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sábado, 3 de janeiro de 2015

Corpo humano e seus mistérios: 10 coisas que ainda não fazemos ideia sobre nós mesmos

Tem um monte de coisa que ainda não descobrimos no universo, bem como vários problemas físicos, químicos, matemáticos, sociais etc que ainda não conseguimos resolver. Mas assumimos que estamos bastante familiarizados com o corpo humano. Puff… Ainda não sabemos direito: 10. Como o cérebro classifica informação Informação e conhecimento são armazenados no cérebro, mas nós não sabemos exatamente como. Alguns pacientes com certas doenças mentais podem, por exemplo, se esquecer de categorias específicas de memória – podem não se lembrar dos nomes de animais. Outros esquecem os nomes de plantas, ou insetos, mas ainda podem identificar caminhões e malas. Por que isso acontece? Agora temos uma compreensão um pouco melhor de como o cérebro categoriza informações, mas muitas coisas ainda são um mistério. O que sabemos é que a memória é como uma espécie de armário. Grupos semelhantes de informação são armazenados na mesma área do cérebro; temos categorias de alimentos, localizações geográficas, animais e até mesmo amigos e familiares. Danos no lobo temporal podem fazer com que não nos lembremos de uma destas categorias, mas as outras ficam intactas. Em alguns casos, a doença torna progressivamente mais difícil para uma pessoa memorizar informações numa categoria. Pessoas com demência semântica perdem pedaços de conhecimento em categorias específicas gradualmente, embora continuem perfeitamente consciente em outras áreas. 9. Uma nova camada na córnea do olho Em 2013, um professor da Universidade de Nottingham descobriu mais uma camada na córnea do olho humano. A impossivelmente fina camada tinha apenas 15 microns de espessura (para comparação, três centímetros são cerca de 25.000 microns e a própria córnea tem apenas 500 microns). Ela é conectada à parte traseira da córnea e chamada de “camada de Dua”, em homenagem a seu descobridor, Harminder Dua. Quando os pesquisadores estavam analisando olhos doados, uma injeção de pequenas bolhas de ar na córnea fez as diferentes camadas se separarem. Depois de observar no microscópico, eles confirmaram as presenças de uma sexta camada dura, mas fina. Além de ter um efeito direto sobre cirurgias do olho, pensa-se que esta nova camada explica vários problemas oculares crônicos. Hidropisia da córnea, que é caracterizada por uma acumulação de fluido entre a córnea e o resto do olho, é provavelmente causada por um rasgo na camada de Dua. 8. Porque nossos cérebros são tão enrugados Nem todos os cérebros são iguais. Os cérebros humanos têm uma textura enrugada distinta que confere uma maior área de superfície, necessária para o poder de processamento que nós temos. Mamíferos menores, como ratos e camundongos, têm cérebros mais lisos. Sabemos que temos cérebros enrugados, mas não como os sulcos e giros são formados. Os pesquisadores vêm realizando experimento após experimento com tecidos semelhantes para tentar duplicar o aparecimento de rugas cerebrais, sem muito sucesso. Saber como as rugas se formam poderia ajudar a tratar pacientes que sofrem de condições em que o cérebro se desenvolve anormalmente. Recentemente, cientistas descobriram algumas coisas sobre o processo de formação dos sulcos. A massa cinza e a branca do cérebro são semelhantes em rigidez, mas crescem a taxas diferentes. Quanto maior o cérebro, maior será a diferença proporcional entre as taxas de crescimento. À medida que a massa cinzenta cresce, o cérebro, contido pela massa branca, começa a formar sulcos, que por sua vez fornecem mais área de superfície. 7. O quê e quem mora dentro da gente Você provavelmente sabe que bactérias boas vivem no nosso organismo. No entanto, nosso corpo também é literalmente cheio de “vírus bons”. Pesquisadores da Universidade Radbound encontraram o que é o mais comum em todos nós: o crAssphage. Esse é também o vírus mais abundante no sistema digestório humano. Estudar os diferentes tipos de micro-organismos que vivem no trato digestivo de uma pessoa apresenta um problema grande: a maioria não cresce em um ambiente de laboratório, já que são bem específicos sobre morar dentro das pessoas. Isso significa que é necessário analisar amostras de fezes. Os cientistas têm a tarefa de quebrar amostras de cocô em seus componentes mais básicos e, em seguida, reconstruir as sequências de DNA para obter uma imagem completa do que está acontecendo dentro do processo digestivo. Esse processo longo e tedioso eventualmente levou à descoberta de crAssphage. Os pesquisadores pensam que ele tem algo a ver com as bactérias que decompõem substâncias no estômago. Além disso, 75% das sequências de DNA que eles encontraram nas amostras de cocô não podiam ser classificadas como pertencentes a qualquer organismo conhecido. Ou seja, não sabemos quase p*&¨% nenhuma sobre o que há dentro de nós mesmos. 6. O nervo que existe e não existe Quando os cientistas da Universidade de Washington encontraram um nervo estranho nos exames de ressonância magnética de cada cérebro humano que examinaram, ficaram surpresos. Estava claramente ali, em todas as imagens, mas não estava em nenhum livro ou artigo da literatura médica. Eles inicialmente pensaram que poderiam ter encontrado algo novo, até que investigaram mais fundo. A menção desse nervo especial era muito rara em textos, mas existia. Ele foi esquecido e ignorado por tanto tempo por causa de uma ridícula disputa científica. Theodor Meynert, um neuropatologista do século 19, publicou uma quantidade considerável de artigos afirmando que os nervos no cérebro corriam horizontalmente. O problema surgiu quando seu aluno, Carl Wernicke, descobriu o mesmo nervo que os pesquisadores de Washington, que corria verticalmente no cérebro. Meynert negou a existência desse nervo e recusou-se a publicar qualquer coisa sobre ele, uma vez que ia contra tudo o que ele já tinha escrito sobre o assunto. A omissão fez com que ele ficasse parcialmente descoberto por mais de um século. Agora, os cientistas suspeitam que o nervo é crucial para a capacidade do cérebro de processar a informação visual e separar que parte da informação é direcional ou espacial. 5. “Cheiro de velho” pode existir mesmo man portrait with a strange expression sniffing O odor corporal é uma coisa personalizada. Exatamente o tipo que cada pessoa tem é determinado por uma composição genética chamada “complexo maior de histocompatibilidade”. De certa forma, o odor também é aferrado pelo que você come. A composição básica do odor corporal de uma pessoa permanece a mesma durante a vida, provavelmente para nos ajudar a escolher um parceiro geneticamente adequado. Mudança no odor corporal tem sido associada ao desenvolvimento de certos tipos de câncer e outras doenças. Porém, os pesquisadores também estão descobrindo que o cheiro muda com a idade – fica pior. Uma substância chamada 2-nonenal já foi identificada como a razão pela qual algumas pessoas têm um odor ruim. A substância só foi encontrada em pessoas com mais de 40 anos e, quanto mais envelheciam, mais da substância seu corpo produzia. O aumento constante de 2-nonenal no corpo pode confirmar cientificamente que as pessoas mais velhas têm, de fato, um cheiro característico estranho. 4. Um ligamento do joelho que simplesmente deixamos passar batido Lesões no joelho são bastante comuns, mas as cirurgias para repará-las são complicadas e em alguns casos não resolvem o problema. Por quê? Em 2013, dois especialistas em joelho belgas que estavam estudando cirurgias do ligamento cruzado anterior descobriram que a operação falhava tanto porque não reparava todo o problema – eles “encontraram” um ligamento anterolateral (ALL) previamente desconhecido, que é um dos que tipicamente rasga durante uma lesão. Não repará-lo faz com que o joelho permaneça enfraquecido e propenso a lesões mesmo depois da cirurgia. Para ser totalmente honesta, a presença do ligamento tinha sido mencionada pela primeira vez por um cirurgião francês em um texto de 1879 – ou seja, ele não era de fato “desconhecido”, mas, curiosamente, só em 2013 nós o notamos. Os cirurgiões belgas confirmaram a sua presença em 40 dos 41 joelhos documentados para o estudo, explicando porque até 20% das pessoas com lesões no joelho nunca se recuperam totalmente. 3. Nossa idade corpo humano Uma das primeiras coisas que aprendemos sobre nós mesmos é a nossa idade, mas verifica-se que estamos tecnicamente errados. Segundo uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia, diferentes partes do nosso corpo envelhecem em taxas diferentes. Alguns tecidos podem parecer anos mais velhos do que o resto do corpo ou a idade que o calendário diz que temos. Tecido da mama, por exemplo, parece tipicamente cerca de três anos mais velho do que deveria ser; os cientistas acham que essa é uma das razões pela qual o câncer de mama é tão prevalente. Os diferentes padrões de envelhecimento foram descobertos quando os pesquisadores analisaram diferentes tecidos e seus padrões de metilação. Os padrões de metilação referem-se aos diferentes grupos químicos dentro de um tecido; quanto mais metilado, mais velho um tecido é. Tecidos cancerosos podem parecer até 36 anos mais velho do que o nosso calendário diz. Já nossos cérebros podem até viver mais que a gente. Pesquisadores da Universidade de Pavia, na Itália, colocaram os neurônios de camundongos em fetos de ratos. Ratos vivem em média duas vezes mais que camundongos, permitindo aos cientistas observar quanto tempo os neurônios dos camundongos eram capazes de viver sem as restrições físicas do seu corpo. E eles funcionaram corretamente por toda a vida dos ratos, o que sugere aos investigadores que é nosso corpo que limita nossa idade, não nossos cérebros. 2. O que a meditação faz com nossa mente Meditar não serve só para relaxar. Há pouco tempo, a meditação passou de técnica espiritual a uma mais científica. Isso porque nos demos conta dos efeitos que ela tem sobre o corpo. A meditação regular pode ajudar uma pessoa a controlar os seus níveis de estresse, seus pensamentos e suas reações a esses pensamentos. Exames de ressonância magnética feitos depois de um curso de oito semanas mostraram que a quantidade de matéria cinzenta em partes do cérebro dos meditadores, especificamente a amígdala, diminui. Esta parte do cérebro é responsável pelo instinto de luta ou fuga que governa a nossa resposta a ameaças. As ligações entre a amígdala e o resto do cérebro também começam a diminuir. Conforme isso ocorre, o córtex pré-frontal (que regula os processos de tomada de decisão consciente) se expande, o que significa que nos focamos mais em fazer decisões ponderadas e racionais do que confiar em nossa reação instintiva de entrar em pânico. Meditar frequentemente também nos torna mais capazes de lidar com a dor, e pode até diminuir os sintomas quando uma pessoa que medita contrai algum tipo de doença ou distúrbio. 1. Como funciona a consciência Entendemos muito pouco sobre a consciência humana, mas cientistas da Universidade George Washington acham que encontraram o interruptor para ela: uma parte do cérebro chamada de claustro. Os pesquisadores estavam experimentando com uma única paciente que sofria de epilepsia e estimularam o claustro em uma tentativa de descobrir que partes de seu cérebro causavam-lhe convulsões. A paciente parou de responder a estímulos externos e, assim que a atividade do claustro voltou, recuperou a consciência sem se lembrar de a ter perdido. Pode ser que o claustro atue reunindo todas as informações no cérebro, como visão, olfato, paladar, pensamentos, memórias – tudo o que nos faz ser quem somos. As consequências desta investigação podem ser surpreendentes. Se o claustro for mesmo responsável por dar aos seres humanos a sua consciência, isso significa que estamos a um passo de recriá-la em cérebros artificiais. Também vamos ser capazes de definir a consciência de forma muito mais precisa e estender essa definição a temas polêmicos, tais como quando um feto humano desenvolve consciência e se animais têm a mesma consciência que nós. [Listverse]

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