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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pesquisa detecta mudanças no Atlântico Sul

A porção sul do Oceano Atlântico está recebendo um maior volume de água do Oceano Índico, que tem águas relativamente mais quentes e com maior concentração de sal do que as oriundas das regiões subantárticas. O processo, verificado recentemente por pesquisadores, pode provocar mudanças na composição da água do Atlântico Sul – que vai depois para o Atlântico Norte – e afetar a temperatura da atmosfera nas regiões subárticas. O fenômeno ocorre porque as águas do Atlântico Sul que fluem em direção ao Norte transportam e liberam calor para a atmosfera nas latitudes mais altas. Ao se tornarem mais salinas e, consequentemente, mais pesadas, tenderão a afundar mais rapidamente, antes de chegar às altas latitudes do Atlântico Norte – o que pode reduzir a temperatura da superfície do oceano e da atmosfera das regiões subárticas. As constatações, feitas anteriormente por modelagens numéricas, foram reiteradas agora por um estudo observacional realizado por um grupo internacional de pesquisadores, com a participação de brasileiros, que acaba de ser publicado na edição online do Journal of Geophysical Research Oceans (JGR). A pesquisa é a primeira baseada em dados coletados no Alpha Crucis – navio oceanográfico adquirido pela FAPESP, em 2012, para o Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP) – e faz parte do projeto internacional de análise da circulação de calor no Atlântico Sul South Atlantic Meridional Overtuning Circulation (Samoc). O esforço internacional de pesquisa envolve pesquisadores e instituições dos Estados Unidos, França, Brasil, África do Sul, Argentina, Rússia e Alemanha. A participação de pesquisadores brasileiros é financiada pela FAPESP, por meio de um Projeto Temático, realizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, e de um acordo estabelecido com a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) e com a Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França. “O objetivo do Samoc é monitorar fluxos meridionais e propriedades termodinâmicas de massa de água em uma seção vertical ao longo da latitude 34.5 graus sul, que começa na região do Chuí, na América do Sul, e se estende até a África do Sul, e que chamamos de Samba [sigla de Samoc Basin-wide Array]”, disse Edmo Campos, professor do IO da USP e coordenador do projeto pelo lado do Brasil, à Agência FAPESP. Fronteira dos oceanos – De acordo com Campos, essa linha geográfica representa uma região de fronteira por meio da qual a mistura de águas oriundas dos oceanos Índico e Pacífico adentram a região subtropical do Atlântico Sul; a partir daí, uma porção significativa segue rumo ao Atlântico Norte, como parte da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico (MOC). Ao monitorar e detectar sinais de variação nessa região é possível prever mudanças na temperatura do Atlântico Norte nas próximas décadas, apontou Campos. “O Atlântico Sul realiza transporte de calor para o Atlântico Norte a uma taxa da ordem de 1,3 petawatt, o que representa uma quantidade de energia equivalente à produzida por mais de 200 mil usinas de Itaipu funcionando a todo o vapor”, exemplificou Campos. “Qualquer pequena alteração nesse processo de transporte de calor pode desencadear sérias consequências ao clima do planeta.” Segundo o pesquisador, em razão dessa importância do Atlântico Sul e por ser essa uma das regiões oceânicas com a menor quantidade de observações marítimas, foi iniciada, nos últimos anos, uma série de esforços internacionais para monitorá-la. Um deles é o Samoc. Os pesquisadores brasileiros, argentinos e norte-americanos assumiram a responsabilidade de realizar monitoramentos na parte oeste da linha Samba. Já os pesquisadores da África do Sul e da França estudam a região leste, e os dos Estados Unidos, em colaboração com outros países – incluindo o Brasil –, planejam a implantação do sistema de monitoramento na parte central da linha. “Nosso objetivo é que o Brasil assuma a liderança e passe a cobrir toda a extensão dessa latitude [do Chuí à África do Sul] em cooperação com outros países, de modo a garantir o monitoramento da linha Samba e obter informações para inferir variações no sistema de transporte de calor entre os oceanos que, eventualmente, podem ter impactos no clima tanto em escala regional como global”, contou Campos. Os primeiros experimentos da participação brasileira no projeto foram feitos no fim de 2009, durante um cruzeiro realizado pelo navio hidroceanográfico Cruzeiro do Sul, adquirido pela Marinha do Brasil em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em dezembro de 2012, os pesquisadores brasileiros realizaram a segunda série de experimentos durante o primeiro cruzeiro internacional realizado pelo Alpha Crucis. Primeiro cruzeiro do Alpha Crucis – Nesse primeiro cruzeiro, a embarcação saiu do porto de Santos em direção a um ponto na latitude 34.5 graus sul (situado a cerca de 1,4 mil quilômetros da costa brasileira). Desse ponto e ao longo dessa latitude, o navio voltou ao litoral do Brasil, na divisa com o Uruguai. Durante esse trajeto, percorrido em 17 dias, os pesquisadores a bordo fizeram a coleta de diversos tipos de dados oceanográficos, como medição da corrente, temperatura, concentração de oxigênio e salinidade da água, por meio de uma série de instrumentos disponíveis na embarcação. Além disso, instalaram no fundo do oceano, ao longo da extremidade oeste da linha Samba, medidores de condutividade, temperatura, oxigênio e flúor, e ecossondas com sensor de pressão e velocidade das correntes marinhas. Chamadas CPIES (sigla de Current, Pressure Inverted Echo-Sounders), essa ecossondas emitem um sinal sonoro em direção à superfície do oceano. Conforme o tempo gasto para o sinal chegar à superfície e retornar ao fundo, na forma de um eco, é possível inferir a densidade e temperatura das correntes marinhas e, assim, estimar a velocidade com que estão transportando calor através da seção vertical determinada por dois desses sensores, explicou Campos. “Os instrumentos instalados durante o primeiro cruzeiro internacional do Alpha Crucis realizam medições continuamente; os dados ficam armazenados e podem ser coletados via satélite, por meio de ‘mensageiros’ que são liberados periodicamente e, ao chegar à superfície, transmitem os dados para os satélites. Podem também ser coletados por transdutores acústicos em navios oceanográficos que, ao passarem perto dos equipamentos extraem os dados catalogados para que façamos as análises”, detalhou Campos. “Com o primeiro cruzeiro do Alpha Crucis conseguimos coletar uma quantidade de informações bem maior do que tínhamos e realizar a análise das variabilidades no processo de transferência de calor do Atlântico Sul para o Atlântico Norte, demonstrada no artigo publicado no JGR”, afirmou. De acordo com o pesquisador, as análises – que também incluem dados históricos e resultados de modelos numéricos – indicaram alterações no Atlântico Sul. Tais mudanças, segundo ele, estão de acordo com hipóteses levantadas anteriormente de que o volume de água que o oceano recebe do Índico está aumentando e alterando a concentração de sal de sua massa de água – uma vez que as águas do Índico possuem maior quantidade de sal (salinidade) e temperatura mais elevada do que as encontradas na latitude a 34.5 graus sul do Atlântico. Esse aumento da concentração de sal no Atlântico Sul pode alterar o fluxo de suas águas para o Atlântico Norte e o processo de troca de calor com a atmosfera, alertou Campos. “Mudanças mínimas na temperatura ou na concentração de água alteram o processo de troca de calor da superfície do oceano com a atmosfera, e a resposta no clima pode ser até mesmo catastrófica”, afirmou. “O clima depende de como o oceano troca calor com a atmosfera e como redistribui essa temperatura para o resto do planeta”, ressaltou Campos. O pesquisador ressalvou que, em razão dos dados coletados abrangerem um período de apenas 20 meses, ainda não é possível obter sinais de mudanças climáticas com base apenas nas observações realizadas, uma vez que para isso as informações precisariam ser obtidas por períodos muito mais longos – de décadas, por exemplo. O estudo, no entanto, representa uma das primeiras contribuições para entender como o transporte de calor ocorre no Atlântico Sul e varia em escalas de meses e anos, ponderou. “Nosso objetivo é obter esses dados por períodos muito maiores do que alguns anos por meio de outros cruzeiros planejados com o Alpha Crucis”, disse Campos. “De qualquer forma, o estudo já é um resultado prático, baseado em dados coletados por cruzeiros realizados pelo Alpha Crucis, que contribuiu de forma significativa para as observações no Atlântico Sul”, avaliou. (Fonte: Agência Fapesp)

Arena Castelão é a primeira do Brasil a conquistar selo Leed de impacto ambiental

Primeiro estádio a ser concluído para a Copa do Mundo da Fifa 2014, a Arena Castelão, em Fortaleza (CE), é também a primeira da América do Sul a receber a Certificação Ambiental Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), desenvolvida pelo Conselho Americano de Edifícios Verdes (Green Building Council–USGBC). A conquista foi divulgada na primeira semana de dezembro. Durante a obra, o Castelão seguiu critérios de sustentabilidade e eficiência energética, com adoção de medidas e equipamentos que promoveram redução de impactos ambientais, como o reaproveitamento de estruturas já existentes. Depois da inauguração, o espaço continua investindo na área, com a utilização de louças com menor consumo de água e descargas a vácuo, que contribuem para a redução do consumo de água potável. “A certificação atesta que o projeto e a obra foram concebidos de forma a permitir uma operação sustentável e eficiente. A expectativa é que o estádio sirva de referência para outros prédios públicos no que diz respeito à gestão dos recursos ambientais durante a construção e também durante a operação do edifício”, afirmou o arquiteto David Douek, diretor da Otec – consultoria que atuou junto à equipe de projeto e obra para alcançar a certificação ambiental Leed.Douek também destacou que a construção, de acordo com critérios de sustentabilidade, permitirá ao estádio reduzir gastos com recursos naturais como água e energia, principalmente frente à realização dos eventos previstos durante e após a Copa do Mundo. Para obter a certificação, o projeto da arena foi concebido segundo rigorosos critérios de sustentabilidade e eficiência energética. Sítios sustentáveis Na categoria ‘Sítios Sustentáveis’, o empreendimento atendeu a diversos critérios, com destaque para o transporte público, que conquistou performance exemplar. O complexo é servido por quatro linhas de ônibus, que ultrapassam a freqüência mínima de 200 viagens. Os dois pontos mais próximos às entradas podem ser acessados a pé num percurso de 400 metros. O projeto cuidou também de fornecer 5,1% de vagas preferenciais do total ofertado, para veículos que utilizam combustível alternativo. E quanto à capacidade de estacionamento, houve uma redução de 43% da quantidade de vagas disponibilizadas do número sugerido pelo guia ‘2003 Parking Generation Study’ elaborado pelo Institute of Transportation Engineers (ITE). Adicionalmente, foram fornecidas 5,42% de vagas preferenciais do total para veículos que fornecem carona. A totalidade das vagas do empreendimento está em estacionamento coberto, o que atende às providências para evitar o efeito ‘ilha de calor’ no piso. O mesmo vale para a cobertura do complexo, que tem 103,63% de sua superfície de acordo com o índice mínimo de refletância solar solicitado pelo LEED. Consumo eficiente de água A redução do consumo de água potável pelo complexo foi de 67,61%, conquistados apenas com a utilização de metais e de tecnologias economizadoras. O valor é a média dos resultados obtidos pelas edificações. No quesito ‘Tecnologias inovadoras para controle de efluentes’, foi comprovada a redução de 71,94% no volume de água potável direcionada para a rede de esgoto. Energia e Atmosfera O complexo do Castelão empregou sistema de condicionamento de ar que não utilizada gases refrigerantes à base de CFC (clorofluorcarbono), responsáveis pela destruição da camada de ozônio. O atendimento do crédito de otimização do desempenho energético foi alcançado com redução comprovada de 12,7% do consumo anual de energia – média do valor obtido por ambos os edifícios. O empreendimento se comprometeu a compartilhar informações sobre o seu consumo de água e energia, através de ferramenta aprovada pelo USGBC, o Energy Star Portfolio Manager. Materiais e Recursos Para atender o pré-requisito de ‘Estocagem e Coleta de Recicláveis’, foram construídas centrais de resíduos, apropriadamente dimensionadas para armazenamento de resíduos reciclados incluindo papel/papelão, plástico, vidro e metal, com frequência de coleta adequada. O quesito ‘Gerenciamento dos resíduos de obra’ pedia que fossem desviados 50% dos aterros. Durante a obra do complexo, 97,07% dos resíduos gerados foram desviados dos aterros sanitários, sendo reutilizados e/ou reciclados. Outra conquista de performance exemplar. O uso de madeira certificada, considerado prioridade regional para o Brasil, alcançou 92,92% de certificação pelo FSC em relação a toda a madeira permanente utilizada no empreendimento. Qualidade ambiental no interior do edifício O empreendimento atendeu a exigência de controle da fumaça do tabaco, com a implantação de política de proibição de fumo em todas as áreas internas do complexo e nas externas, à distância mínima de 8 metros de todas as entradas e tomada de ar dos edifícios. No quesito ‘Materiais de baixa emissão’, 100% das colas e selantes e das tintas e revestimentos utilizados internamente atendem aos limites de compostos orgânicos voláteis (COV) padronizados. Da mesma forma, não foram utilizadas resinas com uréia-formaldeído nos compósitos de madeira, produtos de agrifibras e adesivos de laminados. A exigência de controle dos sistemas de iluminação foi avaliada individualmente: na Secretaria de Esportes, a totalidade das estações de trabalho individuais e dos espaços compartilhados (multi-ocupantes) possui controles de iluminação; no Estádio Castelão, 97,44% das estações de trabalho individuais e 100% dos espaços compartilhados (multi-ocupantes) possuem controle de iluminação. Foi desenvolvido um sistema de monitoramento assim como um processo de ações corretivas para garantir o conforto térmico dos usuários. * Publicado originalmente no site EcoD.

Israelenses, jordanianos e palestinos se unem contra falta d’água

Representantes israelenses, jordanianos e palestinos firmaram nesta segunda-feira um acordo “histórico” para ligar o Mar Vermelho ao Mar Morto e combater a falta d’água na região. O ministro israelense de Energia e Desenvolvimento Regional, Silvan Shalom, disse ao firmar o acordo, na sede do Banco Mundial em Washington, que ele “oferece uma luz de esperança sobre a possibilidade de superar outros obstáculos que se apresentem no futuro”. “Demonstramos que podemos trabalhar juntos, apesar de nossos problemas políticos”, destacou o ministro palestino de Desenvolvimento, Shaddad Attili, no momento em que palestinos e israelenses tentam retomar suas negociações de paz. Firmado após onze dias de negociações, o acordo prevê a instalação de um sistema de captação e bombeamento de água no Golfo de Aqaba, no extremo norte do Mar Vermelho, com o objetivo de coletar anualmente 200 milhões de m3 de água. Parte desta água será dessalinizada para ser distribuída em Israel, Jordânia e nos territórios palestinos, enquanto o restante seguirá por tubulação para o Mar Morto, que corre o risco de desaparecer até 2050. O estado hebreu também aceitou liberar maior volume de água do lago Tiberíades, situado em seu território, para a vizinha Jordânia, destacou o Banco Mundial. “Sem água não há desenvolvimento econômico ou empregos”, comentou o ministro da Água e Agricultura da Jordânia, Hazim El Nasser, ao firmar o documento. Segundo os termos do acordo, Israel venderá à Autoridade Palestina “entre 20 e 30 milhões de m3″ por ano de água dessalinizada por intermédio da empresa pública de água potável Mekorot. “Apesar de nossos problemas políticos, temos os mesmos problemas de carência de água”, destacou Attili. Segundo as três partes, uma licitação internacional será convocada para o conjunto do projeto, começando pela usina de dessalinização de Aqaba e a instalação da primeira tubulação. De acordo com o ministro israelense, o processo deve começar no início de 2014. O Banco Mundial publicou em 2012 um estudo de viabilidade do projeto. (Fonte: Terra)

Um país sem emissões de carbono: um sonho possível?

Parece difícil imaginar que algum país populoso pode zerar emissões de gases efeito estufa e, consequentemente, ajudar a desacelerar o aquecimento global? Pois o Centro de Tecnologia Alternativa da Inglaterra garante que sim, no estudo “Zero Carbon Britain: Rethinking the Future”, lançado em julho deste ano. O time responsável por esse documento – que reúne engenheiros, um físico, uma nutricionista, um cientista social, entre outros pesquisadores – não propõe retrocesso econômico ou político com base em “planos mirabolantes”, mas a aliança natural entre qualidade de vida da população e meio ambiente. Até porque, já é mais do que comprovado que para ser feliz por completo é preciso estar de bem com a natureza. Não se trata, portanto, de parar de emitir. Basta reduzir as emissões e compensar o que não foi possível cortar. Por exemplo, em 2010 a Inglaterra emitiu 652.1 MtCO2; destas, 23.8 MtCO2 foram reabsorvidas – balanceando parte das emissões do país. Portanto, o saldo terminou em 628.3 MtCO2 negativos. O objetivo do grupo é transformar o saldo final em nada mais que ZERO, sem depender de tecnologias em desenvolvimento. Ou seja, só foram levadas em conta tecnologias já existentes. Investimentos em eficiência energética e energia renovável – especialmente eólica – foram apontados como fundamentais para alcançar essa meta. Hoje, a energia daquele país é responsável por 82% das emissões de gases de efeito estufa. Plantar florestas, enterrar materiais orgânicos e capturar e armazenar carbono também estão entre as medidas sugeridas para reabsorver os gases emitidos. (Fonte: Planeta Sustentável)

Anvisa suspende comercialização de vários medicamentos

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão da importação, comercialização, distribuição e do uso do medicamento Rowatinex em todo o território nacional. De acordo com resolução da agência, trata-se de uma medida de interesse sanitário. "A medida é em virtude do produto estar sendo comercializado sem possuir registro nesta Agência," afirma nota da ANIVSA. O produto, fabricado pela empresa Rowa Pharmaceuticals - República da Irlanda, e importado por Zenimport Comércio e Importação Ltda, é usado no tratamento de cálculos renais. A divulgação do medicamento também foi proibido pela Anvisa, que determinou a "apreensão e inutilização de todos os lotes do produto". Suspensões de medicamentos A Anvisa determinou ainda a suspensão da distribuição, comércio e uso do lote 438570 do medicamento Claritromicina 250mg/5ml (grânulos para suspensão oral), fabricado pela empresa EMS S/A em 03/12 e com validade até 03/14. O lote em questão apresentou resultados insatisfatórios quanto ao ensaio de teor de claritromicina. Também foi determinada a suspensão da importação, distribuição, comercialização e implante de nove produtos importados pela empresa Com. Imp de Prod. Med. Hosp. Prosintese Ltda, todos sem registro na Anvisa. Confira o nome comercial dos produtos na tabela abaixo: AGC Universal "Interlok" Femoral AGC Anatômico Femoral Direito Poroso AGC Anatômico Femoral Esquerdo Poroso AGC Anatômico Femoral Direito "Interlok" AGC Anatômico Femoral Esquerdo "Interlok" AGC Anatômico Componente Femoral Poroso AGC Anatômico Componente Femoral "Interlok" AGC Anatômico Componente Femoral Posterior Estabilizado AGC Universal Femoral Posterior Estabilizado http://www.diariodasaude.com.br/

Justiça proíbe venda de andadores em todo o país

A Justiça do Rio Grande do Sul proibiu a venda de andadores para crianças em todo o Brasil. Desde o começo deste ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz uma campanha contra o uso de andadores por crianças que estão aprendendo a andar. A SBP diz que há pelo menos um caso de traumatismo "para cada duas a três crianças" que usam o andador e que, em um terço dessas ocorrências, surgem lesões graves. A decisão abrange nove marcas, citadas como rés no processo, ajuizado em Passo Fundo (RS) pela Associação Carazinhense de Defesa do Cidadão. As empresas poderão recorrer da decisão. A juíza Lizandra Cericato Villarroel, que concedeu a liminar, fixou multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento da medida. Ela também determinou que, caso as fabricantes não apresentem certificação de qualidade de seus produtos feita pelo Inmetro, a proibição de venda ficará valendo até a decisão final da ação. Riscos dos andadores Na campanha da SBP, os pediatras explicam que bebês que usam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio, engatinham menos e têm resultados inferiores em testes de desenvolvimento. Para eles, um dos principais fatores de risco para traumas em crianças é dar a ela mais independência do que sua idade permite. Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, desde 2010 o uso de andadores por crianças em creches e escolas públicas é proibido.Agência Brasil

Problemas das zonas urbanas vão ficar ainda mais críticos em 2020

Até 2020, 90% dos brasileiros viverão nas cidades, agravando ainda mais os problemas de mobilidade urbana, segurança, fornecimento de energia elétrica, água potável, esgotamento sanitário e moradia. A informação foi prestada, na tarde desta terça-feira (10), pela secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Mariana Meirelles, durante o Seminário sobre Construção Sustentável, realizado pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. O setor da construção civil, segundo Mariana Meirelles, emprega, hoje, 3,3 milhões de trabalhadores formais e movimenta cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Mas, por outro lado, responde por 50% a 70% dos resíduos gerados pelas obras, consome de 15% a 50% de recursos naturais e 54% de energia elétrica somente na fase de produção”, alertou. Preocupação - Na exposição, a secretária disse que a preocupação do MMA é desenvolver uma cultura em que a sustentabilidade seja considerada essencial, tendo por base a segurança no trabalho, a ecoeficiência hídrica e energética, a geração de resíduos sólidos e a adoção de compras sustentáveis associadas aos grandes investimentos do setor da construção civil. “O melhor, hoje, é a incorporação dos critérios de sustentabilidade, que orientam, principalmente, o programa habitacional do governo federal, o Minha casa, minha vida”, ilustrou. Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Ney Maranhão, no que se refere a resíduos sólidos na construção civil, a competência é garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e sua regeneração. Maranhão acredita que o crescimento desordenado das cidades dificulta o acesso das pessoas a melhores condições de vida, pois o adensamento populacional em áreas frágeis faz aumentar as ondas de calor, reduz a qualidade do ar, da água, e gera impactos ambientais, sociais, econômicos, e culturais negativos. “Afeta, inclusive, a segurança pública, a cidadania e a prevenção a catástrofes naturais”, insistiu. O problema é tão sério, disse a representante do Ministério das Cidades, Carolina Baima, que, hoje, 28% da população do País vivem em favelas em total precariedade. Segundo ela, o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina. Na sua opinião, uma das soluções para o problema da construção civil passa pela busca da sustentabilidade, restaurando e mantendo a harmonia entre os ambientes, considerando as questões ambientais, econômicas, sociais e culturais para garantir qualidade de vida às pessoas nas cidades. (Fonte: MMA)

Cientistas canadenses detectam novo gás com efeito estufa

Um gás que provoca um efeito estufa altamente resistente foi detectado na atmosfera por cientistas da Universidade de Toronto, informaram pesquisadores nesta segunda-feira (9). O perfluorotributylamin (PFTBA) é um gás artificial utilizado, entre outras atividades, para a fabricação de equipamentos elétricos e eletrônicos, que segundo os pesquisadores canadenses tem, entre todos os gases presentes na atmosfera, os efeitos mais radioativos. O PFTBA não foi, até o momento, incluído na família dos gases de efeito estufa persistente, mas em um período de 100 anos terá um impacto sobre o aquecimento climático muito mais forte que o dióxido de carbono (CO2). Apenas uma molécula de PFTBA na atmosfera tem o mesmo efeito de 7.100 moléculas de CO2, destaca Cora Young, química da Universidade de Toronto. Além disso, o gás tem uma vida muito prolongada na baixa atmosfera antes de se dissipar nas camadas mais elevadas, e não se conhece qualquer agente capaz de eliminá-lo, destacam os autores do estudo. Publicado na Geophysical Research Letters, o trabalho afirma que o PFTBA se inscreve em uma nova classe de gases do efeito estufa, e pedem a realização de análises mais profundas para determinar seus efeitos reais sobre o clima. (Fonte: G1)

Teste sua “felicidade”: você consegue ignorar seu celular?

Se você fica constantemente checando seu celular, um novo estudo acredita que você tem menos chances de ser feliz do que os que conseguem resistir a um alerta de mensagem. O senso comum parece dizer que as pessoas que recebem mensagem a toda hora e não saem do celular têm muitos amigos e uma vida social intensa. No entanto, a pesquisa da Universidade de Kent (em Ohio, nos EUA) chegou à conclusão de que aqueles ligados ao telefone tendem a ser menos felizes do que aqueles que sabem se desligar. Outras descobertas da pesquisa é que os usuários de celular mais ávidos também sofrem com mais ansiedade, além de ter notas mais baixas do que os que usam pouco o telefone. Os pesquisadores estudaram mais de 500 alunos com 18 a 22 anos e analisaram seu uso diário de celular, avaliando como ele afetava sua vida. Os participantes também permitiram que a equipe acessasse suas notas na Universidade. Eles descobriram que, longe de fazer as pessoas se sentirem mais conectadas, o telefone móvel só aumentava sua ansiedade, conforme muitos se sentiam obrigados a manter contato constante. Outros tiveram problemas para desconectar-se de sites de mídia social, como o Facebook. O novo estudo está em contraste gritante com pesquisas anteriores que afirmaram que os celulares melhoram a interação social e ajudam a reduzir a sensação de isolamento. Os pesquisadores acreditam que, na verdade, usar o celular constantemente está ligado a um maior estresse. Os estudantes relataram se sentir “amarrados” ao seu telefone, como se tivessem uma obrigação na sua vida. Outros reclamaram que ter um telefone celular significava que ele tinha que estar sempre disponível a qualquer momento, o que era exaustivo. “Não há privacidade ou tempo de solidão nas vidas dessas pessoas. Eu acho que a saúde mental requer um pouco de tempo pessoal para refletir, um tempo sozinho para olhar para dentro de si, pensar sobres eventos da vida e se recuperar do estresse diário”, argumentou o pesquisador Andrew Lepp. No Brasil, as vendas de smartphones cresceram 179% em 2011, de acordo com a Nielsen. O número de smartphones no país nesse mesmo ano era de cerca de 30% do total de celulares. Hoje, dois anos depois, esses números estão com certeza ainda maiores. Com tanta gente carregando um celular cheio de funções por aí, checar o dispositivo constantemente tornou-se a mais nova obsessão do momento: cerca de metade dos usuários checam seu celular pelo menos uma vez a cada hora, segundo uma pesquisa da empresa Lookout. Os smartphones são tão viciantes que alguns usuários sentem inclusive “vibrações fantasmas”, de tão desesperados que estão para receber novas mensagens.Se a pesquisa da Universidade de Kent se revelar verdadeira, a sociedade terá um grande problema em suas mãos: conforme o mundo for totalmente domado por smartphones, seremos 7 bilhões de infelizes na Terra. [DailyMail]

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Como nasceram as embalagens

Conchas, crânios de animais, cestos feitos com fibras vegetais e argila, cifres, cuias, troncos de árvores ocos e bexiga de animais. Acredite: todos esses artigos já foram utilizados como embalagens em algum momento da História da humanidade. A necessidade de guardar e transportar alimentos, líquidos e objetos fez com que diversos povos utilizassem materiais oferecidos pela natureza em seu estado primário. Por isso, estima-se que as primeiras embalagens foram usadas há mais de 4 mil anos a. C, produzidas a partir de bexigas e peles de animais e depois com fibras trançadas e argila. As primeiras garrafas rústicas de vidro surgiram por volta de 3 mil a.C. e serviram para acondicionar perfumes e óleos. Até o final da Idade Média (século XV) as mudanças econômicas e políticas ocorreram de forma muito lenta. Naquela época, as embalagens mais utilizadas eram sacolas, garrafas, jarras, potes, vasos, tigelas, barris, caixas, tonéis e baús feitos de couro, barro, tecido, madeira, pedra, metais, vidro, fibras vegetais e lascas de madeira. A partir dessa época, em um período que ficou conhecido como Renascimento, a humanidade deu grandes saltos em várias áreas do conhecimento. As grandes navegações, o desenvolvimento do comércio e o contato entre culturas favoreceram o desenvolvimento de novos tipos de embalagens, tanto pelo aparecimento de novos itens de troca e consumo, como pela necessidade de conservar os produtos por mais tempo. Curiosamente, os períodos de guerra viabilizaram o desenvolvimento de embalagens de vidro e metais devido à necessidade estratégica de transporte e conservação de alimentos para tropas de exército, já que prover comida naquelas condições era um grande desafio. Há poucas décadas, o papel ainda era muito utilizado para embalar produtos a granel nos mercados. Até o ano de 1830, ele era fabricado com trapos velhos. Depois passou a ser feito com uma pasta produzida a partir da madeira. Essa mudança favoreceu o mercado de livros e jornais e possibilitou a produção das primeiras bobinas de papel para confecção de embrulhos e pacotes. A rotulagem das embalagens teve seu desenvolvimento paralelo ao avanço das embalagens. Os rótulos de papel para os produtos já eram usados desde o século XV, na Idade Média. E, assim como os livros, eram feitos um a um, de forma bastante artesanal. Não faz muito tempo, eles ainda eram visualmente bastante simples, sem grandes apelos de imagem e informações em destaque. No início do século XX, as pessoas eram orientadas por vendedores na hora de fazer suas compras. A origem do “autosserviço” (os supermercados como conhecemos hoje) veio dos EUA, quando no período de crise dos anos 1930 eliminar balcões e balconistas era um jeito de economizar – e se tornou uma forma mais prática de comprar e vender. Os consumidores passaram a ter autonomia para se servir e escolher os produtos nas prateleiras. As embalagens deixaram de ter apenas a função de envolver e proteger produtos e se transformaram em meio de propaganda e marketing. Passaram a ser o “vendedor silencioso”, aquele que transmite pelos rótulos as informações para “captar” o consumidor. A revolução industrial e os plásticos O século XVIII foi marcado por um grande salto tecnológico, com a Revolução Industrial e as novas formas de produção em grande escala. Novas máquinas permitiram a criação de novas embalagens, assim como novas técnicas de vedação para conservação de alimentos industrializados. A fabricação de latas também passou de artesanal para mecanizada. A principal matéria-prima era chamada folha de flandres, uma fina chapa de aço recoberta por estanho. O desenvolvimento das embalagens tem relação direta com as necessidades de transporte e acondicionamento de produtos, mas também com o conhecimento da propriedade dos materiais e da tecnologia para transformá-los. Não à toa, hoje vivemos o “império do plástico”, que teve início no final do século XIX. Em busca de um material que substituísse o marfim, material das presas dos elefantes e usado na fabricação de bolas de bilhar, o inventor americano John Wesley Hyatt descobriu por acidente o celulóide, a partir do nitrato de celulose (patenteado em 1870). Considerado por muitos como sendo o primeiro plástico, foi muito usado até o final da década de 1920, quando apareceram os sintéticos, totalmente fabricados de forma artificial. Os filmes fotográficos à base de celulóide, desenvolvidos pela Kodak, foram os responsáveis pela popularização da fotografia e pelo impulso do cinema a partir da década de 1890. O termo “plástico” é a designação genérica para uma grande família de materiais que apresentam em comum o fato de serem facilmente moldáveis. A palavra é derivada do grego plastikós, que significa “relativo às dobras do barro”. O termo em latim (plasticu) assumiu a tradução “do que pode ser modelado”. Por serem mais resistentes, mais leves e mais fáceis de moldar que muitos materiais naturais, os plásticos protagonizaram transformações sociais e ambientais importantes. Há autores que defendem que a Humanidade se encontra na Idade dos Plásticos, assim como já esteve na Idade da Pedra Lascada, Idade da Pedra Polida e Idade dos Metais. Pense no seu cotidiano. Quanto plástico há ao seu redor? Da cozinha ao banheiro, da escova de dente ao guarda-chuva, o mundo está “plastificado”. Em 1970, a sua produção mundial ultrapassou a de ferro e hoje a relação homem-plástico é de absoluta dependência – e, sem medo de exagerar, de profunda loucura. Para onde vai tudo o que é descartado? O plástico representa o avanço no desenvolvimento de embalagens e materiais industriais e, ao mesmo tempo, o retrocesso de uma sociedade entregue ao consumo desenfreado. Será que pioramos com o tempo? Isso rende outra longa conversa… SUPERINTERESSANTE 11/2013

Consumo: pra que você precisa do que não precisa?

Um sapato amarelo, uma bolsa nova, um celular que acabou de ser lançado ou uma simples bijuteria. “Eu quero, eu preciso! E qual é o problema disto?”. Com uma população mundial de mais de sete bilhões de habitantes, que consome 50% mais recursos do que a Terra pode regenerar, a pergunta que faz sentido é “pra que você precisa do que não precisa?”. Com essa provocação a Natura lança a linha SOU, que propõe um jeito diferente de consumir, sem excessos e sem desperdício. “É um convite e uma reflexão. Sem ser chato”, enfatiza Tânia Savaget, da Tátil Design, empresa que participou do processo de construção do layout das embalagens. A linha SOU, que inclui sabonetes líquidos, hidratantes e produtos para o cabelo, utiliza em sua fórmula 30% menos ingredientes, 70% menos plástico, emitindo 60% menos CO2 e gerando três vezes menos resíduos que a média das embalagens convencionais do mercado (Assista aqui ao vídeo). Além de oferecer um produto minimalista a Natura propõe um novo olhar: é possível ser sustentável e ainda ter preços mais econômicos. “A nova linha oferece uma proximidade com o consumidor e democratiza a sustentabilidade”, destaca Fabiana Pellicciari, diretora da unidade de negócios SOU. A convite da Natura, a Envolverde visitou a fábrica da marca em Cajamar, São Paulo, e conheceu de perto a produção. Com um projeto pensado para ser sustentável de ponta a ponta, os novos produtos enaltecem o conceito da sociobiodiversidade, o homem e o meio ambiente e sua relação com o corpo. “É mais do que oferecer uma alternativa ao consumidor. Trata-se de levar a reflexão para práticas de consumo”, explica Fabiana. As embalagens da linha SOU, mais leves e fáceis de manusear, permitem o uso do produto até a última gota. Assista abaixo ao vídeo oficial da campanha e dê o primeiro passo para o consumo sustentável. Diga não ao desperdício e valorize o que é essencial. (Envolverde)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Colégio público do Rio é certificado 1ª escola sustentável da América Latina

Quase três anos depois de sua primeira aula, realizada em fevereiro de 2011, o Colégio Estadual Erich Walter Heine, no Rio de Janeiro, continua rendendo bons frutos. Além de possuir a segunda melhor média de rendimento escolar do Estado, a escola se tornou oficialmente a primeira instituição de ensino totalmente sustentável da América Latina, ao receber a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pela organização internacional Green Building Council. A escola foi construída em modelo de parceira pública-privada pela ThyssenKrupp CSA, o governo estadual e prefeitura do Rio de Janeiro, em um dos bairros com pior índice de desenvolvimento humano da cidade, Santa Cruz, situado na zona oeste. A unidade, que desde a construção visou reduzir até 40% no consumo de energia, passou por uma série de inspeções que atestaram a eficácia das mais de 50 medidas voltadas para maximizar o aproveitamento dos recursos naturais e a eficiência energética. Foram investidos R$ 16 milhões no projeto. Medidas – Além de energia solar e coleta seletiva, o Colégio Estadual Erich Walter Heine tem instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia. O formato de catavento da construção e o telhado verde reduzem a temperatura, em uma região que facilmente ultrapassa 40ºC no verão. A unidade possui ainda uma área com uma piscina semiolímpica, com deck de madeira verde e borda revestida por um material que não absorve calor. Outros destaques da escola são o eco-pavimento no estacionamento, feito com material permeável que permite a passagem de água e ar, evitando bolsões de água, e o telhado verde, que além da vegetação para diminuir a absorção de calor e reabsorver a água da chuva também é utilizado como espaço de aprendizagem. Por fim, a unidade é totalmente adaptada para receber pessoas com necessidades especiais, com portas mais largas, pisos táteis, rampas com pouca inclinação e inscrições em braile. (Fonte: Eco Desenvolvimento)

Primeiro Livro Vermelho da Flora do Brasil será lançado no Rio de Janeiro

Pesquisadores ligados ao Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), entidade vinculada à Diretoria de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, elaboraram o “Livro Vermelho da Flora do Brasil”. A publicação será lançada nesta terça-feira (3), às 18h, Escola Nacional de Botânica Tropical, Solar da Imperatriz, no Rio de Janeiro. O livro, organizado por Gustavo Matinelli e Miguel Ávila Moraes, revela que, do ponto de vista espacial, a maioria das espécies ameaçadas encontra-se nos nas regiões Sudeste e Sul. De um total de 4.617 espécies avaliadas, 2.118 (45,9%) foram classificadas como ameaçadas e enquadradas nas categorias Vulnerável (VU), Em Perigo (EN) e Criticamente em Perigo (CR). As demais entraram nas categorias Menos Preocupante (LC), Deficiente de Dados (DD) e Quase Ameaçada (NT). Ações de conservação – Para os cientistas, um dos grandes desafios que os países enfrentam, atualmente, é conhecer sua biodiversidade e avaliar o risco de extinção das espécies nativas de seus territórios, para planejar as ações de conservação. O Brasil concentra de 11% a 14% da diversidade de plantas do mundo, com quase 44 mil espécies catalogadas e milhares ainda desconhecidas pela ciência. No País estão localizadas duas das 34 áreas de grande diversidade de espécies com alto risco de extinção (hotspots), que são a Mata Atlântica e Cerrado. Entre os Estados, Minas Gerais tem a maior quantidade de espécies nas três categorias de risco de extinção (VU, EN e CR). Na sequência, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia encabeçam a lista da flora em risco de extinção. Mata Atlântica e Cerrado são os dois biomas em que se verificou o maior número de espécies ameaçadas, seguidos da Caatinga e dos Pampas. A Amazônia ocupa o quinto lugar do ranking, o que pode ser explicado pela vasta rede de áreas protegidas (38% de seu território), pelas várias regiões de difícil acesso e pelas lacunas de informação sobre suas espécies. De acordo com os pesquisadores, o livro permitirá a atualização da “Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção”. “O conjunto da obra oferece ao leitor todo o conteúdo necessário para consultar o risco de extinção de espécies da flora avaliadas”, esclarece Gustavo Martinelli, coordenador do CNCFlora. “Nesse contexto, acreditamos que o livro terá grande utilidade para municiar tomadores de decisão com informações científicas que possam nortear o estabelecimento de prioridades de ação para conservação de plantas, ou mesmo para direcionar pesquisas científicas que possam preencher lacunas de conhecimento sobre determinados grupos taxonômicos”. Degradação - O trabalho do CNCFlora foi elaborado a partir de ferramentas tecnológicas, obtidas em um portal online integrado, que viabilizaram a criação de um acervo único sobre as espécies em risco de extinção, constatando-se que a perda de habitat e a degradação são as principais ameaças à flora nacional. Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Cavalcanti, a publicação apresenta avaliações de risco que servirão de subsídio essencial à elaboração da lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção. “É, por isso mesmo, um trabalho importantíssimo de pesquisadores brasileiros e internacionais sobre a flora do País”, acrescenta. Em relação às espécies avaliadas no livro, o grupo das samambaias, avencas e xaxins (Pteridófitas), por exemplo, é o mais ameaçado, enquanto o de musgos, entre outros (Briófitas) é, proporcionalmente, o menos ameaçado. O estudo apontou, ainda, que a família das bromélias (Bromeliaceae) apresenta o maior número de espécies consideradas criticamente em perigo, seguida das famílias das orquídeas (Orchidaceae) e das que fazem parte, por exemplo, girassóis e margaridas (Asteraceae). Preocupação - O Centro Nacional de Conservação da Flora tem a missão de coordenar os esforços nacionais de conservação de plantas. A primeira fase desse trabalho avaliou, cientificamente, 4.617 espécies da flora brasileira já incluídas em listas oficiais de espécies ameaçadas. A meta é, até 2020, concluir a avaliação de risco de extinção de todas as espécies conhecidas de plantas brasileiras. O sistema do CNCFlora contabilizou 5.642 ameaças incidentes sobre a flora brasileira. Dentre elas, 3.400 (60,2%) afetam espécies consideradas em risco de extinção. A perda de hábitat e a degradação são responsáveis por 87,35% (2.970) dessas ameaças. A agricultura é a causa primária de perda de hábitat e degradação (36,1%). Infraestrutura e planos de desenvolvimento (23,5%), bem como o uso de recursos naturais (22,3%), também contribuem, de forma significativa, com esse processo. O fogo causado por pessoas (11%) é, igualmente, uma fonte de grande preocupação dos pesquisadores. (Fonte: MMA)

SUS vai oferecer remédio a portador do HIV assim que for diagnosticado

Uma nova portaria do Ministério da Saúde determina que as pessoas com HIV poderão iniciar o tratamento com medicação antirretroviral assim que receberem o diagnóstico. Atualmente, a indicação para início da terapia ocorre somente quando o paciente já apresenta sintomas da Aids – como, por exemplo, perda de peso, febre, diarreia e fadiga – ou quando o exame de contagem de linfócitos CD4 apresenta resultados alterados (abaixo de 500 células/mm³). O objetivo da nova estratégia, anunciada pelo ministro Alexandre Padilha neste domingo (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, é melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm o vírus e diminuir a transmissão do HIV. Segundo o ministro, iniciar o tratamento assim que o paciente recebe o diagnóstico reduz em 96% a chance de ele transmitir o vírus para outras pessoas.A portaria deve ser publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial. De acordo com o ministério, apenas França e Estados Unidos já adotam essa abordagem para o tratamento de HIV. “O Brasil é o primeiro país em desenvolvimento”, destaca o secretário de Atenção em Saúde, Jarbas Barbosa. “Essa medida pode ser um ponto de inflexão importante para mudar a história da transmissão da Aids”, acrescenta. Ele aponta que os medicamentos são capazes de praticamente zerar a carga viral no sangue do paciente, o que reduz o risco de transmissão. A expansão da oferta dos antirretrovirais no Sistema Único de Saúde (SUS) é acompanhada pelo aumento de sua produção nacional. Atualmente, o Brasil fabrica metade dos 20 medicamentos oferecidos pela rede pública, que incorporou, nos últimos dois anos, duas novas drogas – tipranavir e maraviroque. Barbosa explica que, atualmente, o Brasil tem cerca de 300 mil pessoas em tratamento contra o HIV. Dados epidemiológicos de 2012 indicam que o país tem ao redor de 700 mil pessoas infectados pelo vírus. Somente no ano passado, 39 mil pessoas descobriram que estão contaminadas. Com a mudança no protocolo de tratamento, espera-se que outras 100 mil pessoas passem a tomar antirretrovirais. Unidades móveis – Estima-se ainda que 140 mil estão infectadas e não sabem que têm a doença. Por causa disso, a pasta lançou uma iniciativa para levar unidades móveis de testagem rápida a locais de concentração de grupos vulneráveis, como pontos de prostituição ou casas noturnas de público predominantemente gay, entre outros. A primeira região metropolitana a receber uma unidade é o Rio de Janeiro. O teste rápido indica se a pessoa está com vírus em apenas meia hora. Prevenção – Além de lançar o novo protocolo de HIV, o governo também iniciará, no Rio Grande do Sul, um estudo inédito com a adoção da chamada Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e expansão para a atenção básica a Profilaxia Pós Exposição (PEP). O teste será realizado como projeto-piloto por meio de um termo de cooperação técnica com a Secretaria Estadual de Saúde gaúcha. A PREP é o uso diário de antirretrovirais em pessoas não infectadas, mas que estão sob risco elevado de infecção pelo HIV, com o objetivo de bloquear a contaminação pelo vírus. Assim, será introduzida nos Serviços de Assistência Especializada (SAE) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do SUS a oferta de antirretrovirais para populações prioritárias, como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas, entre outras. Já a PEP, que já existe nos SAE e será expandida para as UPAs, é uma medida de prevenção que consiste em dar medicamentos a um paciente até 72 horas após uma provável exposição ao vírus da Aids. Ela já é utilizada em casos de risco de contaminação por profissionais de saúde, na atividade laboral, devido a acidentes, e em casos de relações sexuais, para reduzir o risco de transmissão do HIV, quando ocorre falha nas outras medidas de prevenção. (Fonte: G1)

Cientistas tentarão clonar pela 2ª vez animal extinto

Um grupo de cientistas na Espanha conseguiu financiamento para verificar se um tipo de cabra de montanha extinta pode ser clonada a partir de células preservadas. O último bucardo (Capra pyrenaica pyrenaica) morreu em 2000, mas células do animal foram congeladas em nitrogênio líquido. Em 2003, um filhote da espécie chegou a ser gerado a partir de clonagem, mas morreu minutos após o nascimento. Esse foi o primeiro caso de ‘desextinção’, no qual uma espécie ou subespécie perdida foi ressuscitada. Agora, os cientistas querem testar a viabilidade de usar novamente as células preservadas da última fêmea de bucardo após 14 anos para mais uma tentativa de desextinção. Segundo os pesquisadores do Centro para Pesquisas e Tecnologia Alimentar de Aragón, em Zaragoza, o primeiro passo agora é verificar se as células da última fêmea, batizada de Celia, ainda estão vivas após 14 anos de congelamento. A partir daí, eles poderiam tentar clonar embriões e implantá-los em cabras de outras subespécies. ‘Nesse processo, um ou mais clones fêmeas de bucardo podem ser obtidos. Se esse for o caso, a viabilidade de um plano para a recuperação do bucardo poderá ser discutido’, disse à BBC Alberto Fernandez-Arias, um dos coordenadores da pesquisa. Células preservadas – O bucardo é uma subespécie com características físicas e genéticas distintas às de outras cabras montanhosas que habitam a Península Ibérica. Ela estava perfeitamente adaptada à vida em seu habitat e era capaz de sobreviver ao frio extremo e à neve do inverno nos Pirineus. Porém sua população vinha declinando por anos por várias razões, incluindo a caça. Em abril de 1999, pesquisadores capturaram o último animal, Celia. Eles realizaram biópsias da pele e congelaram o tecido em nitrogênio líquido, à temperatura de -196ºC. No ano seguinte, Celia foi morta por uma árvore que caiu no Parque Nacional de Ordesa, no noroeste da Espanha. Mas os pesquisadores conseguiram injetar o núcleo das células preservadas de Celia em óvulos de cabras cujos DNAs haviam sido retirados. Eles então implantaram os óvulos em outras fêmeas, híbridas entre cabras montanhosas ibéricas e cabras domésticas. De 57 óvulos implantados, sete geraram gestações, das quais apenas uma foi até o final. O filhote de bucardo nasceu em 2003 – a primeira desextinção da história. Mas o clone de Celia morreu poucos minutos depois, por causa de um defeito em um dos pulmões. Mesmo se o novo esforço conseguir produzir clones saudáveis, um eventual plano futuro para recuperar o bucardo enfrentaria inúmeras dificuldades, especialmente pelo fato de que as únicas células preservadas são de uma única fêmea. Uma possível saída para trazer os bucardos de volta à vida seria cruzar uma clone fêmea saudável com uma subespécie próxima, para então promover cruzamentos seletivos entre os descendentes para fortalecer os traços típicos do bucardo. Outras possibilidades também poderiam ser exploradas. Por exemplo, pesquisadores já foram capazes de reverter o sexo de embriões de camundongos fêmeas ao introduzir um gene específico que os fez se desenvolver como machos. Com isso, poderiam gerar clones de diferentes sexos, permitindo a reprodução natural posterior. (Fonte: G1)

Nova espécie de inseto raro é descoberta no Brasil

Bichos-fórceps ou tesourinhas-voadoras pertencem a uma ordem de insetos chamada Mecoptera, com cerca de 550 espécies agrupadas em nove famílias distribuídas por todo o mundo. No Brasil, são conhecidos cerca de 20 insetos dessa ordem. Agora, uma nova espécie de bicho-fórceps, da família Meropeidae, foi descoberta por aqui, o que representa apenas a terceira espécie descrita nesta família e a primeira registrada na região neotropical do mundo. A descoberta Uma armadilha para capturar vespas armada no Pico Eldorado, no município de Domingos Martins (ES), levou a surpreendente descoberta do inseto raro, cuja família até agora só tinha duas espécies vivas conhecidas, uma na Austrália e outra na América do Norte. Apesar de todos os esforços anteriores de coleta nesta área, a espécie nunca havia sido registrada em regiões tropicais da América do Sul. O espécime, denominado Austromerope brasiliensis, foi coletado em uma fazenda privada perto de um habitat de floresta da Mata Atlântica, um dos mais ameaçados no Brasil. A distribuição e biogeografia da rara família de insetos ainda são discutidas. Os cientistas sugerem que ela está dispersa em locais tão distantes do mundo porque se originou antes da deriva continental (da divisão do mundo em dois hemisférios, norte e sul, com a dissolução do supercontinente Pangéia). A existência de um fóssil da mesma família na Sibéria comprova que ancestrais desses bichos viveram no período Triássico, entre 250 e 200 milhões de anos atrás. ZooKeys-269-051-g002 O inseto Apenas um indivíduo foi pego na rede dos pesquisadores. Com aproximadamente dois centímetros de comprimento, dois pares de asas e uma extensão na parte traseira em forma de fórceps, os cientistas reconheceram que se tratava de um inseto distinto de outros conhecidos, mas pertencente à família Meropeidae. Capturado pelo entomólogo Ricardo Kawada e analisado por Renato Machado, especialista na ordem de insetos Mecoptera, os cientistas chegaram a conclusão de que se tratava de uma espécie nova. “Eu achei muito parecido com as outras duas espécies e logo identificamos como pertencente à família. Depois disso veio o processo de descrição. Mas, com certeza, assim que bati o olho, já sabíamos que era algo novo”, conta Machado. Estas extensões – “fórceps” – fazem parte do seu órgão sexual masculino. Essa característica dos bichos-fórceps é usada provavelmente para agarrar as fêmeas durante o acasalamento. O que torna esses insetos especiais é o fato de que se sabe muito pouco sobre sua biologia. Seus estágios imaturos permanecem um mistério para os cientistas – nunca foram encontradas, por exemplo, larvas desta família. Os adultos, que são noturnos e parecem viver em terra, também são capazes de estridulação, ou a produção de som através da esfregação de certas partes do corpo. Não é por acaso que o bicho tenha passado tanto tempo incógnito – com base no que os pesquisadores de fato sabem sobre as outras duas espécies, acredita-se que ele viva escondido sob folhas e galhos secos no chão. “A descoberta desta espécie nova é um sinal importante para reforçar a conservação do bioma brasileiro da Mata Atlântica. Certamente há muito mais espécies ainda a serem descobertas nessas florestas”, disse Machado. Mais armadilhas foram colocadas na região do Pico Eldorado, a fim de tentar encontrar mais indivíduos que ajudem os pesquisadores a entender melhor a família. A descoberta foi publicada pelos brasileiros Renato José Pires Machado, Ricardo Kawada e José Albertino Rafael na edição de 15 de fevereiro da revista Zookeys.[EurekaAlert, OEco, SciNews]

Nova espécie de felinos é descoberta no Brasil

Uma nova espécie de gato selvagem foi descoberta no sul e sudeste do Brasil. O felino, nomeado Leopardus guttulus, é um tipo de gato-do-mato com pelagem semelhante a uma onça-pintada. O estudo foi publicado no periódico Current Biology. O novo gato parece idêntico a outro encontrado no nordeste do país e outros lugares do continente americano, mas cientistas descobriram que ele pertence a uma espécie completamente diferente. Os pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) compararam os genes dos gatos selvagens que vivem no nordeste com populações do sul e concluíram que não há fluxo de genes entre as duas populações. A descoberta é um lembrete de quão pouco os cientistas sabem sobre o mundo natural, e tem implicações importantes para a conservação dos gatos selvagens. O(s) animal(is) Os animais que são o objeto da investigação também são conhecidos como tigrinas. São pequenos gatos nativos de florestas tropicais da América Central e do Sul, ativos durante a noite e no crepúsculo. São parentes da jaguatirica. As criaturas crescem até 59 centímetros de comprimento, e pesam entre um e meio e três quilogramas. Sua pele é grossa e macia e varia de castanho claro ao ocre escuro, com numerosas manchas pelo corpo. Esta coloração os ajuda a misturar-se com a luz do sol “manchada” que penetra nos bosques da floresta tropical. Muito parecido com os gatos domésticos, os gatos-do-mato se alimentam de pássaros e pequenos mamíferos e, enquanto vivem e caçam no chão, são hábeis em escalar árvores. As principais ameaças a esses felinos são o desmatamento e a caça furtiva. Eles são mortos por suas peles, altamente valorizadas e muitas vezes vendidas ou transformadas em roupas. Eduardo Eizirik, pesquisador do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular da PUCRS, e sua equipe da área de genética evolutiva de felinos estudam animais de pequeno porte da América do Sul desde os anos 1990. Um dos objetos de sua pesquisa era o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), relativamente comum do sul ao nordeste do Brasil. No entanto, ao analisar as colônias do sul e do norte pela primeira vez, os pesquisadores notaram que, apesar de terem a mesma aparência, elas possuíam diferentes composições genéticas. Eizirik afirma que não houve qualquer troca de genes entre as duas comunidades por milênios, indicando que as populações não cruzaram. Elas são, na realidade, duas espécies completamente diferentes. A estimativa mínima é que essa separação tenha ocorrido há cerca de 100 mil anos. “De fato, há muitos aspectos básicos que nós ainda não sabemos sobre gatos selvagens, de sua distribuição geográfica precisa e suas dietas até a delimitação de espécies, como neste caso”, comentou. Ele e seus colegas nomearam a espécie do sul como Leopardus guttulus, enquanto a comunidade no nordeste continuará conhecida como Leopardus tigrinus, em virtude de regras taxonômicas. L. guttulus L. guttulus L. tigrinus L. tigrinus A descoberta de um novo felino é um fenômeno raro. A última vez que isso ocorreu foi em 2006, quando o leopardo-nebuloso foi encontrado nas ilhas de Bornéu (Indonésia, Malásia e Brunei) e Sumatra (Indonésia). Família grande O novo estudo revelou um conjunto complexo de relações entre esses animais e outras duas espécies de felinos neotropicais. Os cientistas acreditam que a espécie do nordeste cruzou ou escolheu cruzar com uma outra espécie de gato, o gato-palheiro (Leopardus colocolo), o que fez deles geneticamente diferentes das espécies do sul, apesar de terem a mesma aparência. Esse cruzamento teria ocorrido há milhares de anos, deixando apenas pistas genéticas. L. colocco L. colocolo Enquanto isso, gatos do sul podem cruzar com o Leopardus geoffroyi, conhecido como gato-do-mato grande. As duas espécies se encontram na região central do Rio Grande do Sul e praticam o fenômeno chamado hibridação. Segundo Eizirik, é possível que as duas espécies não saibam se reconhecer e evitar a reprodução. L. L. geoffroyi O pesquisador acredita que os cruzamentos podem ter ajudado as duas espécies a divergirem. As populações são adaptadas a diferentes habitats, com os gatos do nordeste vivendo principalmente em savanas, terras e florestas de arbustos secos e as espécies do sul vivendo em florestas densas e úmidas do Atlântico. “Tais associações de habitats distintos fornecem uma dica de diferenças potencialmente adaptativas entre essas espécies recém-reconhecidas, que podem ter desempenhado um papel na sua divergência evolutiva inicial”, disse Eizirik. Os cientistas estão interessados em aprender mais sobre a população rara do nordeste, da qual sabemos pouquíssimo, e se ela precisa ser protegida com urgência. “Todas as quatro espécies podem estar ameaçadas e precisamos entender o máximo possível sobre a sua genética, ecologia e evolução para ser capaz de projetar estratégias de conservação adequadas”, acrescentou o pesquisador brasileiro. [DailyMail, Veja]

domingo, 1 de dezembro de 2013

Médicos brasileiros lançam recomendações sobre proteção solar

Especialistas reunidos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançaram, na quinta-feira (28), o primeiro Consenso Brasileiro de Fotoproteção. De acordo com o documento, a exposição ao sol deve ser evitada das 10h às 15h. No Nordeste, o sol já é considerado nocivo a partir das 9h. No Centro-Oeste a recomendação vale até 16h, o que vale também para períodos de horário de verão. O documento traz recomendações que levam em conta a incidência de radiação solar específica no país, mais elevada do que a observada nos Estados Unidos e Europa. Orientações anteriores sobre proteção solar comumente levavam em conta os dados de radiação constatados no hemisfério norte. “Até então, era muito comum que se importassem esses conceitos de países que tem clima, população e hábitos completamente diferentes dos nossos”, diz o dermatologista Sérgio Schalka, coordenador do consenso e do Departamento de Fotobiologia da SBD. Ele observa que além dos altos índices de radiação solar registrados no país, a população também tem o costume de interagir muito com o sol. A SBD também recomenda que a população use protetor solar com fator de proteção de, no mínimo, 30. A utilização de fator de proteção menor pode ser indicado em casos especiais, somente mediante avaliação médica. Vitamina D – O protetor solar não deve ser deixado de lado nem mesmo para garantir a produção de vitamina D, de acordo com o consenso. A vitamina, cuja produção tem a participação da radiação solar, é importante para a saúde dos ossos. Schalka observa que a quantidade de radiação disponível para a população brasileira é muito alta, de maneira que as pessoas não precisam ir ao sol intencionalmente para produzir vitamina D. “A exposição ocasional já oferece quantidade de radiação suficiente para produzir o necessário de vitamina D.” O documento cita um estudo feito com a população de São Paulo durante três anos que constata que ficar 10 minutos ao ar livre por dia é já suficiente para uma produção adequada de vitamina D, mesmo levando em conta dias nublados. Duas camadas ou colher de chá – No dia a dia, recomendação é usar o protetor solar em áreas que estarão expostas, como rosto e braços. Quando houver uma exposição intencional mais prolongada, como quando se vai à praia, a forma correta de usar o protetor solar, segundo o documento, é aplicar duas camadas do produto em todo o corpo ou uma colher de chá para rosto, cabeça e pescoço; duas colheres de chá para frente e trás do torso; uma colher de chá para cada braço e duas colheres de chá para cada perna. O protetor solar deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição ao sol e deve ser reaplicado a cada duas horas enquanto se estiver exposto. Segundo Schalka, no caso de uma pessoa que trabalhe em ambiente fechado, por exemplo, o ideal é aplicar o filtro de manhã e reaplicá-lo no horário do almoço. Efeitos nocivos – Os efeitos nocivos da exposição inadequada ao sol, segundo o documento, são queimaduras, elevação da temperatura da pele, envelhecimento precoce, câncer de pele melanoma e não melanoma. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano que vem 182 mil pessoas devem desenvolver câncer de pele não melanoma, equivalente a 31,5% do total de casos de câncer. Neste sábado (30), a SBD realiza uma campanha para prevenir e detectar precocemente o câncer de pele. Das 9h às 15h, 139 postos em todo o país estarão oferecendo atendimento gratuito. Veja onde ficam os postos participantes da campanha. (Fonte: G1)

Colesterol ‘alimenta’ câncer de mama, diz estudo

Um estudo feito por cientistas nos Estados Unidos afirma que um subproduto do colesterol pode ajudar o câncer de mama a crescer e se espalhar pelo corpo. A pesquisa sugere que o uso de medicamentos que diminuem o nível de colesterol – as chamadas estatinas – pode prevenir tumores. O trabalho, que foi publicado na revista científica “Science”, ajuda a explicar por que a obesidade é um dos principais fatores de risco da doença. No entanto, organizações que trabalham na conscientização e combate ao câncer de mama alertaram que ainda é muito cedo para recomendar o uso de estatinas na prevenção de tumores. Hormônios – A obesidade já é considerada um fator de risco em diversos outros tipos de câncer, como mama, intestino e útero. A gordura em pessoas acima do peso faz com que o corpo produza mais hormônios como o estrogênio, que pode facilitar a disseminação de tumores. O colesterol é “quebrado” pelo corpo em um subproduto chamado 27HC, que tem o mesmo efeito do estrogênio. Pesquisas feitas com camundongos por cientistas do Duke University Medical Centre, nos Estados Unidos, demonstraram que dietas ricas em colesterol e gordura aumentaram os níveis de 27HC no sangue, provocando tumores que eram 30% maiores, se comparados a animais que estavam com uma alimentação regular. Nos camundongos com dieta rica em gordura, os tumores também se espalharam com maior frequência. Testes feitos com tecidos humanos contaminados com câncer de mama também cresceram mais rapidamente quando injetados com 27HC. “Vários estudos mostraram uma conexão entre obesidade e câncer de mama, e mais especificamente que o elevado colesterol está associado ao risco de câncer de mama, mas nenhum mecanismo foi identificado”, afirma o pesquisador Donald McDonnell, que liderou o estudo. “O que achamos agora é uma molécula, não o próprio colesterol, mas um subproduto abundante do colesterol, chamado 27HC, que imita o hormônio estrogênio e consegue de forma independente provocar o crescimento do câncer de mama.” Mais pesquisa – As estatinas já são usadas hoje em dia por milhões de pessoas para combater doenças cardíacas. Agora há estudos sugerindo que elas podem ajudar na prevenção ou combate ao câncer. Mas entidades que lidam com saúde feminina não recomendam que as mulheres passem a tomar estatina por esse motivo. “Até agora pesquisas que relacionam níveis de colesterol, uso de estatina e risco de câncer de mama ainda são inconclusivas”, diz Hannah Bridges, porta-voz da Breakthrough Breast Cancer, entidade britânica de combate ao câncer de mama. “Os resultados deste estudo inicial são promissores e se confirmados através de mais pesquisas podem aumentar nossa compreensão sobre o que faz com que alguns tipos de câncer de mama se desenvolvam.” Emma Smith, porta-voz de outra instituição, a Cancer Research UK, também afirma que ainda é ‘cedo demais’ para que as mulheres passem a tomar estatina. As duas entidades dizem que o colesterol pode ser combatido por meios alternativos ao uso de estatina. Uma forma é através de uma dieta mais saudável e de exercícios regulares. (Fonte: G1)

Um inesperado avanço climático para o Sul

Varsóvia, Polônia, 26/11/2013 – As negociações para se chegar a um tratado internacional contra a mudança climática, que vinham mal encaminhadas nas últimas semanas, deram uma vitória inesperada ao Sul em desenvolvimento: haverá um mecanismo para financiar danos e perdas dos desastres atribuíveis ao aquecimento nos países pobres. Os grupos do Norte industrializado e do Sul em desenvolvimento – liderados, respectivamente, por Todd Stern, dos Estados Unidos, e Sai Navoti, de Fiji – precisaram de duas semanas e 36 horas de negociações para chegarem a este ponto, no dia 23, em Varsóvia, por ocasião da 19ª Conferência das Partes (COP 19) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática. Os países do Sul, com 80% da população mundial, conseguiram selar a criação do instrumento de danos e perdas como um terceiro pilar do tratado que deverá ser adotado em 2015, junto com a mitigação (redução da contaminação que aquece a atmosfera) e adaptação aos impactos da mudança climática. Os efeitos do tufão Haiyan – que passou pelas Filipinas dias antes da abertura, no dia 11 deste mês, da COP 19 – ilustrou com juros a realidade dos danos e das perdas provocados pela mudança climática. Ainda há muito por definir. Os impactos climáticos geram tanto perdas econômicas quanto extraeconômicas, incluindo o crescente fenômeno dos refugiados, das pessoas que são obrigadas a mudar porque as novas condições já não permitem que sobrevivam em seus países de origem. “Essa decisão de Varsóvia sobre perdas e danos é um grande avanço”, disse à IPS o pesquisador bengali Saleemul Huq, do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, da Grã-Bretanha. Contudo, “ainda resta um longo caminho para se alcançar um tratado climático efetivo”, ressaltou. Os resultados da COP 19 são mistos, afirmou Alden Meyer, diretor de estratégia e política da União de Cientistas Preocupados, que participou de quase todas as negociações sobre o clima nos últimos 19 anos. O avanço sobre “perdas e danos é grande, mas temos apenas o mínimo, temos que seguir adiante”, destacou à IPS. As negociações da Organização das Nações Unidas conhecidas como COP (Conferência das Partes) fazem parte de um processo complexo e carregado de siglas para chegar a um novo tratado sobre o clima, para que o aquecimento global não passe dos dois graus neste século, e para ajudar os países mais pobres a sobreviverem às consequências. Em 2009, nas pouco exitosas negociações de Copenhague, os países ricos chegaram a um acordo que, nos fatos, equivalia a dizer aos pobres o seguinte: “Daremos a vocês milhares de milhões de dólares para a adaptação, com um aumento gradual de até US$ 100 bilhões em 2020. Em troca, nossa mitigação consistirá em pequenas reduções de dióxido de carbono (CO2) em lugar dos grandes cortes que deveríamos realizar”. Uma parte desse dinheiro para a adaptação dos países pobres fluiu durante os três primeiros anos, mas em grande parte já terminou. Supunha-se que, em Varsóvia, a COP 19 estaria dedicada às finanças para que apareça o dinheiro prometido, mas isso não aconteceu. Alemanha, Suíça e outros países europeus se comprometeram a entregar US$ 110 milhões ao Fundo Verde para o Clima. As nações em desenvolvimento procuravam uma garantia de que receberiam US$ 70 bilhões até 2016, mas se depararam com o bloqueio de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, entre outros países. “Os governos ricos se negaram a reconhecer a responsabilidade legal e moral que têm de proporcionar o financiamento climático internacional”, afirmou Lidy Nacpil, diretora da Jubilee South, uma organização contrária ao pagamento da dívida externa dos países do Sul em desenvolvimento. O pilar da mitigação é ainda mais instável. O Japão afirmou que não pode cumprir com a redução prometida de suas emissões de gases-estufa e adotou um objetivo extremamente baixo. Canadá e Austrália fizeram caso omisso de seus compromissos de redução e estão aumentando sua contaminação. Pouco mais da metade das emissões anuais de CO2 vêm do Sul. Em Varsóvia, os grandes emissores, como China e Índia, se negaram a assumir objetivos de redução específicos. Por outro lado, acordaram fazer “aportes”. A definição das quantidades e dos prazos de redução concretos foi adiada para uma reunião convocada especialmente para o dia 23 de setembro de 2014, em Nova York. “Precisamos que essas promessas se transformem em medidas reais para mantermos abaixo de dois graus o aumento da temperatura, acordado internacionalmente”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. No contexto da iniciativa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação das Florestas (REDD) foi acordado proporcionar uma compensação aos países que perdem renda por não explorarem suas florestas. O desmatamento e a conversão de florestas em terras de cultivo contribuem com aproximadamente 10% das emissões totais de CO2 de origem humana. “Agora temos um sistema para colocar em prática a REDD e reduzir as emissões”, disse Victoria Tauli Corpuz, representante indígena das Filipinas. A REDD é um pacote que inclui verificação, supervisão e garantias para as comunidades locais. Os países deverão implantar estes três elementos para terem acesso ao financiamento, seja por meio do Fundo Verde para o Clima ou dos mercados de carbono, explicou Corpuz à IPS. “Com sorte, injetará uma grande quantidade de dinheiro nas comunidades locais e se reduzirá o desmatamento”, pontuou. Respeitar os direitos territoriais das comunidades locais para favorecer o cuidado das florestas é crucial para que a REDD funcione e beneficie os habitantes e não as grandes empresas ou os governos. As emissões procedentes do desmatamento diminuem lentamente. Porém, a grande maioria de CO2 provém da queima de combustíveis fósseis, especialmente do carvão, e continua aumentando. Essas emissões esquentarão o planeta durante séculos e, no entanto, os governos gastam mais de US$ 500 bilhões para subvencionar as indústrias que as geram, destacou Kumi Naidoo, diretor-executivo da organização Greenpeace International. “As corporações sequestraram a democracia”, afirmou Naidoo à IPS. “Enquanto ativistas e manifestantes são presos, os verdadeiros vândalos são os presidentes das empresas de combustíveis fósseis”. O único caminho que resta é a desobediência civil, e 2014 será o ano do ativismo climático, acrescentou. “Agora é o momento de colocarmos nossas vidas em jogo e enfrentar penas de prisão”, ressaltou Naidoo. Mais de 800 representantes da sociedade civil deram o primeiro passo em Varsóvia, quando abandonaram as negociações em seu penúltimo dia, “em protesto contra os países industrializados que colocam em perigo a ação climática internacional”, declararam. Enquanto o processo diplomático avança a passo de tartaruga, os cientistas mostram crescente alarme pela evidência de que a mudança climática está ocorrendo mais rapidamente e com maiores repercussões do que o projetado. Para não perder as possibilidades de manter o aumento da temperatura abaixo dos dois graus, os países ricos devem reduzir suas emissões de CO2 em 10% ao ano a partir de 2014, assegurou Kevin Anderson, do Centro Tyndall para a Pesquisa da Mudança Climática, na Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha. “Ainda podemos chegar a deter o aumento em dois graus, mas não da forma como vamos”, alertou Anderson por ocasião da COP 19. Seu questionamento foi sobre o porquê de os negociadores não assumirem a realidade de que é demasiado tarde para mudanças graduais. “Me assombra não haver uma sensação de urgência aqui”, opinou Tyndall à IPS. Envolverde/IPS (IPS)

Pílula do dia seguinte pode não funcionar para mulheres com mais de 75 kg

Recentemente, a HRA Pharma, empresa que fabrica a versão europeia do medicamento conhecido como Norlevo, resolveu atualizar a sua embalagem para indicar que a medicação de prevenção a gravidez nem sempre é eficaz para mulheres com mais de 75 quilos e não funciona em mulheres que pesam mais de 80 quilos. Originalmente, foi solicitado que a HRA Pharma analisasse a eficácia da sua “pílula do dia seguinte” por um estudo de 2011 da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que constatou que o risco de gravidez era mais de três vezes maior para mulheres obesas em comparação com mulheres com índice de massa corporal normal quando a medicação era tomada. Eles também descobriram que o risco de gravidez era particularmente elevado se a contracepção de emergência contivesse levonorgestrel, hormônio encontrado em muitas das principais pílulas vendidas no mundo, incluindo as mais vendidas no Brasil (Postinor-2, Pilem, Pozato, Diad, Minipil2-Post e Poslov). O estudo finaliza recomendando que mulheres com sobrepeso usem o DIU como método contraceptivo. Levando esses dados em conta, um grande número de mulheres brasileiras não poderia usar a medicação. Dados do Ministério da Saúde de agosto desse ano mostram que, ao todo, 51% da população acima de 18 anos apresenta índice de massa corporal igual ou acima de 25 (sobrepeso), dos quais 48,1% são mulheres. Além disso, 17,7% delas são obesas. Além disso, esses números são baseados no sistema falho de índice de massa corporal, que não leva em conta a gordura corporal para chegar à conclusão sobre a saúde de uma pessoa. Não há como negar que uma parcela significativa de mulheres que tomam a pílula do dia seguinte pesam mais de 75 quilos, seja isso considerado obeso para o seu tipo de corpo ou não. O site da HRA Pharma ainda não mudou as informações do seu produto, mas a nova embalagem deve conter o seguinte aviso: “Estudos sugerem que Norlevo é menos eficaz em mulheres com peso de 75 quilos ou mais, e não é eficaz em mulheres com peso de 80 kg ou mais” e que Norlevo “não é recomendado se você pesa 75 kg ou mais”. Ainda não sabemos se outros fabricantes de pílulas farão a mesma recomendação aos seus consumidores. E se os principais fabricantes não fizerem essa observação, marcas genéricas não podem mudar sua embalagem para conter o aviso. Aparentemente, não tem como tornar as pílulas do dia seguinte mais seguras para mulheres com mais peso. Apenas aumentar a quantidade de levonorgestrel não funciona para melhorar a eficácia contraceptiva do medicamento. Outros hormônios são considerados ainda menos eficazes e muitas vezes induzem náusea. A melhor opção para as acima de 75 kg, ao que parece, é trocar de método contraceptivo mesmo. [Jezebel, GazetadoPovo, SempreTops]