se tornar uma ameaça de saúde global”. De acordo com os números mais recentes, a gripe aviária H7N9 infectou 130 pessoas na China e matou 35 desde que foi detectada em humanos em março deste ano. (Fonte: Agência Brasil)

Preços de remédios variam mais de 10 vezes

Os preços médios dos medicamentos genéricos são 54,58% menores do que os de referência, de acordo com pesquisa feita pela Fundação Procon-SP em drogarias e farmácias da capital paulista. Entre os genéricos, foi observada diferença de até 1.129,21%. O Paracetamol (200 mg/ml, gotas 15 ml) custava R$ 0,89 em um estabelecimento, mas foi encontrado por R$ 10,94 em outro, o que corresponde a uma diferença de R$ 10,05. Entre os medicamentos de marca, a maior diferença ficou para o Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline (500 mg, 21 cápsulas), que foi encontrado por R$ 14,67 e, em outra farmácia, custava R$ 55,75 - uma diferença de R$ 41,08 em valor absoluto e 280,03%. No interior do estado, a maior variação de preços entre os medicamentos genéricos chegou a 1.143% entre farmácias da cidade de Bauru, para o medicamento Paracetamol. Quanto aos de referência, a maior variação também foi encontrada em Bauru, os preços do Dexason variaram até 354%. O Procon-SP recomenda que o consumidor pesquise antes de comprar. Outras orientações são verificar o prazo de validade, os números do lote e data de fabricação que constam na caixa, nas cartelas ou frascos. Agência Brasil

Exame brasileiro para hanseníase custa "menos que um sorvete"

Desenvolvido no Brasil e nos Estados Unidos, um novo teste para diagnosticar a hanseníase, conhecida anteriormente como lepra, traz esperança na luta contra a doença no mundo todo. Fabricado pelo laboratório Orangelife, no Rio de Janeiro, o teste pode detectar a doença em dez minutos e vai custar menos de US$ 1 - "menos que um sorvete", segundo o presidente do laboratório, Marco Collovati. O Ministério da Saúde planeja usar o teste em dois Estados do Nordeste no segundo semestre, em uma fase piloto antes de adotá-lo no restante do país. Segundo Collovati, a vantagem do teste, além do baixo custo, é que "ele é fácil de transportar e de armazenar e pode ser aplicado por agentes de saúde com treinamento muito básico". Hanseníase A hanseníase é uma doença bacteriana que hoje tem cura, mas diagnosticar a infecção precoce, antes dela avançar, é um desafio - principalmente em regiões mais pobres e remotas. A doença pode causar lesões permanentes na pele e nos olhos e deformidades nos membros. Quanto mais tempo se leva para fazer o diagnóstico, mais graves são as sequelas. Depois da Índia, o Brasil tem o segundo maior número de pacientes com hanseníase no mundo, com cerca de 30 mil novas infecções a cada ano. Exame para hanseníase O exame reconhece a presença de anticorpos no sangue que reagem contra proteínas existentes nas bactérias, indicando um resultado positivo ou negativo para a doença. Collovati diz que a precisão é de cerca de 90% - em cerca de 10% dos casos, os pacientes não produzem anticorpos suficientes para serem detectados. A doença é transmitida pela respiração, pela tosse e microgotas de saliva, mas somente quando há contato prolongado com uma pessoa infectada - por isso é comum a transmissão entre pessoas da mesma família. "A hanseníase é uma doença simples de se tratar, desde que seja diagnosticada precocemente. Caso contrário, ela é tratada, mas o paciente permanece com as deformações para sempre", diz Collovati. "O teste é muito importante para acabar com o estigma que cerca essa doença há três mil anos." http://www.diariodasaude.com

Vitamina D, a vitamina do Sol, ajuda no tratamento de asma

Tomar sol tem um efeito positivo para os pacientes que sofrem de asma. Cientistas da Universidade King's College, de Londres, mostraram uma ligação direta entre baixos níveis de vitamina D, que é fabricada pelo corpo durante a exposição ao Sol, e a piora dos sintomas da asma. As pessoas que têm asma apresentam dificuldades para respirar quando suas vias aéreas ficam inchadas, inflamadas e contraídas, e elas geralmente são tratadas com esteroides, mas nem todos respondem bem. O trabalho revela que o contato com a luz solar "acalma" uma parte do sistema imunológico que é estimulada em excesso pela asma. Já se sabia que a vitamina D é essencial para ativar o sistema imunológico e, há poucos dias, pesquisadores escoceses alertaram que as campanhas contra o câncer de pele estão tendo um efeito colateral grave quanto aos benefícios de se tomar Sol: Benefícios de tomar Sol superam risco de câncer de pele "Nós sabemos que pessoas com altos níveis de vitamina D conseguem controlar melhor sua asma - esta conexão chama bastante a atenção," disse a pesquisadora Catherine Hawrylowicz. A equipe da cientista investigou o impacto da vitamina em uma substância química do corpo humano, a interleucina-17, uma parte vital do sistema imunológico que ajuda a combater infecções. Entretanto, a substância também pode causar problemas quando atinge níveis muito altos e já foi relacionada intensamente à asma. O estudo mostrou que a vitamina D reduz os níveis de interleucina-17 nos pacientes. A equipe está realizando agora uma série de testes clínicos para ver se a administração de vitamina D como suplemento pode substituir a exposição ao Sol para a sintetização natural do composto. http://www.diariodasaude.com.br/

Agricultura moderna e urbanização levam à perda da biodiversidade do solo

Poucas coisas são mais vitais do que a saúde da terra. Nosso abastecimento alimentar começa lá. As plantas selvagens precisam de solo saudável para crescer bem. Os herbívoros, para que possam comer as folhas, sementes e frutos das plantas. Por fim, os predadores, para que possam comer os bichos que comem as plantas. Um solo saudável evita doenças humanas e também contém a cura para outras enfermidades. A maioria dos antibióticos vem de lá. Os cientistas agora procuram na terra uma nova classe de remédios para enfrentar doenças resistentes a antibióticos. Lavoura em Moçambique; más práticas agrícolas arruinaram cerca de metade do solo superficial na África O solo supostamente desempenha um papel importante, mas pouco compreendido, na difusão do cólera, da meningite fúngica e de outros agentes infecciosos que passam parte do seu ciclo de vida na terra. Novas tecnologias garantiram saltos na nossa compreensão sobre a ecologia dos solos, ao permitir que os cientistas estudem os genes de micróbios da terra e acompanhem minúsculas quantidades de carbono e nitrogênio em sua passagem por esse ecossistema. Mas, à medida que os cientistas aprendem mais, eles percebem como sabem pouco. Na última década, os cientistas descobriram que o “oceano de terra” do planeta é um dos quatro maiores reservatórios de biodiversidade. Ele contém quase um terço de todos os organismos vivos, segundo o Centro de Pesquisas Conjuntas da União Europeia, mas apenas cerca de 1% dos seus micro-organismos já foi identificado. As relações entre essa miríade de espécies ainda é mal compreendida. Cientistas criaram recentemente a Iniciativa Global de Biodiversidade do Solo para avaliar o que se sabe sobre a vida subterrânea, para identificar onde ela está em perigo e para determinar a saúde dos serviços ecossistêmicos essenciais que o solo fornece. Uma colherada de terra pode conter bilhões de micróbios (divididos entre 5.000 tipos diferentes), assim como milhares de espécies de fungos e protozoários, além de nematódeos, ácaros e algumas espécies de cupim. “Há uma pululante organização embaixo do chão, uma fábrica com terra, animais e micróbios, cada um com seu próprio papel”, disse a bióloga Diana Wall, da Universidade Estadual do Colorado, a presidente científica da iniciativa. O ecossistema do solo é altamente evoluído e sofisticado. Ele processa o lixo orgânico, transformando-o em terra. Filtra e limpa grande parte da água que bebemos e do ar que respiramos, ao reter poeiras e agentes patogênicos. Desempenha importante papel na quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, pois, com toda a sua matéria orgânica, é o segundo maior depósito de carbono do planeta, só atrás dos oceanos. O uso de arados, a erosão e outros fatores liberam carbono na forma de CO2, exacerbando a mudança climática. Um estudo de 2003 na revista “Ecosystems” estimou que a biodiversidade de quase 5% do solo dos EUA estava “sob risco de perda substancial ou completa extinção devido à agricultura e à urbanização”. Essa foi provavelmente uma estimativa conservadora, já que o solo do planeta era na época mais inexplorado do que hoje e as técnicas do estudo eram bem menos desenvolvidas. Há numerosas ameaças à vida no solo. A agricultura moderna é uma das maiores, pois priva a terra da matéria orgânica que a alimenta, resseca o chão e o contamina com pesticidas, herbicidas e nitrogênio sintético. A impermeabilização em áreas urbanas também destrói a vida da terra, assim como a poluição e as máquinas pesadas. Uma ameaça já antiga, como a chuva ácida, continua afetando a vida subterrânea, pois deixa o solo mais ácido. O problema é global. Em quase metade da África, por exemplo, o uso intensivo para lavouras e pastagens destruiu a camada superior do solo e causou desertificação. O aquecimento global irá contribuir para as ameaças à biodiversidade do solo. A segurança alimentar é uma grande preocupação. O que irá acontecer com as lavouras à medida que o planeta se aquecer? Ligeiras alterações de temperatura e umidade podem ter impactos profundos, mudando a composição da vida no solo e os tipos de plantas que poderão crescer. Algumas plantas devem gradualmente migrar para climas mais frios, mas outras podem não ser capazes de se adaptar em novos solos. “O mundo acima do chão e o mundo abaixo dele estão muito estreitamente ligados”, disse Wall. Os cientistas também estão descobrindo que um ecossistema saudável no solo pode ajudar a sustentar as plantas naturalmente, sem insumos químicos. “Quanto maior é a diversidade do solo, menos doenças surgem nas plantas”, disse Eric Nelson, que estuda a ecologia do solo e das doenças na Universidade Cornell, no Estado de Nova York. Os insetos também são refreados por plantas que crescem em terra saudável, segundo ele. O que agricultores e jardineiros podem fazer para proteger seus solos? Wall sugere não lavrar a terra, deixando que a vegetação morta se decomponha, em vez de revolver o solo com o arado a cada ano. Evitar produtos químicos sintéticos é importante. Agregar adubo, especialmente adubo de minhoca, pode contribuir para fortalecer os ecossistemas da terra. O tema está começando a atrair a atenção merecida. Wall acaba de receber o Prêmio Tyler de Realização Ambiental, com uma dotação de US$ 200 mil, que ela diz pretender usar em pesquisas. “É a hora do show para a biodiversidade do solo”, disse ela. (Fonte: Folha.com)

Falta de lixo em Oslo, Noruega, pode comprometer geração de eletricidade

Oslo é uma cidade que importa lixo: uma parte vem da Inglaterra e a outra da Irlanda. Ela também recebe lixo da vizinha Suécia e tem até planos de aproveitar o mercado dos Estados Unidos. “Eu gostaria de trazer um pouco de lixo americano”, afirmou Pal Mikkelsen em seu escritório em uma usina gigante na periferia da cidade, onde o lixo é transformado em calor e eletricidade. “O transporte marítimo é barato.” Oslo cuida da natureza: metade da cidade e quase todas as escolas são aquecidas pela queima de lixo – lixo doméstico, industrial e até mesmo lixo hospitalar e tóxico, vindo da apreensão de drogas. Contudo, a cidade enfrenta um problema: Oslo não tem mais lixo para queimar. O problema não acontece só em Oslo, uma cidade de 1,4 milhão de habitantes. Em todo o norte da Europa, onde a prática de queimar lixo para gerar calor e eletricidade cresceu drasticamente nas últimas décadas, a demanda por lixo é muito superior à oferta. “O norte da Europa possui grande capacidade de gerar energia”, afirmou Mikkelsen, um engenheiro mecânico de 50 anos que atua como gestor da agência de geração de energia a partir do lixo em Oslo. Embora a população exigente do norte da Europa produza apenas 150 milhões de toneladas de lixo por ano, isso é muito pouco para as usinas de incineração, que são capazes de processar mais de 700 milhões de toneladas. “Além disso, os suecos constroem mais usinas”, afirmou com olhar exasperado, “assim como a Áustria e a Alemanha”. Estocolmo se tornou uma concorrente tão grande que chegou a convencer algumas cidades norueguesas a enviar seu lixo ao país vizinho. De navio ou caminhão, incontáveis toneladas de lixo saem de regiões que produzem resíduos demais para outras que têm capacidade de incinerá-lo e produzir energia. “Existe um mercado europeu para o lixo – os resíduos viraram commodity”, afirmou Hege Rooth Olbergsveen, conselheira sênior do programa de recuperação de lixo de Oslo. “É um mercado que só cresce.” Lixo exportado: uma boa ideia? – A maior parte das pessoas aprova a ideia. “Sim, com certeza”, afirmou Terje Worren, de 36 anos, um consultor de software que admitiu aquecer a casa com óleo e a água com eletricidade. “Essa é uma ótima maneira de reaproveitar o lixo.” Os ingleses também gostam da ideia, embora não costumem transformar o lixo em energia. A empresa de Yorkshire que faz a coleta de lixo em cidades como Leeds, no norte de Inglaterra, agora exporta até mil toneladas de lixo por mês – ou “combustível derivado de resíduos”, como o lixo é chamado após a seleção daquilo que não pode ser incinerado – para países no norte da Europa, incluindo a Noruega, de acordo com Donna Cox, porta-voz da prefeitura de Leeds. O imposto sobre os aterros sanitários que é cobrado pelo governo inglês torna mais barata a exportação para lugares como Oslo. “Isso nos ajuda a reduzir os gastos cada vez maiores com o imposto”, escreveu Cox em um e-mail. Para algumas pessoas, parece estranho que Oslo importe lixo para produzir energia, levando-se em consideração que a Noruega está entre os dez maiores exportadores de petróleo e gás natural do mundo e tem reservas abundantes de carvão mineral, além de uma rede com mais de mil usinas hidrelétricas nas montanhas do país. Ainda assim, Mikkelsen afirmou que a queima de resíduos era “uma medida renovável para reduzir o consumo de combustíveis fósseis”. Naturalmente, outras regiões da Europa produzem grandes quantidades de lixo, incluindo o sul da Itália, onde cidades como Nápoles pagaram o governo da Alemanha e da Holanda para aceitar o lixo da cidade, ajudando a reduzir a crise do lixo. Embora Oslo tenha levado em consideração o lixo da Itália, a cidade preferiu continuar com o lixo inglês, que era mais limpo e seguro. “É uma questão complicada”, afirmou Mikkelsen. Reciclagem – Lixo pode ser apenas lixo em algumas partes do mundo, mas em Oslo é algo muito tecnológico. As famílias separam tudo, colocando lixo orgânico em sacolas verdes, plásticos em sacolas azuis e vidros em outras. As sacolas são entregues gratuitamente em supermercados e outras lojas. A maior das duas usinas de incineração de lixo de Mikkelsen utiliza sensores computadorizados para separar as sacolas de acordo com a cor, levando-as aos fornos por meio de esteiras. A arquitetura da usina, com seu exterior curvado e luzes que podem ser vistas de longe pelos motoristas que passam, compete com a da belíssima Ópera de Oslo. Ainda assim, nem todo mundo se sente confortável com essa dependência do lixo. “Do ponto de vista ambiental, o problema é enorme”, afirmou Lars Haltbrekken, diretor do grupo ambientalista mais antigo da Noruega, afiliado aos Amigos da Terra. “Isso eleva a pressão por uma produção de dejetos cada vez maior, enquanto houver esse excesso de capacidade produtiva.” Segundo Haltbrekken, a redução da produção de lixo vem em primeiro lugar na hierarquia dos objetivos ambientais, ao passo que a geração de energia a partir do lixo deveria estar em último. “O problema é que nossa menor prioridade entra em conflito com a maior”, afirmou. “Por isso, agora importamos lixo de Leeds e de outros lugares e temos discussões com Nápoles”, acrescentou. “Dissemos: ‘Tudo bem, estamos ajudando os napolitanos’, mas isso não é estratégia de longo prazo.” Talvez não, afirmam urbanistas, mas, por enquanto, isso é uma necessidade. “A reciclagem e a recuperação de energia precisam caminhar lado a lado”, afirmou Rooth Olbergsveen, da agência de recuperação de lixo da cidade. A reciclagem fez grandes progressos, afirmou, e a separação de lixo orgânico, como restos de alimentos, começou a permitir a produção do biogás em Oslo, que está servido de combustível para os ônibus da cidade. Haltbrekken reconheceu que não se beneficia da energia gerada pelo lixo. Sua casa fica perto do centro da cidade e foi construída em 1890; por isso, seu aquecimento ambiente é feito por meio da queima de madeira e o da água, por meio de eletricidade. Em geral, afirmou, os Amigos da Terra apoiam os objetivos ambientais da cidade. Ainda assim, ele acrescentou que “em curto prazo, é melhor queimar o lixo em Oslo do que deixá-lo em Leeds ou Bristol”. Mas, no longo prazo, “não pode continuar assim”, afirmou. (Fonte: G1)

Ministério do Meio Ambiente pode ter apoio de sindicatos para cadastro ambiental

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu na tarde de segunda-feira (20) com representantes de trabalhadores rurais, que se dispuseram a auxiliar o ministério no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do ministério, Paulo Guilherme Cabral, também presente ao encontro, se mostrou otimista com a postura dos dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que representaram os trabalhadores rurais e seus sindicatos. “A Contag quer se envolver nessa etapa, que a lei estabeleceu, da obrigatoriedade do CAR. Isso foi muito bem acolhido pela ministra. Ela recepcionou a oferta e vai criar meios para capacitar os dirigentes da Contag para que os sindicatos de trabalhadores rurais possam também apoiar o produtor familiar na elaboração do seu cadastro ambiental”. Antoninho Rovaris, secretário de Meio Ambiente da Contag, reiterou a oferta e avaliou positivamente a postura do governo federal. “A gente tem uma boa impressão da ministra, no sentido de buscar uma resolução, especialmente na questão do CAR. Ela se colocou à disposição, inclusive, de fazer a capacitação dos nossos dirigentes sindicais e buscar com que auxiliemos no processo”. O CAR é obrigatório para todos os imóveis rurais. Por meio de um sistema disponível na internet, o proprietário desenha os limites de seu imóvel e preenche as informações, inclusive sobre Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente no local. De posse das informações, o governo pode integrá-las e usá-las para preservação ambiental e combate ao desmatamento. (Fonte: Agência Brasil)

Países da região Ásia-Pacífico alertam para risco de guerra por água

A crescente competição pela água pode provocar um conflito se os países não compartilharem este bem cada vez mais escasso, advertiram os líderes dos países da região Ásia-Pacífico. Os esforços regionais para garantir o acesso à água, tanto no Centro quanto no Sudeste Asiático, provocam tensões entre vizinhos que dependem dos rios para alimentar uma população em pleno crescimento. A urbanização vertiginosa, a mudança climática e a crescente demanda da agricultura aumentam a pressão sobre este bem cada dia mais escasso, enquanto a maioria das pessoas da região não têm acesso à água potável, apesar do forte crescimento econômico registrado nos últimos anos. “Pode acontecer uma guerra pelos recursos”, disse a primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra, na reunião da Água Ásia-Pacífico, que ocorre na cidade tailandesa de Chiang Mai. Projeto polêmico e mitigação – Uma empresa do país está por trás da construção de uma polêmica represa no Rio Mekong, um projeto criticado por dois países afetados, Vietnã e Camboja, que temem os efeitos sobre suas indústria agrícola e pesqueira. Os delegados aprovaram a “Declaração de Chiang Mai”, na qual defendem a construção de uma resistência regional para prevenir os desastres naturais, compartilhar os conhecimentos técnicos na gestão dos recursos e colocar a segurança hídrica como destaque na agenda. (Fonte: Globo Natureza)

Produção agroecológica é tema de debates em Roraima

Com o intuito de mostrar ao público a evolução da agricultura orgânica em Roraima e apresentar os resultados das pesquisas feitas na área, o Sebrae, em parceria com instituições como a Universidade Federal de Roraima (UFRR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Federal de Roraima (IFRR) e a Faculdade Roraimense (Fares), promovem de 27 de maio a 2 de junho a Semana de Alimentos Agroecológicos em Roraima. A programação do evento prevê atividades simultâneas em Boa Vista, Amajarí e no campus do Instituto Federal de Roraima (IFRR) em Rorainópolis. A abertura será feita com as palestras “Produção Orgânica em Roraima” e “Os Benefícios do Consumo de Alimentos Orgânicos”, no dia 27 de maio, às 8h30, no auditório da UFRR. No período da tarde será realizada a palestra “Agroecologia e Produção Orgânica – Conceitos e Definições” no Campus do IFRR, no Amajarí, e na Escola Agrotécnica da UFRR (EAGRO) o projeto “Fazendinha Agroecológica” será apresentado para os acadêmicos, professores e técnicos da própria Escola. No dia 28, estudantes, consumidores e interessados no tema podem participar da visita à duas propriedades agroecológicas; a Trigenros Orgânicos, em Pacaraima, que receberá os produtores do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS); e a Hortivida, onde será apresentado o Plano de Manejo Orgânico do local e uma palestra com o tema “Produção Orgânica – Conquistas e Desafios” será apresentada aos alunos do Campus do IFRR no Amajarí. As visitas à propriedades de produção agroecológica continuam no dia 29, desta vez na região do Murupú, zona rural de Boa Vista. O objetivo é mostrar os resultados do projeto PAIS para a comunidade e os parceiros e colaboradores do Sebrae, bem como chamar a atenção dos participantes para os benefícios de se produzir com o mínimo de agressão ao meio ambiente. No sábado (1) a programação tem lugar nas feiras livres da capital Boa Vista. Das 6h às 10h, os participantes distribuirão material informativo sobre a produção orgânica de alimentos na praça da Amoca, no bairro Caçari, e também na Feira do Produtor. No mesmo dia, no Campus do IFRR no Amajarí, a professora Dra. Daniele Sayuri e a professora Msc. Eliselda Corrêa apresentarão aos alunos da instituição palestras sobre “Os Efeitos do uso de Agroquímicos no meio Ambiente” e “Agricultura Natural”. O encerramento do a programação será feita com a distribuição de material informativo na Feira do projeto PAIS, no Mercado Romeu Caldas, no dia 2 de junho, das 6h às 10h. (Fonte: G1)

Arábia Saudita registra mais um caso de novo coronavírus

A Arábia Saudita registrou mais um caso de infecção em um surto concentrado de um novo tipo de um vírus descoberto no Oriente Médio no ano passado e que se espalhou para a Europa, afirmou a Organização Mundial da Saúde. No relatório de atualização sobre a situação do novo vírus emitido a partir da sede da OMS em Genebra, a entidade afirmou que o novo paciente com o vírus é uma mulher de 81 anos com múltiplos problemas de saúde. Ela ficou doente em 28 de abril e está em estado crítico, mas estável. No mundo, agora há 41 casos confirmados da doença, incluindo 20 mortes, desde que o novo coronavírus foi identificado por cientistas em setembro passado. O vírus, que é conhecido pela sigla nCoV mas que alguns periódicos científicos agora se referem como coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, ou MERS, pertence à mesma família de vírus que causa gripes comuns e à que causou o mortal surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2003. Os casos de MERS já registrados ocorreram na Arábia Saudita, Jordânia, Qatar, Inglaterra, Alemanha e França. A Arábia Saudita tem a maior parte dos casos. Especialistas da OMS que estão ajudando equipes locais sauditas afirmam que é provável que o novo vírus seja capaz de ser transmitido entre humanos, mas apenas após contato prolongado próximo. (Fonte: G1)

“Cometa pode matar toda a vida”: há 103 anos, Halley apavorou a Terra

O cometa Halley é um velho conhecido da humanidade – há milênios vemos ele passar periodicamente pelos céus do nosso planeta. Em 1910, mais uma passagem estava prevista e os jornais anunciavam que a pedra de gelo e gás poderia resultar em um espetáculo nos céus do planeta. Mas, então, cientistas calcularam que poderíamos passar pela cauda do cometa. E o pânico começou quando descobriram que a cauda do Halley tinha um gás mortífero: o cianogênio. E a passagem da Terra pelo gás venenoso ocorreria no dia 18 de maio daquele ano. “Cometa pode matar toda a vida na Terra, diz cientista”. Foi assim que o jornal San Francisco Call anunciou a opinião do astrônomo francês Camille Flammarion, em fevereiro de 1910. Nem mesmo o grande The New York Times escapou. O jornal escreveu em uma de suas edições que o professor “é da opinião de que o gás cianogênio poderia impregnar a atmosfera e possivelmente extinguir toda a vida do planeta”. A publicação nova-iorquina, contudo, alertava que outros cientistas discordavam do francês, já que os gases de um cometa são muito rarefeitos e que o cianogênio poderia, ao entrar em contato com o nitrogênio e dióxido de carbono da atmosfera terrestre, se desfazer. Além disso, o jornal dizia que o planeta já havia passado pela cauda de um cometa anteriormente e nada de anormal foi notado, exceto uma abundante chuva de meteoros. Além disso, como todo bom apocalipse, aquele também teve gente que lucrou com o medo dos outros. Apareceram nas ruas “pílulas anticometa”, máscaras de gás e até guarda-chuvas de proteção contra cometa. Crianças em Chicago pediam para ficar em casa com medo do gás. Fazendeiros do Wisconsin tiraram o para-raios de seus celeiros com medo de atrair a pedra. Organizações distribuíam panfletos que orientavam as pessoas a fecharem suas janelas para que o cianogênio não entrasse. Em um caso curioso, relatado pelo Los Angeles Herald, um homem do Estado americano do Arizona entrou em pânico porque a cauda do cometa estaria “sufocando” ele. O homem teve que ser trancado na prisão da cidade de Carter. Segundo o jornal, o americano dizia que a cauda perseguia ele. Apesar disso, cientistas tentaram acalmar a população ao garantir que não havia nenhum risco e a passagem seria, no máximo, um belo espetáculo. Para os não apocalípticos, o Halley foi sim um grande espetáculo. A venda de telescópios disparou. Hotéis lançaram pacotes especiais nas grandes cidades para quem quisesse ver de suas coberturas. O presidente americano William Howard Taft foi ao observatório da Marinha para dar uma espiada, e saiu de lá impressionado com o que viu. O Halley passou e ninguém morreu por causa dele. E o espetáculo foi atrapalhado pela Lua, mas, por outro lado, o New York Times relata que no dia 18 de maio, entre 22h30 e 23h30, no horário local, até uma chuva de meteoros foi vista, quando diversos “flashes” cortaram o céu. A pedra de gelo e gás – O cometa Halley é visto há eras pela humanidade. Em 1066, ele passou cinco meses antes de Harold II, o último rei anglo-saxão da Grã-Bretanha, perder o controle do país para os normandos. Em 1301, Giotto viu o cometa e se inspirou nele para pintar a estrela de Belém da Cappella degli Scrovegni, na Itália. Ao longo da história, chineses, babilônios, japoneses e islâmicos também relataram vistas do Halley. Foi um matemático de Oxford que calculou que ele passaria em ciclos fixos pela Terra e, por isso, deu nome ao cometa: Edmond Halley (1646-1742). (Fonte: Terra)

Corrida por mineração no fundo do mar gera polêmica

As perspectivas de uma “corrida do ouro” nas profundezas do mar, abrindo um polêmico caminho para a mineração no leito oceânico, estão mais próximas. A ONU recém-publicou seu primeiro plano para o gerenciamento da extração dos chamados “nódulos” – pequenas rochas ricas em minerais – do fundo do mar. Um estudo técnico promovido pela Autoridade Internacional do Leito Oceânico (ISA, na sigla em inglês), o órgão da ONU que controla a mineração nos oceanos, diz que as companhias interessadas podem pedir licenças a partir de 2016. A ideia de explorar ouro, cobre, manganês, cobalto e outros metais do leito oceânico foi considerada por décadas, mas só recentemente se tornou factível, por conta do alto preço das commodities e de tecnologias mais modernas. Especialistas em proteção ambiental vêm advertindo há tempos que a mineração no leito oceânico pode ser altamente destrutiva e poderia ter consequências de longo prazo desastrosas para a vida marinha. O próprio estudo da ONU reconhece que a mineração provocará “danos ambientais inevitáveis”. Mas o relatório foi divulgado em meio ao que um porta-voz do órgão descreve como “um aumento sem precedentes” no interesse das companhias estatais e privadas. Divisão de receitas – O número de licenças emitidas para a busca de minerais já chega a 17, com outras sete prestes a serem emitidas e muitas mais em análise. Elas cobrem vastas áreas dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. De acordo com a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, a ISA foi estabelecida para estimular e administrar a mineração do fundo do mar para o benefício mais amplo da humanidade – com uma parcela dos lucros dirigida para os países em desenvolvimento. Agora o órgão está dando o passo significativo de não só mais simplesmente manejar pedidos para exploração mineral, mas também considerar como licenciar as primeiras operações reais de mineração e como dividir as receitas. “Estamos à beira de uma nova era de mineração do leito marinho profundo”, disse à BBC o conselheiro legal do ISA, Michael Lodge. A atração é óbvia. Uma análise do leste do Pacífico – uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados conhecida como zona Clarion-Clipperton – concluiu que mais de 27 bilhões de toneladas de nódulos poderiam estar misturadas à areia. Essas pedras poderiam conter 7 bilhões de toneladas de manganês, 340 milhões de toneladas de níquel, 290 milhões de toneladas de cobre e 78 milhões de toneladas de cobalto – apesar de ainda não se saber o quanto disso é acessível. Operações viáveis – De acordo com o estudo de planejamento, a ISA enfrenta o desafio de tentar garantir que os benefícios da mineração de nódulos cheguem além das próprias companhias e ao mesmo tempo fomentar operações comercialmente viáveis. O plano se baseia em prover operadores com incentivos para assumir riscos no que poderiam ser investimentos caros sem perder a chance de os países em desenvolvimento receberem uma fatia das receitas. A ISA tenta agora avaliar que companhias têm capacidade suficiente para desenvolver o trabalho, ainda que nenhuma empresa tenha experiência específica nessa nova modalidade de mineração. Um fator chave na avaliação da ISA é a necessidade de salvaguardas ambientais, então o documento pede o monitoramento do leito marinho durante qualquer operação de mineração – apesar de os críticos questionarem se a atividade na profundeza dos oceanos pode ser policiada. Debate – As perspectivas da mineração no fundo do mar já geraram um forte debate entre cientistas marinhos. “Não creio que nós tenhamos a propriedade sobre o oceano profundo, no sentido de que possamos fazer o que quisermos com ele”, afirma Jon Copley, biólogo da Universidade de Southampton e chefe de missão do navio de pesquisas britânico James Cook. “Em vez disso, nós dividimos a responsabilidade por sua condução”, diz. “Nós não temos um histórico bom em alcançar um balanço em nenhum outro lugar – pense nas florestas tropicais -, então a questão é: ‘Será que conseguiríamos acertar?”, questiona. O também biólogo Paul Tyler, do Centro Nacional Oceanográfico, da Grã-Bretanha, adverte de que espécies únicas podem ser colocadas em risco. “Se você limpa aquela área pela mineração, aqueles animais terão que fazer uma dessas duas coisas: ou se dispersam e colonizam outra fissura hidrotermal em outro lugar ou eles morrem”, comenta. “E o que acontece quando elas morrem é que a fissura se torna biologicamente extinta”, diz. A química marinha Rachel Mills, da Universidade de Southampton, sugere um debate mais amplo sobre a mineração em geral, com o argumento de que todos nós usamos minerais e que as minas em terra são muito maiores do que seria qualquer uma no leito do mar. Ela fez pesquisas para a Nautilus Minerals, uma empresa canadense que planeja explorar minas nas fissuras hidrotermais na costa da Papua Nova Guiné. “Tudo o que nos cerca, e a maneira como vivemos, depende de fontes minerais, mas não nos perguntamos com frequência de onde eles veem”, afirma. “Precisamos nos perguntar se há mineração sustentável em terra e se há mineração sustentável no mar. Acho que são as mesmas questões morais que devemos colocar se é nos Andes ou no Mar de Bismarck”, diz. Esse debate deve crescer mais com a proximidade cada vez maior do início das operações de mineração. (Fonte: UOL)

Recomendado pela ONU, consumo de insetos na dieta já ocorre no Brasil

O consumo de insetos na alimentação humana, recomendado em um relatório publicado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), já existe em algumas espécies que são consumidas no Brasil. A mais comum é a formiga tanajura, que é um alimento relativamente tradicional em áreas do interior de Minas Gerais e do Nordeste, em forma de farofa. Outro inseto conhecido é a larva do besouro Pachymerus nucleorum, que se instala dentro de frutos, e que por isso também é conhecida como “larva do coquinho”. Seu consumo faz parte de brincadeiras na zona rural e de treinamentos de sobrevivência na selva. Os órgãos oficiais ainda não dão muita importância ao assunto, apesar da recente recomendação do órgão da ONU. No Guia Alimentar para a População Brasileira, o Ministério da Saúde não faz nenhuma menção ao consumo de insetos. Já a Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) entende que esse hábito alimentar não faz parte da cultura brasileira e não tem estudos neste sentido. O Ministério da Agricultura, por sua vez, afirma que não há registro oficial de estabelecimentos que produzam insetos para o consumo humano. “Eu espero fortemente que o governo brasileiro reconheça os insetos como fonte de alimentos dos brasileiros”, afirmou Eraldo Costa Neto, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) que pesquisa as relações entre humanos e insetos. “Infelizmente, o governo brasileiro ainda vê insetos como pragas”, completou o especialista, que foi o único brasileiro a participar da convenção da FAO que deu origem ao relatório publicado na segunda. À espera de reconhecimento – Apesar de o Ministério da Agricultura dizer que nunca registrou nenhum produtor de insetos para consumo humano, uma empresa de Minas Gerais afirma que já entrou com o pedido para obter a licença e que ainda não recebeu resposta. Na verdade, a Nutrinsecta é especializada na produção de insetos para a alimentação de animais. No entanto, como os animais são tratados em um ambiente limpo e saudável, não há nenhum empecilho para o consumo humano. Isso atrai chefs de cozinha e curiosos, que, esporadicamente, usam esses ingredientes para desenvolver seus pratos. Com a orientação da FAO, a empresa espera que o mercado cresça e se prepara para atender a uma possível demanda. “Hoje, eu estou muito feliz porque realmente nunca fiz nenhuma gestão para alimentação humana, exatamente pelo preconceito”, afirmou Luiz Otávio Gonçalves, presidente do Grupo Vale Verde, ao qual a Nutrinsecta pertence. “Mas agora eu posso sair do armário”, brincou o empresário. Os insetos produzidos no local são os tenébrios – um tipo de besouro do qual se consome a larva, nos tipos comum e gigante – grilo preto, barata cinérea, larva de mosca e pupa de mosca. A criação de insetos nasceu de um hobby de Gonçalves, que mantém um viveiro com aves raras em um parque mantido pela empresa em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ajudando, inclusive, a reproduzir espécies em extinção. No início, as aves eram alimentadas com sementes, como na natureza. Porém, como gastam menos energia no cativeiro, o excesso de gordura das sementes prejudicava o sistema reprodutivo das aves. O criador pediu ajuda a especialistas e foi instruído a usar insetos como ração. “O nível de reprodução das aves foi de 35% para 70%”, contou. A partir daí, o grupo começou a criar seus próprios insetos. Hoje, a produção está em uma tonelada por mês, com planos de expansão, mas a ideia principal continua sendo o uso como ração animal. Valores nutricionais – A recomendação da FAO pelo consumo de insetos se dá pela grande quantidade de proteínas encontrada nestes animais. Os números variam muito de acordo com o tipo de inseto, mas as espécies já consumidas no Brasil e as produzidas pela Nutrinsecta têm valores bem acima dos alimentos tradicionais, como mostra a tabela ao lado. “As proteínas são nutrientes necessários ao organismo para o crescimento, desenvolvimento e reparação dos tecidos corporais. Além de fazerem parte de diversas estruturas do organismo, compõem enzimas, hormônios, fazem transporte de nutrientes e compõem o sistema imunológico”, explicou a nutricionista Lara Natacci, responsável técnica da Dietnet Assessoria Nutricional, de São Paulo. A orientação dos nutricionistas é que uma pessoa consuma entre 0,8 e 1 grama diária de proteínas para cada quilo de seu peso. Em outras palavras, quem pesa 50 kg deve ingerir entre 40 e 50 gramas de proteínas em um dia. Embora o relatório tenha sugerido os insetos como uma forma de combate a fome, esse não é o único objetivo da organização. A ideia, em longo prazo, é criar o hábito e incluí-lo no cardápio como um todo. “Inseto não é para gente pobre e desnutrida. Inseto é para ser consumido por todos”, afirmou o especialista Eraldo Costa Neto. Por serem ricos em proteínas, os insetos conseguiriam suprir a mesma produção de nutrientes do gado gastando menos recursos – água, área e alimentos. Como a tendência é que o preço da carne bovina suba muito ao longo do século, a dieta de insetos tende a ganhar adeptos. “É uma alternativa não só econômica, como também ecológica”, apontou Costa Neto. Os insetos também são muito ricos em gordura, mas o tipo de gordura é diferente do encontrado nos bovinos, por exemplo. “Eles têm gorduras poli-insaturadas, que não nos fazem mal, diferentemente da picanha”, indicou o pesquisador. Esse tipo de gordura é semelhante à encontrada em peixes e sementes oleaginosas, comumente indicada por médicos. Outro ponto a favor dos insetos na tabela nutricional são os minerais – em especial o ferro, essencial para combater a anemia. Em geral, eles têm, no mínimo, a mesma quantidade de ferro presente na carne vermelha – que, por sua vez, já é considerada rica na substância. Eles têm ainda quantidades significativas de sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, cobre e cálcio, e a quantidade varia de espécie para espécie. Cuidados – Os defensores desse tipo de alimentação não sugerem, no entanto, que insetos encontrados em casa sejam incluídos na dieta da noite para o dia. “Não se devem pegar animais a torto e a direito porque eles podem ter contaminantes”, alertou Costa Neto. Com isso, o especialista não se refere apenas à sujeira que eles podem trazer, mas também a toxinas naturais que podem existir nesses organismos. Existem milhões de espécies de insetos e muitas delas não são comestíveis em hipótese nenhuma. “Falta ainda muita pesquisa básica – de biologia – para saber que espécies de insetos estariam aptas para o consumo humano”, disse o especialista. Outro cuidado necessário para quem tiver curiosidade em consumir os insetos tem que ter é em relação às alergias. Os crustáceos, como o camarão e a lagosta, pertencem ao mesmo filo que os insetos, o dos artrópodes. Assim, quem tiver alergia a um grupo possivelmente também terá reação alérgica ao outro. (Fonte: G1)

Estudo diz que geleiras da região do Everest diminuíram 13% em 50 anos

Cientistas divulgaram nesta semana que o Monte Everest, a maior montanha do mundo, já sofre impactos do aumento da temperatura global. De acordo com o estudo, anunciado em uma conferência realizada em Cancún, no México, em 50 anos o gelo encontrado na região do Everest reduziu-se em 13% e pontos da montanha que antes ficavam totalmente cobertos já são visíveis. Geleiras com tamanho médio de 1 km² estão desaparecendo mais rapidamente e foi detectada uma redução de 43% da presença delas na superfície da montanha desde 1960. A exposição de rochas e escombros que antes ficavam nas profundezas do gelo aumentou 17% desde 1960. Já as extremidades das geleiras recuaram, em média, 400 metros nos últimos 50 anos. De acordo com pesquisadores da Universidade de Milão, na Itália, há suspeita de que a grande quantidade de emissões de gases de efeito estufa seja a principal causa da redução do gelo e neve na região do Everest. No entanto, eles ainda não estabeleceram uma ligação entre as mudanças na montanha e as mudanças climáticas. Ritmo crescente de degelo – Segundo o pesquisador Sudeep Thakuri, que liderou a equipe de cientistas durante o trabalho, patrocinado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), as informações foram obtidas com a ajuda de imagens de satélite do Parque Nacional Sagarmartha, além de mapas topográficos e reconstrução da história glacial da região. A análise estatística mostra ainda que a maioria das geleiras do parque recuam a ritmo crescente. Dados hidrometeorológicos avaliados pelos cientistas apontaram também que, desde 1992, a temperatura da região do Monte Everest aumentou 0,6 ºC e as chuvas diminuíram em 100 milímetros nos períodos que antecipam as monções (mudança de ventos que proporcionam chuvas intensas durante os períodos de junho a agosto) e nos meses de inverno. A próxima etapa da pesquisa é integrar os dados sobre as geleiras, a hidrologia e o clima na região, para entender melhor o ciclo das chuvas e a futura disponibilidade de água no Himalaia. “As calotas polares e o gelo himalaio são considerados uma fonte de água para a Ásia, para o consumo, agricultura e produção de energia”, explicou Thakuri. (Fonte: G1)

Seleção natural está tornando as mulheres mais altas e magras?

Em muitos lugares ao redor do mundo, casais estão vivendo mais e tendo menos filhos. A mudança na reprodução e longinquidade humana pode estar afetando o modo como a seleção natural age sobre o tamanho do corpo feminino. Uma nova pesquisa mostra que, graças a esse novo estilo de vida das pessoas, as mulheres tendem a ser mais altas e magras. Isso porque mulheres com esse biotipo tendem a ter mais filhos. O fenômeno foi observado em comunidades rurais na Gâmbia, mas estudiosos acreditam que pode ser observado no resto do mundo. Pesquisadores da Universidade de Durhan (Inglaterra) analisaram dados de duas comunidades femininas na Gâmbia, coletados pelo Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido entre 1956 e 2010. Essas informações forneceram o peso, altura e índice de massa corporal (IMC) das habitantes das aldeias durante quatro gerações. Durante esse período, a vida das mulheres mudou consideravelmente, com o declínio acentuado de taxas de mortalidade e natalidade. Pesquisadores acreditam que isso está relacionado com a melhoria da nutrição e cuidados médicos nas comunidades, que receberam uma nova clínica de saúde em 1974. O peso e altura das mulheres também mudou ao longo dos anos. A análise feita no estudo mostrou que a seleção natural para a reprodução inicialmente favorecia as mulheres baixas e mais gordas, mas com o tempo passou a beneficiar as mulheres mais altas e magras, que passaram a ter mais filhos que a média. Os pesquisadores afirmam que não é totalmente claro por que a seleção natural mudou a média do tamanho dos corpos das mulheres ao londo dos anos. Em parte, isso pode ter acontecido porque a seleção começou atuar menos na mortalidade – anteriormente elevada na região – e mais na fertilidade ao longo do tempo. Mas outras mudanças ambientais podem ter desempenhado um papel importante também. Como as taxas de mortalidade e natalidade estão se alterando por todo o planeta, a seleção pode ser observada em ação por outras regiões do mundo, de acordo com pesquisadores. [MedicalXpress/DailyMail]

Os cientistas concordam que somos responsáveis pelo aquecimento global?

Nas últimas duas décadas, o aquecimento global foi tema de incontáveis artigos, pesquisas, seminários, debates, documentários, e, mesmo assim, muita gente não sabe no que boa parte dos cientistas acredita em relação a suas causas. Seria um fenômeno natural, ou causado pela humanidade (ou ambos)? Pesquisadores de um instituto de climatologia da Europa elaboraram um relatório que pretendia responder, entre outras perguntas, o seguinte questionamento: qual a parcela de “culpa” pode ser atribuída às atividades do homem pelas mudanças climáticas pelas quais o planeta está passando? O resultado, no final das contas, pode ser mensurado em uma porcentagem: 74%. Este número, resultado de um estudo da entidade EHT, de Zurique (Suíça), foi alcançado por etapas. A primeira, já conhecida pelos cientistas há décadas, foi assumir a influência do efeito estufa: gases como o metano e o dióxido de carbono, liberados para a atmosfera em grande escala, prendem calor abaixo dela e elevam sensivelmente a temperatura global. Isso abre, segundo os pesquisadores, duas questões: quanto do recente aumento de temperatura da Terra pode ser atribuído a isso? E até quando essa situação vai perdurar até atingir um ponto de equilíbrio? Os cientistas divergem nesses quesitos, mas a impressão geral é que os modelos de mudança climática desenvolvidos recentemente são muito rasos: analisaram apenas a temperatura do planeta. A mudança de análise está exatamente nesse ponto. O que está em questão não é apenas a temperatura, mas a energia de radiação solar que circula entre a superfície e a atmosfera. Ou seja: o sol, lá de onde está, influencia também na temperatura da Terra a partir de aumento de energia descarregada no planeta em forma de raios. Os cálculos dos pesquisadores acabaram no seguinte veredicto: 26% do aquecimento global, nas últimas décadas, foram causados devido à radiação e outros fatores naturais que fogem do controle do homem. Os outros 74%, no entanto, estão diretamente relacionados às nossas atividades após a revolução industrial. Esta pesquisa, no entanto, não está passando sem críticas. Cientistas com teorias dissonantes afirmam que estes resultados são muito simplistas, e que não se pode mensurar dessa maneira a relação entre radiação solar que incide sobre o planeta e temperatura global. Pode haver, segundo os contestadores, outros pesos na balança do clima, além da radiação e temperatura aparente, e a pesquisa não levou isso em conta de forma clara. A influência dos oceanos, por exemplo, é um ponto de discussão. Os pesquisadores suíços adotaram um método de análise que não se encaixa, de acordo com os críticos, nos demais processos da pesquisa. Dessa maneira, a pesquisa continua sendo posta em dúvida: será que a atividade humana é de fato responsável pelos tais 74% das mudanças climáticas? Este resultado pode influenciar medidas de escala global, segundo os cientistas. Se no futuro chegarmos à conclusão de que o número é real ou ainda maior, medidas extremas como o corte nos créditos de carbono industrial e até racionamento de carne devem aumentar. Se, por outro lado, for provado que 74% é um exagero, até medidas básicas como desenvolver a energia solar em detrimento da nuclear, por exemplo, podem ser desnecessárias do ponto de vista climático. Para esclarecer as coisas, uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor John Cook, da Universidade de Queensland (Austrália), analisou 11.994 resumos de artigos sobre o tema, publicados entre 1991 e 2011. Eis o que concluíram: 32,6% (quase 4 mil) reforçaram que o aquecimento global é causado pelo ser humano, enquanto 0,7% (83) apontaram que não. Por fim, 66,4% (cerca de 7,9 mil) não se posicionaram em relação ao papel do ser humano no fenômeno e 0,3% (36) consideraram que a causa do aquecimento global ainda é desconhecida. “Nossos resultados provam que há um forte entendimento científico, a despeito das percepções contrárias do público”, ressalta Cook. “Isso é significativo porque, quando as pessoas entenderem que cientistas concordam a respeito do aquecimento global, há mais chances de que elas apoiem políticas relacionadas a isso”. 8 mudanças no mundo provocadas pelo aquecimento global Nos últimos 100 anos, as temperaturas globais tem aumentado de 0,74°C em média. Esta mudança parece mínima, mas está acontecendo muito rapidamente – mais da metade desde 1979, de acordo com o Painel Intergovernamental de Mudança Climática. Apesar de ainda ser difícil determinar o papel das mudanças climáticas sobre qualquer evento meteorológico, as mudanças estão, sem dúvida, acontecendo. Veja aqui como o planeta, as pessoas e outros seres vivos estão respondendo ao aquecimento global: 8 – MOVENDO OS EXÉRCITOS PARA O NORTE Conforme o gelo ártico se abre, o mundo se volta para os recursos da região. De acordo com o U.S. Geological Survey, 30% do gás natural ainda não descoberto e 13% das reservas de óleo não descoberto mundiais estão no Ártico. O resultado direto é que as ações militares na região estão esquentando, com os Estados Unidos, Rússia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia e Canadá mantendo conferências sobre a segurança regional e problemas de fronteira. Várias nações, incluindo o EUA, estão também fazendo exercícios militares no extremo norte, preparando-se para um aumento nas atividades de controle de fronteira e resposta a desastre, em um Ártico mais agitado. 7 – ALTERAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE ACASALAMENTO Conforme as temperaturas se alteram, os pinguins estão mudando suas estações de acasalamento também. Um estudo em março de 2012 descobriu que os pinguins-gentoo estão se adaptando mais rapidamente a um clima mais aquecido, por que eles não são tão dependentes do gelo marinho para acasalamento como outras espécies. E não são só os pinguins que parecem estar respondendo às mudanças climáticas. Abrigos de animais nos EUA notaram um aumento no número de gatos de rua e filhotes, devidos a estações de acasalamento mais longas para os felinos. 6 – MUDANÇAS EM REGIÕES ALTAS Uma diminuição na queda de neve no topo das montanhas está permitindo aos alces se alimentarem em locais mais elevados no inverno todo, contribuindo para um declínio nas plantas sazonais. Os alces têm destruído árvores como os carvalhos silvestres e faias, o que leva a um declínio nas aves canoras, que dependem destas árvores para habitat. 5 – ALTERAÇÕES NOS LUGARES PREDILETOS DE THOREAU O escritor Henry David Thoreau documentou de forma lírica a natureza em Concord, Massashussets e arredores. Lendo os diários, os pesquisadores constataram o quanto a primavera foi alterada no último século. Se comparado com o final dos anos 1800, as datas das primeiras floradas para 43 das espécies mais comuns de plantas na área tem se adiantado uma média de 10 dias. Outras plantas simplesmente desapareceram, incluindo 15 espécies de orquídeas. 4 – MUDANÇAS NA ALTA-ESTAÇÃO DE PARQUES NATURAIS Qual é a época do ano mais movimentada para ver o Grand Canyon? A resposta tem mudado com o passar das décadas, conforme a primavera tem começado cada vez mais cedo. O auge das visitas nos parques nacionais dos EUA tem se adiantado mais de quatro dias, em média, desde 1979. Atualmente, o maior número de visitantes ao Grand Canyon acontece no dia 24 de junho, comparado com o dia 4 de julho em 1979. 3 – MUDANÇAS GENÉTICAS Até mesmo as moscas das frutas estão sentindo o calor. De acordo com um estudo de 2006, os padrões genéticos das moscas das frutas normalmente encontradas em latitudes mais quentes estão começando a aparecer com maior frequência em latitudes maiores. De acordo com a pesquisa, os padrões genéticos da Drosophila subobscura, uma mosca das frutas comum, estão mudando de forma que as populações estão parecendo um grau mais próximas do equador do que realmente estão. Em outras palavras, os genótipos estão se deslocando de forma que uma mosca no hemisfério norte tem um genoma que se parece mais com uma mosca de 120 a 161 quilômetros mais ao sul. 2 – AFETANDO URSOS POLARES Filhotes de ursos polares estão sofrendo para nadar distâncias cada vez maiores em busca de icebergs estáveis, de acordo com um estudo de 2011. A rápida perda de gelo ártico está forçando os ursos a nadarem às vezes até mais de 12 dias de cada vez. Os filhotes de ursos adultos que tem que nadar mais de 48 quilômetros têm uma taxa de mortalidade de 45%, comparados com 18% dos filhotes que têm que nadar distâncias menores. 1 – MAIS ESPÉCIES MÓVEIS Espécies estão se dispersando de seus habitats nativos a uma taxa sem precedentes: 17,6 km por década, em direção aos polos. Áreas onde a temperatura está aumentando mais têm as maiores dispersões de espécies nativas. O rouxinol de Cetti, por exemplo, tem se mudado para o norte nas últimas duas décadas mais de 150 km. No total, os quase 12 mil artigos foram escritos por 29.083 autores e publicados em 1.980 periódicos científicos.[Science Daily, IOPScience]