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sábado, 3 de maio de 2014

Ineficiência de antibióticos pode piorar saúde mundial, alerta OMS

A resistência a antibióticos deixou de ser uma ameaça para converter-se em realidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que advertiu nesta quarta-feira (30) que infecções atualmente consideradas menores podem voltar a ser mortais. O informe alarmista, o primeiro relativo à resistência do corpo aos antibióticos em escala mundial, afirma que “esta grave ameaça não é uma previsão, mas uma realidade, afetando a todos, de qualquer idade ou país de origem”. Os antibióticos são considerados pela OMS como um dos pilares da nossa saúde, que nos permite viver sadios por mais tempo. Mas sua utilização inapropriada tornaram muitos medicamentos ineficazes em poucas décadas. Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente. Com dados de 114 países, o documento da OMS disse que superbactérias capazes de burlar até os mais violentos antibióticos – uma classe de medicamentos chamada carbapenêmicos – já foram encontradas em todas as regiões do mundo. Estima-se que apenas um desses agentes patogênicos resistentes, chamado MRSA, cause cerca de 19 mil mortes por ano nos EUA – bem mais do que o HIV/Aids – e um número semelhante na Europa. Fim da medicina moderna – “A menos que os diferentes atuem de forma coordenada e urgente, o mundo estará caminhando para uma era do pós-antibiótico, em que as infecções atuais e pequenas feridas, que durante décadas foram curadas facilmente, poderão matar novamente”, afirmou Keiji Fukuda, diretor-geral adjunto da OMS. A própria organização afirmou, certa vez, que uma era pós-antibióticos significa o fim da medicina moderna como a conhecemos. “Se não tomarmos medidas significativas para melhor prevenir a infecção e alterar a nossa forma de produzir, usar e prescrever antibióticos, vamos gradualmente perder esses benefícios de saúde pública mundial, com consequências devastadoras para a saúde”, complementou. (Fonte: G1)

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