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sábado, 25 de outubro de 2014

Refrigerantes estão envelhecendo suas células

De acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA), o consumo de refrigerantes açucarados está associado com o envelhecimento celular. A pesquisa revelou que os telômeros – as unidades de proteção do DNA que ficam nas extremidades dos cromossomos nas células – eram menores nas células brancas do sangue dos participantes do estudo que relataram beber mais refrigerantes. O comprimento dos telômeros nas células brancas do sangue – onde podem ser mais facilmente medidos – já tinha sido previamente associado com a extensão da vida humana. Telômeros curtos foram associados com o desenvolvimento de doenças crônicas do envelhecimento, incluindo doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer. Além disso, o encurtamento dos telômeros foi previamente ligado a dano oxidativo ao tecido, à inflamação e à resistência à insulina. “O consumo regular de refrigerantes adoçados com açúcar pode influenciar o desenvolvimento de doenças, não só atrapalhando o controle metabólico de açúcares do corpo, mas também através de envelhecimento celular acelerado dos tecidos”, disse Elissa Epel, professora de psiquiatria e principal autora do estudo. Os pesquisadores compararam o comprimento dos telômeros e o consumo de refrigerantes adoçados com açúcar dos participantes apenas em um único ponto do tempo, por isso afirmam que a associação encontrada não demonstra causalidade. Um novo estudo no qual os participantes serão acompanhados por semanas em tempo real deverá investigar melhor os efeitos do consumo de refrigerantes adoçados sobre os aspectos do envelhecimento celular. A pesquisa Os pesquisadores mediram os telômeros do DNA armazenado de 5.309 participantes entre 20 e 65 anos sem histórico de diabetes ou doença cardiovascular, que haviam participado de uma pesquisa de saúde em curso por todo os EUA chamada de Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, durante os anos 1999 a 2002. O consumo médio de refrigerante adoçado com açúcar em todos os participantes da pesquisa foi de 340 ml. Cerca de 21% das pessoas relataram beber pelo menos 568 ml de refrigerante adoçado com açúcar por dia. Os cientistas calcularam que o consumo diário de 568 ml de refrigerante foi associado com 4,6 anos de envelhecimento biológico adicional, vistos no encurtamento dos telômeros. Esse efeito sobre o comprimento dos telômeros é comparável ao efeito do tabagismo e do exercício físico regular na direção oposta, ou seja, no antienvelhecimento. A descoberta acrescenta evidências para a lista de males associados a bebidas açucaradas, como obesidade, síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doença cardiovascular. Ao que tudo indica, refrigerantes também causam envelhecimento celular. [ScienceDaily]

Saiba quais doenças podem afetar a boca

Saúde bucal para você é sinônimo de escovar os dentes e ir ao dentista se o dente doer? Na verdade, a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. Más condições de higiene bucal podem, claro, causar doenças bucais, mas estas podem acabar levando a enfermidades, ou agravando-as, principalmente doenças cardiovasculares e diabetes. Além da cárie dentária, outras doenças bucais incluem a placa bacteriana, o cálculo dentário, as doenças da gengiva e as lesões bucais. Cárie É uma das doenças bucais mais comuns no mundo. Caracteriza-se pela destruição das estruturas calcificadas dos dentes (esmalte, dentina e cemento). A cárie é silenciosa e causa destruição progressiva dos dentes. É provocada pelos ácidos produzidos pelas bactérias da placa bacteriana quando ingerimos açúcar com frequência e pode causar dor e desconforto. Placa bacteriana Também chamada de biofilme dental pelos profissionais de odontologia, a placa bacteriana é uma película viscosa e incolor formada por bactérias e restos alimentares acumulados na superfície dos dentes e na gengiva. Ela se desenvolve mais rapidamente com a ingestão frequente de açúcares. Se não for removida, pode causar cáries, cálculo dentário, doenças da gengiva e mau hálito. Cálculo dentário Quando a placa bacteriana não é removida totalmente, através de uma correta escovação, ela calcifica e forma uma espécie de crosta amarelada e endurecida sobre os dentes. É o que chamamos de cálculo dentário ou tártaro. O dentista poderá realizar a limpeza, removendo-o dos dentes. Doenças da gengiva As doenças gengivais também são causadas pelo acúmulo da placa bacteriana. A doença começa com a inflamação da gengiva, chamada de gengivite. Inicialmente, nota-se que a gengiva sangra. Quando isso ocorre, não se deve parar de escovar os dentes nas partes próximas da gengiva, pois a situação piora quando se faz isso. O que se deve fazer é melhorar a escovação dos dentes e fazer uso do fio dental. Com o passar do tempo a doença pode avançar para a parte interna da gengiva, atingindo o osso ao qual o dente está ligado, passando a ser chamada de periodontite. Nesta etapa, ocorre perda de osso e de outras estruturas que fazem o suporte dos dentes, produzindo sangramento, pus, sensibilidade, retração da gengiva, mobilidade e podendo levar à perda do dente. A principal causa de perda dentária entre adultos e idosos ocorre em decorrência de doenças da gengiva. Lesões bucais Devemos aproveitar os momentos da escovação dos dentes para observar se existem lesões (manchas, caroços, inchaços, placas esbranquiçadas ou avermelhadas, feridas), principalmente na língua, bochecha, lábios, céu da boca, embaixo da língua ou na garganta. As lesões bucais mais comuns são feridas provocadas por próteses removíveis (dentaduras), aftas, herpes labial e inflamações gengivais. Todas estas são benignas. Entretanto, em alguns casos, o câncer pode ocorrer na boca. Se você tem mais de 40 anos de idade, é ou foi consumidor frequente de tabaco e bebidas alcoólicas, procure um profissional de saúde, dentista ou médico, para fazer um exame preventivo para o câncer de boca. O exame é visual, rápido e indolor. Quando o câncer é diagnosticado logo que surge, ele pode regredir se o tratamento for feito sem demora. Os principais fatores de risco para o câncer de boca são o uso frequente de tabaco, nas formas de cigarro, charuto, cachimbo ou outras; o consumo frequente de bebida alcoólica; dieta baseada na ingestão frequente de alimentos ricos em gorduras e pobres em proteínas, vitaminas e sais minerais e exposição frequente ao sol, sem usar protetor (para os casos de câncer de lábio). Ministério da Saúde

‘Sustentabilidade é a única alternativa’

Antonio Oliveira, presidente da Duratex, e Paulo Pompilio, diretor do Pão de Açúcar, concordam que a questão é inalienável para toda a indústria. Empresários das empresas Braskem, Duratex e Grupo Pão de Açúcar estiveram presentes na última edição do evento Diálogos Capitais – Inovação e Sustentabilidade, realizado pela CartaCapital e pelo Instituto Envolverde, na última terça-feira, 21, em São Paulo, e foram unânimes em classificar a sustentabilidade como diferencial competitivo imprescindível para a perenidade das companhias que conduzem, assim como para o restante do mercado. A proposta da discussão era entender que papel as grandes empresas devem assumir para estimular a economia sustentável no Brasil, dado que servem de modelo operacional para as demais e “civilizam” o mercado. Na opinião do diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem, Jorge Soto, as empresas têm a obrigação de identificar caminhos e soluções verdes para os próprios negócios por uma questão de aprimoramento interno. Para o diretor, cada empreendimento deve investir em tecnologia e informação para ampliar com clareza a missão do grupo empresarial sob ótica sustentável. “Assumir um compromisso público ajuda inclusive na imagem, mas também melhora o desempenho da Braskem.” Antonio Joaquim de Oliveira, presidente da Duratex, afirma que a extensão de impacto das empresas tem cadeia de influência enorme na sociedade, tanto para o lado positivo quanto para o lado negativo. “Ser mais sustentável tornou-se questão inalienável para os diversos setores da indústria.” Fundada em 1948, a cadeia de mercados Pão de Açúcar possui aproximadamente 12 mil fornecedores e recebe cerca de 750 milhões de clientes por ano. Conforme informações do diretor do grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompilio, nos últimos seis anos as lojas da cadeia têm sistematicamente se tornando verdes. A rede desenvolveu padrões de emissão de carbono, reutilização de água, tratamento de esgoto e resíduos, material reciclado, diminuição de ruídos, entre outros itens. “Sustentabilidade é necessidade pura, e está relacionada com a vida útil da companhia”, comentou Pompilio ao acrescentar que o Pão de Açúcar conta com uma empresa inteiramente dedicada a pensar soluções de eficiência energética para o grupo. * Publicado originalmente no site Carta Capital. (Carta Capital)

62% do esgoto do País ainda tem como destino a natureza

Cerca de 100 milhões de brasileiros ainda não têm tratamento de esgoto devido, o que, para especialistas, mostra que as políticas de saneamento pararam no século de 19. As cem maiores cidades do Brasil despejam cerca de 3 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia e, segundo o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, 70% delas não tem 50% do sistema de saneamento instalado e em operação. As informações foram divulgadas na palestra O Brasil das Águas – Saneamento, Mananciais e Oceanos durante a última edição do evento Diálogos Capitais – Inovação e Sustentabilidade, promovido por CartaCapital nesta terça, 21. “O saneamento no Brasil parou no século 19”, disse o presidente após citar que 100 milhões de brasileiro ainda não têm esgoto tratado. “Os últimos indicadores, datados de 2012, apontam que 62% do esgoto ainda não encontra rede adequada para ser encaminhado a estações de tratamento.” A perspectiva, de acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico do Governo Federal, é tornar a rede de esgoto universal em 2033. Carlos mencionou que, historicamente, o Brasil utiliza rios e oceanos como diluidores de esgoto e lamentou o estado praticamente inativo dos comitês de bacias hidrográficas. O presidente criticou o atraso em São Paulo, que tem metade do estado com rede de esgoto apropriada. A Amazônia não chega a 10%. Rondônia e Pará têm menos de 3%. Na crista dos dados da Trata Brasil, o professor do programa de pós-graduação em Ciência Ambiental da USP Pedro Jacobi avaliou a gestão de recursos hídricos no Brasil como o resultado de um histórico de degradação ambiental. “Estamos mais focados em trazer água às casas do que em tratá-la como consequência”, argumentou. Jacobi cobrou transparência dos governos e afirmou que há mal uso do dinheiro público em investimentos para o saneamento. “Os calendários e descontinuidades políticas acabam prejudicando a administração dos recursos hídricos.” O estudioso afirma que não houve pressão popular suficiente para levar encanamento e tratamento às periferias, uma vez que os loteadores de bairros afastados se preocuparam em vender terrenos, não em trazer serviços. “Nosso histórico político de tutela patrimonialista nos faz ficar solidários e participativos apenas em momentos durante e pós-crise.” Ricardo Rolim, diretor de relações institucionais, sustentabilidade e comunicação da Ambev, compareceu ao debate e lembrou que a indústria costuma figurar como vilã quando o tema é esgoto e tratamento de água. Defendeu, porém, que as empresas precisam criar um “círculo virtuoso” em toda a cadeia de produção. “De 2002 para cá, reduzimos em 38% o consumo de água da Ambev”, informou. * Publicado originalmente no site Carta Capital. (Carta Capital)

Crise da água afronta a ciência brasileira

Não foi por falta de aviso. Além do seu incomensurável capital natural, o Brasil construiu ao longo do tempo um robusto estoque de conhecimento científico a respeito de seus biomas, ecossistemas e bacias hidrográficas. Gente do calibre de José Lutzenberger, Augusto Ruschi e Aziz Ab’Saber (dentre tantos outros que descortinaram novos e importantes horizontes de investigação científica) revelaram que a natureza se comporta como um sofisticado sistema interligado, onde certos gêneros de intervenção, aparentemente inofensivos, podem causar gigantescos estragos. Não fosse a genialidade e o respeito que impuseram a partir de seus trabalhos científicos, seriam massacrados pelos poderosos da época. Não foram poucos os políticos inescrupulosos e empresários gananciosos que tentaram a todo custo “desconstruir” (para usar uma palavra da moda) suas reputações. Deixaram um legado reconhecidamente importante que deveria inspirar uma nova ética no modelo de desenvolvimento, especialmente mais cuidado na forma como certas políticas públicas são concebidas e aplicadas. Portanto, é curioso imaginar o que Lutz, Ruschi e Ab’Saber diriam hoje sobre essa crise hídrica sem precedentes na história do Brasil? Em 1980, ao publicar o livro com o sugestivo título “O Fim do Futuro?”, José Lutzenberger denunciava que “a perda da capa vegetal protetora, além de significar o desaparecimento dos habitats essenciais à sobrevivência da fauna e das espécies vegetais mais especializadas e preciosas, causa o desequilíbrio hídrico dos corpos d`água (…) Estamos preparando para o nosso país o mesmo destino que o do cordão subsaariano”. Um dos primeiros a prever a escassez de água no mundo, Augusto Ruschi denunciava em sucessivos alertas, como nesse texto de 1986, os impactos causados pelo desmatamento sobre a vazão de água dos rios, especialmente na Amazônia: “Há 35 anos, escrevi que estávamos caminhando para construir na Amazônia o segundo maior deserto do mundo. Hoje, a previsão vai se confirmando. No primeiro ano, depois que desmatam, é uma beleza: o solo continua fértil, produz-se muito. Mas, depois, a matéria orgânica é lixiviada para as profundezas do solo e planta nenhuma vai lá embaixo buscá-la. Forma-se o cerrado, depois a caatinga, e finalmente, o deserto”. Um dos mais respeitados cientistas brasileiros, Aziz Ab’Saber denunciou abertamente o absurdo do novo Código Florestal ter sido aprovado há quase três anos no Congresso Nacional sem o respaldo da ciência. E previu consequências trágicas para os recursos hídricos. “Trata-se de desconhecimento entristecedor sobre a ordem de grandeza das redes hidrográficas do território intertropical brasileiro” (…) Em face do gigantismo do território e da situação real em que se encontram os seus macro biomas – Amazônia Brasileira, Brasil Tropical Atlântico, Cerrados do Brasil Central, Planalto das Araucárias, e Pradarias Mistas do Brasil Subtropical – e de seus numerosos minibiomas, faixas de transição e relictos de ecossistemas, qualquer tentativa de mudança do Código Florestal tem que ser conduzido por pessoas competentes bioeticamente sensíveis”. Como se sabe, não foi assim que aconteceu. Prevaleceram os interesses da bancada ruralista. Em tempo: o desmatamento na Amazônia entre agosto e setembro aumentou 191%, segundo dados apurados pelo Instituto Imazon. E os candidatos à Presidência, o que dizem? Bem, a cada novo dia de campanha eleitoral o Brasil tem menos água e menos floresta. E as prioridades continuam sendo outras. Mas o legado de Lutz, Ruschi e Ab’Saber segue incomodando. Até que alguém resolva prestar atenção e evitar uma catástrofe ainda maior. Ouça o comentário sobre este assunto na Rádio CBN. * André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro. ** Publicado originalmente no site Mundo Sustentável. (Mundo Sustentável

Vitaminas - uma dose de vitalidade aliada a seu dia-a-dia

As vitaminas têm mais poderes do que aqueles que já conhecemos. O problema é saber em que alimentos estão presentes e ingerir uma dose adequada para suprir as necessidades diárias. Elas devem ser grandes aliadas do seu dia-a-dia. As vitaminas são essenciais para o funcionamento normal do organismo. Elas combatem várias doenças e auxiliam no crescimento. Na verdade, as vitaminas são micronutrientes, presentes em quantidades mínimas no nosso corpo. Sem elas não aconteceriam inúmeras reações metabólicas no interior das células. A ascensão das cápsulas Hoje é possível encontrarmos qualquer tipo de vitaminas em cápsulas. Nutricionistas e especialistas em alimentos acreditam que uma alimentação equilibrada é capaz de fornecer todo o tipo de vitaminas necessárias ao organismo. As doses suplementares, nestes casos, são dispensáveis. Outro problema da oferta de cápsulas é o exagero no consumo, comum hoje em dia. Esta atitude pode trazer mais malefícios do que benefícios ao corpo saudável. Arma da medicina preventiva, a vitamina é considerada por alguns pesquisadores como proteção para certo tipo de doenças. Guia prático sobre vitaminas - Onde encontrá-las? A vitamina "A" é reconhecida pela ação preventiva em certos tipos de câncer, principalmente do pulmão. Ela previne doenças como cegueira noturna e fortalece o sistema imunológico. As fontes de vitamina A são óleo de fígado de bacalhau, fígado de boi, cenoura, salsa, ervilha, couve, mostarda, taioba, mamão, laranja, banana, manga e goiaba. Já a vitamina B6 fortalece o sistema imunológico, regula a transmissão entre os neurônios, tem ação antidepressiva e regula a tensão pré-menstrual. Os benefícios comprovados são a prevenção de anemia, lesões da pele e problemas do sistema nervoso. A B6 é encontrada no arroz integral, nozes, fígado, semente de girassol, levedura de cerveja, germe de trigo e soja. A dose recomendada é de 2 mg por dia para adultos. A vitamina B12 previne a anemia pois ajuda a formar e regenerar as células vermelhas do sangue e participa na produção de energia. Seus prováveis efeitos são a proteção contra doenças do coração e danos no sistema nervoso. Provavelmente protege o feto nos seis primeiros meses de gestação. As fontes de B12 são o fígado de boi, bife, caranguejo, ostras e ovos. A dose diária deve ser de 3 mcg para adultos. A famosa vitamina C aumenta a resistência às hemorragias e às infecções, além de prevenir o escorbuto e facilitar na cicatrização. Os prováveis efeitos são a prevenção de arteriosclerose e diminuição das chances de evolução do câncer. As fontes são a acerola, laranja, lima, limão. caju, goiaba, morango, banana, mamão, tomate, couve e kiwi. A dose diária recomendada é de 52 mg. A vitamina D ajuda na calcificação em crianças evitando o raquitismo e facilita a fixação de cálcio no organismo. As fontes são o óleo de fígado, peixe, fígado de boi, porco e gema de ovo, a dose diária recomendada é de 5 a 10 mcg para adultos. A vitamina E é a que garante o bom funcionamento do aparelho reprodutor de ambos os sexos. É conhecida como a vitamina antienvelhecimento, pois ajuda a diminuir a viscosidade do sangue permitindo maior irrigação sanguínea aos tecidos do organismo. As fontes são verduras folhosas, óleos vegetais, germe de trigo, gema de ovo e nozes. A dose diária recomendada é de 8 mg alfa-tocoferol. Copyright © Bibliomed, Inc. Revisado 23 de outubro de 2014

Nível de água dos principais reservatórios do país é o mais baixo desde 2001

A falta de chuvas dos últimos meses fez com que o volume de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas que operam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste atingisse na terça-feira (21) o nível mais baixo desde 2001, ano em que o país foi obrigado a adotar o racionamento de energia. Fontes de abastecimento hídrico das principais usinas geradoras de eletricidade do país, os reservatórios atingiram, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), 20,93% de sua capacidade máxima nessa terça-feira. Na mesma data de outubro de 2001, o volume registrado atingia 21,39% do limite máximo. Há duas semanas, a ONS divulgou uma projeção apontando que, caso a estimativa de chuvas para os próximos dias se confirme, o nível dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste continuará caindo e chegará, em 31 de outubro, a apenas 19,9% da capacidade máxima, o mais baixo percentual registrado desde 2000. Nas duas regiões, as chuvas dos últimos dias foram insuficientes para alterar esse quadro. Nos reservatórios de Ilha Solteira e de Três Irmãos, no noroeste paulista, os níveis de armazenamento chegaram a zero – o que não significa que o rio tenha secado ou que as usinas tenham deixado de operar, embora o façam com restrições. A situação é preocupante também na Região Nordeste. Na média, os reservatórios operavam, ontem, com apenas 17,5% de sua capacidade máxima. Abastecida pelas águas do Rio São Francisco, o reservatório da Usina de Sobradinho (BA) armazenava apenas 23,7% de seu limite máximo. Já as usinas de Luiz Gonzaga (BA/PE) e de Três Marias (MG) tinham, respectivamente, 17,7% e 3,5% da capacidade de armazenamento. Repetidas vezes, autoridades do governo federal afirmaram que não há risco de desabastecimento de energia, pois o Sistema Interligado Nacional é “estruturalmente equilibrado” e “dispõe das condições para garantir o abastecimento nacional”, conforme nota divulgada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em setembro. Uma das medidas adotadas para compensar a eventual queda de geração das usinas hidrelétricas, complementando-a, é o acionamento das usinas térmicas – mais caras. (Fonte: Agência Brasil)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Não chove, não lavo

São Paulo está atravessando um momento delicado no abastecimento de água. O nível de reserva do Sistema Cantareira, já com a utilização do “volume morto“, está abaixo dos 10%, algo que nunca aconteceu na região. Enquanto isso, a frota de automóveis não para de crescer. Só na capital, são mais de 7 milhões de veículos. Juntando essas duas informações, a TNC decidiu lançar a campanha #NaoChoveNaoLavo, que convida o paulistano a deixar de lavar seu carro enquanto a situação de escassez de água se mantiver. Trata-se de uma campanha bem-humorada de conscientização e mobilização para a economia de água, nesse momento de crise. Lavar um carro consome, em média, 500 litros de água. Para limpar toda a frota paulistana, seriam necessários 3,5 bilhões de litros, o equivalente ao consumo mensal de 25 milhões de pessoas, considerando-se o consumo médio do paulistano em julho de 2014, de 140 litros por pessoa, segundo a Sabesp. Ao mostrar que é possível poupar água deixando de lavar o carro em períodos de escassez, a TNC espera lembrar as pessoas da importância de economizar água também em outras ações cotidianas. “Apesar de o trabalho da TNC com segurança hídrica ter foco direto na chamada infraestrutura verde, o que é um trabalho de longo prazo, queremos que a campanha tenha o efeito imediato de fazer ecoar a importância de todos nós, como cidadãos, nos sensibilizarmos pelo uso racional e consciente da água”, comenta Marcelo Moura, diretor de marketing da TNC. A TNC tem trabalhado com diversos atores para ampliar a capilaridade do Movimento Água para São Paulo, que atua na recuperação e preservação de áreas verdes em regiões de nascentes e mananciais. Para saber mais, acesse o site da campanha #NaoChoveNaoLavo e compartilhe nas suas redes sociais. * Publicado originalmente pela TNC e retirado do site Mercado Ético. (Mercado Ético)

Amazônia em debate

Vídeos debatem como a maior floresta tropical do mundo está sendo ameaçada pelo agronegócio, extração ilegal de madeira, violência no campo e falta de gestão. Nas terças-feiras do último mês de setembro, o Greenpeace e o Estúdio Fluxo realizaram uma série de debates sobre o tema meio ambiente e como ele é abordado nos debates eleitorais. Sujeito Oculto: política e meio ambiente trouxe especialistas de ponta para falar dos principais desafios socioambientais que o próximo governo enfrentará. Em seu episódio mais polêmico, a série aborda a Amazônia, centro de eterna disputa entre poder, direitos e desenvolvimento. Com a mediação realizada pelo jornalista do Greenpeace Bruno Weis, os convidados André Villas-Bôas (Instituto Socioambiental – ISA), Marcio Astrini (Greenpeace) e cineasta Daniel Augusto, diretor do documentário Amazônia Desconhecida, debateram sobre as ameaças que cercam a Amazônia. Via mensagens gravadas especialmente para o programa, participaram também Claudelice Santos e Cosme Capistrano, lideranças rurais ameaçadas de morte, o procurador Luis Boaventura, um dos responsáveis por garantir a consulta dos povos da floresta em relação à construção da hidrelétrica de Tapajós, e Paulo Barreto (ISA). Um dos assuntos mais em voga no debate foi o ciclo da madeira ilegal na Amazônia, uma vez que 80% da exploração é feita de maneira ilegal no Brasil. Em paralelo, o Greenpeace acaba de lançar uma denúncia que confirma essa atividade ilegal. Confira no site da campanha Chega de Madeira Ilegal! Análise da gestão do governo em relação à preservação da floresta e seus povos tradicionais. Marcio Astrini lembra da PEC 215 e André Villas-Bôas ressalta a inoperância do estado e a falta de mecanismos para diminuir impactos das obras, conflitos no campo ou desmatamento. Um dos principais problemas na Amazônia é a grilagem de terra, maneira encontrada para requisitar posse de terras da União. “A grilagem no Brasil vem desde 1500”, defende André Villas-Boas. Marcio Astrini explica como o grileiro atua e as consequências de suas ações para a floresta e o país. Vídeo que conta com o depoimento de Claudelice Santos e Cosme Capistrano, lideranças rurais ameaçadas de morte. A maioria dos conflitos são consequências da grilagem de terra, do avanço do agronegócio e do desmatamento. “São quase 450 pessoas assassinadas – ou melhor, abatidas – na Amazônia”, conta Marcio Astrini. “Não existe um esquema de crime e fraude no país como acontece na Amazônia”, explica Marcio Astrini. 80% da exploração de madeira no país é feita de maneira ilegal, e essa questão merece maior atenção do governo brasileiro. André Villas- Bôas questiona: “É uma exploração consentida. É uma quantidade gigante de toras de madeira e ninguém vê?” A relação da Floresta Amazônica com a chuva no resto do Brasil. A Amazônia é responsável por grande parte das precipitações na região sudeste do Brasil, que hoje sofre com histórica crise hídrica. Se desmatar a floresta, a água acaba junto. Depois de assistir, compartilhe o vídeo nas redes sociais e mostre aos seus amigos e familiares. Esse debate, tão importante para o futuro do país, deve ser cada vez mais pluralizado, para que a cobrança sobre nossos governantes seja efetiva. * Publicado originalmente no site Greenpeace.

Setembro de 2014 foi o mais quente do mundo desde 1880

O mês de setembro de 2014 foi o mais quente no planeta, tanto em terra como nas superfícies dos oceanos, desde que o registro começou a ser realizado em 1880, informou nesta segunda-feira a agência meteorológica americana. “É também o 38º setembro consecutivo que registra uma temperatura mundial acima da média do século 20″, informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). Quando combinadas, as temperaturas médias no solo e na superfície dos oceanos registradas em setembro bateram um recorde, chegando a 15,72 graus Celsius, ou seja, 0,72°C acima da média do século 20. “À exceção de fevereiro, todos os meses de 2014 foram os mais quentes de que se tem registro. Entre eles, maio, junho, agosto e setembro foram os mais quentes de todos”, indicou a NOAA em seu relatório. A última vez em que a temperatura média no mundo em setembro esteve abaixo da média foi em 1976. O texto acrescentou que a maioria dos territórios do planeta registrou temperaturas mais quentes do que no mês anterior, à exceção da Rússia Central, de algumas áreas do leste e do norte do Canadá e de uma pequena região da Namíbia. Em contrapartida, “o calor recorde foi muito perceptível no noroeste da África, nas regiões costeiras da América do Sul, no sudoeste da Austrália, em partes do Oriente Médio e em regiões do sudeste da Ásia”. Em relação aos oceanos, a temperatura da superfície global foi 0,66º C acima da média do século 20, o que também foi um recorde para setembro. “Isso também marca a temperatura mais alta registrada na superfície dos oceanos, batendo o recorde do mês passado”, acrescentou a NOAA, afirmando que este aumento de temperaturas foi observado em todos os oceanos, principalmente na parte equatorial do Pacífico. Antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, prevista para dezembro, em Lima, os negociadores de 195 países se reúnem a partir desta segunda-feira em Bonn (Alemanha) para avançar rumo a um acordo previsto para 2015, em Paris. A ONU tenta limitar o aumento das temperaturas mundiais a 2ºC com base nos níveis pré-industriais, já que acima disso, as consequências podem ser dramáticas, alertaram os cientistas. Especialistas afirmam, no entanto, que as tendências atuais de emissões podem levar as temperaturas a alcançar mais do que o dobro desse nível até o fim do século. (Fonte: G1)

Farmacêutica diz que vacina contra ebola avança em velocidade inédita

A GlaxoSmithKline maior fabricante britânica de medicamentos disse neste sábado (18) que o desenvolvimento de uma vacina para combater o ebola, que matou milhares de pessoas na África Ocidental, está avançando muito rápido. “O desenvolvimento da vacina candidata está progredindo a um ritmo sem precedentes, com a fase 1 de testes iniciais de segurança e uma vacina em andamento nos EUA, Reino Unido e Mali, e mais testes previstos para as próximas semanas”, disse a empresa em um comunicado publicado em seu site. A empresa disse que os dados preliminares dos testes eram esperados até o final de 2014 e que, se bem sucedido, a próxima fase, envolvendo a vacinação dos profissionais de saúde da linha de frente em Serra Leoa, Guiné e Libéria, começará em 2015. O pior surto de ebola já matou mais de 4.500 pessoas até agora, a maior parte no trio de países do Oeste Africano. Arsenal de doses – Em agosto, a GSK disse que a vacina experimental foi acelerada em estudos com seres humanos e que planeja montar um arsenal de até 10 mil doses para emergência, se os resultados forem bons. A vacina consiste de um vírus da gripe comum, chamado de adenovírus, manipulados para conter dois genes do vírus ebola. Testes em animais mostraram que, quando o adenovírus infecta células, os genes do ebola produzem proteínas inofensivas que estimulam o sistema imunitário para produção de anticorpos. A GSK adquiriu o medicamento depois de comprar a empresa de biotecnologia Okairos, com sede na Suíça, por 250 milhões de euros (US$ 319 milhões dólares) no ano passado. Não há vacina ou cura aprovada ainda para ebola, mas várias empresas farmacêuticas trabalham com drogas experimentais. Balanço OMS – O número de mortos pela epidemia de ebola chegou a 4.555, segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta sexta-feira (17). No total, foram registrados 9.216 casos da doença em sete países. Os países mais afetados são Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental – foram 9.191 casos e 4.546 mortes. Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos também tiveram notificações, com 20 casos, incluindo 8 mortes na Nigéria. Entre os mortos, estão 239 profissionais de saúde, informou a OMS. Os números divulgados nesta sexta são referentes a casos contabilizados até a última terça-feira (14). (Fonte: G1)

Desmatamento tem alta na Amazônia em agosto e setembro, diz Imazon

O desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém. Em termos absolutos, a alta foi de 288 km² para 838 km². O levantamento é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter. O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão). O dado mais recente do Deter foi divulgado em setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e já indicava aumento de 195% no desmate na comparação entre os dois meses de 2013 e 2014. As informações são utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para controlar a devastação do bioma. Calendário do desmatamento – Agosto e setembro são os dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, período que compreende de agosto a julho e está relacionado com as chuvas e atividades agrícolas. De acordo com reportagem publicada neste domingo (19) no jornal “Folha de S.Paulo”, foram monitorados 93% da área florestal na Amazônia Legal. Em 2013, o monitoramento cobriu uma área de 79%. Para fazer as análises, o instituto utiliza o SAD, sistema de alerta de desmatamento e degradação (veja a tabela no site do Imazon). Procurado, o Ministério do Meio Ambiente informou que não comentaria os números e repassou a atribuição a um órgão ligado ao ministério, o Ibama. À “Folha”, o MMA informou que decidiu publicar os novos números do Deter em novembro porque a leitura de dados contaria com imagens de satélite quatro vezes mais precisas, com o programa chamado Novo Deter. O G1 não conseguiu contato com o Ibama até a publicação desta reportagem. Nos estados – Considerando os dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a setembro de 2014), Rondônia lidera o ranking com 31% do total desmatado no período. Em seguida aparece Mato Grosso (26%) e o Pará (18%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 2.699% em Roraima e 939% em Mato Grosso. Em termos absolutos, Rondônia lidera o ranking do desmatamento acumulado com 260 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso (222 quilômetros quadrados) e Pará (152 quilômetros quadrados). Em setembro de 2014, segundo o Imazon, o desmatamento concentrou em Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%). Degradação florestal – Em setembro de 2014, o SAD registrou 624 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas). A maioria (97%) ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (2%) e Pará (1%). Categoria fundiária – A maioria (59%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, em setembro deste ano. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (20%), unidades de conservação (19%) e terras indígenas (2%). Segundo o SAD, foram 73 quilômetros quadrados de desmatamento nas unidades de conservação em setembro de 2014. No caso das terras indígenas, foram detectados 8 quilômetros quadrados de desmatamento. Para calcular a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o governo federal e o Inpe utilizam o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda pequenos desmatamentos. Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano. (Fonte: G1)

Ilhas de plástico matam 1,5 milhão de animais por ano, diz especialista

Cerca de 1,5 milhão de aves, peixes, baleias e tartarugas morrem ao ano por causa de dejetos plásticos no mar. E o problema pode se agravar: segundo estudos científicos divulgados em Quito, cinco “ilhas” desses resíduos flutuam nos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. “A cada ano, os plásticos (no mar) matam 1,5 milhão de animais”, afirmou Laurence Maurice, do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD) francês. “No Pacífico Norte, 30% dos peixes ingeriram plástico em seu ciclo de vida”, acrescentou. Durante a Semana da Água, organizada pela embaixada francesa em Quito, Maurice, que é diretora mundial de pesquisas do IRD, apresentou estudos recentes sobre o que chama de “o sétimo continente”: massas não compactas de dejetos plásticos que estão à deriva nos três principais oceanos. “A (ilha de dejetos) do Pacífico é a maior. As outras são um pouco menores”, disse Maurice, em entrevista à AFP. Por volta de 1997, essa massa de resíduos foi avistada pela primeira vez no Pacífico Norte, entre a costa californiana e o Havaí. Desde então, triplicou seu tamanho e, agora, ocupa uma superfície de 3,5 milhões de km2. Esta ilha cresce, aproximadamente, “80.000 km2 por ano”, alertou essa doutora em Hidrogeoquímica Ambiental. Um artigo publicado em 2012 por especialistas da Universidade da Califórnia na revista “Biology Letters”, da sociedade de pesquisas britânica Royal Society, já advertia que esses resíduos de microplásticos – partículas menores a cinco milímetros – formavam uma “sopa mortal” para o ecossistema marinho. Expedições científicas encontraram esses dejetos a até 1.500 metros de profundidade no mar. Albatrozes que comem tampas de garrafa Maurice explicou que essas massas flutuantes não chegam à costa, pois as correntes marinhas as arrastaram para o centro de redemoinhos gigantes, onde a água é “como um lago”. Uma garrafa d’água pode levar vários meses para chegar a esses redemoinhos. “O que acontece é que, no final, não vai se degradar, porque a ação das bactérias e dos fungos não ataca o plástico”, afirmou a especialista, acrescentando que 80% do plástico que está no mar é polietileno, o material do qual esses recipientes são feitos. Durante a conferência em Quito, Maurice disse que as espécies marinhas confundem os resíduos plásticos com comida e morrem, ao ingeri-los. “Encontraram no estômago de uma baleia cachalote peças de estufas para cultivo de tomate que foram destruídas por uma tempestade e entraram no mar”, contou a pesquisadora, acrescentando que do animal foram extraídos 20 quilos de plástico. Aves marinhas como os albatrozes também acreditam que os restos plásticos que flutuam no mar são alimento. “Os pais dessas aves estão dando pequenos pedacinhos de plástico a seus bebês (…) Um jovem albatroz foi encontrado morto com o estômago cheio de plástico, porque os pais estão confundindo comida com tampas de garrafa”, comentou a especialista. Em 2011, a Sociedade para a Conservação dos Golfinhos e das Baleias (WDCS, na sigla em inglês) destacou que os resíduos plásticos constituem uma ameaça mortal para golfinhos e baleias, porque eles ingerem, ou se enrolam nesse material. (Fonte: UOL)

domingo, 19 de outubro de 2014

Saiba como evitar o contágio por ebola

om mais casos de ebola sendo registrados fora do epicentro do atual surto, o risco de contágio tem aumentado. Por outro lado, especialistas têm aprendido mais sobre como conter o vírus, que já infectou cerca de 7,5 mil pessoas só na África Ocidental. Casos também foram registrados na Espanha e nos Estados Unidos - onde uma pessoa morreu -, e um suspeito foi registrado no Brasil, mas o exame apontou resultado negativo. Evite o contato O ebola é transmitido pelo contato direto com fluidos corpóreos: sangue, saliva e vômito podem transportar o vírus. Parentes dos pacientes e os profissionais de saúde que os tratam são os indivíduos em maior situação de risco. Porém, qualquer pessoa que se aproxime de infectados por ebola está em risco. Por esta razão, o contato deve se restringir a situações de cuidados médicos essenciais e sempre mediante precauções, como usar a roupa de proteção completa. O vírus não consegue penetrar a vestimenta, que inclui máscara, luvas, óculos de proteção, macacão de corpo inteiro e botas de plástico - mas poucas pessoas têm acesso a esse equipamento tão avançado. Quem usar a roupa completa precisa trocá-la a cada 40 minutos. Colocar todas as peças leva cinco minutos - tirá-las leva, com a ajuda de outra pessoa, 15 minutos. Durante esse processo, as pessoas estão mais suscetíveis ao contágio com ebola, por isso são descontaminadas com cloro. A temperatura interna dentro do uniforme pode chegar a 40 graus centígrados. Cubra os olhos Se uma gota de fluido infectado cair na pele, pode ser lavada imediatamente com água e sabão ou gel antibacterianos. Já os cuidados com os olhos são mais complicados. Um espirro que atinja o olho pode transportar o vírus para dentro do corpo, o que torna obrigatório o uso de óculos com fechamento lateral. De forma semelhante, as membranas mucosas da boca e de dentro do nariz são áreas vulneráveis. Cuidados com a lavanderia Um dos sintomas mais marcantes do ebola é o sangramento. Os pacientes podem sangrar pelos olhos, ouvidos, nariz, boca e reto. Vômitos e diarreias também podem ser carregados de sangue. Assim, lavar as roupas se torna um risco. Qualquer lavanderia ou outro dejeto clínico é incinerado. Equipamentos médicos que podem ser reutilizados são esterilizados. Sem essas medidas, o vírus pode continuar vivo e a transmissão pode se amplificar. Gotas diminutas em uma superfície que não tenha sido totalmente limpa também são um risco. Ainda não se sabe quanto tempo o vírus pode permanecer vivo e continuar representando uma ameaça. O vírus da gripe e outros germes podem continuar vivos por duas horas ou mais em superfícies como mesas, maçanetas e escrivaninha. A auxiliar de enfermagem espanhola confirmada com ebola contou ter entrado duas vezes no quarto de um dos dois pacientes que estava ajudando a tratar - primeiro, para ajudar a tratar o paciente, e depois para desinfetar o ambiente após a sua morte. Nos dois casos, ela usou o equipamento protetor completo. Acredita-se que ela tenha sido infectada quando tirou a roupa. Água e sabão ou gel antibacteriano rapidamente rompem a cápsula que envolve o vírus. Um método de descontaminação facilmente acessível em regiões remotas é o uso de detergentes diluídos em água. Preservativos Em tese, quem se recupera de uma infecção por ebola não tem mais a capacidade de passar a doença adiante. No entanto, o vírus já foi encontrado no sêmen de um paciente três meses depois de ele ter sido declarado curado. Por esta razão, médicos dizem que os pacientes que se recuperarem do contágio devem evitar as relações sexuais durante três meses ou usar preservativos. http://www.diariodasaude.com.br/

Os oceanos pedem ajuda aos gritos por causa do lixo plástico

Atenas, Grécia, 15/10/2014 – Um albatroz de pata negra alimentando seus filhotes com bolinhas de plástico, um bebê foca no Polo Norte com um saco enrolado no pescoço ou um barco de pesca perdido em alto mar porque um aparelho de pesca se enroscou na hélice, são exemplos que multiplicados por mil dão ideia do estado dos oceanos. Estima-se que cerca de 13 mil dejetos plásticos flutuam para cada quilômetros quadrado de oceano e que 6,4 milhões de toneladas de lixo desembocam neles a cada ano. Pesquisadores e cientistas preveem um futuro nefasto para estas vastas extensões de água que são vitais para a existência de nosso planeta. Um cálculo conservador do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que o prejuízo econômico do plástico nos ecossistemas marinhos chega a US$ 13 bilhões por ano, segundo um comunicado divulgado no dia 1º deste mês. A saúde dos mares e dos ecossistemas oceânicos concentra a atenção da 12ª Conferência das Partes (COP 12) do Convênio sobre a Diversidade Biológica, que acontece na cidade sul-coreana de Pyeongchang até o dia 17. Entre as 20 Metas de Aichi para a Diversidade Biológica, acordadas na cidade japonesa de Nagoya em 2011, a preservação da biodiversidade marinha é um dos objetivos fundamentais. A meta 11 assinala a importância de identificar “áreas protegidas” para preservar os ecossistemas marinhos, especialmente dos efeitos danosos das atividades humanas. Na 16ª reunião global dos Planos de Ação e Convênios sobre Mares Regionais, do Pnuma, que aconteceu em Atenas entre 20 de setembro e 1º deste mês, houve um consenso quase unânime sobre os dejetos representarem um “tremendo desafio” para o desenvolvimento sustentável. Nessa oportunidade, cientistas e autoridades do mundo se reuniram para desenhar um novo mapa do caminho capaz de deter a rápida degradação de oceanos e mares e criar políticas para um uso sustentável, bem como integrá-los na agenda de desenvolvimento posterior a 2015. O tema está entre as maiores prioridades desde a Cúpula da Terra, como é chamada a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no Brasil em 2012 e conhecida como Rio+20. O número14 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são discutidos para substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio a partir do final de 2015, foca em reduzir de forma significativa a contaminação marinha até 2025. “Não tivemos nenhuma dificuldade para promover a explícita inclusão dessa meta nos ODS propostos”, destacou Jacqueline Alder, diretora de Ecossistemas Marinhos e de Água Doce da Divisão de Implementação da Política Ambiental do Pnuma. “Afinal, os oceanos são um problema de todos e todos geramos lixo”, pontuou à IPS. “Os dejetos orgânicos são o principal elemento dos desperdícios que chegam aos mares, e representam entre 40% e 80% do lixo municipal nos países em desenvolvimento e 20% a 25% nos países ricos”, detalhou Tatjana Hema, oficial de programa para controle de componentes e avaliação de contaminação do Plano Mediterrâneo de Ação. Porém, os microplásticos estão entre os contaminantes mais prejudiciais que inundam os mares. A substância danosa se forma quando os plásticos se fragmentam e se desintegram em partículas com não mais do que cinco milímetros de diâmetro, chegando até a um milímetro. “Descobriu-se que os micro e nanoplásticos passaram às microparedes das algas”, explicou Vincent Sweeney, coordenador do Programa Global de Ação para a Proteção do Ambiente Marinho por meio de Atividades Terrestres (GPA). “Mas ainda não se sabe como afetará a cadeia alimentar de animais marinhos, nem a saúde humana quando ingeridas por intermédio dos peixes”, afirmou à IPS. “A existência do problema do microplástico até agora é especulativo. Ainda não temos noção de quanto isto afeta os oceanos”, ressaltou. Os ODS relacionados com os oceanos devem se ajustar a quatro critérios: serem viáveis, factíveis, mensuráveis, alcançáveis. Ao contrário, por exemplo, da redução da acidificação do oceano (cuja única causa é o dióxido de carbono) que facilmente cumpre os quatro critérios, o problema do lixo não é tão simples, em parte porque “o que aparece na praia não necessariamente é um sinal do que ocorre no oceano”, destacou Sweeney. “O lixo que chega aos mares se desloca por longas distâncias, se tornam internacionais. É difícil encontrar seu dono”, explicou Sweeney. Os dejetos se acumulam em torvelinhos em meio ao oceano, um fenômeno de circulação da água que costuma atrair os materiais que flutuam. “O risco de não conhecer a magnitude exata desses dejetos é que nos leva a pensar que é muito grande para manejar”, destacou o coordenador do GPA. Mas, mediante a sensibilização, se gera um “impulso” e agora se torna prioritário em diferentes níveis. “Eliminar a contaminação dos oceanos é uma pretensão que não veremos em vida, mesmo se pararmos de jogar lixo no mar, o que ainda não conseguimos. O custo é impensável. A maioria do lixo está fora de nosso alcance. Além disso, limpar a superfície dos dejetos flutuantes levará muito tempo”, acrescentou. “Embora haja diferentes causas para a contaminação marinha em cada país, o denominador comum é que consumimos mais e geramos mais lixo, e a maioria é plástico”, enfatizou. Além disso, a falta de informação e de alto custo para limpar a contaminação, os meios de execução ou de financiamento das metas dos ODS relacionados com o oceano representam um desafio adicional para as regiões. Na Grécia, se tomou consciência da crise quando Evangelos Papathanassiou, diretor de pesquisa do Centro Helênico de Pesquisa Marinha em Attiki, a 15 quilômetros de Atenas, relatou à imprensa ter encontrado uma máquina de costurar a quatro mil pés (1.219 metros) de profundidade no Mar Mediterrâneo. “A contaminação marinha derivada da aquicultura, do turismo e do transporte é mais urgente no Mar Negro e no Mar Mediterrâneo, mas não recebem a atenção que merece”, destacou Sweeney. Para que a nova era de desenvolvimento tenha sucesso, os seres terrestres devem prestar urgente atenção ao mar e ao oceano, que pede ajuda aos gritos. Um desafio adicional Em países da Ásia Pacífico como China, Japão, Rússia e Coreia do Sul foram criadas práticas replicáveis, segundo Alexander Tkalin, coordenador do Plano de Ação do Pacífico Nordeste do Pnuma. “Coreia do Sul e Japão são grandes doadores e ambos adotaram leis específicas relacionadas com os desperdícios que chegam aos mares”, contou à IPS. “O Japão mudou a legislação para incentivar a limpeza de dejetos marinhos, ajustando a lei sob a qual, normalmente, paga-se multa por contaminar, mas agora o governo paga às municipalidades para que limpem as praias depois de um tufão, quando raízes e restos do solo marinho estão espalhados na praia”, acrescentou Tkalin. Na Holanda e nos Estados Unidos também há programas sólidos sobre lixo marinho, como no Haiti, segundo Sweeney. Envolverde/IPS (IPS)

Greenpeace denuncia exportação ilegal de madeira da Amazônia para Europa

A ONG ambientalista Greenpeace denunciou que árvores da Amazônia brasileira estão sendo cortadas clandestinamente e transportadas em caminhões para serralheiras que, em seguida, tratam e exportam a madeira como se fosse produto legal para França, Bélgica, Suécia e Holanda. Estes quatro países europeus tiveram, entre janeiro e agosto deste ano, uma relação comercial direta com três destas serralheiras, segundo investigação do Greenpeace em Santarém (norte do Pará), informou uma porta-voz da organização à AFP. As serralheiras identificados pela ONG foram Rainbow Trading Importação e Exportação Ltda., Comercial de Madeiras Odani Ltda., e Sabugy Madeira Ltda. “A Rainbow Trading exporta para a França e a Odani é subcontratada da Rainbow”, explicou a porta-voz do Greenpeace, Marina Lacorte. Santarém concentra o principal polo da indústria madeireira do Pará, estado que produz e exporta mais madeira da Amazônia, informou o Greenpeace em comunicado enviado à AFP. Em sobrevoo na região, feito na terça-feira em avião do Greenpeace, foi possível ver “várias clareiras e rotas abertas na selva”, constatou um repórter da AFP/TV. “São pequenas áreas que demoram a aparecer e as imagens de satélite não as detectam”, informou Lacorte. O Greenpeace conseguiu estabelecer “os laços de uma rede de exploração suja que destrói as áreas distantes da selva e que está ligada à violência contra comunidades locais”, disse. A investigação do Greenpeace – que escondeu aparelhos de GPS debaixo dos caminhões que transportam madeira para vigiar seu trajeto – revelou, ainda, “que os documentos oficiais não são nem sequer capazes de garantir a origem legal da madeira”. Em 2006, o ministério do Meio Ambiente transferiu a responsabilidade da exploração florestal aos estados, que fecham os olhos e chegam até mesmo a incentivar a atividade, avaliou Lacorte. Segundo dados do Instituto Imazon, entre agosto de 2011 e julho de 2012, 78% das regiões de atividade florestal no Pará não tinham autorização para cortar madeira. A madeira de ipê, muito cobiçada na Europa sobretudo para construir deques de piscinas, pode chegar a custar US$ 3.200 o metro quadrado. O Greenpeace pediu ao governo brasileiro que revise todas as autorizações entregues desde 2006 às madeireiras e para retomar o controle da atividade. “Ao manter suas portas abertas à madeira ilegal, o mercado se torna cúmplice da destruição na Amazônia”, avaliou a ONG. O Greenpeace lançou em maio a campanha “A crise silenciosa da Amazônia” e denunciou que de 20% a 40% da madeira exportada para a Europa têm origem ilegal. (Fonte: Terra)

Casos de ebola chegam a quase 9 mil e atingem sete países, diz OMS

A Organização Munidal da Saúde, OMS, divulgou nesta quarta-feira (15) novo balanço de casos de ebola no mundo. Segundo a agência das Nações Unidas, foram confirmados 8.997 contaminações pelo vírus em sete países e 4.493 mortes. A maior parte dos casos de contágio ocorreram em Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental. Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos também tiveram notificações. Os números referem-se ao dia 12 de outubro. A Libéria continua sendo o país com maior número de ocorrências, seguido de Serra Leoa e Guiné. O relatório não contabiliza o segundo caso de ebola autóctone dos EUA, que foi divulgado nesta quarta pelas autoridades do Texas. Uma segunda enfermeira, que cuidou do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, morto há uma semana, contraiu a doença e está internada em Dallas. A funcionária do hospital Texas Health Presbyterian, Amber Joy Vinson, deve ser transferida ainda nesta quarta para Atlanta. Ela deve ficar em observação no hospital universitário Emory. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) fizeram, também nesta quarta, uma convocação para que todos os 132 passageiros de um voo entre Cleveland e Dallas entrem em contato com um número de atendimento, pois Amber estava naquele voo. Ela ainda não apresentava sintomas do ebola naquele dia, segundo as autoridades. “Funcionários de saúde entrevistaram os pacientes mais recentes do funcionário para identificar rapidamente qualquer contato ou potencial exposição, e essas pessoas serão monitoradas”, disse o Departamento de Serviços de Saúde Pública. Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) informaram que o exame positivo dessa segunda trabalhadora foi o resultado de uma análise preliminar realizada durante a noite e que o organismo está realizando a própria análise para confirmar o resultado. A mãe de Amber viajou para Dallas para ficar perto da filha, que está em uma unidade de isolamento do hospital Texas Health Presbyterian, onde ela trabalhava. (Fonte: G1)

Teste avalia conscientização sobre hábitos de consumo

No Dia do Consumo Consciente, comemorado nesta quarta-feira (15), os cidadãos passam a contar com uma nova ferramenta online permitindo que cada pessoa conheça em tempo real seu grau de consciência diante dos atos de consumo. O lançamento do Teste de Consumo Consciente (TCC) aconteceu em Brasília, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Instituto Akatu. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou a necessidade de ações que estimulem a mudança de comportamento. “Não é deixar de consumir, é ter melhor alternativa de consumo”, disse. A parceria MMA-Akatu representa uma dessas ações de mobilização, pois o teste apresenta o grau de consciência do consumidor e aponta caminhos para a transformação de hábitos. “Quanto mais tivermos instituições sociais e empresariais dando robustez a esse diálogo, mais vamos poder desonerar a cadeia produtiva e trabalhar com a mudança de comportamento em escalas diferenciadas”, acrescentou a ministra. “É o desejo de fazer o melhor com menos.” Novo modelo - O diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, reforçou a necessidade de outro modelo. “O consumir diferente é consumir com foco no bem estar, mais do que com o foco no consumo em si”, afirmou. Mattar também relacionou aspectos ligados ao desenvolvimento sustentável. Segundo ele, 80% do total do consumo no mundo estão nas mãos de 16% da população e que se está consumindo 50% a mais do que o planeta é capaz de renovar. O teste, desenvolvido pelo Akatu, consiste em duas fases: 25 perguntas na primeira e 30 na segunda. Na etapa inicial, o pesquisado responderá a algumas perguntas simples sobre comportamentos e valores relacionados ao processo de consumo. Ao final, aparece na tela relatório comparativo para verificar qual a posição do consumidor na escala do Akatu (se é indiferente, iniciante, engajado ou consciente), além de checar a posição em relação aos demais brasileiros. Nesta fase, o usuário ainda tem contato com informações mobilizadoras que mostram impactos do consumo. Na etapa seguinte, são feitas sugestões customizadas de caminhos a seguir para mudar de comportamento, com base nas práticas de cada um. O usuário terá a chance de se comprometer com as ações em que ele não foi tão bem avaliado e compartilhar os resultados nas redes sociais. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) também apoiou a campanha do Akatu sobre os Dez Caminhos para Produção e Consumo Conscientes. A campanha, realizada nas redes sociais, aponta caminhos que incentivam a construção de uma sociedade mais sustentável. Abipla - Outra iniciativa apoiada pelo MMA é a campanha da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), representada na solenidade por Priscila Moreira de Souza, inspirada no Movimento Limpeza Consciente. A campanha online “Caminho para a Sustentabilidade no representada na solenidade por Setor de Produtos de Limpeza” tem o objetivo de proporcionar informações ao consumidor sobre como utilizar de maneira correta os produtos de limpeza, contribuindo assim, para a redução de impactos ambientais. Neste primeiro momento, o foco da campanha é disseminar pela internet informações sobre o uso dos produtos de forma eficaz e sustentável. Está previsto para o próximo ano encontros com blogueiros especialistas em limpeza do lar e produção de vídeos educativos. Todas estas atividades fazem parte do plano de ação para a Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), que tem como objetivo promover a mudança dos padrões de produção e consumo dos brasileiros para outros que tragam maior harmonia entre as atividades humanas e o meio ambiente. A data comemorativa de 15 de outubro foi instituída, no Brasil, pelo MMA em 2009. A proposta é despertar a consciência nos consumidores sobre os problemas socioambientais que os padrões atuais de produção e consumo estão causando. (Fonte: MMA)

Nível do mar registrou aumento sem precedentes nos últimos 100 anos

O nível do mar aumentou 20 centímetros nos últimos 100 anos, um fenômeno sem precedentes em milênios, mostra estudo divulgado na terça-feira (14) na Austrália. A pesquisa, publicada no Proceedings of the National Academy of Sciences, analisa as flutuações do nível do mar nos últimos 35 mil anos com base nas mudanças no volume de gelo na terra. “Nos últimos 6 mil anos, antes de começar a aumentar o nível da água, o nível do mar foi bastante estável”, disse um dos coautores do estudo, Kurt Lambeck, pesquisador da Universidade Nacional Australiana. Lambeck explicou que, durante esses milênios, não foram encontradas provas de oscilações de 25 a 30 centímetros em períodos de 100 anos, mas que essa tendência mudou a partir do processo de industrialização, com um aumento que classificou como incomum. “Nos últimos 150 anos, assistimos a um aumento do nível da água à velocidade de vários milímetros por ano e nos nossos registos mais antigos não verificamos um comportamento similar”, disse o cientista, vinculando esse fenômeno ao aumento da temperatura do planeta. A investigação concluiu ainda que, mesmo assim, as flutuações naturais do nível do mar nos últimos 6 mil anos foram menores do que sugeriam estudos anteriores. “Esse ponto foi bastante polêmico porque muita gente assegurava que o nível do mar tinha oscilado em grandes quantidades, vários metros em centenas de anos, e não encontramos provas que o demonstrem”, acrescentou Lambeck. O estudo aborda também a complexa relação entre o degelo e o aumento do nível dos oceanos, no qual intervêm fatores como a gravidade, que provoca aumento no nível do mar em algumas áreas e queda em outras. (Fonte: Agência Brasil)

Seiscentas mil pessoas marcham no mundo contra as mudanças climáticas

Seiscentas mil pessoas se mobilizaram neste domingo (21) em várias cidades do mundo contra as mudanças climáticas, entre elas Nova York, onde uma passeata histórica reuniu 310 mil manifestantes, segundo os organizadores, a dois dias da reunião de cúpula da ONU sobre o tema. Ao som de bandas e exibindo flores gigantes, astros de Hollywood, políticos, ativistas e estudantes participaram na cidade americana da Marcha do Povo pelo Clima, que se tornou a maior da História, afirmou a organização. “Esta marcha marca uma pauta histórica. Para nós, serve para que os governantes entendam que há um povo afetado, organizado e mobilizado em nível mundial. Eles têm que nos ouvir!”, disse à AFP o peruano Juan Pedro Chang, 57. Trezentas e dez mil pessoas foram às ruas em Nova York, segundo o site peoplesclimate.org, que concentrou as 1.572 organizações que convocaram a passeata. A polícia não divulgou números. No total, 2.808 eventos aconteceram em 166 países, entre eles mobilizações simultâneas organizadas em Londres, Paris, Berlim, Rio de Janeiro, Istambul e Bogotá, reunindo uma cifra de 580 mil manifestantes, entre eles os de Nova York, segundo os organizadores. Os protestos aconteceram dois dias antes da reunião de cúpula do clima em Nova York, convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, que terá a participação de mais de 120 chefes de Estado. Um Leonardo Di Caprio de barba espessa, óculos de sol e boina foi o astro do protesto em Manhattan, do qual também participaram o ex-vice-presidente americano Al Gore, Ban Ki-Moon e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio. “Espero que esta voz seja realmente considerada pelos líderes na reunião de 23 de setembro”, disse Ban. “Não há plano B, porque não temos um planeta B. Temos que trabalhar e colocar em prática.” Puxada por faixas que diziam “Marcha do Clima do Povo” e “Linha de frente da crise e vanguarda da mudança”, a mobilização começou no Central Park e seguiu até os arredores do rio Hudson, no oeste da ilha. “Participo da marcha porque quero construir um futuro mais belo para a minha família”, disse o minerador aposentado Stanley Sturgill, 69, do Kentucky, que sofre com problemas pulmonares depois de ter passado mais de 40 anos trabalhando na exploração de carvão. Na Times Square, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio, com o punho erguido. “Acabamos com nossa água e nossa saúde, e nossa economia está em declínio. As mudanças climáticas são algo real. Sei que não precisamos destruir nosso planeta, e que podemos mudar as coisas”, assinalou Sturgill, um dos oradores, na entrevista coletiva que antecedeu a mobilização. Para Juan Pedro Chang, de uma delegação de 30 peruanos, as mudanças climáticas “afetam tudo, agricultura, saúde, alimentação e emprego. Por isso, tudo tem que ser mudado.” Dezenas de milhares de pessoas marcharam pelas ruas de Londres, entre elas vítimas das inundações na Inglaterra no último inverno, bem como a atriz britânica Emma Thompson, que retornou de uma expedição no Ártico com o Greenpeace para denunciar o derretimento das geleiras. Em um ambiente familiar, cerca de 5 mil pessoas manifestaram-se em Paris, segundo a polícia. “Antes, podíamos dizer que não sabíamos. Agora, sabemos que as mudanças começaram”, disse o enviado especial do presidente francês para a proteção do planeta, Nicolas Hulot. Em Madri, centenas de manifestantes reuniram-se diante do Ministério do Meio Ambiente exibindo cartazes com as mensagens “Não há planeta B”, “Mude a sua vida, não o seu clima” e “Nosso clima é sua decisão”. Em Cairns, Austrália, onde ministros das Finanças do G20 se reuniam, mais de 100 pessoas usaram corações de papel verdes ao redor do pescoço. Outras centenas de pessoas se mobilizaram em Sydney e Nova Délhi, onde 300 manifestantes exibiram cartazes com mensagens como “Quero salvar as florestas” e “O carvão mata”, enquanto cantavam palavras de ordem e dançavam ao som de tambores. Em Bogotá, participaram 5 mil pessoas, várias de bicicleta e outras tocando instrumentos musicais fabricados com materiais reciclados. No Rio de Janeiro, um dos organizadores, Michael Mohallem, disse ao jornal “O Globo” que mais de 4 mil pessoas participaram da passeata, que aconteceu na Praia de Ipanema, debaixo de chuva. A cifra difere dos 300 manifestantes divulgados pela “Folha de S.Paulo”, que citou a Polícia Militar. A ONU quer limitar o aquecimento global a dois graus centígrados em relação à época pré-industrial. Mas cientistas afirmam que, devido aos níveis de emissão de gases do efeito estufa, as temperaturas terão aumentado no fim do século XXI mais de quatro graus em relação àquela época. A reunião da ONU, que acontecerá na véspera da abertura de sua Assembléia Geral, visa a preparar as negociações do ano que vem em Paris, onde deverá ser fechado um acordo internacional que entre em vigor em 2020. (Fonte: Terra)

Montanhas de comida no lixo e centenas de milhões passando fome

Nápoles, Itália, 13/10/2014 – A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) calcula que o mundo desperdiça 1,3 bilhão de toneladas de alimentos a cada ano, enquanto 805 milhões de pessoas sofrem desnutrição crônica ou fome. Ren Wang, diretor-geral do Departamento de Agricultura e Proteção do Consumidor da FAO, anunciou esses números no XI Fórum Internacional para a Mídia sobre a Proteção da Natureza, acrescentando que “precisamos de uma mudança transformadora de nossas políticas alimentares e agrícolas para ter sustentabilidade”. O fórum deste ano – Gente Que Constrói o Futuro. Alimentando o Mundo. Alimentação, Agricultura e Ambiente – reuniu especialistas, jornalistas e responsáveis políticos na cidade de Nápoles, entre os dias 8 e 11 deste mês, organizado pelo grupo ecologista italiano Greenaccord. O encontro aconteceu quando se aproxima o fim do ano que a Organização das Nações Unidas (ONU) dedicou à agricultura familiar, enquanto a alta de preços dos alimentos continua minando a renda dos setores vulneráveis. Embora a produção mundial de alimentos tenha triplicado desde 1946 e a desnutrição mundial tenha caído de 18,7% para 11,3% nos últimos 20 anos, a segurança alimentar continua sendo um tema crucial, destacou Wang. A comida desperdiçada representa um terço da produção atual de alimentos. Por essa razão a expansão da produção agrícola não é necessariamente a resposta. O mundo produz alimentos suficientes para que cada habitante consuma cerca de 2.800 calorias diárias, segundo os cientistas. Mas, enquanto algumas pessoas têm a possibilidade de desperdiçar a comida, para outras ela não chega a ser suficiente. Apesar de o desperdício e a fome não estarem diretamente relacionados, existe uma desigualdade inquestionável no sistema mundial de alimentos, afirmou Gary Gardner, do Instituto Worldwatch, um centro dedicado à pesquisa de políticas sustentáveis, com sede em Washington. “Nos países ricos, o desperdício de comida acontece frequentemente em nível varejista e do consumidor, seja na loja ou em casa, onde se joga fora grande quantidade”, indicou Gardner à IPS. Pelo contrário, o mesmo fenômeno no Sul em desenvolvimento ocorre principalmente no nível “agrícola ou de processamento”, acrescentou. Segundo o especialista, “a comida se perde, em geral, por não haver sistemas que a transportem de maneira eficiente aos centros de processamento e depois ao consumidor”. A perda e o desperdício de alimentos chegam a cerca de US$ 680 bilhões nos países industrializados e atingem US$ 310 bilhões no Sul em desenvolvimento, segundo a iniciativa Save Food (Salvar a Comida), um projeto da feira comercial alemã Messe Düsseldorf, em colaboração com a FAO e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “Os consumidores dos países ricos desperdiçam quase tanto alimento (222 milhões de toneladas) quanto toda a produção alimentar da África subsaariana (230 milhões de toneladas)”, segundo a Save Food. “Embora fosse possível guardar apenas um quarto dos alimentos que se perde ou desperdiça no mundo, isso bastaria para alimentar 870 milhões de pessoas que passam fome”, acrescentou a organização. Na Europa, a grande quantidade de comida que os supermercados jogam no lixo em certas ocasiões causa indignação pública, especialmente nos países onde é ilegal as pessoas recolherem o que é jogado fora. A cadeia de supermercados britânica Tesco reconheceu que descartou 28.500 toneladas de alimentos no primeiro semestre de 2013, e em geral o desperdício anual na Grã-Bretanha é calculado em15 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, as autoridades calculam que aproximadamente 40% dos alimentos produzidos acabam no lixo, em grande parte devido aos supermercados. Mas nos dois lados do Atlântico é ilegal recolher produtos dos contêineres de lixo, um tema delicado para alguns ativistas que organizaram campanhas públicas que oferecem refeições preparadas com alimentos jogados fora. No fórum de Nápoles, onde os especialistas analisam as consequências sociais e ambientais do desperdício, entre outros temas, Gardner falou sobre a experiência do ativista Rob Greenfield, que se alimentou com comida retirada dos contêineres de lixo enquanto percorria os Estados Unidos de bicicleta. “Muitas vezes a comida estava em pacotes fechados, caixas inteiras de cereais, sucos, esse tipo de coisas que por diversas razões foram jogadas fora, mas que, para ele, eram alimentos em perfeito estado”, explicou Gardner. “Essa não é a melhor maneira de nos desfazermos dos resíduos. A melhor maneira, em primeiro lugar, é não gerá-los”, acrescentou. A Tesco e outras redes de supermercados britânicos concordaram em aplicar um programa de redução de resíduos, e restaurantes em vários países também tomaram medidas não só para reduzir os dejetos como para convertê-los em biogás para gerar energia. Gardner opinou à IPS que, em lugar de jogar comida fora, os supermercados deveriam doar os produtos a organização locais, como as cozinhas populares, embora o melhor fosse “não gerar esse desperdício”. Alguns oradores no Fórum disseram que o uso de alimentos ou dejetos do lar para a energia em nível local poderia contribuir com soluções ambientais de maior alcance, mas que o objetivo principal deve ser frear a geração de resíduos. “A segurança alimentar e a mudança climática têm alguns desafios em comum”, ressaltou Adriana Opromollo, da Caritas Internacional, rede católica de organizações humanitárias. “Em nível local, vemos que o uso dos alimentos ou do lixo doméstico pode prosperar como estratégia de sucesso. Mas temos que nos concentrar nas soluções que se adaptam ao contexto particular”, afirmou à IPS. A forma de reduzir a quantidade de resíduos pode começar com medidas simples. Algumas empresas de serviços de alimentação dos Estados Unidos descobriram que, quando nos restaurantes escolares eram dados aos estudantes apenas os pratos, sem as bandejas, os jovens pegavam apenas os alimentos que poderiam consumir, gerando 25% menos resíduos. Envolverde/IPS (IPS)

Por que desmatar 79% da área de mananciais secou São Paulo

Estudo da Fundação SOS Mata Atlântica divulgado com exclusividade pela revista Época constatou que a cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica e nos mananciais que compõem o Sistema Cantareira, centro da crise no abastecimento de água que assola São Paulo, está pior do que se imaginava. Hoje, restam apenas 488 km2 (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o Sistema Cantareira. O levantamento avaliou também os 5.082 km de rios que formam o sistema. Desse total, apenas 23,5% (1.196 km) contam com vegetação nativa em área superior a um hectare em seu entorno. Outros 76,5% (3.886 km) estão sem matas ciliares, em áreas alteradas, ocupadas por pastagens, agricultura e silvicultura, entre outros usos. O estudo teve como base o último Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que avaliou a situação da vegetação nos 17 Estados com ocorrência do bioma, no período 2012-2013. O Atlas, que monitora o bioma há 28 anos, é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan. Com base em imagens de satélite, o Atlas da Mata Atlântica utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para monitorar os remanescentes florestais acima de 3 hectares. Neste estudo sobre o Sistema Cantareira, realizado pela SOS Mata Atlântica e Arcplan, foram identificadas as áreas de até 1 hectare. As análises foram avaliadas em nível municipal, indicando os municípios com total de áreas naturais mais preservados. As cidades observadas foram: Camanducaia (19,6% de vegetação nativa), Extrema (15,2%), Itapeva (7,9%) e Sapucaí Mirim (42%), em Minas Gerais; Bragança Paulista (3,2%), Caieiras (50,2%), Franco da Rocha (40,8%), Joanópolis (18,8%), Mairiporã (36,6%), Nazaré Paulista (24,7%), Piracaia (17,7%) e Vargem (17,9%), em São Paulo. As florestas naturais protegem as nascentes e todo fluxo hídrico. Com esses índices de vegetação, não é de se estranhar que o Sistema Cantareira opere, atualmente, com o menor nível histórico de seus reservatórios, já que para ter água é preciso ter também florestas. E o que fazer diante deste quadro? O primeiro desafio é proteger o que resta de Mata Atlântica e manter, com rigor, o monitoramento e a fiscalização dessas áreas para evitar a ocorrência de novos desmatamentos. Importante lembrar que Minas Gerais, Estado que reúne não apenas as nascentes de rios que formam o Sistema Cantareira, mas também das bacias dos rios Doce, São Francisco e Paraíba do Sul, entre outros, é o recordista do desmatamento da Mata Atlântica pelo quinto ano consecutivo, de acordo com os últimos dados do Atlas da Mata Atlântica. O segundo ponto é promover a recuperação florestal nessas regiões, incluindo-se aqui investimentos públicos e privados para restauração florestal e programas de Pagamentos Por Serviços Ambientais (PSA) voltados aos proprietários de terras, municípios e Unidades de Conservação que as preservarem. Com o objetivo de estimular esse esforço, a Fundação SOS Mata Atlântica lançará ainda neste mês um novo edital do programa Clickarvore, com apoio do Bradesco Cartões e Bradesco Capitalização, para a doação de 1 milhão de mudas de espécies nativas para restauração na Bacia do Cantareira. Essas mudas possibilitarão a recuperação de até 400 hectares de áreas, que por sua vez podem promover a conservação de 4 milhões de litros de água por ano. A ideia é que os projetos selecionados colaborem para conservar e proteger os recursos hídricos conectando, nessas regiões, os poucos fragmentos de mata que hoje encontram-se isolados. Pode parecer pouco, tendo em vista o tamanho do desafio, mas é um primeiro passo para trazer de volta as florestas e a água ao Sistema Cantareira. Esperamos que essa iniciativa contribua para o fortalecimento de políticas públicas efetivas e que possa marcar o início de esforços conjuntos da sociedade, iniciativa privada e do poder público para a recuperação desse importante manancial. Afinal, a grave escassez que enfrentamos neste ano reforça a necessidade do Estado promover a proteção dos mananciais e a gestão integrada e compartilhada da água. A restauração da cobertura florestal nas áreas de mananciais é o pontapé para a recuperação das reservas de água. No entanto, para que traga resultados efetivos, essa iniciativa precisa ser somada a uma ação urgente e firme do Governo do Estado no sentido de implementar efetivamente instrumentos econômicos como o PSA e a cobrança pelo uso da água a todos os usuários, o que garantirá a sustentabilidade do sistema e o acesso à agua em quantidade e qualidade para a sociedade. * Marcia Hirota é diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica. * Publicado originalmente no Blog do Planeta e retirado do site SOS Mata Atlântica. (SOS Mata Atlântica)

Pesquisa com células-tronco indica cura para diabetes tipo 1

Os esforços pela descoberta da cura para a diabetes tipo 1 recentemente “deram um tremendo passo”, afirmaram cientistas. A doença ocorre quando o sistema imunológico do corpo humano destrói as células que controlam o nível de açúcar no sangue. Uma equipe da Universidade de Harvard usou células-tronco para produzir centenas de milhares dessas células em laboratório. Testes em ratos mostraram que elas podem tratar a doença, procedimento que especialistas descreveram como “potencialmente um grande avanço médico”. Células beta no pâncreas produzem insulina para baixar os níveis de açúcar no sangue. Mas o próprio sistema imunológico do organismo pode se voltar contra as células beta, as destruindo e deixando a pessoa com uma doença potencialmente fatal, pois o corpo passa a não conseguir regular o nível de açúcar no sangue. A doença tipo 1 é bem diferente da diabetes tipo 2, que é de incidência mais comum por ser causada por um estilo de vida pouco saudável. Coquetel perfeito – A equipe de Harvard foi liderada pelo professor Doug Melton, que começou sua busca pela cura da doença quando seu filho foi diagnosticado há 23 anos. Mais tarde ele teve outra filha diagnosticada com a doença. Ele está tentando substituir aproximadamente 150 milhões de células beta usando a tecnologia das células-tronco. O professor descobriu o coquetel perfeito de agentes químicos para transformar células-tronco de embriões em células beta funcionais. Testes feitos com ratos – cujos resultados foram publicados no jornal científico Cell – mostraram que as células produzidas em laboratório poderiam produzir insulina e controlar os níveis de açúcar no sangue por muitos meses. “Foi gratificante saber que podemos fazer algo que sempre acreditamos ser possível”, disse Melton. “Estamos atualmente a um passo pré-clínico para cruzar a linha de chegada”. Seus filhos, porém, não se mostraram tão impressionados: “Acredito que, como crianças, eles sempre pensaram que como eu disse que faria isso, eu conseguiria”. Mas quando as células beta forem injetadas em uma pessoa, elas também serão atacadas e destruídas pelo sistema imunológico. Por isso, será necessário fazer mais pesquisas antes que o recurso se transforme em uma cura. Mudança de rumo – Sarah Johnson, da organização beneficente JDRF, que financiou o estudo, disse à BBC: “Não é uma cura, é um grande passo nesse caminho. É um tremendo passo à frente”. “Substituir as células que produzem insulina e desligar a resposta imunológica que causa a diabetes é um objetivo de longo prazo”. O professor Chris Mason, um cientista especializado em células tronco da University College London afirmou: “A descoberta científica é fazer células funcionais que curem um rato diabético, mas uma descoberta médica maior é conseguir produzir células funcionais em uma escala grande o suficiente para tratar todos os diabéticos”. “Se essa tecnologia de escala provar que funciona tanto na área clínica quando na área de manufatura, o impacto no tratamento de diabetes vai ser uma descoberta revolucionária semelhante aos antibióticos em relação às infecções bacterianas.” A pesquisadora Gillian Morrison, da Universidade de Edinburgh, concorda que isso “representa um avanço real no campo”. “O próximo desafio importante será encontrar maneiras de manter essas células dentro do corpo para que elas se protejam da resposta do sistema imunológico para terem uma função de longo prazo”. O Brasil é o quarto país do mundo em número de portadores de diabetes, atrás de China, Índia e Estados Unidos, de acordo com a International Diabetes Federation (IDF). Os números levam em conta pessoas com idade entre 20 e 79 anos. No ano passado, o Brasil tinha 13 milhões de portadores, número que poderá subir para 592 milhões em 2035, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Para cada caso diagnosticado, estima-se que haja um sem diagnóstico e, deste total, 1 milhão são crianças. (Fonte: G1)

Estudo sobre mudanças climáticas e modelos de negócios será lançado, em SP

“Conexão entre mudanças climáticas e modelos de negócios: uma agenda em evolução” é o nome do estudo que será divulgado em 15/10, pelo CDP, na capital paulista. A organização internacional, sem fins lucrativos, trabalha junto a empresas e cidades para medir, divulgar e reduzir os impactos destas sobre o meio ambiente. O estudo foi feito com base nas respostas de um questionário respondido por 52 empresas e gestores de companhias brasileiras. O levantamento contou com a parceria da consultoria Catavento e o Instituto Coppead-UFRJ. O objetivo do documento é levar mais e melhores informações para que investidores, tomadores de decisão, empresários e formuladores de políticas públicas adaptem seus modelos de negócios e iniciativas para uma economia mais sustentável. Para o CPD, o setor empresarial deve demonstrar um forte papel de liderança em 2015, quando acontecerá a 21ª Conferência das Partes da Nações Unidas, em Paris, onde será definido um novo acordo climático global. O levantamento identifica também casos de negócios bem sucedidos e benefícios econômicos alcançados pelas empresas que já investiram na mitigação e adaptação frente às mudanças climáticas. Durante o lançamento do documento, serão divulgadas ainda as notas das empresas brasileiras que participaram da amostragem. As primeiras colocadas serão reconhecidas no evento. (Fonte: Planeta Sustentável)

sábado, 11 de outubro de 2014

Cura para diabetes? Cientistas induzem células embrionárias a fabricar insulina

Um estudo da Universidade de Harvard (EUA) encontrou pela primeira vez uma maneira de transformar células-tronco embrionárias humanas em células que produzem insulina. O avanço poderia eventualmente levar a novas formas de tratar ou até curar milhões de pessoas com diabetes. A melhora Hoje, diabéticos precisam verificar regularmente o nível de açúcar no seu sangue e injetar-se com insulina para mantê-lo sob controle. “É um tipo de ‘suporte de vida’ para os diabéticos”, disse Doug Melton, pesquisador de Harvard. “Não cura a doença e leva a complicações devastadoras”. Pessoas com diabetes mal controlada podem sofrer complicações como cegueira, amputações e até ataques cardíacos. Por conta disso, os pesquisadores têm procurado um tratamento mais eficaz e definitivo para a condição. Até agora, eles tinham tido certo sucesso com o transplante de células produtoras de insulina de cadáveres em pessoas com diabetes. Mas é muito difícil obter células suficientes para tratar um grande número de pacientes, de forma que os cientistas queriam descobrir uma outra fonte onde pudessem obter mais células facilmente. O avanço veio depois de uma pesquisa de 15 anos, que finalmente descobriu uma maneira de transformar células-tronco embrionárias humanas nas chamadas células beta do pâncreas, que produzem insulina. A pesquisa Dezenas de cientistas passaram anos analisando os genes das células e experimentando diferentes combinações de sinais químicos para tentar persuadir essas células a se tornar células beta. Finalmente, chegaram a uma “receita” que parece funcionar. “Foi como fazer uma espécie de bolo muito extravagante – como um bolo de chocolate com framboesa e cobertura de baunilha ou algo assim”, disse Melton. “Você sabe muito bem quais são todos os ingredientes que você tem que usar. Mas é a maneira como você os adiciona, a ordem, quanto tempo você os cozinha etc, que fazem a diferença”. Quando Melton e seus colegas transplantaram as novas células em ratinhos com diabetes, os resultados foram claros e rápidos. “Nós pudemos curar a diabetes imediatamente – em menos de 10 dias”, conta o pesquisador. “Esta descoberta proporciona um tipo de fonte celular sem precedentes, que poderia ser utilizada para a terapia de transplante de células em pacientes com diabetes”. Problemas O avanço é significativo, mas ainda há muito trabalho a se fazer. Antes de mais nada, os cientistas precisam descobrir uma maneira de esconder as células novas do sistema imunológico, para que não sejam atacadas, especialmente para pessoas com diabetes tipo 1. Eles estão trabalhando nisso e já desenvolveram um “escudo” para protegê-las. Além disso, algumas pessoas têm objeções morais a tudo o que envolve a pesquisa com células-tronco embrionárias humanas, porque destrói embriões humanos. “Se, como eu, alguém considera o embrião humano imbuído dos mesmos tipos de dignidade que o resto de nós tem, então, de fato, isso é moralmente problemático”, disse Daniel Sulmasy, médico e bioeticista da Universidade de Chicago (EUA). “É a destruição de uma vida humana individual única, com o único propósito de ajudar outras pessoas”. Melton acha que também pode fazer células de insulina usando um outro tipo de célula-tronco, conhecida como célula-tronco pluripotente induzida, que não destrói qualquer embrião. A equipe de Harvard já está tentando descobrir se a técnica funciona bem neste tipo de célula, e espera começar a testar as novas células de insulina em pessoas com diabetes dentro de três anos. [NPR]

Aquecimento global: o mundo está esquentando mais rápido do que pensávamos

Cientistas podem ter subestimado muito a extensão do aquecimento global, porque as leituras de temperatura de mares do hemisfério sul eram imprecisas. De acordo com um estudo publicado na revista “Nature Climate Change”, as comparações de medições diretas com dados de satélite e modelos climáticos sugerem que os oceanos do hemisfério sul têm sugado mais do que o dobro do calor aprisionado pelos nossos excesso de gases de efeito estufa do que o previamente calculado. Isto significa que podemos ter subestimado o quanto o nosso planeta tem se aquecido. aul Durack, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, e seus colegas compararam as medições de temperatura do mar diretas e inferidas com os resultados dos modelos climáticos. Enquanto estes três tipos de medidas em conjunto sugerem que nossas estimativas de aquecimento do hemisfério norte oceano estão certas, a história é outra quando descemos um pouco mais no mapa. A equipe estima que a extensão do aquecimento nos oceanos do hemisfério sul desde 1970 poderia ser mais do que o dobro do que foi inferido a partir das medições diretas limitadas que temos para essa região. Isto significa que, em conjunto, todos os oceanos do mundo estão absorvendo entre 24 e 58% mais energia do que foi previamente estimado por medições diretas in situ. “A implicação é que o desequilíbrio energético – o aquecimento líquido da terra – teria que ser maior”, explica Wenju Cai, da Organização Comunitária de Pesquisa Científica e Industrial (CSIRO), em Melbourne, Austrália. Segundo Durack, já haviam suspeitas que as estimativas do aquecimento do oceano do hemisfério Sul eram tendencialmente baixas. “Nosso estudo é o primeiro a tentar quantificar a magnitude do que é esta subestimação comumente reconhecida, usando o máximo de informação que está disponível”. O estudo abrange o período de 1970 a 2003. Cai diz que, durante esse tempo, enquanto amostras do hemisfério norte tem sido colhidas por navios e projetos liderados pelos países ricos ao norte da linha do equador, muito poucas medidas diretas foram feitas no sul. Portanto, não é surpreendente que as medições in situ estivessem erradas. “Mas isso é enorme”, afirma Cai. “Pode-se dizer que o aquecimento global é o aquecimento do oceano”, escrevem Gregory Johnson e John Lyman, da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, em um comentário que acompanha o artigo de Durack. “Quantificar o quão rápido e onde os oceanos estão aquecendo é vital para entender o quanto e quão rápido o clima vai esquentar e os mares vão subir”. Desde aproximadamente 2000, uma rede de boias chamadas flutuadores Argo têm colhido dados globais mais precisos dos oceanos, portanto as medições mais recentes do hemisfério sul são mais confiáveis​​. [New Scientist, Gizmodo, Science Daily]

O futuro sustentável também depende da cultura

Florença, Itália, 7/10/2014 – Os especialistas internacionais que trabalham no setor da cultura pedem aos governos que reconheçam o papel fundamental que esta desempenha no desenvolvimento e que assegurem sua integração aos objetivos de desenvolvimento pós-2015 da Organização das Nações Unidas (ONU), que serão discutidos no próximo ano. No Terceiro Fórum Mundial da Cultura e Indústrias Culturais, que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) organizou, de 2 a 4 deste mês nesta cidade, representantes de vários países discutiram as contribuições dessas atividades para o “futuro sustentável”, por meio do estímulo ao emprego, ao crescimento econômico e à inovação. Segundo a Unesco, o comércio mundial em produtos e serviços culturais duplicou na última década e está avaliado em mais de US$ 620 bilhões. Além do aspecto financeiro, a cultura também contribui com a inclusão social e a justiça, segundo a diretora-geral dessa agência da ONU, Irina Bokova, que abriu o fórum. “Creio que os países devem investir na cultura com a mesma resolução que investem nos recursos energéticos, nas novas tecnologias”, afirmou Bokova, acrescentando que, “em um contexto econômico difícil, temos que buscar atividades que reforcem a coesão social, e a cultura oferece soluções neste sentido”. Bokova explicou à IPS que o fórum pretendia mostrar que a cultura contribui com a “consecução” de vários dos objetivos de desenvolvimento, entre eles acabar com a pobreza extrema, conseguir educação primária universal e a igualdade de gênero, além de garantir a sustentabilidade ambiental. Porém, muitos governos não investem o suficiente nos setores culturais ou criativos, embora os mesmos tenham demonstrado sua valia. Alguns países preferem construir estádios esportivos que raramente são usados em lugar de apoiar as artes, afirmou Lloyd Stanbury, advogado jamaicano no negócio da música, que participou do fórum de Florença. “No caso da Jamaica, demonstramos que podemos competir e ganhar em nível mundial nos mais altos níveis da cultura. O reggae e o movimento rastafári colocaram o país no mapa mundial, e agora mesmo há um debate sobre o que mais o governo pode fazer para investir na cultura”, pontuou Stanbury. Para ele, deve-se ter a mesma consideração com a educação artística quanto com os planos de estudo tradicionais. “Fala-se para os estudantes: não vai bem com matemática? Veja se desenha algo. Mas seus desenhos não são considerados de valor”, observou Stanbury. Alguns países do Sul em desenvolvimento veem as artes como algo periférico e não como um setor “real” da economia, e isso deve mudar, acrescentou. Além disso, nesses países “os segmentos da música e da comunidade de entretenimento não gozam de relações harmoniosas com as instituições governamentais, sobretudo quando os artistas, em suas obras, se manifestam contra a corrupção”, ressaltou o advogado em sua apresentação no fórum. Para muitos governos, o investimento na cultura ocupa um lugar muito inferior diante dos serviços de saúde, saneamento, eletricidade e infraestrutura do transporte. Porém, a cultura pode ajudar na mitigação da pobreza, na criação de empregos e na consolidação da paz, segundo os especialistas presentes em Florença. Peter N. Ives, prefeito interino da cidade norte-americana de Santa Fé, no Estado do Novo México, explicou como seu governo investiu nas artes, destinando 1% dos impostos por cama de hotel, ou taxa do hóspede, às atividades culturais, entre outras medidas. “Agora Santa Fé tem mais ativos culturais por habitante do que qualquer outra cidade dos Estados Unidos”, destacou. “A inclusão” de todos os grupos é um elemento essencial da política, na qual “todos colocam seus dons criativos à mesa”, acrescentou. Santa Fé, denominada pela Unesco como Cidade Criativa, conta com uma Comissão das Artes, designada pelo prefeito, que “recomenda programas e políticas para desenvolver e promover a excelência artística na comunidade”, explicou Ives. O resultado é que Santa Fé recebe cada vez mais escritores e artistas visuais, bem como turistas, devido ao seu número cada vez maior de museus, espetáculos e esculturas ao ar livre. Esses exemplos de sucesso podem parecer descabidos para muitos países pobres ou de renda média que sofrem diversas crises, como os conflitos armados. Mas os especialistas presentes à conferência descreveram planos populares como, por exemplo, quando os habitantes eram incentivados a produzir arte sobre suas próprias vidas e, como consequência, a violência diminuiu dentro das comunidades. Outros representantes descreveram como os festivais de cinema e literários geraram uma sensação de orgulho nacional e de coesão. Em alguns países do Caribe, da África e Ásia, por exemplo, o crescimento desse tipo de acontecimento e de prêmios culturais impulsionou de maneira geral as artes, o que reflete algo que os países ricos sabem há muito tempo. O fórum, organizado conjuntamente por Unesco, governo italiano, região de Toscana e município de Florença, também examinou como se pode proteger a cultura nas zonas em guerra, com ênfase na preservação de projetos do patrimônio cultural em Mali, Afeganistão e outros Estados, financiados pela Itália. Dinamarca e Bélgica expuseram como a ajuda ao desenvolvimento das atividades culturais pode fomentar o emprego, a formação e participação dos jovens na sociedade, especialmente dentro de um contexto de direitos humanos. “Vivemos em um ambiente muito hostil à cooperação para o desenvolvimento e também para a cultura e o desenvolvimento, mas faço um apelo para que haja mais cooperação nessa área”, afirmou Frédéric Jacquemin, diretor da Africalia, uma organização belga que vê a cultura como “um motor para o desenvolvimento humano sustentável”. Os participantes do fórum redigiram a Declaração de Florença na qual defendem a “plena integração da cultura às políticas e estratégias de desenvolvimento sustentável nos planos internacional, regional e local”. Isso deveria se basear em padrões que “reconheçam os princípios fundamentais dos direitos humanos, a liberdade de expressão, a diversidade cultural, a igualdade de gênero, a sustentabilidade ambiental e a abertura e o equilíbrio com outras culturas e expressões do mundo”, acrescenta a declaração. Envolverde/IPS (IPS)

Conferência da ONU discute mudanças nos padrões globais a favor da preservação da biodiversidade

As Nações Unidas alertaram nessa segunda-feira (06) que é necessário tornar o uso da terra, da água, da energia e dos materiais muito mais eficiente para alcançar os objetivos globais referentes à biodiversidade para 2020. O novo relatório da ONU, Panorama da Biodiversidade Global 4, enfatiza que a manutenção dos padrões atuais de comportamento, consumo, produção e incentivos econômicos não permite que os ecossistemas mundiais sejam capazes de satisfazer às necessidades humanas do futuro. O aviso foi emitido na data de início da 12ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-12), em Pyeongchang, na Coreia do Sul, que pretende criar uma estratégia que aumente substancialmente os recursos disponíveis para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade. A conferência é uma oportunidade crucial para delinear os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), ao serem revistos planos e estratégias nacionais, e para dar novo impulso às 20 metas traçadas para a biodiversidade no ano de 2010 em Aichi, no Japão, disse o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner. As Metas de Aichi contribuem significativamente para expandir prioridades globais, como a redução da pobreza e da fome, a elevação das condições de saúde humana e a garantia de suprimento sustentável de energia e de água potável. * Publicado originalmente no site ONU Brasil.

Instituto Akatu lança campanha pelo consumo consciente e transformador

No dia 15 de outubro será comemorado o Dia do Consumo Consciente. A data, instituída pelo Ministério do Meio Ambiente, quer despertar a consciência das pessoas sobre o poder de suas escolhas na hora da compra e o impacto que esta pode ter sobre nossa sociedade. Para marcar o mês, o Instituto Akatu lançou a Campanha #SigaOs10Caminhos, que lista dez valores necessários para tornar mais sustentável a produção de bens e o consumo. A ideia do Instituto Akatu é que os dez caminhos para o consumo consciente e transformador sejam divulgados e compartilhados nas redes sociais durante todo o mês de outubro. Atualmente a humanidade já consome 50% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de regenerar. Se tivermos o estilo de vida de um típico americano, por exemplo, precisaríamos de 3,9 planetas para suprir nossa demanda. (Fonte: Planeta Sustentável)

Conferência sobre diversidade biológica tem início na Coréia

Representantes de mais de 160 países, inclusive o Brasil, iniciaram, nesta segunda-feira, reunião para avaliar o progresso na implantação do Plano Estratégico para a Biodiversidade Mundial. A 12ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 12) acontece de 6 a 17 deste mês na cidade de Pyeongchang, na Coreia do Sul, para debater as novas medidas destinadas a proteger a biodiversidade em favor do desenvolvimento sustentável. Com o tema “Biodiversidade para o Desenvolvimento Sustentável”, milhares de representantes de governos, organizações não governamentais (ONGs), povos indígenas, cientistas e do setor privado já estão em Pyeongchang para a COP 12. Eles querem a adoção de medidas capazes de acelerar a implantação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 e as Metas de Aichi para Biodiversidade,que devem ser alcançados até ao final desta década. Olho no futuro – O conjunto de decisões a serem definidas na COP12 já está sendo chamado de”Roteiro de Pyeongchang” e deverá incluir uma estratégia de mobilização e aumento dos recursos disponíveis para a conservação da biodiversidade e uso sustentável. As discussões pelos representantes das Partes da CDB também levarão em conta as propostas de desenvolvimento sustentável colocadas em pauta e a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, atualmente em curso na Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Bráulio de Souza Dias, durante três semanas, representantes de governos do mundo estão reunidos paradiscutir, planejar etomar decisões, em três reuniões distintas, paraa implantação global da convenção e seus protocolos. Trata-se da 7ª Conferência das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (COP-MOP-7), ocorrida entre 29 de setembro e 3 deste mês; a 12ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-12 ), de 6 a 17 de novembro e a 1ª Conferência das Partes do Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Derivados de sua Utilização (COP-MOP-1), previsto para ocorrer de 13 a 17 próximos. Recursos genéticos – “Precisamos fazer um balanço da situação atual de implantação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 e, ainda, traçar os rumos a serem seguidos pela Convenção e seus Protocolo para os próximos anos”, avalia Bráulio Dias. O acordo sobre o acesso e uso dos recursos genéticos, um dos principais temas desta COP 12, considerado inovador pelos governos, é resultado da criação, pelos países signatários, do Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição de Benefícios Justa e Equitativa Decorrentes da sua Utilização, que entrará em vigor durante a reunião. O Protocolo de Nagoia permitirá a instituição de novos incentivos para conservar e usar de forma sustentável a biodiversidade, além de melhorar ainda mais a contribuição da biodiversidade para o desenvolvimento sustentável. CDB – A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente. Foi estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992, e é hoje o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993. Protocolo de Nagoia O Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização (ABS, na sigla em inglês) entrará em vigor dia 12 de outubro de 2014, durante a COP 12. O tratado foi ratificado por 51 países-membros da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), condição para a entrada em vigor. Representa um passo importante para o cumprimento da 16ª Meta de Aichi, que afirma que “em 2015, o Protocolo de Nagoia sobre Acesso a Recursos Genéticos e a partilha justa e equitativa de benefícios decorrentes da sua utilização estará em vigor e operacional, de acordo com a legislação nacional (de cada país)”. O Brasil, país que abriga a maior biodiversidade do planeta, é signatário, mas ainda não ratificou o documento. Metas de Aichi 2011-2020 – Reunidas em cinco objetivos estratégicos, as 20 Metas de Aichi fazem referência à conservação da biodiversidade e são a base do planejamento destinado à implantação das decisões das partes na CDB. No processo de elaboração do novo Plano Estratégico de Biodiversidade 2011–2020, o Secretariado da CDB propôs que se estabelecesse um novo conjunto de metas, na forma de objetivos de longo prazo, que foram materializados em 20 proposições, todas voltadas à redução da perda da biodiversidade em âmbito mundial. Denominadas de Metas de Aichi para a Biodiversidade, elas estão organizadas em cinco grandes objetivos estratégicos: tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade, fazendo com que as preocupações com a biodiversidade permeiem governo e sociedade; reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável; melhorar a situação da biodiversidade, protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética; aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos e aumentar a implantação, por meio de planejamento participativo, da gestão de conhecimento e capacitação. Diversidade biológica – É usada para descrever o número e a variedade dos organismos vivos. Existem, atualmente, cerca de 1,7 milhões de espécies identificadas, mas as estimativas apontam para um mínimo de 5 milhões e um máximo de 100 milhões. (Fonte: MMA)